Buscar

Direito Civil Extinção das obrigações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Direito Civil 4 º Bimestre
COMPENSAÇÃO
Compensação = modo extintivo das obrigações no qual as pessoas tornam-se, ao mesmo tempo, credoras e devedoras umas das outras. É meio indireto de extinção das obrigações, produz o mesmo efeito do pagamento, sendo, por isso, sucedâneo deste. 
Exemplo: A deve a B 10.000,00. Porém, B torna-se credor da mesma quantia em face de A. Assim, as dívidas se extinguem, evitando duplo pagamento. Dá-se a compensação total. 
Se B torna-se credor de apenas 50.000,00 reais em face de A, ocorrerá a compensação parcial.
Compensação total = valores iguais. Parcial = valores distintos. No caso, ocorrerá uma espécie de desconto, abatem-se até a concorrente quantia. Os efeitos extintivos abrangem os acessórios e garantias da dívida principal.
Espécies de compensação = legal, convencional e judicial. Legal = decorre da lei, independentemente da vontade das partes. Convencional = acordo entre partes. Judicial = determinação do Juiz. 
Compensação legal
Baseia-se nos pressupostos exigidos por lei. Independe da vontade das partes. Opera-se automaticamente, de pleno direito. O juiz, desde que provocado, declara a sua configuração, pois não pode declará-la de ofício. Uma vez alegada e declarada judicialmente a compensação, seus efeitos retroagirão à data em que se estabeleceu a reciprocidade das dívidas. 
Requisitos da compensação legal (valem também para a compensação judicial)
Reciprocidade dos créditos;
Liquidez das dívidas;
Exigibilidade das prestações;
Fungibilidade dos débitos. 
Reciprocidade dos créditos
Entre as duas partes. Duas pessoas devem ser, ao mesmo tempo, credoras e devedoras umas das outras. 
O terceiro não interessado, embora possa realizar o pagamento em nome e à conta do devedor, não pode compensar a dívida com eventual crédito que tenha em face do credor. Abre-se uma exceção para o fiador, por ser terceiro interessado. Ele pode alegar a seu favor, a compensação que o devedor poderia arguir perante o credor. A compensação só pode extinguir as obrigações de uma parte com outra, e não as de terceiro em face de uma delas. 
Liquidez das dívidas
Liquidez = só se compensam dívidas cujo valor seja certo e determinado, expresso por uma cifra. Líquida é a obrigação certa quanto à sua existência e determinada quanto ao seu objeto. Contestar a dívida não impede a compensação, uma vez que tenha valor determinado. 
Exigibilidade das prestações
É preciso que as dívidas estejam vencidas, pois só assim tornam-se exigíveis. Assim, tornam-se incompensáveis: a dívida natural com a civil, a dependente de condição suspensiva com a pura e simples, as despidas de formalidades substancias com as que sejam revestidas destas. Dívida a termo não é exigível. 
Não cabe a compensação se a dívida se encontra prescrita e o juiz acolhe a exceção arguida pelo devedor. Porém, se a parte em favor da qual se verificou a prescrição não a alegou, tal dívida é compensável, pois neste caso ainda é exigível. 
*Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não impedem a compensação. 
Fungibilidade dos débitos
Para compensar é preciso que as prestações sejam da mesma natureza. Homogêneas, fungíveis entre si. 
Exclusão da compensação
Tratando-se, apenas, de interesses de ordem privada, pode haver renúncia prévia ao direito de se valer da compensação. Não se exigem fórmulas sacramentais, podendo ser expressa ou tácita, desde que reste clara a intenção abdicativa. 
Exclusão legal = decorre da causa de uma das dívidas e, também, da qualidade de um dos devedores. Em regra, a diversidade de causas não impede a compensação, desde que as dívidas sejam da mesma natureza. Porém, o art. 373 do C.C. traz algumas exceções a essa regra:
I – Se provier de esbulho, furto ou roubo;
II- Se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos; 
III – Se uma for de coisa não suscetível de penhora. 
OBS: aquele que emprestou a outrem certa quantia em dinheiro e, depois, lhe furtou quantia do mesmo valor do empréstimo, não poderá eximir-se do dever de restituir o valor furtado por compensação com o seu crédito. Porém, a compensação pode aproveitar a vítima do esbulho, furto ou roubo. 
OBS: Para que estejam protegidos contra a compensação, os direitos adquiridos por terceiro (por penhor, penhora, usufruto) devem ter se constituído antes de os créditos terem se tornado compensáveis. 
Regras peculiares relativas à compensação
Devedor solidário e compensação:
Há um credor e três devedores solidários: A, B e C. Se o credor cobra de A a totalidade da dívida, 90.000,00 reais, A pode alegar a seu favor, para que se realize a compensação, o crédito de 50.000,00 reais que B possua em favor do credor. Porém, o crédito de B se compensará apenas até 30.000,00 reais, correspondente à sua quota na dívida. Dessa forma, A pagará ao credor apenas 60.000,00 reais (90.000,00 – 30.000,00)
Compensação na cessão de crédito
Art. 377 do CC. Se o devedor foi devidamente notificado da cessão, ele não pode opor ao cessionário a compensação que, antes da cessão, poderia opor ao cedente. Se, porém, a cessão não foi notificada ao devedor, ele poderá opor ao cessionário a compensação como um crédito que tivesse contra o primitivo credor. 
O art. 379 estabelece a aplicação das normas fixadas para a imputação do pagamento, quando houver pluralidade de débitos suscetíveis de compensação. 
CONFUSÃO
A obrigação pressupõe a existência de dois sujeitos distintos: credor e devedor. Se, por algum motivo, essas duas qualidades concentram-se na mesma pessoa, a obrigação extingue-se. 
Compensação = dualidade de sujeitos, com créditos e débito opostos, que se extinguem reciprocamente até onde se defrontarem. Confusão = as qualidades de credor e devedor reúnem-se em uma só pessoa, extinguindo, por isso, a obrigação. A confusão não exige manifestação de vontade.
A confusão é bastante comum nas heranças. Exemplo: filho que deve ao pai e é sucessor dele. Morto o credor, o crédito transfere-se ao filho, que é, também, devedor. A confusão pode resultar, também, da cessão de crédito, do casamento pelo regime da comunhão universal de bens e da sociedade. 
Espécies de confusão
Art. 382 CC = confusão total e parcial. 
OBS, com relação ao art. 383 = a confusão extingue a dívida porque ninguém pode ser credor de si mesmo. Porém, a dívida não se extingue quando, ao lado de um devedor, existe outro credor ou outro devedor, como na solidariedade. Nesta hipótese, a confusão não afeta a obrigação e sim somente exime o devedor. 
Efeitos da confusão
A confusão extingue a obrigação principal e, também, os acessórios, como a fiança e o penhor. Porém, a obrigação principal, contraída pelo devedor, permanece se a confusão operar-se nas pessoas do credor e do fiador. 
Cessação da confusão
“Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior”. Em regra, o restabelecimento advém de duas causas: ou porque transitória a que gerou a obrigação ou porque adveio de relação jurídica ineficaz.
Remissão de dívidas 
A remissão é uma liberalidade realizada pelo credor que consiste em exonerar o devedor do cumprimento da obrigação. É uma espécie de perdão da dívida. Elemento essencial da remissão: vontade unilateral do credor. 
Para que a remissão seja eficaz, o remitente precisa ser dotado da capacidade de alienar, e o remitido, da capacidade de adquirir. É preciso, também, que o devedor aceite, expressa ou tacitamente a remissão, caso contrário, nada poderá impedi-lo de realizar o pagamento. 
Todos os créditos, independentemente de sua natureza, são passíveis de remissão, desde que só visem interesse privado e o perdão da dívida não contrarie interesse público ou de terceiro. Em resumo, só pode haver o perdão de dívidas patrimoniais e de caráter privado. 
Remissão = espécie do gênero renúncia. Renuncia é unilateral, enquanto que a remissão possui caráter contratual, dependendo de aceitação. A renúncia pode incidir sobre certos direitos pessoais de natureza não patrimonial, enquanto que a remissão é peculiaraos direitos creditórios. 
Espécies de remissão
Total ou parcial com relação ao objeto. Pode ser, ainda, expressa, tácita e presumida. Expressa= declaração unilateral do credor, em instrumento público ou particular, por ato inter vivos ou mortis causa, perdoando a dívida.
Tácita = decorre do comportamento do credor, incompatível com sua qualidade de credor, traduzindo, inequivocamente, intenção liberatória. Não se deve entender remissão tácita nos casos de mera inércia ou tolerância do credor, exceto em casos excepcionais. 
A remissão é presumida quando deriva de expressa previsão legal. 
Presunções legais
A remissão é presumida pela lei em dois casos:
Pela entrega voluntária do título da obrigação por escrito particular;
Pela entrega do objeto empenhado.
*Exige-se a efetiva e voluntária restituição do título pelo próprio credor ou por quem o represente, e não por terceiro. Se o devedor alega que o credor lhe remitiu a dívida, não basta a mera posse do título. O devedor precisa provar aquilo que alega, ou seja, que o credor realmente remitiu a dívida. 
Obs: quando o credor devolve o objeto empenhado, entende-se que renunciou somente à garantia e não ao crédito. 
Remissão e solidariedade passiva
A remissão concedida a um dos devedores solidários extingue a dívida na parte a ele correspondente, subsistindo a solidariedade com relação aos outros devedores. Porém, ao cobrá-los o credor deve deduzir a parte remitida.
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
O inadimplemento pode decorrer de ato culposo do devedor (dolo ou imprudência, negligencia e imperícia) ou de fato a ele não imputável (caso fortuito ou força maior).
Nem sempre que a obrigação não foi cumprida significa que houve inadimplemento. Só há inadimplemento quando, não tendo sido extinta por outra causa, a obrigação não é cumprida nem pelo devedor, nem por terceiro. 
Quando o não cumprimento deriva de culpa lato sensu do devedor = inadimplemento culposo. Dá ao credor o direito de acionar o mecanismo sancionatório do direito privado para pleitear o cumprimento forçado da obrigação ou a indenização cabível.
Quando o inadimplemento resulta de fato não imputável ao devedor, mas necessário, cujos efeitos não era necessário evitar ou impedir (caso fortuito ou força maior) = inadimplemento fortuito da obrigação. O devedor não responde pelos danos causados, se não tiver se responsabilizado expressamente por eles.
O Inadimplemento pode ser:
Absoluto: a) total // b) parcial
Relativo
É absoluto quando a obrigação não é cumprida e não mais poderá ser realizada de forma útil ao credor. Será total quando disser respeito à totalidade do objeto e parcial quando a obrigação compreender vários objetos e alguns forem entregues e outros perecerem, por exemplo. 
É relativo no caso de mora do devedor, ou seja, quando há cumprimento imperfeito da obrigação, com inobservância do tempo, lugar e forma convencionados. 
Obs: A boa-fé objetiva enseja, também, a caracterização de inadimplemento mesmo quando não haja mora ou inadimplemento absoluto do contrato. É chamada violação positiva da obrigação ou do contrato. Por exemplo, quando o contratante deixa de cumprir alguns deveres anexos, isso ofende a boa-fé objetiva e, então, caracteriza inadimplemento do contrato. 
Inadimplemento absoluto
Art. 389 “Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária (...), e honorários de advogado”. 
Inadimplemento culposo
Em princípio, todo inadimplemento presume-se culposo, incumbindo ao inadimplente alegar e demonstrar e ocorrência de caso fortuito ou força maior.
Inadimplemento contratual = indenizar perdas e danos. Responsabilidade extracontratual ou aquiliana = deriva de infração ao dever de conduta e não de descumprimento de contrato. 
Responsabilidade contratual x resp. extracontratual
Na contratual, o inadimplemento presume-se culposo. O credor só precisa provar que a obrigação não foi cumprida, sendo presumida a culpa do inadimplente. Na extracontratual = ao lesado incumbe provar a culpa ou dolo do causador do dano. Somente as pessoas plenamente capazes são suscetíveis de celebrar convenções válidas.
Perdas e danos e responsabilidade patrimonial
O inadimplemento absoluto (não cumprimento útil) e o relativo (inobservância de condições) possuem a mesma consequência: o devedor deve indenizar o prejuízo causado ao credor. 
Se em vez do inadimplemento houver apenas mora, ainda sendo útil ao credor o cumprimento da obrigação, o devedor responderá pelos prejuízos do atraso.
A responsabilidade civil é patrimonial. A conversão em perdas e danos somente ocorre quando não é possível a execução direta da obrigação ou a restauração do objeto da prestação. 
Contratos benéficos e onerosos – Art. 392 Código Civil
Contratos benéficos ou gratuitos = apenas uma das partes obtém vantagem; a outra parte possui somente obrigações. O beneficiado pelo contrato responderá nos casos de culpa e o não beneficiado (doador, por exemplo) responderá pelos danos apenas em casos de dolo. 
Contratos onerosos = ambos obtém proveito ao qual responde um sacrifício. Ambos contratantes respondem por dolo e culpa, em igualdade de condições, salvo exceções previstas em lei.
Inadimplemento fortuito da obrigação
As circunstancias determinantes da impossibilidade da prestação, sem culpa do devedor, podem decorrer de fato provocado pelo credor, pelo terceiro, pelo próprio devedor, embora sem culpa dele, e, também, de caso fortuito ou de força maior. 
Para que o devedor exonere-se, é preciso:
Que se trate de uma efetiva impossibilidade objetiva;
Que tal impossibilidade seja superveniente; 
Que a circunstancia que a provoque seja inevitável e não derive de culpa do devedor, ou seja durante a mora deste.
O caso fortuito e a força maior são excludentes da responsabilidade civil, contratual ou extracontratual, por romperem o nexo de causalidade.
Caso fortuito = fato ou ato alheio a vontade das partes, ligado ao comportamento humano ou ao funcionamento de máquinas ou ao risco da atividade ou da empresa. Força maior = acontecimentos externos ou fenômenos naturais. 
Para que se configura caso fortuito ou força maior:
O fato deve ser necessário, não determinado por culpa do devedor;
O fato deve ser superveniente e inevitável;
Deve ser irresistível, fora do alcance humano.
DA MORA
Mora = retardamento ou cumprimento imperfeito da obrigação. “Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer”. Tais requisitos não precisam ser concorrentes, basta a presença de apenas um. 
Mora e inadimplemento absoluto
Há mora quando não houve o cumprimento perfeito da obrigação, mas este ainda pode ser realizado de forma útil ao credor. Se o pagamento já não pode ser realizado de forma útil ao credor, dá-se o inadimplemento absoluto. 
O devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebe-lo no tempo, lugar e forma convencionados ou devidos responderão pelo ressarcimento dos prejuízos a que a sua mora der causa (perdas e danos). Isso também ocorre em caso de inadimplemento absoluto. 
*Essencial à mora é que haja culpa do devedor no atraso do cumprimento. 
*A simples propositura da ação de revisão do contrato não inibe a caracterização da mora do autor. 
*Se o devedor oferece a prestação oportunamente, configura-se a mora do credor se este não a recebe, independentemente de culpa. No caso, o devedor deixa de responder pelos riscos da coisa. 
Notificação = tem por objetivo a constituição do credor em mora e, por outro lado, possibilitar a sua purgação. Em caso de inadimplemento absoluto, a notificação torna-se desnecessária. 
Espécies de mora 
Há duas espécies:
Mora do credor = mora accipiendi ou creditoris
Mora do devedor = mora solvendi ou debitoris
Mora do devedor
Pode ser: ex re (em razão de fato previsto na lei) ou ex persona. 
Dá se a mora ex re quando o devedor nela incorre sem necessidade de qualquer ação porparte do credor, o que ocorre:
Quando a prestação deve ser realizada em um termo prefixado e se trata de dívida portável. O devedor incorrerá em mora desde o momento do vencimento. 
Nos débitos derivados de ato ilícito extracontratual, a mora começa desde o momento do fato 
Quando o devedor declarar por escrito que não pretende cumprir a obrigação.
A mora ex persona ocorre em todos os demais casos. Será necessária uma interpelação ou notificação por escrito para a constituição em mora. 
Não havendo termo, a mora se constitui através de interpelação judicial ou extrajudicial (mora ex persona, que depende de providência do credor). A interpelação ou a notificação podem ser realizada de diversas formas, desde que resultem de documento escrito. 
*Em caso de responsabilidade extracontratual = os juros fluem a partir do evento danoso. Inadimplemento ou execução culposa de contrato = contam-se os juros de mora desde a citação inicial. 
Requisitos 
São pressupostos da mora solvendi (mora do devedor):
Exigibilidade da prestação = vencimento de dívida líquida e certa, mas que ainda possa ser realizada com proveito para o credor.
Inexecução culposa = por fato imputável ao devedor
Constituição em mora = somente em casos de mora ex persona
Efeitos
Responsabilização por todos os prejuízos causados ao credor. O devedor em mora tem não só que realizar a prestação em dívida, mas também indenizar o dano moratório. 
Perpetuação da obrigação = Responde o devedor moroso pela impossibilidade da prestação, ainda que decorrente de caso fortuito ou força maior.

Continue navegando