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Responsabilidade civil

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27/09/2015 Responsabilidade civil ­ Jus Navigandi
http://jus.com.br/imprimir/35720/responsabilidade­civil 1/15
Este  texto  foi  publicado  no  site  Jus  Navigandi  no  endereço
http://jus.com.br/artigos/35720
Para ver outras publicações como esta, acesse http://jus.com.br
Responsabilidade civil
Responsabilidade civil
Kerlla Juliana Rodrigues de Santana
Publicado em 01/2015. Elaborado em 01/2015.
O presente trabalho abordará o conceito da responsabilidade civil, sua evolução
histórica,  os  pressupostos  da  responsabilidade  civil,  a  diferença  entre  a
responsabilidade subjetiva e objetiva, como característica o nosso estudo.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho abordará o conceito da responsabilidade civil, sua evolução histórica, os pressupostos
da responsabilidade civil, a diferença entre a responsabilidade subjetiva e objetiva, como característica o
nosso estudo. O assunto deverá ser estudado e analisado ponto a ponto, porque, esse tema é a base para
diversos assuntos jurídicos.
A  responsabilidade  civil  é  um  tema muito  discutido  entre  os  autores  do  nosso  cotidiano,  na  qual  esse
assunto nos leva a analisar diversos assuntos relacionados com o direito, motivo pelo qual, se faz o ramo
da pesquisa do presente artigo.
           O ramo de pesquisa será abordado nas  fontes primarias com base na Constituição Federal, Código
Civil.  As  fontes  secundárias  estão  nas  doutrinas  dentre  elas  Roberto  Gonçalves,  Pablo  Stolze,  Maria
Helena  Diniz,  Rui  Stolco,  entre  outros.  Todo  objetivo  do  trabalho  e  das  pesquisas  terá  como  scopo
analisar, a culpa stricto sensu, o dano moral e a responsabilidade civil.
      Dessa forma, o estudo que será feito, analisará a responsabilidade civil no todo, desde a sua evolução
histórica e seu desenvolvimento em vários ramos do direito até os tempos atuais, abordando a diferença
entre  a  responsabilidade objetiva  e  subjetiva, na qual  são a  sua distinção  é  essencial para adentrar  em
certos assuntos jurídicos, estudando por fim, os pressupostos da responsabilidade civil.
Tem por objetivo, levar aos leitores a importância que a responsabilidade civil tem no mundo jurídico.
RESPONSABILIDADE CIVIL
1.  CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL
                       O direito romano oferece subsídios ao estudo da responsabilidade civil, estabelecendo qualquer
elaboração jurídica, por prevalecer à noção do delito. [1] (#_ftn1)
            Na origem, tinha­se idéia da vingança privada, na qual, predominava a Lei do Talião, “Olho por
olho,  dente  por  dente”, na  qual  os  homens  faziam  justiça  com  as  próprias mãos.  A  Lei  do  Talião  era
sustentada pela Lei da XII Tábuas, que na sua lei 11º prescrevia: “Si membrumrupsit, ni cum ao pacit”,”Se
alguém fere a outrem, que sofra a pena talião, salvo se existiu acordo”.[2] (#_ftn2)
27/09/2015 Responsabilidade civil ­ Jus Navigandi
http://jus.com.br/imprimir/35720/responsabilidade­civil 2/15
Salienta Carlos Roberto Gonçalves:Sucede este período a da composição. O prejudicado passa a perceber
as vantagens e conveniências da substituição da vindita que gera composição econômica, neste período
ainda não se cogitava da culpa[3] (#_ftn3) .
Após esse período surgiu a Lex Aquillia de Danno, em que o autor do dano mediante uma poena que seria
um pagamento  de  uma  quantia  em dinheiro  ao  lesado,  uma  vez  que  a  lei  do  talião  não  reparava  dano
algum.[4] (#_ftn4)
            A partir da Lex aquillia de danno, a questão da reparação de dano foi ganhando força ao decorrer
dos anos, pois nesta  lei havia um preceito básico da responsabilidade civil que seria opoena, ou seja, o
autor do dano pagaria em dinheiro ao  lesado, e não se valia mais da Lei do  talião que não  tinha como
fundamento a reparação do dano.
            A Lex Aquilia de Dannotrouxe a idéia da reparação do dano, em que, o autor do dano ressarcia o
patrimônio do  lesado suportando o ônus da  reparação,  surgindo a  culpa com base na  responsabilidade
extracontratual, sendo na forma pecuniária de indenização.[5] (#_ftn5)
            Pondera Caio Mario:
A denominação aquiliana para designar a responsabilidade extracontratual em
oposição à contratual. Foi o marco tão acentuado, que a ela só atribui a origem
do  elemento  ‘culpa’,  como  fundamento na  reparação do dano. A Lex Aquillia
bem  assim  a  consequente  actioex  lege  aquilia,  tem  sido  destacada  pelos
romanistas  e  pelos  civilistas,  em matéria  atinente  a  responsabilidade  civil[6]
(#_ftn6) .
 
            Através da Lex Aquillia de Danno surgiu a idéia de reparação do dano, pois o patrimônio do lesado
supria a reparação do dano no valor da responsabilidade que se enquadrava na culpa como fundamento
para  a  responsabilidade.  Considerava­se  também  que  a  referida  lei  introduzia  em  seu  texto  o
dannuniniuriadantum, que  estava  voltado  para  o  prejuízo  causado  à  terceiro  empobrecendo  o  lesado  e
enriquecendo quem sofreu o dano.[7] (#_ftn7)
            A responsabilidade Civil é destacada como um aspecto da realidade social. Visto que, é destinada a
partir da ocorrência de um prejuízo que  acarreta  restaurar  o  equilíbrio moral  ou patrimonial  provocado
pelo autor do dano, constituindo a fonte geradora da responsabilidade civil. Assim, a responsabilidade dá
idéia de restauração de equilíbrio de contraprestação, de reparação de dano.[8] (#_ftn8)
Entende­se por responsabilidade civil uma consequência  jurídica, quando alguém comete um ato  ilícito,
surgindo o dever de reparar o dano. É através da violação de um direito protegido legalmente que se tem de
reparar o dano causado.
      Pondera Maria Helena Diniz:
 
O interesse em restabelecer o equilíbrio violado pelo dano é a fonte geradora da
responsabilidade civil. Na responsabilidade civil  são a perda ou a diminuição
verificada no patrimônio do lesado ou o dano moral que geram a reação legal,
movido pela ilicitude da ação do autor da lesão ou pelo risco[9] (#_ftn9) .
 
27/09/2015 Responsabilidade civil ­ Jus Navigandi
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            A responsabilidade civil pressupõe uma relação jurídica entre quem deverá reparar o dano e quem
sofreu  o  prejuízo,  visando  garantir  o  direito  do  lesado,  mediante  o  ressarcimento  dos  danos,
restabelecendo  o  statu  quo  ante.  O  principio  que  rege  a  responsabilidade  é  o  restitutio  in  integrum,
porque existe a recomposição completa da vitima a situação anterior.[10] (#_ftn10)
            Através do descumprimento de uma obrigação surge a responsabilidade que se caracteriza como um
dever jurídico sucessório da obrigação, devendo restabelecer o prejuízo causado pelo não cumprimento da
obrigação.
            Haverá responsabilidade civil quando o dever jurídico originário for inobservado, ou seja, o autor do
dano deixou de cumprir as normas legais, porque deixou de observar os preceitos legais.
            Assim determina Roberto Gonçalves, que o instituto da responsabilidade civil é parte integrada do
direito obrigacional, pois, a principal consequência da prática de um ato ilícito é a obrigação que acarreta,
para o  seu  autor de  reparar  o dano,  obrigação de natureza pessoal,  que  resulta  em perdas  e danos.[11]
(#_ftn11)
            Portanto, os atos ilícitos são aqueles que ocorrem em decorrência de ações ou omissões dolosas ou
culposas praticadas pelo agente, resultando em perdas e danos, surgindo o dever de indenizar ou ressarcir
o prejuízo que surgiu com a pratica de uma infração ao dever legal.
      Maria Helena Diz determina que:
 
A  responsabilidade  civil  aparece  como  uma  sanção,  sendo  consequência
jurídica que o não cumprimento de um dever produz em relação ao obrigado. A
responsabilidade  civil  constitui  uma  sanção  civil,  por  decorrer  de  infração  de
norma  dedireito  privado,  cujo  objetivo  é  o  interesse  particular,  e,  em  sua
natureza,  é  compensatória,  por  abranger  indenizações  ou  reparação  de  dano
causado  por  ato  ilícito,  contratual  ou  extracontratual  e  por  ato  ilícito[12]
(#_ftn12) .
 
            A sanção ocorre justamente porque foi praticado um ato ilícito; assim, surge à obrigação de alguém
responder  pelos  seus  atos,  neste  caso,  seria  o  autor  do  dano.  Causado  um  ato  ilícito  a  outrem  surge  a
consequência  do  dever  de  reparar  o  dano,  visto  que,  a  responsabilidade  civil  tem  natureza  jurídica  de
sanção.
                       Dessa  forma, salienta Caio Mario, que o  jurista deve  ir mais  longe, sentindo a necessidade de
identificar o autor do dano e oferecer a vitima a satisfação, afirmando a existência da lesão impondo uma
sanção ao causador do dano.[13] (#_ftn13)
            Ou seja, o ato gerador da responsabilidade civil está diante da pratica de um ato ilícito pelo fato de
descumprir uma norma legal prevista em lei, pois ao cometer um ato ilícito ocorrerá uma sanção, em que, o
autor deverá ressarcir ou indenizar o lesado, em decorrência de sua pratica.
            O artigo 186 do Código Civil juntamente com o artigo 927 do mesmo estatuto se complementam, pois
aquele que por ação ou omissão viola direito e  causa dano a outrem comete ato  ilícito  (CC,186) e quem
comete ato ilícito causar dano a outrem fica obrigado a repará­lo (CC, 927). Ou seja, se o dever  jurídico
originário  for  violado  surgia  o dever de  indenizar  o prejuízo  causado. Contudo o  ato deve  ser praticado
voluntariamente e que seja violado um direito, tendo em vista que a responsabilidade é sempre de cunho
patrimonial.
            Caio Mario define a responsabilidade civil como:
27/09/2015 Responsabilidade civil ­ Jus Navigandi
http://jus.com.br/imprimir/35720/responsabilidade­civil 4/15
A efetivação da reparabilidade abstrata do dano em relação a um sujeito passivo
da  relação  jurídica  que  se  formar.  Reparação  e  sujeito  passivo  compõem  o
binômio da responsabilidade civil, que então se enuncia como a sua incidência
na pessoa do causador do dano[14] (#_ftn14) .
 
                        Na  responsabilidade  civil  tem  a  finalidade  punitiva  ao  infrator  aliado  a  uma  necessidade
pedagógica, que é garantida a vitima junto à solidariedade humana[15] (#_ftn15) .
                       STOCO determina que quando realizado um ato que põe em risco o direito preexistente de outra
pessoa  e  este  ato  ser  caracterizado  como  dano,  seja  a  conduta  licita  ou  ilícita,  a  reparação  deve  ser
analisada[16] (#_ftn16) .
            Ou seja, é através da prática de um ato danoso que a responsabilidade civil surge para restabelecer
uma compensação ao lesado, em consequência do dano.
            Na lição de Maria Helena Diniz:
A responsabilidade civil é caracterizada através de uma atividade que acarrete
algum  tipo  de  prejuízo,  seja moral  ou  patrimonial,  visando  à  restauração  do
desequilíbrio  moral  ou  patrimonial  do  lesado,  tendo  como  temática  a
recomposição do statu quo ante, ou seja, a indenização ao direito de ressarcir.
 
            Os pressupostos da responsabilidade civil estão ligados à violação de um dever jurídico originário
que  quando  violado  surge  o  dever  jurídico  sucessivo  que  indeniza  o  prejuízo  existente.  Ou  seja,  a
responsabilidade civil se caracteriza como um dever jurídico porque ela recompõe o dano, porque houve a
violação do dever jurídico originário. [17] (#_ftn17)
2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA
            Não poderíamos deixar de falar a respeito da evolução histórica da responsabilidade civil dos seus
primeiros  tempos  e  de  seu  desenvolvimento  em  geral,  que  por  sua  vez  apresenta  uma  evolução
pluridimensional, abrangendo e dando destaque ao Direito Romano que foi o marco gerador da referida
responsabilidade, o Direito Frances, o Direito Português, e por fim o Direito Brasileiro.
            2.1.  Direito Romano
                       O Direito Romano contribuiu muito para que os  estudiosos  chegassem a um conceito que diz
respeito à responsabilidade civil.
            É certo que na origem da evolução histórica da responsabilidade, a ideia que prevalecia era a da
vingança privada, que ganhou espaço com o surgimento da Lei das XII  tabuas. Neste momento, não se
cogitava da ideia de culpa.
            O que se cogitava inicialmente era a vingança realizada pelas próprias mãos, existindo a punição do
mal pelo mal, “A lei do Talião”, em que, não existindo acordo entre as partes a vitima agredia o ofensor da
mesma forma que este o havia ofendido. A regra era a do “olho por olho dente por dente”.
            Inicialmente a este tipo de regra se dava pela vingança, da justiça feita pelas próprias mãos, pois
não havia um estado para  regular as normas. Se alguém causasse um dano a outrem sofreria o mesmo
dano que cometeu. Era a chamava vingança coletiva.
27/09/2015 Responsabilidade civil ­ Jus Navigandi
http://jus.com.br/imprimir/35720/responsabilidade­civil 5/15
            Com surgimento da Lei das XII Tabuas o poder público vedou a vitima fazer justiça com as próprias
mãos, prevalecendo, neste momento, a responsabilidade objetiva.[18] (#_ftn18)
            “A Lex aquilia de danno, atribui a origem do elemento culpa, dando fundamento na reparação do
dano”[19]  (#_ftn19)  , ou  seja,  essa  lei  foi  o   marco  gerador  da  responsabilidade  subjetiva,  visto  que,  só
ocorria a responsabilidade se houvesse o elemento culpa.
            Esta Lei estabeleceu uma forma de indenizar a vitima em decorrência do dano sofrido, passando o
estado a assumir a punição. Surgiu uma composição, uma multa, em vez da vingança. Dava­se dinheiro
para compensar o dano.
            Com o surgimento da Lex Aquilia de Danno, surge à reparação do dano, uma responsabilidade civil
moderna, dando a idéia do dever de reparar o dano. Foi no Código de Napoleão que foram estabelecidos os
pressupostos da responsabilidade, que se subdividem em: conduta, nexo de causalidade, e dano.
            2.2 Direito Francês
                       A culpa não era o único fundamento da responsabilidade civil para o direito francês, porque os
franceses baseavam­se também no risco, em que, a responsabilidade seria objetiva, porque se aplicava a
indenização independente da culpa.[20] (#_ftn20)
                       O  risco é um  fundamento nos casos específicos em  lei, quando o autor  realizar uma atividade
colocando em risco o direito de outrem, ou seja, a culpa não deixa de existir no direito francês, pois o risco
se objetiva com a culpa do autor.
Os  legisladores  aperfeiçoaram  o  entendimento  romano,  estabelecendo  um  principio  geral  da
responsabilidade civil. Este princípio  tem o  fundamento aquiliano, de que, mesmo que o dano causasse
uma pena levíssima, o causador do dano teria a obrigação de indenizar quem sofreu o dano.[21] (#_ftn21)
A teoria do risco fundamenta a responsabilidade objetiva. Aquele que exerce uma atividade de risco deve
assumi­lo  sem colocar um  terceiro  a disposição deste  risco. Nesta  teoria não  se  fala  em dolo ou  culpa,
exclui­se a responsabilidade objetiva nas hipóteses de caso fortuito ou culpa exclusiva da vitima ou de um
terceiro.
2.3. Direito Português
            Inicialmente não existia a diferença entre responsabilidade civil e responsabilidade criminal, devido
a influencia do cristianismo.[22] (#_ftn22)
                          Após  a  invasão  árabe,  aconteceu  a  divisão  de  entendimento  entre  a  responsabilidade  civil  e
responsabilidade criminal. Ficou determinado que a responsabilidade civil ocorresse nos casos de dolo ou
culpa, se houvesse violação ao direito de outrem.
            Havendo geração de uma indenização ao lesado pelos danos sofridos, nãohaverá a indenização
independentemente da culpa nos casos expressos em lei.[23] (#_ftn23)
            2.4.  Direito Brasileiro
            No inicio a reparação era fundamentada na condenação criminal, porém com a criação do código
criminal em 1830, houve a dissolução do código civil e criminal,  fundamentado na base da  justiça e da
equidade, prevalecendo à reparação natural.[24] (#_ftn24)
                       Como menciona Gonçalves, a  responsabilidade era vista como uma reparação condicionada à
condenação criminal. Posteriormente, a esse entendimento surgiu à chamada teoria do risco, teve a ideia
de atividade perigosa era fundamental na responsabilidade civil; na qual, o agente só estaria livre da culpa
se provasse que tomou todas as medidas para evitar o dano.[25] (#_ftn25)
27/09/2015 Responsabilidade civil ­ Jus Navigandi
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2. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA X RESPONSABILIDADE OBJETIVA
            A responsabilidade subjetiva se relaciona ao dano seja culposo ou doloso, visto que, o autor atua
com  negligencia,  imprudência  ou  imperícia,  ou  seja,  o  autor  comete  um  ato  ilícito.  Assim  surge  a
obrigação de indenizar, em decorrência do ato ilícito.[26] (#_ftn26)
                       Na responsabilidade subjetiva devem estar presentes os elementos da culpa e do dano, para que
exista a indenização, ou a recomposição do dano sofrido pela vitima.
            Observa Pablo Stolze e Pamplona Filho, que o principio que sustenta a responsabilidade subjetiva é
aquela em que cada um responde pela própria culpa, porque faz uso do ônus da prova. Por outro lado, a
jurisprudência deixa  claras  situações  em que  a  responsabilidade  é  atribuída  a um  terceiro,  causador do
dano,  tratando­se  de  uma  responsabilidade  civil  indireta,  porque  a  culpa  neste  caso  é  presumida.[27]
(#_ftn27)
            A responsabilidade subjetiva é conhecida também como teoria da culpa, em que esta sempre se fará
presente,  pois,  não  havendo  culpa  não  haverá  a  responsabilidade,  e  consequentemente  não  haverá  a
indenização do dano.
            Pondera Carlos Roberto Gonçalves:
Diz­se,  pois,  ser  ‘subjetiva’  a  responsabilidade  quando  se  esteia  na  idéia  de
culpa. A prova da culpa do agente passa a ser pressuposto necessário do dano
indenizável. Nessa concepção a responsabilidade do causador do dano somente
se configura se agiu com dolo ou culpa[28] (#_ftn28) .
 
 
                       Ou seja, o pressuposto “culpa” é um elemento fundamental para caracterizar a responsabilidade
subjetiva,  uma  vez  que,  sem  a  culpa,  o  agente  causador  do  dano não  se  responsabiliza  civilmente  pelo
dano, e não haverá o ressarcimento desse dano.
            A culpa é o marco gerador da responsabilidade subjetiva, porque só podemos nos referir à teoria da
culpa quando estamos diante do dano, causado por um individuo dotado de culpa, visto que, se não houver
culpa não há que se falar em responsabilidade subjetiva.
            A responsabilidade subjetiva deriva da ocorrência de atos ilícitos, em que, se encontra contraria a
lei, é como está prescrito no artigo 186 do Código Civil: “CC Art.186: “Aquele que por ação ou omissão
voluntaria, negligente ou imprudente, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente,
comete ato ilícito”. Os atos ilícitos serão revertidos em indenizações para a vitima do dano”.
            Caio Mario assevera:
Na  teoria  da  responsabilidade  subjetiva,  o  que  sobressai  no  foco  das
considerações  e  dos  conceitos  é  a  figura  do  ato  ilícito,  como  ente  dotado  de
características próprias e identificado na sua estrutura, nos seus requisitos, nos
seus efeitos, e nos seus elementos[29] (#_ftn29) .
 
            Com a responsabilidade subjetiva o autor tem a obrigação de indenizar a vitima, ou de repará­lo,
abrangendo o comportamento culposo do agente, assim como o seu dolo. A responsabilidade  liga­se ao
agente e ao seu dano, pois a vitima tem direito de cobrar ao autor a sua reparação, sendo assim, o autor
tem a obrigação de repará­lo.  [30] (#_ftn30)
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            Na responsabilidade subjetiva observa­se que a conduta do agente deve ser voluntária, comissiva ou
omissiva,  dolosa  ou  culposa,  violadora  de  um direito. Deve  existir  o  nexo  causal  que  é  uma  relação  de
causa e efeito e temos o dano, que se não estiver presente não se fala em responsabilidade subjetiva.
            Portanto, a responsabilidade só se caracteriza com o elemento fundamental a “culpa”, pois, através
do  ato  ilícito,  surge  o  dever  de  indenizar  a  vitima,  este  colocou  em  risco  a mesma. A  responsabilidade
subjetiva só esta presente nos casos a que ocorrer culpa do agente.
                        É  importante  frisar  que  a  doutrina majoritária  brasileira  adota  a  responsabilidade  subjetiva,
fundamentada no artigo 186 do Código Civil, surgindo o dever e obrigação de reparação.
            Caio Mario em sua obra deixa bem claro que o “principio da responsabilidade civil encontra larga
ressonância como fonte obrigacional, respondendo pela reparação o causador de um dano à pessoa ou os
bens de outrem[31] (#_ftn31) ”.
                        Por  outro  lado, nos deparamos  com a  responsabilidade objetiva. Não  existe  culpa  sendo  esta
irrelevante na conduta do agente.
            Observa Pablo Stolze e Pamplona Filho:
Segundo tal espécie de responsabilidade, o dolo ou culpa na conduta do agente
causador  do  dano  é  irrelevante  juridicamente,  haja  vista  que  somente  será
necessário a existência do elo de causalidade entre o dano e a conduta do agente
responsável para que surja a dever de indenizar[32] (#_ftn32) .
 
            O que fundamenta a teoria objetiva é a relação existente entre o dano e o nexo causal. Existindo
estes fundamentos fala­se em reparação do dano, independentemente se o dano ocorreu em decorrência de
culpa ou não. O que fundamenta é a atividade exercida pelo agente.
                       STOCO faz uma breve citação em sua obra ressaltando “Von Iherinh” determinando que existe
responsabilidade  sem  culpa,  pois  no  artigo  37,  §  6º  da  constituição  federal  de  1988  diz  que  há
possibilidade de responsabilidade objetiva nas hipóteses especificas e leis especiais que afastam a teoria
subjetiva da culpa, exemplificando o Código De Defesa do Consumidor.[33] (#_ftn33)
            A responsabilidade objetiva de acordo com a constituição federal é legal nos casos previstos em lei e
nas  leis  esparsas.  O  CDC,  entre  outros,  que  não  se  baseiam  na  culpa,  apenas  na  conduta  do  agente
analisando se houve dolo e nexo de causalidade.
            Na responsabilidade objetiva, não existe a comprovação da culpa do agente, para que este repare a
vitima, em determinados casos temos a culpa presumida em outros ela é prescindível[34] (#_ftn34) .
            Pondera STOCO:
Ao se encaminhar para a especialização da culpa, ocorre uma inversão do ônus
probandi. Em certas circunstancias, presume­se o comportamento culposo do
causador do dano, cabendo­lhe demonstrar a ausência de culpa, para se eximir
do dever de indenizar. Foi um modo de afirmar a responsabilidade civil, sem a
necessidade de provar o lesado à conduta culposa do agente, mas sem repelir o
pressuposto subjetivo da doutrina[35] (#_ftn35) .
 
 
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            Ocorre o ônus da prova, porque a culpa do agente foi presumida, assim apenas prova­se a ação ou
omissão e o dano.
            Explica Gonçalves, “quando a culpa é presumida, inverte­se o ônus da prova. O autor da ação só
precisa  provara  sua  ação  ou  omissão  e  o  dano  resultante  da  conduta  do  réu,  porque  sua  culpa  já  é
presumida. Se o réu não provar a existência das excludentes será considerado culpado, pois sua culpa é
presumida”.[36] (#_ftn36)
            STOCO menciona Alvino Lima que em sua obra menciona:
O reconhecimento da presunção de culpa um dos instrumentos técnicos que se
utilizaram para a  abertura de  caminho para a  aceitação da doutrina objetiva,
apontada ao lado da teoria do abuso de direito e da culpa negativa(Alvino Lima,
Culpa e risco.n.8p.43).[37] (#_ftn37)
 
            A responsabilidade objetiva caracteriza­se também, pela teoria do risco, que “inspira­se em razões
de  ordem  pratica  e  de  ordem  social”  (Mario,  p.19),  visto  que,  qualquer  pessoa  no  exercício  de  uma
atividade põe e cria risco à terceiro.
Caio Mario conceitua o risco quando alguém realiza uma atividade e põe em risco a vida de terceiros, sendo
certo  que  aquele  responderá  pelos  danos  gerados  seja  pela  imprudência,  negligencia  ou  imperícia,
caracterizando um erro de conduta, configurando a teoria do risco.[38] (#_ftn38)
            Gonçalves explana:
Uma das teorias que procuram justificar a responsabilidade objetiva é a teoria
do risco. Para esta teoria, toda pessoa que exerce alguma atividade cria um risco
de dano para terceiros. E deve ser obrigada a repará­lo, ainda que sua conduta
seja isenta de culpa. A responsabilidade civil desloca­se da noção de culpa para
a idéia de risco, ora encarada como ‘risco­proveito’, que se funda no principio
segundo o qual é reparável o dano causado a outrem em consequência de uma
atividade  realizada  em  beneficio  do  responsável  (ubiemolumentum,  ibionus),
ora mais genericamente como  ‘risco criado’, a que se subordina  indagação de
culpa expuser alguém a suportá­la[39] (#_ftn39) .
 
            A teoria do risco exprime idéia de que todo aquele ao realizar uma atividade cria um risco ao outro,
risco este que quando constatado surge à obrigação de reparar ainda que inexista culpa.
            O artigo 927 parágrafo único do código civil estabelece que, “haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos específicos em lei, ou quando a atividade normalmente implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.
            Gonçalves em sou obra cita o ilustre professor Miguel Reali observa:
Responsabilidade  subjetiva,  ou  responsabilidade  objetiva?  Não  há  que  fazer
essa alternativa. Na realidade, as duas formas de responsabilidade se conjugam
e  se  dinamizam.  Deve  ser  subjetiva  como  norma,  pois  o  individuo  deve  ser
responsabilizado,  em principio,  por  sua  ação ou omissão,  culposa  ou dolosa.
Mas isto não exclui que, atendendo à estrutura dos negócios, se leve em conta a
responsabilidade  objetiva.  Este  é  um  ponto  fundamental.  (REALE,  Miguel,
Instituições de direito civil, v.3,p.507 )[40] (#_ftn40) .
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                        Ao  explanar  sobre  a  responsabilidade  subjetiva  e  responsabilidade  objetiva,  ambas  tem  seus
fundamentos marcantes, porém a responsabilidade subjetiva com culpa é a que prevalece como legal no
nosso ordenamento jurídico, mas sem deixar de considerar a responsabilidade objetiva, ou seja, a teoria
do risco, uma vez que é aceita no direito positivo brasileiro.
            A responsabilidade subjetiva é aquela que obrigatoriamente se faz presente a culpa e o dano, para
que  surtam os  efeitos da  reparação  civil,  ou melhor, da  recomposição patrimonial do dano  sofrido. Por
outro  lado,  na  responsabilidade  objetiva  deixa  de  observados  o  dano  e  a  culpa  do  agente  para  que  a
reparação civil  faça valer seus efeitos jurídicos, pois é através do risco do dano que se pode identificar o
grau da indenização.
1.  PRESSUPOSTOS
            Os pressupostos que fundam a responsabilidade civil estão descritos no artigo 186 do Código Civil:  
“Aquele que por ação ou omissão voluntaria, negligente ou imprudente, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente, comete ato ilícito”.
            Sendo assim, os pressupostos subdividem em:
1.  Conduta (comissiva ou omissiva);
2.  Nexo de causalidade;
3.  Culpa.
            Apenas o autor do dano fica responsável em indenizar o lesado, quando em sua conduta encontram­
se os pressupostos, mostrando que ele cometeu um ato ilícito.
1.  Conduta (Ação ou omissão)
                        A  ação  e  omissão  são  os  elementos  primários  de  um  ato  ilícito[41]  (#_ftn41)  ,  porque  esses
pressupostos finalizam­se através da conduta humana. Eles são o marco da responsabilidade civil.
            Frederico Marques citado na obra de STOCO descreve a ação e omissão como:
A  conduta  humana  relevante  para  essa  responsabilização  apresenta­se  como
‘ação’  ou  como  ‘omissão’. Viola­se  a norma  jurídica,  ou através de um  facere
(ação), ou de um non facere(omissão). ‘uma outra conduta se situam no campo
naturalístico do comportamento humano, isso é, no mundo exterior, por serem
um ‘trecho da realidade’ que o direito submete, ulteriormente, a juízo de valor no
campo normativo.  (MARQUES, José Frederico,  tratado de direito penal, 2 ed.
São Paulo, saraiva, 1955, pp. 40­41)[42] (#_ftn42)
 
 
            A ação e omissão ambas se complementam, porque a omissão é o cumprimento da ação e a ação é
uma conduta humana ilícita.
            Gonçalves explica que a ação e omissão se referem a qualquer pessoa que cause dano a outrem. A
responsabilidade pode ser por ato próprio, ato de terceiro e ate mesmo de danos causados por coisas ou
animais. [43] (#_ftn43)
            Sendo assim, a ação e omissão acorrem através da conduta humana, ou seja, na ocorrência de um
ato ilícito.
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            Caio Mario explana:
Cumpre, todavia, assinalar que se não insere, no contexto de ‘voluntariedade’ o
propósito  ou  a  consciência  do  resultado  danoso,  ou  seja,  a  deliberação  ou  a
consciência  de  causar  prejuízo.  Este  é  um  elemento  definidor  do  dolo.  A
voluntariedade pressuposto na culpa é a da ação em si mesma. Quando o agente
procede  voluntariamente,  e  sua  conduta  voluntaria  implica  ofensa  ao  direito
alheio advém o que classifica como procedimento culposo. [44] (#_ftn44)
 
                       A ação é um ato voluntario, que parte  justamente da ação do agente onde, seu comportamento
resulta em uma ação culposa.
            A omissão (non facere) atinge um bem jurídico tutelado, porque é uma conduta negativa; o agente
não realizou determinada ação, visto que,a essência da omissão esta no não agir  de forma determinada.
[45] (#_ftn45)
            Mais uma vez, STOLCO cita Frederico Marques:
A  omissão  é  uma  abstração,  um  conceito  de  linhagem puramente  normativo,
sem base naturalística. Ela aparece, assim, no fluxo causal que liga a conduta
ao  evento,  porque  o  imperativo  jurídico  determina  um  facere  para  evitar  a
ocorrência do resultado e interromper a cadeia de causalidade natural, e aquele
que  devera  praticar  o  ato  exigido  pelos  mandamentos  da  ordem  jurídica,
permanece  inerte  ou  pratica  ação  diversa  da  que  lhe  é  imposta[46]  (#_ftn46)
(MARQUES, José Frederico, tratado de direito penal, 2 ed. São Paulo, saraiva,
1955, pp.49­50)[47] (#_ftn47)
 
1.  Culpa
            Este pressuposto não tem um conceito definido. Há uma ausência desde o código de 1915, e esta
ausência perdura até hoje na legislação vigente.
            A culpa ocorre em decorrência de um ato negligente ou imprudente do autor do fato, já o dolo é a
ação ou omissão[48] (#_ftn48) , é a vontade conscientede violar um direito.[49] (#_ftn49)
            Gonçalves explana:“Para obter a reparação do dano, a vitima geralmente tem de provar o dolo ou
culpa strictu sensu do agente, segundo a teoria subjetiva adotada em nosso diploma civil[50] (#_ftn50) ”.
            A culpa deve estar presente na conduta do agente para que a vítima possa requerer o direito a uma
reparação a seu status quo ante, com fundamento na responsabilidade subjetiva adotada no ordenamento
jurídico brasileiro, Só há responsabilidade civil objetiva, quando há culpa na ação do agente.
            STOLCO complementa salientando que a culpa em sentido estrito é do comportamento equivocado
do  agente,  despida  da  intenção  de  violar  direito  ou  lesar,  mas  exigir  um  comportamento  diverso[51]
(#_ftn51) .
                        Significa  dizer  que  a  culpa  é  uma  decorrência  da  conduta  humana  em  que,  o  agente  age
voluntariamente, sendo assim, este se responsabiliza civilmente pelo seu ato.
            Caio Mario pondera a culpa como uma violação de uma norma preexistente; sempre haverá uma
conduta quando uma pessoa deixa de obedecer uma regra, desequilibra a conduta social, visto que, para
que a responsabilidade civil desde que, caracterizada deve ocorrer um dano a alguém.[52] (#_ftn52)
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            O ato ilícito é aquele praticado contra jus, sendo assim, contra a lei, Quem comete um ato culposo,
comete  um  ato  que  não  está  dentro  das  normas  legais  caracterizando­se  um  ato  ilícito,  surgindo  à
obrigação de reparar.
            Na culpa ocorre um erro de conduta que abrange também o dolo em sentido estrito, pois ocorre uma
conduta voluntaria do agente[53] (#_ftn53) .
                        Existem  várias  modalidades  de  culpa,  como  a  negligencia,  imprudência  e  imperícia,  culpa
contratual,  culpa  in  eligendo,  culpa  in  vigilando,  culpa  in  committendo,  culpa  in  omittendo,  culpa  in
custodiend, culpa in concreto e a culpa in abstracte.
1.  Nexo de Causalidade
            O nexo causal é de suma importância no momento da reparação, porque este só existirá se o nexo
causal estiver presente na ação culposa do agente.
            Sergio Cavalieri Filho explica: “O conceito de nexo causal não é jurídico, decorre das leis naturais,
constituindo apenas o  vinculo,  a  ligação ou  relação de  causa  e  efeito  entre  a  conduta  e o  resultado[54]
(#_ftn54) ”.
            A responsabilidade civil se completa com a presença do elemento da causalidade que se faz uma
junção entre a culpa e a conduta humana.
            O nexo causal é indispensável, quando o dano é causado pelo agente culposamente, sendo assim, se
caracteriza a causa apta a produzir o resultado, aquela que seja mais idôneo a realizar o evento danoso[55]
(#_ftn55) .
            O nexo causal é aquele que se relaciona ao momento propicio de alcançar o resultado, sendo assim,
o nexo se finaliza quando o resultado do dano se concretiza.
            Gonçalves determina que:
É a relação de causa e efeito entre ação e omissão do agente e o dano verificado
[...]  sem ela não existe  a obrigação de  indenizar. Se houver o dano, mas  sua
causa não esta relacionada com o comportamento do agente, inexiste a relação
de causalidade e também a obrigação de indenizar[56] (#_ftn56) .
 
 
                       Se o dano existe, mas o nexo causal não tem causa nem efeito, ou seja,  inexistindo o nexo de
causalidade, não se fala em responsabilidade civil, não há reparação do dano.
            Bem explica Sergio Cavalieri Filho:
Quando  o  sujeito  passivo  da  relação  processual  afirma  que  o  fato  se  deu  em
razão de caso fortuito, força maior culpa exclusiva da vitima, ou até mesmo por
fato de terceiro, em verdade está buscando demonstrar a inexistência de nexo de
causa e efeito entre ele e o resultado, pois ‘é possível’ que alguém se envolva em
determinado evento sem que lhe tenha dado causa[57] (#_ftn57) .
 
Nos casos em que o dano se faz presente mais este foi causado em decorrência de caso fortuito, força maior
ou culpa exclusiva de terceiro exclui a hipótese do nexo causal e, inexiste a obrigação de reparar o dano.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este  trabalho  buscou  trazer  a  responsabilidade  civil  desde  a  antiguidade  até  os  tempos  modernos,
chegando­se ao conceito atual e moderno.
Esperamos  que  este  trabalho  seja  capaz  de  esclarer  dúvidas,  trazendo  informações  de  situações
vivenciadas pela sociedade em nosso cotidiano.
A pesquisa teve o objetivo de trazer novos conhecimentos aos leitores, professores, profissionais do meio,
através de uma leitura simples e fácil de compreensão.
As doutrinas utilizadas, são verdadeiramente cientificas, buscando as melhores doutrinas específicas ao
ramo do trabalho, visto que, o esforço esteve sempre presente para buscarmos o melhor da atualidade.
O ramo da pesquisa foi destinado ao Direito Civil, tendo como base a Responsabilidade Civil.
O trabalho, em síntese, objetivou levar aos leitores o conhecimento aprofundado da responsabilidade civil,
na  qual  é  caracterizada  através  de  uma  atividade  que  acarretará  algum  tipo  de  prejuízo  moral  ou
patrimonial a outrem.
Portanto, foi analisando seus principais pontos, na qual a responsabilidade civil se caracteriza como um
dever jurídico, porque ela recompõe o dano causado, haja vista houve violação do dever jurídico originário
de outrem, surgindo assim o dever de indenizar.
   REFERÊNCIAS
BRASIL,  Código  Civil.  LEI  No  10.406,  DE  10  DE  JANEIRO  DE  2002.
(http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.406­2002?OpenDocument) Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm) >
CARVALIERI FILHO, Sérgio, Programa de Responsabilidade Civil. São Paulo: Atlas, 2007
DINIZ, Maria  Helena.  Curso  de Direito  Civil  Brasileiro,  7º  volume:  Responsabilidade  Civil.  São
Paulo: Saraiva, 2007
GAGLIANO,  Pablo  Stolze;  PAMPLONA,  Rodolfo  Filho. Novo  Curso  de Direito  Civil  volume  III:
Responsabilidade Civil. São Paulo:Saraiva, 2011
GONCALVES,  Carlos  Roberto,  Direito  Civil,  volume  4:  Responsabilidade  Civil.  São  Paulo:Saraiva,
2010
PEREIRA,Caio Mario, Responsabilidade Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2002
STOCO, Rui.Tratado de Responsabilidade Civil.São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004
[1] (#_ftnref1) PEREIRA,Caio Mario, Responsabilidade Civil, Rio de Janeiro: Forense, 2002. p.2
[2]  (#_ftnref2) DINIZ, Maria Helena, Curso de Direito Civil Brasileiro, 7º volume: Responsabilidade
Civil­ 21.ed.rev. e Atal de acordo com o novo CPC, São Paulo: Saraiva, 2007, p.11
[3] (#_ftnref3) GONCALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­ 5ª Ed. São
Paulo:Saraiva, 2010. p.25
[4] (#_ftnref4) GONCALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­ 5ª Ed. São
Paulo:Saraiva, 2010, p11
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[5] (#_ftnref5) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­ 5ª Ed. São
Paulo:Saraiva, 2010, p.25
[6] (#_ftnref6) PEREIRA,Caio Mario, Responsabilidade Civil, Rio de Janeiro: Forense, 2002. p.3­4
[7]  (#_ftnref7) DINIZ, Maria Helena, Curso de Direito Civil Brasileiro, 7º volume: Responsabilidade
Civil­ 21.ed.rev. e Atal de acordo com o novo CPC, São Paulo: Saraiva, 2007, p.11
[8]  (#_ftnref8) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil,  volume 4: Responsabilidade Civil­  5ª Ed.
São Paulo: Saraiva, 2010.p. 19
[9]  (#_ftnref9)DINIZ, Maria Helena, Curso de Direito Civil Brasileiro, 7º volume: Responsabilidade
Civil­ 21.ed.rev. e Atal de acordo com o novo CPC, São Paulo: Saraiva, 2007, p.5
[10]  (#_ftnref10)  DINIZ,  Maria  Helena,  Curso  de  Direito  Civil  Brasileiro,  7º  volume:
Responsabilidade Civil­ 21.ed.rev. e Atal de acordo com o novo CPC, São Paulo: Saraiva, 2007, p.7
[11]  (#_ftnref11) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­ 5ª Ed.
São Paulo, Saraiva, 2010.p.22
[12]  (#_ftnref12)  DINIZ,  Maria  Helena,  Curso  de  Direito  Civil  Brasileiro,  7º  volume:
Responsabilidade Civil­ 21.ed.rev. e Atal de acordo com o novo CPC, São Paulo: Saraiva, 2007, p. 8
[13] (#_ftnref13) PEREIRA,Caio Mario, Responsabilidade Civil, Rio de Janeiro: Forense, 2002.p. 11
[14] (#_ftnref14) PEREIRA,Caio Mario, Responsabilidade Civil, Rio de Janeiro: Forense, 2002, p.11
[15] (#_ftnref15) PEREIRA,Caio Mario, Responsabilidade Civil, Rio de Janeiro: Forense, 2002, p.11
[16]  (#_ftnref16)  STOCO, Rui­ Tratado de Responsabilidade Civil­  6ª.  Ed.  ver.,  atual.  E  ampl –São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2004 p.131.
[17]  (#_ftnref17) GONCALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­ 5ª Ed.
São Paulo: Saraiva, 2010.p.24
[18]  (#_ftnref18)  DINIZ,  Maria  Helena,  Curso  de  Direito  Civil  Brasileiro,  7º  volume:
Responsabilidade Civil­ 21.ed.rev. e Atal de acordo com o novo CPC, São Paulo: Saraiva, 2007, p.11
[19] (#_ftnref19) PEREIRA,Caio Mario, Responsabilidade Civil, Rio de Janeiro: Forense, 2002.p.4
[20]  (#_ftnref20)  DINIZ,  Maria  Helena,  Curso  de  Direito  Civil  Brasileiro,  7º  volume:
Responsabilidade Civil­ 21.ed.rev. e Atal de acordo com o novo CPC, São Paulo: Saraiva, 2007, p.12
[21]  (#_ftnref21) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­ 5ª Ed.
São Paulo: Saraiva, 2010, p. 26
[22]  (#_ftnref22) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­  5ª Ed.
São Paulo: Saraiva, 2010, pp. 26­27
[23]  (#_ftnref23) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­  5ª Ed.
São Paulo: Saraiva, 2010, p. 27
[24]  (#_ftnref24) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­  5ª Ed.
São Paulo: Saraiva, 2010, p.27
[25]  (#_ftnref25) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­  5ª Ed.
São Paulo: Saraiva, 2010, pp.27­28
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http://jus.com.br/imprimir/35720/responsabilidade­civil 14/15
[26]  (#_ftnref26) GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA, Rodolfo Filho. Novo Curso de Direito Civil
volume III: Responsabilidade Civil. 9.ed­ São Paulo: saraiva, 2011, p.55
[27]  (#_ftnref27) GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA, Rodolfo Filho. Novo Curso de Direito Civil
volume III: Responsabilidade Civil. 9.ed­ São Paulo: saraiva, 2011, p.56
[28]  (#_ftnref28) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­ 5ª Ed.
São Paulo: Saraiva, 2010, p. 48
[29] (#_ftnref29) PEREIRA,Caio Mario, Responsabilidade Civil, Rio de Janeiro: Forense, 2002.p.29
[30]  (#_ftnref30)  PEREIRA,Caio  Mario, Responsabilidade  Civil,  Rio  de  Janeiro:  Forense,  2002.,  p
30/32
[31] (#_ftnref31) PEREIRA,Caio Mario, Responsabilidade Civil, Rio de Janeiro: Forense, 2002., p.13
[32]  (#_ftnref32) GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA, Rodolfo Filho. Novo Curso de Direito Civil
volume III: Responsabilidade Civil. 9.ed­ São Paulo: saraiva, 2011, pp. 56­57
[33]  (#_ftnref33) STOCO, Rui­ Tratado de Responsabilidade Civil­  6ª. Ed.  ver.,  atual.  E  ampl –São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 148
[34]  (#_ftnref34) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­5ª Ed.
São Paulo: Saraiva, 2010, p. 48
[35]  (#_ftnref35) STOCO, Rui­ Tratado de Responsabilidade Civil­  6ª. Ed.  ver.,  atual.  E  ampl –São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 150
[36]  (#_ftnref36) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­ 5ª Ed.
São Paulo: Saraiva, 2010, p. 48
[37]  (#_ftnref37) LIMA, Alvino, Apud STOCO, Rui­ Tratado de Responsabilidade Civil­ 6ª. Ed. ver.,
atual. E ampl –São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p.150
[38] (#_ftnref38) PEREIRA, Caio Mario, Responsabilidade Civil, Rio de Janeiro: Forense, 2002, p.268
[39]  (#_ftnref39) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­ 5ª Ed.
São Paulo:Saraiva, 2010, p. 49
[40]  (#_ftnref40)  REALE,  Miguel  Apud  Gonçalves,  Carlos  Roberto,  Direito  Civil,  volume  4:
Responsabilidade Civil­ 5ª Ed. São Paulo:Saraiva, 2010, p. 51
[41]  (#_ftnref41)  STOCO, Rui­ Tratado de Responsabilidade Civil­  6ª. Ed.  ver.,  atual.  E  ampl –São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 131
[42]  (#_ftnref42)  ,MARQUES,  José  FredericoApudSTOCO, Rui­ Tratado de Responsabilidade Civil­
6ª. Ed. ver., atual. E ampl –São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 131
[43]  (#_ftnref43) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­  5ª Ed.
São Paulo: Saraiva, 2010, p.83
[44]  (#_ftnref44) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­  5ª Ed.
São Paulo: Saraiva, 2010, p. 94
[45]  (#_ftnref45) MARQUES, José Frederico Apud STOCO, Rui­ Tratado de Responsabilidade Civil­
6ª. Ed. ver., atual. E ampl –São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, 131­132
27/09/2015 Responsabilidade civil ­ Jus Navigandi
http://jus.com.br/imprimir/35720/responsabilidade­civil 15/15
[46]  (#_ftnref46) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­ 5ª Ed.
São Paulo, Saraiva, 2010, p. 53
[47]  (#_ftnref47)  ,MARQUES, José Frederico Apud STOCO, Rui­ Tratado de Responsabilidade Civil­
6ª. Ed. ver., atual. E ampl –São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 131
[48]  (#_ftnref48) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­ 5ª Ed.
São Paulo, Saraiva, 2010.p. 53
[49] (#_ftnref49) Agostinho de arruda Alvim, Da Inexecução das Obrigações e suas Conseqüências,
citada por STOCO, Rui­ Tratado de Responsabilidade Civil­ 6ª. Ed. ver., atual. E ampl –São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2004, p. 132
[50]  (#_ftnref50) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­ 5ª Ed.
São Paulo:Saraiva, 2010.p. 53
[51]  (#_ftnref51)  STOCO, Rui­ Tratado de Responsabilidade Civil­  6ª.  Ed.  ver.,  atual.  E  ampl  –São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2004 p. 132
[52] (#_ftnref52) PEREIRA,Caio Mario, Responsabilidade Civil, Rio de Janeiro, editora Forense, 2002.,
p.70
[53]  (#_ftnref53)  STOCO, Rui­ Tratado de Responsabilidade Civil­6ª.  Ed.  ver.,  atual.  E  ampl  –São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p.135
[54]  (#_ftnref54)  CARVALIERI  FILHO,  Sérgio,  Programa  de  Responsabilidade  Civil­  7.  Ed.  –  2.
Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2007, p. 48
[55]  (#_ftnref55)  STOCO,  Rui­  Tratado  de  Responsabilidade  Civil­6ª.  Ed.  ver.atual.  E  ampl  –São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 146
[56]  (#_ftnref56) GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil, volume 4: Responsabilidade Civil­  5ª Ed.
São Paulo:Saraiva, 2010., p. 54
[57]  (#_ftnref57)  CARVALIERI  FILHO,  Sérgio, Programa  de  Responsabilidade  Civil  ­  7.  Ed.  –  2.
Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2007, p. 43
Autor
Kerlla Juliana Rodrigues de Santana
Bacharela  em  Direito  pela  Faculdade  ASCES,  Pós­graduada  em  Direito  Civil  e
Processo Civil pela Faculdade Osman Lins­ FACOL.
Informações sobre o texto
Este  texto  foi  publicado diretamente pela  autora.  Sua  divulgação não  depende  de  prévia  aprovação  pelo
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