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Políticas públicas para a educação

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POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO 
Como as políticas públicas para a educação têm acompanhado e se 
diversificando para entender as contradições e pluralidade da sociedade 
brasileira? 
Os princípios que regem uma determinada época e uma dada sociedade, bem como as leis 
oriundas de seu contexto histórico e cultural são sistemas que interagem e cruzam influências. 
Assim, o sistema escravagista brasileiro teve um papel fundamental em todas as esferas da 
nossa sociedade. A peculiaridade da aplicação deste sistema no Brasil concernia na 
concentração do poder nas mãos de uma pequena minoria. As distâncias sociais eram tanto 
maiores à medida que se afastavam dos valores europeus. Isso fez que a aculturação e a 
“desafricanização”, por assim dizer, da grande massa excluída, aproximasse-se do modelo 
ideal do composto minoritário como viés para ascensão social, de chegar aos postos 
cobiçados, àqueles que davam maior liberdade, segurança e prestígio. Nesta perspectiva a 
aculturação aparece sob seu verdadeiro prisma que é o de ser uma luta pelo “status social”. As 
influências reflexas deste regime podem ser ainda observadas e simbolizam as heranças 
culturais e sociais que compõem o atual cenário brasileiro. 
Nas conjunturas contemporâneas, com o advento do desenvolvimento da tecnologia e da 
globalização, ganha um destaque cada vez maior a necessidade da mudança de paradigmas, 
tais como a estratificação e a inobservância das influências reflexas produzidas pela 
diversidade socioambiental brasileira. Ora, sendo o desenvolvimento de uma determinada 
sociedade analisado pelo grau de desenvolvimento intelectual de seus membros e, constituindo 
este um dos medidores de qualidade de vida (IDH), os investimentos na educação compõem 
premissa básica para um melhor desempenho em todos os demais setores. 
No Brasil, as problemáticas sociais e culturais refletem os frutos dos conflitos e das tensões 
ideológicas e ressaltavam as imperativas necessidades de mudança visando o bem comum, 
sendo este, fator preponderante na distinção da vitalidade de uma sociedade bem estruturada. 
A disparidade econômica entre as diversas regiões do país contribuem para má qualidade do 
ensino básico, sendo este um dos principais indicadores da falta de acesso destas massas ao 
ensino superior. No que concordam os autores Macedo, Trevisan Vettorato, Trevisan e 
Sperandeo de Macedo ao afirmarem que a prerrogativa da 
“(…) adequação desse sistema para o enfrentamento dos 
desafios da sociedade do conhecimento, em um país como 
o Brasil, deve necessariamente resolver três questões: a 
modernização do sistema, o efetivo aprimoramento da 
qualidade da educação brasileira em todos os níveis, graus 
e modalidades e a democratização do ensino promovendo 
a inclusão social.” 
(MACEDO et al, 2005, p. 27.) 
Durante longos anos este ingresso manteve-se restrito a uma determinada esfera social, 
demostrando uma evidente segregação classial e discrepância regional. Os baixos 
investimentos na educação básica e superior foram uma realidade marcante. Deste modo, 
afirma Schwartzman que, 
“Os sistemas de educação superior modernos tendem a 
desempenhar uma pluralidade de papéis frequentemente 
contraditórios, uma característica que se acentua ainda 
mais em uma sociedade tão profundamente estratificada e 
diferenciada como a brasileira. Parece ser mais 
recomendável reconhecer as diferenças, e tratar de 
responder a elas de forma pluralista, do que tratar de negá-
las pela via da imposição de igualdades formais, que 
tendem a intensificar ainda mais os processos de 
estratificação e de desigualdade. A educação superior 
brasileira já vem se diversificando na prática, e hoje ela 
pode ser descrita a partir de algumas de suas principais 
funções.” 
(SCHWARTZMAN, 1994, p. 39). 
Somente no ano de 2008, este setor ganha ajustamentos tangíveis mediante a introdução do 
plano de políticas públicas, as quais visavam a adoção de medidas adequadas a realidade de 
cada região, respeitando suas devidas singularidades. A busca pelo nivelamento inter-regional 
expande cada vez mais os investimentos nas universidades públicas, em especial no 
incremento destas, em zonas periféricas e subdesenvolvidas do território nacional, além da 
viabilização de tantos outros investimentos no setor privado, alavancando, deste modo, índices 
muito superiores ao esperado nos anos subsequentes. 
Diante deste novo cenário, ainda aquém do desejado, mas mais próximo do ideal esperado, 
observa-se que tais investimentos têm-se mostrado eficientes, possibilitando a expansão do 
acesso ao ensino básico e, consequentemente à educação superior às grandes massas 
marginalizadas. A tendência é que o nivelamento destas esferas sociais ocorra de forma 
progressiva, o que, por conseguinte, delineará uma nova estrutura social e cultural que 
começa, aos poucos, a ser composta. Esta previsão assertiva exigirá novas adequações e 
ajustes. E, mesmo que o Brasil ainda não “seja”, ele aproxima-se, cada vez mais do real ideal 
conceito de desenvolvimento e em como este deve vir a “ser”. A perspectiva é de que nós 
possamos, num futuro próximo, contemplar e vivenciar os reflexos positivos deste novo traçado 
nos mais diversos setores da nossa sociedade brasileira. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
ALBUQUERQUE, Wlamyra R. de; FRAGA FILHO, Walter. Uma história do negro no 
Brasil.Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais; Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006. 
FREYRE, Gilberto. Casa-grande & Senzala. Formação da família brasileira sob o regime da 
economia patriarcal. Global Editora. 48ª edição. Recife- Pernambuco, 2003. 
Guia de normalização de monografias, dissertações e teses / Rede de Bibliotecas do 
Senac São Paulo (organizadora) – São Paulo, 2013. 69 p. 
Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos / Comitê Nacional de Educação em 
Direitos Humanos. – Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da 
Educação, Ministério da Justiça, UNESCO, 2007. 76 p. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc> Acesso em: 24 Set. 2013. 
MACEDO, Arthur Roquete de. Educação Superior no Século XXI e a Reforma Universitária 
Brasileira. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.13, n.47, p. 127-148, abr./jun. 2005. 
SCHWARTZMAN, S. Aprendendo com os erros e os acertos do passado: pontos essenciais 
para a definição de políticas públicas de educação superior. Revista da Associação Brasileira 
de Mantenedoras de Ensino Superior. Estudos, ano 27, nº 39, dez-2010, p. 29-43. Disponível 
em:<http://archive.org/details/AprendendoComOsErrosEOsAcertosDoPassadoPontosEssenciai
sParaA> Acesso em: 24 Set. 2013. 
*PI entregue em 29/09/2013 03:58, reenviada com alteração em 30/09/2013 17:06. 
Marcelo de Toledo, postado em PSICOPEDAGOGIA EDUACAIONAL (grupo Facebbok, e FMU) em 02 de 
fevereiro de 2.017

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