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ROTEIRO DE ESTUDOS 4
PARTES E PROCURADORES
1. PARTES 
Tradicionalmente, conceitua-se como parte aquele que demanda em nome próprio a prestação jurisdicional do Estado – art. 18 CPC/15, ou mesmo a pessoa em cujo nome é demandada.
Em outras palavras, partes são o autor que demanda a tutela jurisdicional e o réu contra quem a atuação é postulada. 
Todavia, o conceito clássico de partes revela-se insuficiente, uma vez que o processo não envolve tão-somente o autor, réu e juiz, englobando, por vezes, outras pessoas (terceiros) que podem ingressar no processo em momento posterior à sua formação, seja para apoiar uma das partes principais, seja para defender interesse próprio. 
No processo do trabalho o autor é dominado reclamante e o réu de reclamado. 
1.2 Capacidade 
> Capacidade para ser parte: a capacidade para ser parte exige a “personalidade civil”, que, em relação à pessoa natural ou física, inicia-se com o seu nascimento com vida (art. 2.o do CC), muito embora a lei ponha a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
Quanto à pessoa jurídica, a sua “personalidade civil” inicia-se com a inscrição dos atos constitutivos no respectivo registro. 
Confere-se ainda a capacidade para ser parte aos denominados “entes despersonalizados”, como a massa falida, ou condomínio, o espólio, as sociedades e os órgãos desprovidos de personalidade jurídica etc. 
> Capacidade Processual: também conhecida como capacidade de estar em juízo (ou capacidade de fato ou de exercício), é a mesma outorgada pelo art. 70 do CPC, o qual estabelece que: “Toda pessoa que se encontre no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em juízo”. 
Portanto, adquirida a capacidade de ser parte, impõe-se verificar se os sujeitos do processo podem praticar os atos processuais pessoalmente, sem o auxílio ou acompanhamento de outras pessoas, ou seja, se possuem capacidade processual plena para se manterem na relação processual sem amparo de qualquer espécie. 
No direito do trabalho, a capacidade civil plena dos empregados, ou seja, a plena capacidade de, na qualidade de parte, estar em juízo sem a assistência ou representação (maioridade trabalhista), ocorre aos 18 anos (art. 792 da CLT). 
Ressalta-se que a CF/1988, art. 7.o, XXXIII, proíbe o trabalho noturno, perigoso e insalubre aos menores de 18 anos e de qualquer trabalho aos menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos.

Portanto, o menor de 16 anos não poderá trabalhar, salvo na condição de aprendiz (a partir dos 14 anos). No entanto, o art. 439 da CLT estabelece que: “É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 anos, dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento de indenização que lhe for devida”. 
Frise-se também que o art. 793 da CLT dispõe que as reclamações trabalhistas dos menores de 18 anos serão feitas por seus representantes legais, e, na falta destes, pela Procuradoria Regional do Trabalho, pelo sindicato profissional, pelo Ministério Público Estadual ou curador nomeado em juízo. 
Impende destacar que o Código Civil no art. 5o parágrafo único possibilita a emancipação do obreiro com menos de 18 anos nos seguintes casos: pela concessão dos pais, pelo casamento, pelo exercício de emprego público efetivo, pela colação de grau em curso de ensino superior ou pela existência de relação de emprego, desde que, neste último caso o, menor com 16 anos completos tenha economia própria 
> Capacidade postulatória: no âmbito do processo do trabalho, a capacidade postulatória, nas demandas envolvendo relação de emprego, é conferida também à próprias partes.

O princípio do jus postulandi da parte está consubstanciado no art. 791 da CLT, o qual estabelece que os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. 
Entretanto, o jus postulandi não prevalece no TST. Logo em caso de recurso de revista interposto, este deverá ser subscrito por advogado, assim como qualquer outro recurso que venha a tramitar no TST. Em outras palavras, o jus postulandi doravante somente prevalecerá nas instâncias ordinárias, conforme a súmula 425/TST. 
Súmula 425, TST. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
2. JUSTIÇA GRATUITA E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária será prestada pelo sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador. Desta feita, todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal terá direito a assistência judiciária prestada pelo sindicato. O benefício também é garantido ao trabalhador que perceber maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família (art. 14, § 1o, Lei 5584/70). Importante destacar que na assistência judiciária são cabíveis os honorários advocatícios reversíveis ao sindicato assistente. [Art. 16, Lei 5584/70]. 
Art. 14, Lei 5584/70. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador.

§ 1o. A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família. 
Art 16, Lei 5584/70. Os honorários do advogado pagos pelo vencido reverterão em favor do Sindicato assistente.

Os §2o e §3o do artigo 14 perderam sua eficácia, tendo em vista que a OJ 304, SDI – 1 do TST dispensa as exigências realizadas por estes dispositivos, firmando a posição de que atendidos os requisitos da Lei 5584/70 para a concessão da assistência judiciária, basta simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica.
 
OJ 304, SDI – 1, TST. Atendidos os requisitos da Lei 5584/70 (art. 14, § 2), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica. 
Portanto, “na assistência judiciária, temos o assistente (sindicato) e o assistido (trabalhador), cabendo ao primeiro oferecer serviços jurídicos em juízo ao segundo. A assistência judiciária gratuita abrange o benefício da justiça gratuita. 
Ressalte-se que no Processo do Trabalho a assistência judiciária gratuita é regida pela Lei 5584/70, de modo que a Lei 1060/50, juntamente com o art. 790, § 3o da CLT, regulamenta a justiça gratuita.

Cumpre destacar ainda que desde a LC 132 de 2009, que inseriu o inciso VII no art. 3o da Lei 1060/50, o beneficiário da Justiça Gratuita é também isento de depósito recursal. 
A justiça gratuita está prevista no artigo 790, §3 da CLT, que faculta aos juízes de qualquer instância conceder este benefício, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. 
OJ 305, SDI-1- TST HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REQUISITOS. JUSTIÇA DO TRABALHO (cancelada em decorrência da sua incorporação à nova redação da Súmula nº 219) – Res. 197/2015, DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015) Na Justiça do Trabalho, o deferimento de honorários advocatícios sujeita-se à constatação da ocorrência concomitante de dois requisitos: o benefício da justiça gratuita e a assistência por sindicato. 
SUM-219 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI na sessão do Tribunal Pleno realizada em 15.03.2016) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente:
a) estar assistida por sindicato da categoria profissional;
b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família (art.14, § 1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305 da SBDI-I).
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista.
III - São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego.
IV - Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90).
V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º).
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.
Nos termos do art. 18 da Lei 5584/70 o empregado não precisa estar associado para ter direito a assistência judiciária gratuita. In verbis: Art 18, CLT. A assistência judiciária, nos termos da presente lei, será prestada ao trabalhador ainda que não seja associado do respectivo Sindicato. 
Além disso, o art. 843 da CLT estabelece que na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes legais, salvo nos casos de reclamatórias plúrimas ou ações de cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representante pelo sindicato de sua categoria. 
Em caso de reclamatórias plúrimas (litisconsórcio ativo), ou ações de cumprimento (substituição processual),os empregados poderão se fazer presentes por meio de sindicato profissional. Isso ocorre porque, em regra, não haveria espaço na sala de audiências que possibilitasse a presença no recinto de todos os empregados interessados, normalmente apenas participando da audiência uma “comissão de representantes” dos litisconsortes ou substituídos. 
O empregador, por sua vez, consoante o art. 843, § 1o., consolidado, poderá fazer-se substituir pelo gerente ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento de fato, cujas declarações obrigarão o preponente.

O Tribunal Superior do Trabalho firmou entendimento, por meio da Súmula 377, no sentido de que , salvo, nos casos de ação proposta por empregado doméstico ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deverá ser, necessariamente, empregado da empresa. 
3. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
O TST adota corrente restritiva quanto aos honorários advocatícios sucumbenciais, estabelecendo nas súmulas 219 e 329 que, em regra, nas relações de emprego, não cabem honorários sucumbenciais no processo do trabalho, exceto em um caso, quando presentes dois requisitos cumulativos: reclamante beneficiário da justiça gratuita + assistido por advogado de sindicato da categoria. 
Nesse caso, os honorários são devidos entre um mínimo de 10% até o máximo de 20%, reversíveis ao sindicato da categoria. 
SUM-219 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI na sessão do Tribunal Pleno realizada em 15.03.2016) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente:
a) estar assistida por sindicato da categoria profissional;
b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família (art.14, § 1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305 da SBDI-I).
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista.
III - São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego.
IV - Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90).
V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º).
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.
Súmula 329. Mesmo após a promulgação da CF/88, permanece válido o entendimento consubstanciado no Enunciado no 219 do TST. 
Nos termos do art. 5° da IN 27/2005 do TST, cabem honorários em decorrência da mera sucumbência na Justiça do Trabalho quando se tratar de ações relativas à nova competência da Justiça do Trabalho, nos termos do art. 82, §2o, 84 e 85 do CPC, a razão de até 20%. IN 27/2005 
Art. 5o Exceto nas lides decorrentes da relação de emprego, os honorários advocatícios são devidos pela mera sucumbência. 
4. REPRESENTAÇÃO POR ADVOGADO 
Na Justiça do Trabalho faculta-se a representação do empregado e do empregador por advogado, porém, caso seja esta a opção da parte, o advogado deverá fazer constar nos autos a devida procuração. 
Sem este instrumento de mandato, não poderá ingressar nos autos. 
O artigo 103 a 111 do CPC, aplicável ao Processo do Trabalho (segundo o artigo 5o da IN 25/2005 do Tribunal Pleno do TST), ensina que sem instrumento de mandato, ao advogado não será admitido ingressar em juízo.
Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir no processo para praticar atos reputados urgentes. 
Nestes casos, o advogado obrigar-se-á, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 dias, prorrogável até outros 15 por despacho do juiz. 
> Mandato Tácito: 
A Justiça do Trabalho admite o "mandato tácito", ou seja, aquele advogado que comparece à audiência, representando o reclamante ou o reclamado, praticando atos processuais, cujo nome constou na ata de audiência, estará apto a defender seu cliente, muito embora não possua procuração nos autos. 
Embora boa parte da doutrina não diferencie mandato tácito de procuração apud acta, entendemos que as expressões não se confundem. O mandato tácito é formado em função do comparecimento causídico à audiência, representando qualquer das partes e praticando atos processuais, constando seu nome na ata de audiência. A procuração apud acta é conferida pelo juiz em audiência, por meio de ato formal, solene, devidamente registrado na ata de audiência. 
Vale mencionar que o mandato tácito apenas alcança os poderes do foro em geral, chamados ad judicia, não englobando os poderes previstos no art. 38 do CPC (confessar, transigir, desistir, receber e dar quitação, etc). 
Atenção ao Art. 791,§ 3o, CLT. A constituiçãode procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada. 
Atenção! O detentor de procuração apud acta (mandato tácito) não tem poderes para substabelecer (OJ 200, SDI-1, TST) 
As Súmulas 395 e 456 do TST tratam das condições de validade do mandato. 
Observe-se: 
Súmula 395, TST. MANDATO E SUBSTABELECIMENTO. CONDIÇÕES DE VALIDADE (conversão das Orientações Jurisprudenciais nos 108, 312, 313 e 330 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula estabelecendo aprevalência dos poderes para atuar até o final da demanda. (ex-OJ no 312 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003) 
II - Diante da existência de previsão, no mandato, fixando termo para sua juntada, o instrumento demandato só tem validade se anexado ao processo dentro do aludido prazo. (ex-OJ no 313 da SBDI-1 – DJ 11.08.2003)
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002). (ex-OJ no 108 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente. (ex-OJ no 330 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003) 
SUM-456 REPRESENTAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. PROCURAÇÃO. INVALIDADE. IDENTIFICAÇÃO DO OUTORGANTE E DE SEU REPRESENTANTE. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 373 da SBDI-1 com nova redação) - Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não contenha, pelo menos, o nome do outorgante e do signatário da procuração, pois estes dados constituem elementos que os individualizam.  
Segundo a Súmula 436 do TST, a União, Estados, Municípios e DF, suas autarquias e fundações públicas quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de procuração. 
SUM-436 REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PROCURADOR DA UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL, SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS. JUNTADA DE INSTRUMENTO DE MANDATO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 52 da SBDI-I e inser-ção do item II à redação) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de nomeação.
II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.
OJ 255 SDI-1, TST. MANDATO. CONTRATO SOCIAL. DESNECESSÁRIA A JUNTADA (atualizada pela Resolução n. 208 do TST, de 19.04.2016.
O art. 75, inciso VIII do CPC de 2015 (art. 12, VI, do CPC de 1973)  não determina a exibição dos estatutos da empresa em juízo como condição de validade do instrumento de mandato outorgado ao seu procurador, salvo se houver impugnação da parte contrária. 
5. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL 
Ocorre a substituição processual quando a parte, em nome próprio, pleiteia direito alheio, desde que autorizado por lei. Nesse sentido, estabelece o art. 18, do CPC: "Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado pro lei". 
A substituição processual, portanto, confere à parte legitimidade extraordinária, podendo o substituto praticar todos os atos processuais, como a prestação da petição inicial, da defesa, produção de provas, interposição de recursos, etc., não lhe sendo dado contudo, o direito de transigir, renunciar ou de reconhecer o pedido, uma vez que o direito material não lhe pertence, e sim ao sujeito da lide , ao substituído. 
O Supremo Tribunal Federal sempre concedeu uma interpretação ampliativa ao art. 8o, III, da Carta Maior, no sentido de que aos sindicatos restou assegurada a substituição processual geral e irrestrita, possuindo o mesmo legitimação extraordinária para agir em nome próprio na tutela dos interesses dos integrantes da categoria que representam. Curvando-se ao entendimento do Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior do Trabalho, por meio da Resolução 119/2003 (DJ 01.10.2003), cancelou o antigo Enunciado 310, que impedia a substituição processual ampla e irrestrita pelos entes sindicais, não mais havendo, portanto, a necessidade de arrolar na petição inicial os substituídos, conforme era exigido pelo Enunciado 310 do TST. 
6. SUCESSÃO PROCESSUAL 
A sucessão processual consiste na substituição das partes no curso do processo, podendo decorrer do ato inter vivos ou causa mortis.

A sucessão processual não se confunde com a substituição processual, uma vez que na sucessão de uma pessoa sucede a outra na relação processual, assumindo a titularidade de ação, seja no pólo ativo ou passivo, enquanto na substituição processual o substituto pleiteia , em nome próprio , direito alheio. 
A sucessão processual da parte pessoa física ocorre com a sua morte. Logo, falecendo o empregado ou o empregador no curso da ação, estes serão substituídos pelo espólio , representado pelo inventariante.

Vale destacar que, na maioria das vezes, em face da insuficiência econômica do obreiro e consequente inexistência de bens, não há inventário do empregado falecido. 
Nessa hipótese, haverá a habilitação no processo diretamente pelos dependentes habilitados perante a Previdência Social (Lei 6.858/1980, art. 1.o). Caso não haja dependentes inscritos perante a Previdência Social, os sucessores é que serão habilitados. 
Havendo a necessidade de inventário, em face da existência de bens do falecido ou de filhos menores, não haverá habilitação incidente imediata, devendo o processo laboral ser suspenso até a nomeação do inventariante. Após a nomeação do inventariante e sua habilitação incidente nos autos, o processo volta ao seu curso normal (ar. 265, I, c/c arts. 1.055 a 1.062, todos do CPC). 
Frise-se que, nos termos do art. 843, § 2.o, da CLT, a morte do empregador pessoa física não importa, necessariamente, em extinção do pacto laboral, tendo em vista que a atividade econômica pode continuar a ser desenvolvida pelos herdeiros, facultando se ao obreiro, neste caso, a permanência no emprego ou mesmo a resilição do contrato. 
Vale destacar que, se o empregador for pessoa jurídica, haverá sucessão processual nas hipóteses dos arts. 10 e 448 da CLT. Com efeito, sucessão de empregadores é a alteração subjetiva do contrato de trabalho (pólo do empregador), com a transferência da titularidade do negócio de um titular (sucedido) para outro (sucessor), assumido o novo titular do empreendimento todos os direitos e deveres existentes. 
Logo, caso a sucessão de empresas ocorra antes do ajuizamento da ação trabalhista pelo obreiro, a empresa sucessora será legitimada passiva para a lide. No entanto, se a sucessão se der no curso do processo, teremos mera alteração da titularidade da ação, passando a sucessora a responder, integralmente, pelos débitos trabalhistas, anteriormente de responsabilidade da empresa sucedida. 
7. LITISCONSÓRCIO 
O litisconsórcio é caracterizado pela existência de duas ou mais pessoas no pólo ativo ou no pólo passivo, ou em ambas as posições da relação jurídica. 
O litisconsórcio ativo ocorre quando no pólo ativo há presença de diversos autores litigando em face de um único demandado. Já no litisconsórcio passivo temos apenas um único autor litigando em face de vários réus. E por último, no litisconsórcio misto, vários autores demandam em face de diversos réus.

Na seara trabalhista o art. 842 da CLT estabelece que, sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser acumuladas num só processo, desde que se trate de empregados da mesma empresaou estabelecimento. Esta hipótese, conhecida como reclamatória plúrima, muito comum na Justiça do Trabalho, constitui- se, em verdade, numa hipótese de litisconsórcio ativo, formado pela reunião de vários empregados litigando em face do mesmo empregador. 
Em relação ao litisconsórcio passivo, também é muito comum a sua formação no âmbito laboral, como nos casos de ação trabalhista que tenham no pólo passivo empreiteiro principal e subempreiteiro, várias empresas do mesmo grupo econômico, empresa sucessora e sucedida, empresa fornecedora de mão-de-obra e tomador de serviços etc. 
O litisconsórcio será necessário quando a presença de todos os litisconsortes for essencial para a prestação da tutela jurisdicional pelo Estado. Em outras palavras, a relação processual apenas será considerada válida se estiverem presentes todos os litisconsortes necessários. 
O litisconsórcio facultativo é a regra, em que a reunião das partes se dá por opção delas, e não por imperativo de lei. Nesta hipótese, não se impõe a formação do litisconsórcio, mas tão-somente permite-se a sua existência, podendo a ação ser proposta por vários litigantes ou em face de diversos réus. 
O parágrafo único do art. 46 do CPC determina que o juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. Logo, o magistrado poderá restringir o número de litisconsortes de determinada demanda (limitação de litisconsórcio multitudinário ou litisconsórcio das multidões), evitando, com isso, que a quantidade excessiva de litigantes ocasione o retardo demasiado do andamento processual, postergando a solução da lide. 
O Tribunal do Trabalho tem adotado entendimento no sentido da impossibilidade da limitação pelo magistrado do número de autores numa demanda trabalhista, quando a matéria for unicamente de direito e a causa de pedir e o pedido forem homogêneos, em face da autorização legal prevista no art. 842 consolidado. 
O litisconsórcio será unitário quando a decisão da causa, obrigatoriamente, uniforme para todos os litisconsortes, como no exemplo já mencionado de propositura de ação anulatória de cláusula convencional proposta pelo Ministério do Trabalho em face dos entes sindicais convenentes. 
No litisconsórcio simples, também chamado de comum, a decisão não será necessariamente uniforme para todos os litisconsortes, existindo a possibilidade de decisões divergentes em relação a cada um dos litisconsortes.

O litisconsórcio inicial ou originário é o que se forma no momento da apresentação da petição inicial, com vários autores demandado conjuntamente ou mesmo sendo ofertada a ação em face de diversos réus. 
O litisconsórcio pode ocorrer após a distribuição da ação, sendo denominado ulterior ou superveniente, muito comum no caso de sucessão processual.

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