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Tumores do Epitélio Odontogênico 1 – Tumor Odontogênico Ameloblastoma: - Crescimento lento, infiltrativo e invasivo (sem tendência a metástase) – Atividade enzimática da cápsula (grandes proporções); - Região posterior da mandíbula, ramo ascendente; - 3º a 7º década de vida; - Assintomático; - Unicisticos, multicisticos ou periféricos; - Reabsorvem osso e estruturas dentárias; A – Unicistico (Citogênico): - 13% - Masculino = feminino - Idade inferior ao multicistico (+- 16 anos); - Região posterior da mandíbula; - Relacionado ao 3MI não erupcionado; - Radiolúcidez unilocular bem delimitada; - Reabsorção radicular; - Excisão ou marciopialização (diminuir tamanho e formar novas estruturas para poder retirar); B – Multicistico (Sólido/ Convencional): - 86% - Masculino = feminino; - 30 a 60 anos; - Região posterior da mandíbula, ramo ascendente; - Radiolucidez multilocular: BOLHAS DE SABÃO OU FAVOS DE MEL; - Halo esclerótico na periferia (crescimento lento); - Reabsorção das raízes; - Expansão das corticais ósseas; - Dor quando há infecção e compressão dos nervos; - Altos níveis recidivos - Diagnóstico diferencial: Ceratocisto 2 – Tumor Odontogêncio Ceratocisto ou Ceratinizante - Antes da formação do dente o epitélio se degenera e forma uma cavidade com substância líquida ou semi-sólida; - 10 a 40 anos de idade; - Mais comum em homens; - Região posterior da mandíbula, ramo ascendente; - Além de crescer através da atividade osmótica, cresce através da atividade enzimática da cápsula (não é mais considerado cisto); - Muito recidivante (cistos satélites); - Assintomático; - Área radiolúcida bem delimitada uni ou multilocular; - Dente retido podendo estar envolvido; - Aspecto histopatológico: Entre 5 a 8 camadas de epitélio pavimentoso estratificado, proeminente células basais em paliação com núcleo intensamente corado e superfície corrugada; Ortoceratinizados: não há cistos satélites, recidiva pequena, mas há grande chance de transformação maligna; Paraceratinizados: há cistos satélites, há muita recidiva, mas não há grandes chances de transformação maligna; -Diagnóstico diferencial: Cisto dentígero, cistos radiculares laterais, ameloblastoma (quase todos os cistos dependendo da localização); - Pessoas podem apresentar inúmeros ceratocistos - Qual a importância para o diagnóstico da Síndrome de Gorlin ou Carcinoma Nevoide Basocelular? Chegar ao diagnóstico do carcinoma basocelular (câncer de pele) - Acompanhamento: 0-5 - radiograficas anuais 6-Sempre – radiografias a cada 2 anos 3 – Tumor Odontogênico Calcificante – Pindborg - Presença de material amilvoide que pode se calcificar; - 20 a 60 anos; - Região posterior da mandíbula, região de pré molares a molares; - Homem=mulher; - Crescimento lento, invasivo, indolor; - Pode causar expansão da tábua óssea; - Radiolucidez uni ou multilocular com estruturas calcificadas em torno da coroa do dente - NEVE CONOIDAL - Ou lesão totalmente radiolúcida; - 3MI associado a 50% das lesões; 4 – Tumor Odontogênico Adenomatóide - Crescimento lento, progressivo e assintomático; - Jovens na 2º década de vida; - Predileção pelo sexo feminino; - Região anterior dos maxilares; - Folículo pericoronário inserido abaixo da junção cemento esmalte; - Expansão da tábua óssea; - Deslocamento dos dentes adjacentes; - Inicialmente apresenta-se como uma radiolucidez bem definida unilocular, vai amadurecendo e começa a apresentar áreas radiopacas no interior – FLOCOS DE NEVE - Há 2 tipos: Folicular: associado a dentes permanentes; Extradolicular: não associado a dentes; - Diagnóstico diferencial: Cisto dentígero, tumor odontogênico calcificante, cisto periodontal lateral, ameloblastoma, displasia fibrosa, etc. 5 – Mixoma Odontogênico - Crescimento lento, mais agressivo e infiltrativo; - Região posterior da mandíbula; - Lesões maiores têm expansão no osso envolvido; - Dentes deslocados ou reabsorvidos; - Radiotransparente uni ou multilocular, margens irregulares ou festonadas; - Trabéculas ósseas residuais, finas e arranjadas em ângulo reto – RAQUETE DE TÊNIS ou bolha de sabão; - Recidiva alta; - Biópsia aspirativa: líquido gelatinoso; 6 – Tumor Odontogênico Cementoblastoma - Crescimento que vem do cemento (nenhuma linha separa); - Área radiopaca circuscrito ao ápice radicular; - Frequetemente relacionada ao molar inferior; - Sintomatologia dolorosa; - Expansão das corticais ósseas; - Dente envolvido com vitalidade; - Reabsorção radicular; - Obliteração do espaço periodontal; - Recomenda-se a extração do dente ou amputação da raiz; - Diagnóstico diferencial: Osteoma; Escrerose óssea ou displasia cemento óssea; Hipercementose; 7 – Tumor Odontogêncio Odontoma - Produção de esmalte, dentina e cemento; - 2 tipo Composto: Região anterior da maxila Formas estruturas parecidas com dentes normais (padrão regular); Complexo: Região posterior das maxilas; Forma estruturas sem forma definida (padrão aleatório); Pode ser confundido com o osteoma - Radiograficamente apresenta coleções de estruturas radiopacas semelhantes ou não a dentes, de forma e tamanhos variados, circunscritos por uma linha radiotransparente; - Tratamento se faz cirurgia para remoção sem margem, extremamente conservadora, não é infiltrativa, não é recidiva; Lesões Fibro-ósseas dos Maxilares - Substituição do osso normal por tecido fibroso com contendo material mineralizado recentemente formado (osso ou cemento); - Comportamento autolimitante; - Evolução da fase osteolítica para fase osteoblástica; - Varia com idade e cor; - Distribuição da lesão; - Aspecto radiográfico; - Diagnóstico diferencial: varia conforme a fase predominante da lesão; 1 – Displasia Fibrosa - Monostótica e Polistótica; - Autolimitante; - Alteração do metabolismo ósseo: substituição de osso normal por proliferação excessiva de tecido fibroso celular entremeado com trabéculas ósseas irregulares; - Etiologia desconhecida: relação com a mutação pós-zigótica de gene GNAS1; A – Monostótica Características clínicas: - Acomete apenas um osso; - Aumento de volume unilateral; - Assintomática; - Mucosa integra e coloração normal (crescimento lento); - Mais frenquente na maxila; - 2º década de vida; - Dentes firmes, deslocados e com má oclusão; Características radiográficas: - Fase inicial radiolúcida; - Após imagem radiopaca expansiva difusa e homogênea; - Aspecto de VIDRO DESPOLIDO ou CASCA DE LARANJA pela sobreposição das trabéculas ósseas irregulares mal calcificadas e desorganizadas no interior da lesão; - Lesão parece misturar-se com osso; - Diminuição do espaço periodontal e ausência de lâmina dura; - Em tomografias podem ser percebidos adelgaçamento das corticais ósseas; Características histopatológicas: - Trabéculas ósseas irregulares imaturas em um estroma fibroso frouxamente organizado; - Assume formas curvilíneas, lembrando CARACTÉRES CHINESES; - Osso lesional se funde com osso normal (sem cápsula); B – Poliostótica Características clínicas: - Acomete mais de um osso; - Crânio facial: zigomático, esfenóide e occipital; - Poliesquelético: ossos longos (discrepância entre as pernas); - Sindrome de JAFFE: pigmentações cutâneas (manchas de café com leite); - Sindrome de McCune- Albright: pigmentações cutâneas (manchas de café com leite) e distúrbios endócrinos (maturação sexual precoce); Diagnóstico diferencial: - Fibroma Ossificante; - Osteomielite; e Osteosarcoma 2 – Displasias Ósseas - Condição comum e idiopática (sem causa definida, surgido espontâneamente); - Substituição de tecido ósseo por fibro-ósseo com origem próxima ao ligamentoperiodontal com mineralização; - Após atingir certo tamanho, estaciona seu crescimento; - Mulheres negras e de meia idade; A – Displasia Óssea Periapical: Características clínicas: - Substituição de tecido ósseo por cemento ósseo; - Ocorre na região apical de dentes anteriores da mandíbula; - Lesões múltiplas; - Mulheres de raça negra entre 30 e 50 anos; - Assintomáticos; - Dentes hígidos; - Autolimitante; - Descoberto em exame radiográfico de rotina; - Não necessita tratamento; Características radiográficas: - Áreas radiolúcidas e radiopacas periapicais (de acordo com o estágio); Estágios clássicos: Osteolítico: radiolúcido bem definido; Cementoblástico: rediolúcido contendo depósitos radiopacos nodulares; Maduro: radiopacidade bem definida; - Região anterior da mandíbula; - Preserva lâmina dura; - Sem linha de osteogênica; Características histopatológicas: - Matriz de tecido conjuntivo fibroso com presença de trabéculas ósseas neoformada e material tipo cemento; - Presença de células inflamatórias crônicas; Diagnóstico diferencial: - Osteolítico: lesões periapicais crônicas de origem pulpar (granuloma e cisto periapical); - Cementoblástico: odontoma; - Maduro: osteosclerose periapical idiopática, cementoblastoma, osteomielite esclerosante crônica focal; B – Displasia Óssea Focal Características clínicas: - Ocorre na região periapical dos dentes posteriores da mandíbula; - Não tem predileção por sexo, entre 3º a 6º década de vida; - Assintomática; - Dentes hígidos; - Descoberto em exame radiográfico de rotina; Características radiográficas: - Radiolúcidas, radiopacas e mistas; - Inicio: radiolúcido bem delimitado; - Intermediária: focos radiopacos no interior da massa radiolúcida; - Final: área radiopaca com limites radiolúcidos periféricos imprecisos; Diagnóstico diferencial: - Osteomielite crônica; Odontoma; e Cementoblastoma; C – Displasia Óssea Florida Características clínicas: - Mulheres de raça negra por volta dos 40 anos de idade; - Assintomáticos; - Descobertos no exame radiográfico de rotina; - Lesões múltiplas e bilaterais; Características radiográficas: - Múltiplas lesões intra-ósseas; - Radiolúcidas, radiopacas e mistas; - Bem definidas; Características histopatológicas: - Ilhas e trabéculas ósseas e material semelhante a cemento observados em matriz de tecido conjuntivo frouxo; - Células inflamatórias escassas; Diagnóstico diferencial: - Osteomielite crônica esclerosante difusa; - Cementoma giganteforme familiar; - Doença de Paget; 3 – Fibroma Ossificante - Formado por tecido fibroso contendo quantidades variadas de estruturas minerais (trabéculas ósseas, estruturas semelhantes a cemento e/ou ambos); - Mulheres da 3º a 4º década de vida; - Mais comum em mandíbula na região de pré e molares; Características clínicas: - Aumento de volume unilateral; - Assintomáticas; - Mucosa integra e coloração normal (crescimento lento); - Dentes firmes, deslocados e má oclusão; - Divergência ou reabsorção das raízes; Características histopatológicas: - Tecido fibroso que exibe graus de celularidade e contem material mineralizado; Características radiográficas: - Inicio: radiolúcida bem delimitada ou não por linhas radiopacas; - Intermediária: mineralização com pontos radiopacos no interior da lesão radiolúcida, com limites definidos circular ou oval; - Final: Imagem radiopaca circundada por linha radiolúcida Diagnóstico diferencial: - Displasia fibrosa; - Osteomielite; - Osteosarcoma; Lesões Ósseas Inflamatórias Osteomielites: - Processo inflamatório progressivo agudo ou crônico; - Inicia-se nos espaços medulares ou na superfície cortical e se estende além do seu sítio inicial; - Podem resultar infecções locais e sistêmicas; 1 – Osteomielite Aguda Supurativa - Disseminação do processo inflamatório infeccioso através dos espaços medulares; - Necrose do osso pela obstrução do suprimento sanguíneo através da presença do pus; - Isquemia óssea > osso infectado > necrose > seqüestro ósseo; Características clínicas: - Sinais e sintomas do processo agudo; - Dor intensa e profunda; - Febre, linfadenopatia, leucocitose; - Tumefação dos tecidos moles; - Pode ocorrer esfoliação de fragmentos de tecido ósseo necrótico (seqüestro ósseo); - Pode causar parestesia do lábio inferior; Características radiográficas: - Imagens radiolúcidas mal definidas, irregulares e difusa – ROIDO DE TRAÇO - Formação de seqüestro, reabsorção e neoformação óssea; Diagnóstico diferencial: - Abscesso periapical agudo; - Alveolite; - Actinomicose cervico facial; 2 – Osteomielite Crônica Supurativa - Infecção de baixa virulência ou crônificação de um processo agudo; - Produção de tecido de granulação na tentativa de renovação da área infectada; - Pode sofrer agudização; Características clínicas: - Sequelas de processo agudo; - Evolução lenta; - Tumefação dos tecidos moles; - Drenagem purulenta; - Fístula mucosa ou cutânea; - Episódios recorrentes de dor, aumento de volume e febre; - Fraturas patológicas; Características radiográficas: - Imagem radiolúcida mal definida, limites difusos; - Pode haver seqüestro ósseo; Características histopatológicas: - Tecido conjuntivo fibroso com infiltrado inflamatório entre as trabéculas ósseas; - Sequestros ósseos; Diagnóstico diferencial: - Displasia fibrosa; - Osteosarcoma; Osteomielites esclerosantes crônicas focais e difusas: - Infecção de baixa virulência e de ORIGEM DENTAL; - Sequelas de processo agudo; - Dentes com grande destruição coronária e necrose; - Focal (osteíte condensante): jovens; - Difusa: idosos - Podem persistir após a remoção do agente causador: Osteoesclerose 3 – Osteomielite Esclerosante Crônica Focal (osteíte condensante) Características clínicas: - Associada aos ápices dos dentes com grande destruição; - Indivíduos menores de 20 anos; - Mais freqüente na mandíbula; - Aumento de volume unilateral; - Consistência óssea; - Mucosa com coloração normal e raramente há dor; Características radiográficas: - Imagem mista ou radiopaca delimitada irregularmente por linha radiolúcida no ápice da raiz do dente com destruição; - Espessamento do espaço do ligamento periodontal (separa a raiz da lesão); Diagnóstico diferencial: - Cementoblastoma; - Hipercementose; - Displasias ósseas; 4 – Osteomielite Esclerosante Crônica Difusa - Mais comum em idosos; - Mais freqüente na mandíbula; - Áreas radiopacas e radiolúcidas indefinidas; Diagnóstico diferencial: - Osteoesclerose idiopática periapical; - Displasia óssea; - Doença de Paget; 5 – Osteomielite com Periostite Proliferativa (GARRÉ) - Infecção de baixa virulência de ORIGEM DENTAL; - Reação periostal em presença da inflamação; - Baixa virulência = resistência alta; - Periósteo afetado multiplica: forma lamelas; - Mais comum em pacientes jovens; - Pode ocorrer dor; Características clínicas: - Tumefação local na mandíbula; - Crianças e adolescentes; - Aumento de volume unilateral; - Crescimento rápido; - Consistência óssea; - Mucosa com coloração normal ou com eritema na pele; - Gânglios linfáticos satélites aumentadas; Características radiográficas: - Imagem radiolúcida ou mista com limites difusos; - Na radiografia oclusal se observa neoformação óssea em camadas – CASCA DE CEBOLA; Diagnóstico diferencial: - Sarcoma de Ewing; - Sarcomas; 6 – Osteonecrose - Forma de osteomielite causada por uso de medicamentos e radioterapia; Características clínicas: - Dor intensa; - Exposição óssea; - Mais comum em mandíbula; - Coloração cinza-amarelada;- Fístula óssea extrabucal; Características radiográficas: - Imagens radiolúcidas mal delimitadas, difusas – ROIDO DE TRAÇO - Presença de seqüestros ósseos; Doenças Imunológicamente Mediadas 1 – Estomatite Aftosa Recorrente Etiopatogenia: - Ínumeras hipóteses; - Destruição da mucosa bucal mediada por linfócitos T por: predisposição genética, estresse, deficiência nutricional, anormalidades hematológicas e insuficiências hormonais; Diagnóstico: - Clínico Diagnóstico diferencial: - Úlcera traumática; - Doença de Cronn (ilho terminal); - Síndrome de Behçet (bucais, genitais e oculares); Tratamento: - Corticóide tópico ou sistêmicos – Elixeres: Decron ou Oncilon AM - Orientação dietética; - Exames hematológicos; A – Afta Menor: - Forma mais comum (80%); - Lesão única, menor que 1cm de diâmetro; - Mucosa não ceratinizada; - Dolorosa; - Duração de 7 a 14 dias, sem deixar cicatriz; B – Afta Maior (Úlcera de Suton): - Manifestações mais graves da estomatite aftosa; - Lesão única, maior que 1cm de diâmetro (podem atingir 4 a 5 cm); - Mucosa não ceratinizada; - Dolorosa; - Duração de 15 a 45 dias, deixando cicatriz; C – Estomatite Herpetiforme: - Múltiplas úlceras de pequeno tamanho (entre 2 a 5mm); - Mucosa não ceratinizada; - Duração de 7 a 14 dias; - Recorrências pouco espaçadas; - Palato mole, bordo e ventre da língua; 2 - Líquen Plano (complemento) Diagnóstico: - Clínico; - Exames laboratoriais (Hemograma completo, FAN, Anti-DNA e Anti-HCV); - Biópsia – HE; Características histopatológicas: - Tecido epitelial de revestimento com hiperceratose, hiperplasia (dentes em serra); - Cerotinócitos em degeneração (Corpos de Civatte); - Liquefação da camada basal do epitélio; - Infiltrado linfoplasmocitário disposto em banda, adjacente ao tecido epitelial; Diagnóstico diferencial: - Reação liquenóide (reação alérgica ao metal) Tratamento: - Corticóide tópico ou sistêmico (quando sintomático); - Antifúngico; - Controle clínico; - Biopsiar se o LP for erosivo ou ulcerado ou quando houver dúvida de diagnóstico;
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