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Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Autor: Álef Lamark Contato:www.facebook.com/alef.lamark Página 1 Questões de Apendicite aguda Álef Lamark Alves Bezerra 1- Da entrada em seu plantão um jovem de 20 anos de idade com um quadro de dor abdominal difusa mais exacerbada em fossa ilíaca direita há 6 dias, associada a febre com calafrios, náuseas e vômitos, com diminuição do apetite. No momento encontra-se ictérico 3+/4+, referindo colúria. Os exames laboratorias que você solicitou evidenciaram: hemograma com leucocitose de 19000 com desvio para a esquerda, amilase normal, AST e ALT 92 e 99 respectivamente, sódio, potássio, uréia e creatinina normais, urina I evidenciou a presença de bilirrubinúria. Você solicitou uma ultrassonografia de abdome que evidenciou a presença de um bloqueio em fossa ilíaca direita, com líquido livre e borramento da gordura mesentérico-cólica daquela região. Você então solicita uma tomografia computadorizada de abdome total para melhor esclarecer o caso. A tomografia evidenciou os mesmos achados da ultrassonografia mais a visibilização do apêndice cecal espessado para 10mm. Você também se surpreende com uma imagem de gás nas veias mesentérica superior e porta evidenciada nesta tomografia. Com relação ao caso responda: a) Qual a principal hipótese diagnóstica? Apendicite aguda b) Qual o nome que se dá a presença de gás nas veias mesentérica superior e porta e explique a sua fisiopatologia? O nome não sei “A configuração própria do apêndice, de diâmetro pequeno e de comprimento longo, predispõe a obstrução da luz apendicular, o que leva ao aumento da secreção de muco pela mucosa apendicular distal à obstrução; seu lúmen reduzido leva à distensão da sua parede e a uma rápida elevação da pressão. A distensão estimula fibras nervosas aferentes, produzindo dor abdominal difusa, geralmente periumbilical seguida de náuseas e vômitos. Com o aumento progressivo da pressão intraluminal, a drenagem venosa diminui, o que desencadeia isquemia da mucosa. O evento seguinte é a trombose das pequenas vênulas e, ao continuar o fluxo arteriolar, a parede se torna cada vez mais edemaciada. A mucosa torna-se progressivamente isquêmica, surgindo ulcerações, levando à quebra da barreira mucosa e à invasão da parede apendicular pela flora bacteriana intraluminal. O processo inflamatório deflagrado progride, então, até atingir a camada serosa e, por contiguidade, o peritônio parietal vizinho, resultando na mudança da localização da dor, que passa a ser referida no quadrante inferior direito, associada à defesa localizada. A persistência da obstrução leva, finalmente, à necrose e à perfuração do apêndice. Além disso, a estase intraluminar contribui para o crescimento bacteriano e espessamento do muco. Nos casos de Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Autor: Álef Lamark Contato:www.facebook.com/alef.lamark Página 2 perfuração, forma-se abscesso bloqueado ou peritonite localizada que pode até evoluir para generalizada”? c) Como você melhor trataria este paciente? Realizaria apendicectomia, drenagem de abscessos e lavagem com soro fisiológico do campo operatório tão logo que possível. Um preparo pré-operatório deve ser prontamente instituído, com avaliação clínica do paciente, dieta zero, hidratação parenteral e reposição eletrolítica, e introdução de antibióticos no pré-operatório. 2- Com relação a apendicite aguda, marque a alternativa correta: a) Um leucograma normal, bem como o diferencial de células brancas no hemograma pode excluir o diagnóstico de apendicite aguda; b) A presença de hemácias e leucócitos no exame de urina I não faz parte da propedêutica diagnóstica da apendicite aguda;? c) O grau de anormalidade no diferencial global de glóbulos brancos , bem como a leucometria total, é correlacionado diretamente com a grau de anormalidade do apêndice cecal; d) Sintomas de apendicite aguda e anemia principalmente no idoso devem levantar a suspeita de neoplasia maligna de colon/ceco; e) Todas as afirmativas acima estão erradas 3- Deu entrada no PS um paciente de 19 anos de idade, com um quadro de dor abdominal há 6 dias mais exacerbada em fossa ilíaca direita, febril (39ºC), taquicárdico (FC: 92 bpm), ictérico 2+/4+, referindo náuseas e vômitos. Os exames de laboratório solicitados evidenciaram uma leucocitose de 22500 células/mm³ com desvio para esquerda, sódio, potássio, uréia e creatinina normais, amilasemia normal, AST e ALT de 98 e 97 (elevadas respectivamente), fosfatase alcalina e Gama GT normais, proteína C reativa de 82 (elevada), urina I com presença de leucócitos e bilirrubinas. Foi então solicitado uma tomografia do abdome que evidenciou os seguintes achados: presença de líquido livre em pequena quantidade em fossa ilíaca direita, com borramento da gordura mesentérico-cólica e bloqueio de epiplon e alças de delgado neste local, apêndice cecal com 9mm de diâmetro, presença de imagem compatível com ar em veias mesentérica superior e porta. Com relação ao caso, pede-se: a) Qual a principal hipótese diagnóstica? Apendicite aguda b) Interprete as imagens tomográficas a luz da história do caso clínico c) Qual a melhor conduta terapêutica para este paciente a partir de agora? Cirurgia
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