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QUÍMICA BIOINORGÂNICA Química Bioinorgânica Foco Principal: Íons metálicos e suas interações (estrutural e dinâmica) com os ligantes biológicos; E nas propriedades químicas que eles são capazes de exibir e conferir a um organismo vivo. As propriedades envolvem: • ligação com ligantes; • catálise; • sinalização; • regulação; • sensibilidade; • defesa e suporte estrutural. Estuda as espécies Inorgânicas em sistemas Biológicos Elementos Biologicamente Essenciais Elementos essenciais para o ser humano (requer diariamente: 25 mg) Elementos essenciais presumivelmente Exemplos: K, Mg, Fe, e Mo – necessidade universal (todos os organismos vivos) Ca – abundante nas formas de vidas superiores, mas pequena participação nos microorganismos; V – é usado por animais, plantas inferiores e algumas bactérias; Ni – é essencial para a maioria dos microorganismos e é usado pelas plantas, mas não existe evidência de participação direta nos animais. Essencialidade dos Elementos A essencialidade dos elementos é definida por: Uma deficiência fisiológica aparece quando o elemento é removido da dieta; A deficiência é avaliada pela adição deste elemento na dieta Uma função biológica é associada com o elemento. Todo elemento essencial segue uma curva de dose-resposta A falta pode causar sérios problemas de saúde, enquanto o excesso pode levar à morte As concentrações ideais de metais para manutenção da vida nos organismos podem variar de micrograma a gramas. Diagrama de resposta fisiológica a alteração na homeostase metálica Classes de Elementos Biológicos Elementos Químicos em Sistemas Biológicos podem ser divididos em: Elementos Predominantes - majoritários ( bulk): C, H, N, O, P, S Macrominerais e íons: Na, K, Mg, Ca, Cl, PO4 3-, SO4 2- Elementos traço: Fe, Zn, Cu Elementos ultratraço: (a) Não metais: F, I, Se, Si, As, B (b) Metais: Mn, Mo, Co, Cr, V, Ni, Cd, Sn, Pb, Li. Essencialidade dos Elementos Concentrações de metais: excesso (e) e deficiência (d) Anemia: Fe (d), Co (d), Cu (d), Mo(e) Doença pulmão: Si (e), Ni (e), Cr(e) Desordem psiquiátrica: Mn (e) Bócio: I (d e (e)) Problemas no coração (falha): Co (e) Convulsões: Mg (d) Doença de Wilson (manifesta sintomas neurológicos e doença hepática): Cu (d e (e)) Inibição do crescimento: Si, V, Ni, Zn, As, Mo, Mn (todos d) Essencialidade dos Elementos Conteúdo de Metal Corpo Humano Conteúdo de metal de um corpo humano ( 70 kg) Concentrações baixas: uso para catálise Não metais: Conteúdo de Metal Corpo Humano x Crosta Terrestre Exemplo: o Al apesar de apresentar uma abundância relativa extremamente significativa só se encontra disponível na crosta terrestre na forma de óxidos e hidróxidos insolúveis em pH fisiológico (6-8), o que acarretará na baixa disponibilidade para ser incorporado ao metabolismo celular. A atividade biológica de um elemento metálico é ditada por uma combinação de sua abundância relativa e sua biodisponibilidade. Funções biológicas dos íons metálicos Muitas das biomoléculas que utilizam íons metálicos são proteínas. Cerca de 30% das enzimas possuem um metal no sítio ativo Qual a importância dos metais em sistemas biológicos? Metaloproteínas Transporte de O2 Hemoglobina e Hemocianina Transferência de elétrons Clusteres de Fe-S, proteínas do cobre e citocromos Estrutura Proteínas zinc-finger (dedos de zinco) Metaloenzimas Enzimas hidrolíticas Catálise: adição ou remoção de H ou O em um substrato Enzimas redox 2-elétrons (metaloenzimas protetoras) Fixação de nitrogênio Enzimas que catalisam reações que envolvem oxidação ou redução do substrato. Geralmente são reações relacionadas a um processo redox de 2 elétrons: Comunicação celular Interações com ácidos nucléicos Metais em Medicina Diagnóstico e drogas (fármacos) Qual a importância dos metais em sistemas biológicos? Quais as características dos metais que os torna tão importantes como componentes dos seres vivos? O que torna os metais tão importantes como componentes (funcionais e estruturais) dos seres vivos é sua propensão em perder elétrons facilmente, formando íons com cargas positivas, que tendem a ser solúveis em fluidos biológicos; É na forma catiônica que os metais desempenham suas principais funções biológicas; Os íons metálicos exercem um efeito indutivo pela coordenação ao sítio de reação e servem como sítios de oxirredução pela transferência de elétrons ou átomos; A seletividade é atingida pela disponibilização de íons de tamanho apropriado, preferência estereoquímica, caráter duro-mole, ou potencial de redução para executar uma determinada tarefa. Biomoléculas x íons metálicos Íons metálicos apresentam-se deficientes de elétrons; Biomoléculas tais como proteínas e DNA são ricas em elétrons. A atração entre estas oposições conduz a uma tendência geral de íons metálicos interagirem com moléculas biológicas. Sítios Biológicos de Coordenação dos Metais Os íons metálicos coordenam-se com: Lipídios Proteínas E, a mais uma variedade de outras moléculas. Os sítios ligantes variam desde as carbonilas das cadeias principais dos peptídios até aquelas das cadeias laterais que oferecem complexação peptídica mais específica; Dos sítios ligantes para os íons metálicos, os principais são fornecidos pelos aminoácidos que forma as moléculas protéicas; Ácidos nucléicos Polares ácidos P o la re s n e u tr o s P o la re s b á s ic o s A p o la re s AminoácidosSítios Biológicos de Coordenação dos Metais: Além dos aminoácidos, existem vários ligantes pequenos importantes, dentre os quais: • sulfeto • carbonato • cianeto • monóxido de carbono • monóxido de nitrogênio • ácidos orgânicos • citratos • e a água. Sítios Biológicos de Coordenação dos Metais Metais e AminoácidosExemplo: Sítios Biológicos de Coordenação dos Metais Exemplo: Complexos – ATP e Mg2+ Ácido duro Base duras (Adenosina Trifosfato) Sítios Biológicos de Coordenação dos Metais Exemplo: DNA A característica fundamental do DNA é aquela associada a hélice dupla e para isso requer íons metálicos. POR QUE? A hélice dupla é unida por ligações hidrogênio; Mas, devido a essas ligações os grupos fosfatos se aproximem e como eles são carregados negativamente, há uma repulsão mútua causando uma perturbação no sistema; Sítios Biológicos de Coordenação dos Metais Mg(II) > Co(II) > Ni (II) > Mn (II) > Zn (II) > Cd (II) > Cu(II) Ordem de preferência dos fosfatos (bases duras) a se ligarem aos metais. Para superar essa repulsão e evitar a perturbação que poderá acarretar na não formação da hélice dupla , os grupos fosfatos devem ser neutralizados; Para a neutralização usa-se íons metálicos, que permite desta forma a existência da hélice dupla. Ligantes especiais: porfirinas Sítios Biológicos de Coordenação dos Metais Transporte de Oxigênio Mioglobina Hemoglobina Hemocianina Hemeritrina Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Cada uma desta proteínas faz uso de um átomo ou par de átomos metálicos em proteínas que se desenvolvem para servir a um tipo específico de organismo. 1. Hemoglobina e Mioglobina: transporte de O2 nos mamíferos e na maioria de outros animais e plantas. 2. Hemocianina: transporte de O2 em animais como moluscos e artrópodes. 3. Hemeritrina: transporte de O2 em vermes marinhos. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transporte de Oxigênio Mioglobina - monomérica É uma proteína de ferro que coordena o O2 reversivelmente e controla sua concentração no tecido. A molécula contém vários regiões, o que lhe confere mobilidade, e um único grupo porfirínico localizado numa fenda entre as hélices E e F. O quinto ligante do Fe é o N da histidina da hélice F. A sexta posição do Fe é onde o oxigênio se liga. Região distal Região proximal Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transporte de Oxigênio Mioglobina Desoximioglobina (Mb) Vermelha-azulada e contém Fe (II) e é pentacoordenada Oximioglobina (oxiMb) Vermelha e é hexacoordenada A extremidade não ligada da molécula de O2 se junta a um NH imidazólico de uma histidina da hélice E (região distal) por ligação hidrogênio. Quando o O2 se liga, ele coordena-se por uma ligação mono-hapto com o átomo de Fe, que tem sua estrutura eletrônica ajustada pelo ligante histidina da hélice F (região proximal). Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transporte de Oxigênio Mioglobina A coordenação do O2 (um ligante receptor de campo forte) faz com que o Fe(II) passe de spin alto para spin baixo, com todos os elétrons d nos orbitais t2g. O Fe move-se para dentro do plano do anel. Fe2+ 3d6 A ligação é frequentemente descrita em termos da coordenação do Fe (II) com um O2 singleto, com o orbital antiligante 2g duplamente ocupado do O2 atuando como um doador e o orbital 2g vazio do O2 recebendo um par de elétrons do Fe. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transporte de Oxigênio Mioglobina (Mb) O2 Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transporte de Oxigênio Mioglobina (Mb) Em alguns casos, a desoximioglobina é oxidada a Fe(III) e é chamada de metmioglobina (metMb). Os íons Cl- deslocam o O2 ligado, que é liberado como superóxido. Fe(II)O2 + Cl - Fe(III)Cl + O2 - Esta reação é um tipo de oxirredução induzida por substituição de ligantes. Em tecidos sadios, está disponível uma enzima (meta-hemoglobina redutase) que reduz a forma met de volta à forma Fe(II). Desta forma é difícil o O2 ficar ligado ao ferro. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transporte de Oxigênio Hemoglobina (Hb) - tetramérica Presente nas células vermelhas do sangue e é utilizada pelos vertebrados para transportar O2 dos pulmões ou das guelras para os tecidos em que o O2 será usado e no processo reduzido a CO2. A ligação do O2 com a Hb é igual ao da Mb. Estrutura Proteína Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transporte de Oxigênio Estado tenso (T) Estado relaxado (R) Quando em baixa pressão parcial de O2 e maior acidez, a Hb apresenta baixa afinidade pelo O2. Isso possibilita à Hb transferir suas moléculas de O2 para a Mb. A medida que a pressão aumenta, a afinidade da Hb pelo O2 também aumenta e como resultado a Hb pode capturar o O2 nos pulmões. Isso é atribuído a existência de duas conformações: Indicativo que a captura e a liberação de sucessivas moléculas de O2 é cooperativa. Curvas de ligação do O2 com a Hb e com a MbMaior acidez: Sague venoso nos tecidos musculares após exercício Estado tenso (T) Estado relaxado (R) Músculo em trabalho Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transporte de Oxigênio Cooperatividade Quando o O2 liga a primeira subunidade da Hb (ligação fraca pois a Hb encontra no estado tenso (T) Fe2+ contrai e permite que ele se mova para dentro do plano do anel porfirínico Este movimento é importante para a Hb, pois ele puxa a histidina proximal Este movimento é transmitido aos outros sítios de ligação do O2, fazendo com que os outros átomos de Fe movam-se para uma posição mais próxima dos respectivos planos dos anéis Move a hélice F, e há mudança conformacional Desta forma, converte a proteína do estado tenso (T) ao estado relaxado (R) e fica aberto o caminho para estes sítios se ligarem ao O2 com mais facilidade Este fenômeno é chamado de efeito cooperativo Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transporte de Oxigênio Cooperatividade Desoxi-Hb: estado tenso (T) Oxi-Hb: estado relaxado (R) Mudança conformacional A oxi-Hb é um ácido mais forte que a desoxi-Hb A afinidade de Hb por O2 aumenta também com o aumento do pH O armazenamento do O2 na Hb aumenta com aumento do pH Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transporte de Oxigênio Hemocianina proteína de Cu Artrópodes Moluscos No estado desoxi, cada átomo de Cu encontra-se tricoordenado e liga-se a três resíduos de histidina através de um arranjo piramidal. Quando uma molécula de O2 se liga, dois átomos de Cu(I) são oxidados a Cu(II) e o oxigênio é reduzido a O2 2-. Para acomodar a ligação do O2, a proteína ajusta sua conformação para promover a aproximação dos dois átomos de Cu e os sítios do Cu tornam-se pentacoordenados – Típico de Cu(II). Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transporte de Oxigênio Hemeritrina Os dois átomos de Fe do sítio ativo da hemeritrina estão, cada um, coordenados por cadeias laterais de aminoácidos, mas estão também ligado por duas pontes de grupos carboxilato e por um ligante pequeno. Quando uma molécula de O2 se liga, dois átomos de Fe(II) são oxidados a Fe(III) e a molécula de oxigênio se liga por uma extremidade como um íon HO2 -. A coordenação do O2 ocorre em apenas um dos átomos de Fe e o átomo de O distal forma uma ligação hidrogênio com o átomo de H do hidróxido em ponte. Desoxi-hemeritrina oxi-hemeritrina Asp Glu NC = 5, 6 Alguns organismos marinhos Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transferência de Elétrons Os processos de conversão de energia envolvem reações de oxirredução. Energia pode ser considerada com fluxo de elétrons do combustível para o oxidante. Nos organismos vivos, os elétrons são retirados dos alimentos (o combustível) e fluem para um oxidante, descendo de potencial que é formado por uma sequência de receptores e doadores conhecido como cadeia respiratória. Estes receptores e doadores são centros de Transferência de Elétrons (TE) que contêm metal. Estes são distribuídos em três classes: 1. Clusters FeS 2. Citocromos 3. Sítios de Cu Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transferência de Elétrons 1. Clusters FeS: Ferredoxinas Os clusters FeS são formados por Fe(II) ou Fe(III) Spin alto. ligantes enxofre e em geral em ambiente tetraédrico. Coordenação: aos grupos tiolato (RS-) Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transferência de Elétrons: Clusters FeS A eficiência dos clusters FeS como centros de TE rápidos é grande devido à possibilidade de deslocalizar o elétron adicionado em vários graus, o que minimiza as alterações nos comprimentos de ligação e diminui a energia de reorganização. Os Clusters geralmente efetuam transferência de elétrons e são bons exemplos de sistemas de valência mista contendo Fe(II) e Fe(III). Eles têm potenciais de redução negativos. São bons agentes redutores. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transferência de Elétrons: Clusters FeS Potenciais de redução de alguns importantes mediadores de transferência de elétrons em células biológicas em pH = 7 Redutores mais fortes Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transferência de ElétronsTransferência de Elétrons 2. Citocromos Contêm um grupo de porfirina de Fe. Os citocromos envolvidos no processo de transferência de elétrons (TE) usam o par Fe3+/Fe2+ . O íons Fe3+/Fe2+ são geralmente hexacoordenados com duas ligações axiais estáveis com aminoácidos doadores (histidina liga ao Fe pelo N imidazólico e metionina que se liga pelo S do tioéter), estando o Fe com spin baixo, em ambos os estados de oxidação.Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transferência de ElétronsTransferência de Elétrons 2. Citocromos A metionina não é um ligante comum em metalproteínas, mas como ela é um doador macio (base mole) e neutra, espera-se que estabilize o Fe(II) em vez de Fe (III). O potencial de redução do citocromo c é +0,26 V mitocondria O citocromo c mitocondrial é encontrado no espaço intramembrana mitocrodrial, onde ele fornece elétrons para o citocromo oxidase, a enzima responsável pela redução do O2 a H2O no final da cadeia respiratória transdutora de energia. (III) citocromo c (IV) Citocromo oxidase NAD =nicotinamida adenina dinucleotídeo Citocromo c mitocondrial No citocromo c, o lado do anel porfiríncio está exposto ao solvente, sendo o sítio mais provável para os elétrons entrarem e saírem. A capacidade dos citocromos transferir elétrons rapidamente está correlacionada aos orbitais d do Fe(II) e Fe(III) em termos de um campo ligante octaédrico, levando em consideração a sobreposição entre os orbitais t2g, praticamente antiligantes mas ricos em elétrons e os orbitais da porfirina. Fe (II) t62g e Fe(III) t 5 2g Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transferência de ElétronsTransferência de Elétrons 2. Citocromos O elétron entra ou sai de um orbital do metal que faz sobreposição com o orbital molecular * (vazios) antiligante do sistema do anel. Este arranjo permite uma melhor transferência de elétrons porque os orbitais d do átomo de Fe estendem-se além da extremidade do anel profirínico, diminuindo a distância que um elétron precisa vencer para se transferir entre os integrantes de um par oxirredutor. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transferência de ElétronsTransferência de Elétrons 3. Sítios de Cu As proteínas transportadoras de elétrons que contêm cobre: Centros azuis Azurina plastocianina Geometria: bipirâmide trigonal (distorcida) Geometria: tetraédrica (distorcida) Importante no processo de fotossíntese Cu2+Pc + e- → Cu+Pc reduzida pelo citocromo f Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transferência de Elétrons 3. Sítios de Cu Nas proteínas de centros azuis, na forma oxidada, o Cobre está coordenado na forma de complexos de cobre (II). Potencial de redução do par oxirredutor Cu(II)/Cu(I): 0,15 a 0,7 V . São mais oxidantes que os citrocromos. A cor azul intensa, estado oxidado, resulta da transferência de carga do ligante (tiolato) para o metal. A geometria fortemente distorcida é em virtude dos dois estados de oxidação em equilíbrio: Cu (I) – d10 preferência geométrica de coordenação: tetraédrica ou bipirâmide trigonal. Cu(II) – d9 preferência geométrica de coordenação: quadrado planar ou piramidal quadrada. Cu2+ + e- Cu+ Reversível As posições dos ligantes nas formas oxidada e reduzida são relativamente as mesmas, assim, energia de reorganização é pequena transferência rápida e eficiente de elétrons Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transferência de Elétrons 3. Sítios de Cu O centro binuclear do Cu conhecido como CuA está presente na citocromo c oxidase e na N2O redutase. N2O redutase cataliza a etapa final do processo de desnitrificação (redução do nitrato a N2 por bactérias). N2O + 2H + + 2e- → N2 + H2O O papel do centro binuclear do CuA é ser aceptor de elétrons. Os dois átomos de Cu estão, cada um deles, coordenados a dois grupos imidazóis e a um par de ligantes tiolato de cisteínas que agem como ligantes em ponte. Na forma reduzida os átomos de Cu são Cu(I). A forma reduzida sofre oxidação de um único elétron para fornecer uma espécie paramagnética púrpura em que o elétron desemparelhado é compartilhado entre os dois átomos de Cu. Novo cluster: CuZ Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Transferência de Elétrons 3. Sítios de Cu Cluster: CuZ, possui 4 átomos de Cu – tetraédro distorcido Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas Estrutura 2. Proteínas zinc-finger (dedos de zinco) O íon zinco é fundamental para garantir a estabilidade deste tipo de domínio. Na ausência do íon, o domínio desdobra-se e torna-se demasiado pequeno para hospedar um núcleo hidrofóbico Dedos de zinco são proteínas estruturais – caracterizados pela sequência: CX2-4C...HX2-4H (C = cisteína, H= histidina e X = um aminoácido qualquer). Têm a propriedade de se ligarem ao DNA. Dois resíduos de cisteína e dois de histidina interagem com o íon zinco. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Ferro 1. Transporte e armazenamento seletivo de ferro O ferro é essencial para quase todos as formas de vida, principalmente, para assegurar o transporte de oxigênio e catalisar reações de transferência de elétrons, de fixação de nitrogênio ou síntese DNA. No entanto, o Fe é dificil de ser obtido e o excesso representa um sério risco - é tóxico por causa de sua capacidade para reagir com o oxigênio. Estados de oxidação mais comum: Fe (II) e Fe(III). Mas, o Fe(III) que é o estado de oxidação mais estável encontrado na maioria dos minerais, não é muito solúvel (em pH 7 o Fe(III) é insolúvel) e torna a captura efetiva por uma célula uma grande dificuldade. Outro problema do ferro, além toxicidade na “forma livre” é a geração de radicais OH. Fe(II) + 3O2→Fe(III) + O 2•− Para evitar a reação descontrolada do Fe com espécies oxigenadas, é necessário um ambiente de coordenação protetor. Os organismos vivos desenvolveram um grande número de proteínas que permitem transportar o ferro dentro de fluidos biológicos ou através das membranas celulares, pelo que, se encontra facilmente em reserva sob uma forma não tóxica. São ligantes polidentados pequenos que possuem uma afinidade muito grande pelo ferro (III). Todos os compostos com os sideróforos são octaédricos e átomos doadores duros, N e O (campo forte – alta energia). 1. Transporte e armazenamento seletivo de ferro Afinidade por diferentes ligantes (S, O, N) Alterna a configuração de alto a baixo spin (depende da força ligante do meio). 2. Sideróforos Baixa afinidade por Fe(II) Funções Biológicas e Íons Metálicos: Ferro 2. Sideróforos Esses ligantes são liberados por muitas células bacterianas no meio externo, onde irão sequestrar o Fe, formando um complexo solúvel que irá reentrar no organismo através de um receptor específico. Uma vez dentro da célula o ferro é liberado. 2. Proteínas transportadores de ferro em organismos superiores Transferrinas (glicoproteínas): • Sorotransferrina (plasma sanguíneo); • Ovotransferrina (da clara do ovo) • Lactoferrina (leite) A complexação do Fe(III) em cada sítio envolve a ligação simultânea de HCO3 - e CO3 2- e liberação de H+. Apo-TF + Fe (III) + HCO3 - Fe-TF + H+ Funções Biológicas e Íons Metálicos: Ferro 2. Proteínas transportadores de ferro em organismos superiores Transferrinas Os ligantes nas proteínas são: um oxigênio carboxilato (Asp), o outro não está coordenado; dois oxigênios fenólicos (Tyr) e um nitrogênio imidazólico (His). A coordenação se completa com uma ligação bidentada de um carbonato exógeno que é chamado de ligante sinérgico, pois a ligação com o Fe depende de usa presença. A esfera de coordenação é octaédrica distorcida. como os ligantes são aniônicos, o Fe (III) se liga mais fortemente que o Fe(II). Íons similares a Fe (III), principalmente Ga (III) e Al (III), também se liga fortemente, de forma que esses metais também podem usar o mesmo sistema de transporte para chegar aos tecidos. Estabilidade do complexo diminui a medida que diminui o pH. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloproteínas - Ferro 3. Liberação de ferro da transferrina As células que necessitam de ferro produzem uma grandequantidade de uma proteínas chamada de receptor de transferrina. Esta proteínas encontra-se incorporada dentro do plasma de sua membrana. Esta proteínas liga-se a transferrina carregada de Fe. O Ferro é liberado pela diminuição do pH para aproximadamente 5 para a sorotransferrina e 2 a 3 para a lactoferrina. Funções Biológicas e Íons Metálicos: : Metaloproteínas - Ferro Lactoferrina com Fe Lactoferrina sem Fe Lactoferrina com Fe Lactoferrina sem Fe 4. Armazenamento de ferro: Ferritina (proteína globular) Esta proteína é o principal armazenador de ferro não-heme nos animais. A maioria do ferro é empregado na hemoglobina e na mioglobina e contém 20% em massa de ferro quando completamente carregado. Nos mamíferos são encontradas no baço e sangue. As ferritinas contêm dois componentes, um núcleo “mineral” que contem até 4500 átomos de ferro. De um modo geral, as ferritinas catalisam a oxidação do íon tóxico Fe2+ convertendo-o na forma oxidada, Fe3+, menos tóxica (ferroxidação) e armazenam o ferro oxidado na cavidade interior na forma de mineral (mineralização). A função global das ferritinas pode ser descrita como o processo de entrada (ferroxidação e mineralização) e o processo de remoção do ferro férrico do interior da cavidade para posterior utilização pela célula. Funções Biológicas e Íons Metálicos: : Metaloproteínas - Ferro Catálise Ácido-Base: Vários metais são utilizados na catálise ácido-base: Zn, Fe, Mg, Mn e Ni. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloenzimas Na catálise biológica, o zinco é um dos elementos mais utilizados devido suas propriedades intrínsecas: Possui alta velocidade de troca de ligante, devido seu poder polarizante: ligação forte com os ligantes protéicos: devido ao preenchimento dos orbitais d, a EECL é zero em todas as geometrias de ligação encontradas, fazendo uma das geometrias ser tão estável quanto as outras. troca rápida de moléculas de H2O ou moléculas de substrato. Flexibilidade da geometria de coordenação. Ausência de uma química de oxirredução: orbital d10 complexo impossibilitando a sua participação nas reações de oxirredução. o zinco se ajusta bem ao seu papel de catalisador de reações ácido-base. 1. Enzimas de Zinco: zinco é o segundo elemento traço essencial mais abundante no organismo humano e é necessário à atividade de mais de 300 enzimas dos 6 tipos de classes existentes. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloenzimas 1. A família das Enzimas de Zinco: i. Anidrase carbônica O papel do Zn2+ nesta enzima é promover a desprotonação da molécula de H2O ligada e gerar o íon OH- que ataca o CO2 para formar bicarbonato – transporte de CO2. Zn2+ reduz o pKa da H2O de 15,7 para 7,0 e o OH- é um nucleófilo mais poderoso do que a H2O. Controle do pH do sangue. Anidrase carbônica torna mais rápida uma reação rápida. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloenzimas 1. A família das Enzimas de Zinco: i. Anidrase carbônica: A catálise (básica) ocorre em 4 etapas: O OH- coordenado que é produzido após a desprotonação é suficientemente nucleofílico para atacar a molécula vizinha do CO2 ligado de forma não-covalente. Este ataque resulta num HCO3 - coordenado que é então liberado. Encontrada no pâncreas para secreção do trato digestivo, seu papel é hidrólisar o primeiro peptídeo ou amida ligada ao carboxil ou C-terminal final de proteínas e peptídeos. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloenzimas 1. A família das Enzimas de Zinco: ii. Carboxipeptidases Inibidor peptídico Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloenzimas 1. A família das Enzimas de Zinco: iii. Fosfatase alcalina Catalisa a hidrólise do monoéster de fosfato produzindo fosfato inorgânico e grupo fenólico: R-OPO3 2- + H2O ROH + HOPO3 2- Catalisa a quebra geral dos fosfatos orgânicos, incluindo o ATP, para fornecer fosfato necessário ao crescimento dos ossos.O sítio ativo contém 2 átomos de Zn localizados a apenas 0,4 nm de distância, com um íon Mg próximo. O íon fosfato faz ponte com os dois átomos de Zn. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloenzimas 1. A família das Enzimas de Zinco: iv. Lactamase v. Álcool desidrogenase (ADH) Produzido por algumas bactérias que são resistentes a antibióticos como o beta- lactâmicos (penicilinas). O Zn é um ácido de Lewis e encontra-se ligado ao etanol. O Zn ativa o grupo C-OH em relação à transferência do H como uma entidade hidreto para a molécula de NAD+ (aceptor de H). O Zn polariza o grupo carbonila e induz o ataque pelo átomo de H hidrídico nucleofílico do NADH. catalisa a oxidação do etanol a acetaldeído CH3CH2OH + NAD + AD → CH3CHO + NADH + H + NAD =nicotinamida adenina dinucleotídeo Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloenzimas 2. Enzimas de Magnésio O cátion Mg2+ confere menor polarização ao ligante coordenado do que o Zn2+ Mg2+ é um ácido mais franco do que o Zn2+ Mais móvel que o Zn2+ e as células contêm altas concentrações de íons Mg2+ não- complexados. Papel principal na catálise enzimática é no complexo Mg-ATP – enzimas que transferem grupos fosfato, ativando o composto alvo ou fazendo com que eles mudem suas conformações. O Mg2+ como um complexo ligado por substrato ao sítio ativo das quinases. Na hexoquinase, o fosfato terminal do ATP é transferido para glicose, formando glicose 6-fosfato. Mg2+ coordena com o ATP para formar o verdadeiro substrato, e pode fragilizar a ligação P-O terminal do ATP para facilitar transferência do fosfato para glicose Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloenzimas 3. Enzimas de Ferro Fosfatases ácidas “púrpuras” (PAPs) Fe(II)Fe(III) Spin alto Zn(II) Fe(III) sítio mole sítio duro Ocorrem nos mamíferos (baço bovino) e no útero suíno. Catalisam a hidrólise dos ésteres de fosfato – boa atividade em condições leve de acidez (pH 4,9 – 6,0). (RCH2O - PO3 2- + H2O RCH2OH + HPO4 2- Manutenção dos ossos e na hidrólise de proteínas fosforiladas. Transporte de ferro e no controle fisiológico dos níveis de fosfato 1 Cor púrpura: transição de transferência de carga tirosinato Fe(III) (510 a 550 nm). ocorrem em plantas: Fe reduzido é substituído por Zn ou Mn. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloenzimas 4. Enzimas que atuam sobre H2O2 e O2 Peroxidases: peroxidase de rábano-de-cavalo e a citocromo c peroxidase Primeiro redução de 2 e- do O2 produzindo H2O2 depois a reação: H2O2 (aq) + 2e - + 2H+ (aq) 2H2O (l) Oxidases Oxigenases Redução do O2 cataliticamente: A redução tetraeletrônica de O2 a H2O é uma reação fundamental realizada pelos organismos vivos no final da cadeia respiratória, durante o ciclo de produção de energia nas mitocôndrias. produção de energia síntese de moléculas Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloenzimas 4. Enzimas que atuam sobre H2O2 e O2 Catalase, peroxidade e superóxido dismutase Ambos altamente reativo e tóxico Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloenzimas 4. Enzimas que atuam sobre H2O2 e O2 Dismutase superóxido bovina (BSOD) Catálise via redução e reoxidacão do íon Cu para formar H2O2 ou oxigênio. Proteínas que contém dímeros de Zn e Cu O sítio catalítico tem Cu O papel do Centro do Zn é estrutural Varredora de radicais livres “defesa antioxidante na maioria das células expostas ao oxigênio” Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloenzimas 4. Enzimas que atuam sobre H2O2 e O2 Peroxidases (rábano-de-cavalo) Reage para dar mais radicais Neste processo está envolvido a formação de Fe(IV) – Fe (IV) é um intermediário importante para inúmeros processos biológicos. Oxida substratos orgânicos H2O2 aceitadorde e - A é a molécula que sobre a oxidação Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloenzimas 4. Enzimas que atuam sobre H2O2 e O2 Catalase Uma rota altamente eficiente para remoção do peróxido de hidrogênio Mecanismo: Catalase remove o H2O2 sem produção de radicais, é uma das enzimas mais eficiente que se conhece para esse processo. Catalase tem 4 grupos heme e tem 4 cadeias polipeptidicas com mais de 500 aminoácidos Funções Biológicas e Íons Metálicos: Metaloenzimas 5. Reações de enzimas contendo Cobalto Coenzima B12 é conhecida como cobalaminas, são complexos macrocíclicos de cobalto. O átomo de cobalto ocorre em três estados de oxidação, Co(III), Co(II) e Co(I). Todos de spin baixo Co(III) é hexacoordenado (d6) Co(II) é pentacoordenado (d7) e o elétron desemparelhado está no orbital dz2. C(I) é tetracoordenado com geometrias quadrática plana. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Medicina 1. Terapia por quelação O ferro livre é muito tóxico, devido sua capacidade de produzir radicais através da reação com o O2. Seus níveis são controlados por sistemas reguladores. Pessoas com desordem genética resulta na quebra de desta capacidade reguladora, ocorrendo uma sobrecarga de Fe, pois o corpo não é capaz de produzir porfirinas em quantidades suficientes. As desordens são tratadas com uma terapia de quelação, que corresponde à administração de um ligantes sequestrador de Fe, que permite que o Fe seja excretado. Também são usados este tipo de ligante para tratamento de pessoas que foram contaminadas com o Pu (IV) e Pu (III), pois possuem densidades de carga próximas às do Fe(II) e Fe(III). Ligantes quelantes do tipo sideróforo foram desenvolvidos para esse fim também, exemplo ligante com grupo Catecol. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Medicina 2. Tratamento do câncer O complexo cis-platina – cis-[PtCl2(NH3)2], descoberto em 1964 foi um dos primeiros a ser usado. O isômero trans-[PtCl2(NH3)2], é inativo. A base molecular da ação quimioterápica da cisplatina e de outras drogas correlatas é a formação de um complexo estável entre a Pt(II) e o ADN (DNA). A coordenação da Pt causa a dobra da hélice do DNA. Os Grandes problemas dessa droga são os efeitos colaterais. O grande desafio na quimioterapia do câncer é identificar complexos que serão seletivos para as células malignas, deixando as células sadias sem serem atacadas. Alguns complexos de Ru estão sendo usados para essa finalidade. O tratamento é conhecido como fototerapia, porque o Ru sobre interação seletiva como ADN e são ativados por irradiação. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Medicina 3. Drogas antiartríticas Complexos de Au são usados no tratamento da artrite reumática doença inflamatória que afeta o tecido ao redor das juntas. A inflamação começa pela ação de enzimas hidroliticas nos compartimentos das células conhecidas como lisossomos. Uma das hipóteses é que o Au acumula- se nos lisossomos e inibe as enzimas hidrolíticas. A outra é que os compostos de Au (I) desativam o O2 singleto, uma espécie prejudicial que pode ser formada por oxiadação do superóxido. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Medicina 3. Drogas antiartríticas Todos os compostos de Au com essa finalidade apresentam coordenação linear e o Au está no estado de oxidação +1. Como o Au é um ácido mole, seu alvo são os grupos sulfurados das cadeias laterais de cisteína das proteínas. No entanto, os compostos de Au causam efeitos colaterais, como alergias de pele, problemas renais e gastrointestinais. (1) sodium aurothiomalate (Myochrisin TM) , (2) aurothioglucose (Solganol TM), (3) Auranofin (Riduara TM) Funções Biológicas e Íons Metálicos: Medicina 4. Agentes de Contraste Dentre os complexos metálicos (Fe(III) e Mn(II)) os complexos de Gd (III) (f7) são os mais usados como agentes de contraste para obtenção de imagem por ressonância magnética. Os complexos de Gd são capazes de aumentar o contraste entre diferentes tecidos e realçar detalhes tais como anomalias da barreira sangue-cerébro. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Medicina 4. Agentes de Contraste Gd3+ : como agentes de contraste para imagem por RM momento magnético elevado só tem um estado de oxidação disponível em potenciais acessíveis biologicamente, o que é uma vantagem assumindo-se que o metabolismo pela oxidação ou redução tem tendência para produzir baixa tolerância in vivo. Dy3+ e Ho3+ possuem momentos magnéticos maiores que o Gd(III), mas a assimetria dos seus estados eletrônicos leva a uma rápida relaxação dos spins eletrônicos, induzindo uma velocidade de relaxação muito lenta dos prótons da água. lenta relaxação do seu spin eletrônico. Apesar do Gd3+: Paramagnetismo elevado. E da coordenação direta com várias moléculas de H2O Gd(H2O)n 3+, n = 8 e 9 (R1 = 26,5 mM-1S-1 a 25ºC)* R1 = relaxividade: é definida como sendo o aumento da relaxação longitudinal dos prótons da água para uma concentração de um milimolar (1mM) do composto paramagnético. A administração do íon livre é impraticável devido à sua elevada toxicidade em condições in vivo. Por esta razão ele é ligado a agentes quelantes ou macromoléculas biológicas de forma a reduzir a sua toxicidade e, ao mesmo tempo, melhorar a sua especificidade para determinados tecidos ou órgãos. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Medicina 4. Agentes de Contraste Quelatos iônicos e hidrofílico *R1 = 4,3 mM-1S-1 *R1= 4,2 mM-1S-1 LD50 = 5,6 mmol K -1 LD50 = 11 mmol K -1 *a 25ºC, pH = 7,4 e 1H freq.(MHz) =20 não-iônicos e hidrofílico (Gd-HP-DO3A)(Gd-DTPA-BMA) R1 = 4,39 mM-1S-1 ( 25ºC) R1= 3,7 mM-1S-1 (40ºC, 20 MHz) iônicos e lipofílico (Gd-EOB-DTPA) R1 = 5,3 mM-1S-1 (37ºC) LD50 = 14,8 mmol K -1 LD50 = 12 mmol K -1 Funções Biológicas e Íons Metálicos: Medicina 5. Quelatos de Gd usados em RM Atualmente todos os quelatos de Gd aprovados para uso em IRM tem número de coordenação (NC) nove. Funções Biológicas e Íons Metálicos: Medicina 5. Quelatos de Gd usados em RM alta estabilidade baixa osmolalidade alta tolerância As principais características requeridas são: alta relaxividade Funções Biológicas e Íons Metálicos: Medicina 4. Agentes de Contraste dendrímeros: nova classe de ligantes estudada Questões para nota: 1. Descreva, justificando, por que o DNA necessita de íons metálicos nas suas estruturas? 2. A mioglobina é uma proteína de ferro responsável pelo transporte de oxigênio, ela contém um grupo porfirínico ao qual o ferro está ligado aos seus 4 N. A quinta ligação do Fe é ao átomo de N da histidina. O sexto ligante é um dos átomos da molécula de O2. O que acontece com o Fe (II) quando o O2 é ligado a ele? Comente a respeito das propriedades magnéticas, antes e depois da ligação com a molécula de O2. 3. Quais são os metais classificados como elemento traço nos sistemas biológicos? 4. Os ligantes sideróforos possuem como átomos doadores o N e O. Estes formam complexos octaédricos com o ferro. Esse ligantes têm mais afinidade pelo Fe(II) ou pelo Fe (III). Justifique. Responder duas questões: Questão 2 (que é obrigatória) e mais uma outra questão de livre escolha.
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