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CCJ0053-WL-B-LC-Da Formação Da Suspensão e da Extinção do Processo

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Formação, desenvolvimento, crise e extinção do processo 
 
 
1. Formação do processo. 
 
 O processo civil tem se começo deflorado por iniciativa da 
parte (CPC, Art. 262), por meio da chamada petição inicial; 
 A ação é considerada proposta quando despachada pelo juiz 
– onde houver apenas um –, ou quando distribuída, em 
havendo pluralidade de varas (Art. 263); 
 Com isso, tem início a relação jurídica processual, ainda 
formada entre autor e juiz – ele pode deferir ou indeferir a 
petição inicial; 
 Indeferindo, põe fim à relação jurídica processual, sendo que 
tal decisão deve ser atacada por meio de apelação (Art., 513, 
CPC); 
 Deferindo-a, manda citar o réu que, uma vez validamente 
citado, completa a relação jurídica processual: autor-juiz-réu. 
Sem a citação válida do réu, o processo é nulo (Art. 214), 
para ele, réu. 
 
 
2. Efeitos da citação. 
 
 Além de ter o condão de completar a relação jurídica 
processual, citação faz brotar outros efeitos, a saber: 
a) – muito embora a relação jurídica processual tenha se 
iniciado com o despacho do juiz ou com a simples distribuição 
dos autos, ela só produz efeitos, com relação ao réu, depois 
de validamente citado (Art. 263, segunda parte); 
b) – outro efeito é a estabilidade das partes (Art. 264), que 
não poderão ser alteradas, exceto pelas causas legais de 
substituição (Arts. 41/43; 1055/1062); 
c) – o terceiro efeito é a inalterabilidade do pedido ou a causa 
de pedir, exceto quando o réu com a alteração concorde (Art. 
264, segunda parte). Contudo, depois de saneado o 
processo, não haverá possibilidade para alteração, nem 
com a concordância do réu; 
d) – Art. 219. 
 
3. Desenvolvimento do processo. 
 
 Depois de iniciado o processo, ele caminha por impulso 
oficial, com a colaboração das partes; se o inicio dele é por 
meio de provocação da parte, seu andamento é dado por 
impulso oficial; 
 Via de regra, o fim do processo, em primeira instancia de 
jurisdição, se dá com a sentença de mérito (definitiva), ou sem 
análise de mérito (terminativa).O final do processo, portanto, 
dar-se-á com o trânsito em julgado da decisão, não com a 
sentença, pois haverá possibilidade de se recorrer! 
 
4. Suspensão do processo. 
 
 O processo suspende-se quando deixa de fluir para continuar 
depois, em momento posterior. O procedimento estaciona, 
não caminha, mas pode voltar a andar, afastando-se a cauisa 
de suspensão; 
Causas; Art. 265: Suspende-se o processo: 
I - pela morte ou perda da capacidade processual de 
qualquer das partes, de seu representante legal ou de 
seu procurador; 
II - pela convenção das partes; 
III - quando for oposta exceção de incompetência do 
juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de suspeição 
ou impedimento do juiz; 
IV - quando a sentença de mérito: 
a) depender do julgamento de outra causa, ou da 
declaração da existência ou inexistência da relação 
jurídica, que constitua o objeto principal de outro 
processo pendente; 
b) não puder ser proferida senão depois de verificado 
determinado fato, ou de produzida certa prova, 
requisitada a outro juízo; 
c) tiver pressuposto o julgamento de questão de estado, 
requerido como declaração incidente; 
V - por motivo de força maior; 
VI - nos demais casos, que este Código regula. 
§ 1º. No caso de morte ou perda da capacidade processual de 
qualquer das partes, ou de seu representante legal, provado o 
falecimento ou a incapacidade, o juiz suspenderá o processo, 
salvo se já tiver iniciado a audiência de instrução e 
julgamento; caso em que: 
a) o advogado continuará no processo até o encerramento da 
audiência; 
b) o processo só se suspenderá a partir da publicação da 
sentença ou do acórdão. 
§ 2º. No caso de morte do procurador de qualquer das partes, 
ainda que iniciada a audiência de instrução e julgamento, o 
juiz marcará, a fim de que a parte constitua novo mandatário, 
o prazo de 20 (vinte) dias, findo o qual extinguirá o processo 
sem julgamento do mérito, se o autor não nomear novo 
mandatário, ou mandará prosseguir no processo, à revelia do 
réu, tendo falecido o advogado deste. 
§ 3º. A suspensão do processo por convenção das partes, de 
que trata o nº II, nunca poderá exceder 6 (seis) meses; findo o 
prazo, o escrivão fará os autos conclusos ao juiz, que 
ordenará o prosseguimento do processo. 
§ 4º. No caso do nº III, a exceção, em primeiro grau de 
jurisdição, será processada na forma do disposto neste Livro, 
Título VIII, Capítulo II, Seção III; e, no tribunal, consoante lhe 
estabelecer o regimento interno. 
§ 5º. Nos casos enumerados nas letras a, b e c do nº IV, o 
período de suspensão nunca poderá exceder 1 (um) ano. 
Findo este prazo, o juiz mandará prosseguir no processo. 
 Exceto a causa do inciso II, todas as outras são obrigatórias; 
 Com a morte da parte, suspende-se o processo, posto que a 
relação jurídica processual – autor, juiz e réu – está sem um 
dos sujeitos. O procedimento para até que os herdeiros se 
habilitem (Arts. 1055/1062). Caso o direito seja intransmissível 
a relação jurídica se extingue (Art. 267, IX); 
 A perda de capacidade pode ocorrer, por exemplo, quando 
interditada uma das partes; 
 A morte do advogado também é causa de suspensão do 
processo, permanecendo até que a parte nomeie outro 
profissional (§ 2º); 
 Pela convenção das partes pode-se suspender o processo, 
não superior a seis meses (265, § 3º, CPC); 
 A exceção de incompetência, de suspeição ou impedimento 
do juiz, são causas que suspendem o processo (Art. 306); 
 Sentença de mérito depender de outro processo: 
Se depender a averiguação de fato delituoso, pode suspender 
o processo até que se pronuncie a justiça criminal: suspensão 
pode ser de ofício; 
Se depender de outro processo –declaração de relação 
jurídica-, deve ser suspenso, até que venha aquele 
pronunciamento prejudicial; 
Causas de Estado: Art. 5º; 325 – declaratória incidental – 
quando, pela defesa apresentada, há necessidade de se 
investigar outra “lide”, poderá o autor propor, no prazo de dez 
dias, declaratória incidental com relação a esta nova questão, 
alargando-se, assim, a controvérsia. Ex: uma ação 
declaratória sobre a validade de um contrato e de outra, 
condenatória, fundada no mesmo contrato. A declaratória 
incidental, proposta pelo réu, nada mais é do que a 
reconvenção; 
 Por motivo de força maior: são circunstâncias invencíveis, 
que não podem ser superadas pelas partes ou por quem deve 
praticar os atos processuais (greves; guerras; epidemias; 
terremotos etc.); 
 Outras hipóteses previstas em lei: Arts. 13; 60; 64; 72; 110; 
558. 
 Momento da suspensão: parágrafos 1º/5º do Art. 265; 
 Duração da suspensão – o tempo de suspensão varia 
conforma causa: 
a) – morte ou perda de capacidade do advogado: 20 dias; 
b) – morte das partes: até que termine o processo de 
habilitação dos herdeiros (Arts. 12055/1062); 
c) – convenção das partes: até seis meses; 
d) – exceção de incompetência, suspeição ou impedimento: 
até que se decida o incidente; 
e) – causas do inciso IV: até um ano; 
f) – força maior: enquanto essa persistir; 
g) – demais casos, de acordo o que cada qual exigir; 
 
 Efeitos: 
a) Enquanto durar a suspensão, não se pode praticar 
qualquer ato processual. Caso haja a necessidade de se 
praticar atos urgentes, poderão ocorrer, em regime de 
exceção (Art. 266); 
b) Os prazos ficam suspensos, devendo ser retomados 
pelo lapso restante (diferente da interrupção!) 
c) Prosseguimento do processo, por impulso oficial, caso, 
depois de suspenso, a parte não promover o ato processual 
devido (Ex: se morto o advogadodo autor, não constituindo 
novo em 20 dias, o processo será extinto, sem o julgamento 
do mérito; caso de cujus seja advogado do réu, não 
constituindo outro no prazo de 20 dias, correrá o processo a 
sua revelia); 
 
5.- Extinção do processo – com ou sem o julgamento do mérito. 
 
 Art. 267 - sem; 
 Art. 269 - com; 
 
 
SENTENÇA 
 
Conceito. 
 
 Pela dicção legal, sentença é o ato pelo qual o juiz põe termo 
ao processo, decidindo ou não o mérito da controvérsia (Art. 
162, § 1º); 
 Esta menção do CPC abrange não só a sentença que 
enfrenta (Art. 269) como a que não enfrenta o mérito (Art. 
267) da controvérsia, sendo que, na visão moderna do Direito 
Processual, ambas são terminativas; 
 Antes (e parte da doutrina ainda o faz), costumava-se chamar 
de terminativas apenas as sentenças que não enfrentavam o 
mérito, ao passo em que as que o faziam, nomeavam-se 
definitivas; 
 Porém, como dito, atualmente essa distinção é dispicienda, 
posto que a modalidade recursal que ambas desafiam é a 
mesma – apelação (Art. 513, CPC). A sistemática processual 
antiga previa o “agravo de petição” com relação à sentença 
que não enfrentava o mérito; 
 No mais, a distinção se volta apenas para os efeitos da coisa 
julgada, onde a dita sentença terminativa (aqui encarada 
somente como aquela que não enfrenta o mérito) faz coisa 
julgada formal, ao passo em que a sentença definitiva faz 
coisa julgada material; 
 Para uma melhor visualização, a sentença terminativa põe fim 
à relação jurídica processual, sem enfrentar-lhe o mérito, via 
de regra, pelos defeitos formais dispostos nos incisos do Art. 
267, CPC. 
 Já, a sentença definitiva exauri o processo com 
pronunciamento de valor sobre o objeto da lide, o bem da vida 
perseguido pela partes (Art. 269, CPC); 
 Diante destas premissas estabelecidas, podemos citar como 
um conceito lato de sentença aquele que mesmo trazido pelo 
CPC, ou seja, o ato pelo qual o juiz exaure sua função 
jurisdicional, pondo fim à lide, decidindo ou não o mérito da 
discussão, em sede de primeira instância. 
 Como um conceito mais afunilado de sentença (que resolve o 
mérito da discussão), podemos dizer que “é uma operação de 
caráter crítico através do qual o juiz escolhe entre a tese do autor 
e a do réu (ou eventualmente uma terceira), a solução que lhe 
parece mais ajustada ao direito e á justiça.”1 
 
 
1 COUTURE, Eduardo J. Fundamentos do direito processual civil, São Paulo: 
Saraiva, 1946.

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