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 Plano de Aula: Do LenocÃnio e do Tráfico de Pessoa para fim de Prostituição ou outra Forma de Exploração Sexual.Do Ultraje Público ao Pudor DIREITO PENAL III TÃtulo Do LenocÃnio e do Tráfico de Pessoa para fim de Prostituição ou outra Forma de Exploração Sexual.Do Ultraje Público ao Pudor Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 8 Tema Mediação para servir à lascÃvia de outrem; Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual; Casa de prostituição; Rufianismo; Ato obsceno; Escrito ou objeto obsceno - arts. 227, 228, 229, 230, 233 e 234, do Código Penal Objetivos O aluno deverá ser capaz de: Compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais; Compreender os reflexos advindos da reforma penal de 2009 (Lei 12.015, que alterou o TÃtulo VI, do Código Penal) sobre a tipificação dos delitos a dignidade sexual e consequentes conflitos de Direito Intertemporal. Diferenciar as diversas figuras tÃpicas que integram os dois capÃtulos em estudo, entre si e com os demais crimes contra a dignidade sexual; Analisar criticamente a necessidade de tipificação das condutas previstas nos capÃtulos em estudo e a incidência do princÃpio da adequação social aos casos de ato obsceno e de escrito ou objeto obsceno. Estrutura do Conteúdo 1. Mediação para servir à lascÃvia de outrem - art. 227, do CP 1.1 Bem jurÃdico tutelado; 1.2 Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos); 1.3 Classificação do delito; 1.4 Sujeitos ativo e passivo; 1.5 Consumação e tentativa; 1.6 Figuras tÃpicas - simples e qualificadas; 1.7 Questões relevantes: 1.7.1 Ofensa ao princÃpio da lesividade quando o induzimento tem por objeto pessoa maior de 18 anos e não ocorre violência ou grave ameaça. 2. Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual - art. 228, do CP 2.1 Bem jurÃdico tutelado; 2.2 Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos); 2.3 Classificação doutrinária; 2.4 Sujeitos ativo e passivo; 2.5 Consumação e tentativa 2.6 Figuras tÃpicas - simples e qualificadas. 2.7 A licitude da prática da prostituição. 3. Casa de prostituição - art. 229, do CP 3.1 Bem jurÃdico tutelado; 3.2 Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos); 3.3 Classificação doutrinária; 3.4 Sujeitos ativo e passivo; 3.5 Consumação e tentativa 3.6 Questões controvertidas: 3.6.1 A habitualidade do delito; 3.6.2 A prostituição na própria residência e a não-ocorrência de crime; 3.6.3 O concurso de pessoas entre o proprietário e a pessoa que usa o imóvel como casa de prostituição - locador e locatário; 3.6.4 Desnecessidade de finalidade lucrativa. 4. Rufianismo - art. 230, do CP 4.1 Bem jurÃdico tutelado; 4.2 Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos); 4.3 Classificação doutrinária; 4.4 Sujeitos ativo e passivo; 4.5 Consumação e tentativa 4.6 Figuras tÃpicas - simples e qualificadas; 4.7 A habitualidade do delito; 5. Ato obsceno - art. 233, do CP 5.1 Bem jurÃdico tutelado; 5.2 Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos); 5.3 Classificação doutrinária; 5.4 Sujeitos ativo e passivo; 5.5 Consumação e tentativa 5.6 Questões relevantes: 5.6.1 A razoabilidade na aplicação do dispositivo legal 5.6.2 A adequação social de determinadas condutas que anteriormente poderiam ser classificadas como obscenas - Topless; Beijo lascivo; micção em público e outros exemplos. 6. Escrito ou objeto obsceno - art. 234, do CP 6.1 Bem jurÃdico tutelado; 6.2 Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos); 6.3 Classificação doutrinária; 6.4 Sujeitos ativo e passivo; 6.5 Consumação e tentativa; 6.6 Figuras tÃpicas - simples e equiparadas; 6.7 Questões relevantes: 6.7.1 PrincÃpio da adequação social; 6.7.2 Conflito aparente com os delitos da Lei 8.069/90 (E.C.A.). Indicação Bibliográfica Ler as seguintes decisões proferidas pelos Tribunais Superiores e Estaduais sobre o tema: - TJRS, Apelação Crime Nº 70046046736, Sétima Câmara Criminal, Relator: José Conrado Kurtz de Souza, Julgado em 09/02/2012, disponÃvel em: http://www.tjrs.jus.br - TJRJ. 0161039-28.2005.8.19.0001- APELAÇÃO. DES. MARCUS BASILIO - Julgamento: 13/09/2011 - PRIMEIRA CAMARA CRIMINAL, disponÃvel em: http://www. tjrj.jus.br Aplicação Prática Teórica QUESTÃO 1. Luana, Vanessa e Isabela, jovens de 22 e 23 anos, após terem sido demitidas da empresa de propaganda na qual trabalhavam resolveram alugar um imóvel e dividir as despesas do mesmo. Passados alguns meses sem que conseguissem novo emprego, decidiram trabalhar por um tempo como “garotas de programaâ€� para seu sustento. A fim de evitar chamar a atenção de amigos e familiares resolveram utilizar a sua própria residência como local dos encontros. Para tanto, acordaram que Luana ficaria responsável pela “administraçãoâ€� do local, recebendo parte do dinheiro obtido por suas colegas com o serviço sexual, utilizando-o no pagamento do aluguel, anúncios, empregada e outras despesas necessárias à mantença do local. No mais, as próprias colegas agendavam e negociavam os programas que realizavam. Passados alguns meses do inÃcio das “atividadesâ€�, após diversas notificações à s jovens reclamando sobre o excessivo movimento de “estranhosâ€� no edifÃcio, o sÃndico, desconfiado das atividades lá realizadas, notifica os fatos à autoridade pública, bem como a ocorrência de pequenos delitos no local. Após detalhada verificação de todos os fatos, inclusive através de interceptações telefônicas deferidas judicialmente, restou demonstrada a habitualidade das condutas de Luana, Vanessa e Isabela. Dos fatos, as jovens restaram denunciadas pela prática da conduta descrita no art.229, do Código Penal, sendo cumulada à conduta de Luana a figura tÃpica do art.230, do Código Penal. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a moderna teoria do delito, quais as possÃveis teses defensivas a serem apresentadas por Luana, Vanessa e Isabela? Responda de forma objetiva e fundamentada. Questão 2: Sobre os crimes contra a dignidade sexual é correto afirmar que não comete crime quem: a) Utiliza a própria residência, com habitualidade, para a prática da prostituição. b) Aluga imóvel para a montagem de casa de prostituição, sabendo da finalidade do locatário. c) Paga os aluguéis do imóvel onde reside com o dinheiro obtido pela prostituição de outrem. d) Convence a própria filha a manter relações sexuais com seu namorado. e) Utiliza residência alheia, com habitualidade, para a prática da prostituição. Questão 3: Com relação aos crimes contra a dignidade sexual é correto afirmar que: a)para a consumação do delito de casa de prostituição é imprescindÃvel a prática efetiva de ato libidinoso, bem como a finalidade de lucro. b)não se exige, para a consumação do delito de rufianismo, a habitualidade e permanência da conduta do agente. c) não se aplicam, aos crimes contra a dignidade sexual, os princÃpios da intervenção mÃnima, fragmentariedade e adequação social para fins de exclusão da responsabilidade jurÃdico-penal. d)no delito de casa de prostituição tutela-se o interesse da coletividade de modo a evitar a proliferação de todas as formas de lenocÃnio. e) as condutas de “prostituiçãoâ€� e de terceiro que a explora são tÃpicas.
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