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OBJETIVOS E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
Apresentaremos na aula de hoje as duas racionalidades que orientam a Educação Profissional: a instrumental, que considera a educação profissional em sua dimensão restrita, voltada para a preparação imediata das funções exercidas no mundo do trabalho e a emancipatória que considera a educação profissional como formação humana, em sentido pleno, devendo incluir a totalidade das dimensões que constituem a vida do trabalhador: econômica, social, cultural, político e subjetiva.
Tema da Apresentação
A RACIONALIDADE INSTRUMENTAL
Ferretti (2004) aponta a existência de diferentes racionalidades que orientam a prática pedagógica da educação profissional. A primeira delas, a instrumental, vê a educação profissional como uma prática marcada pelo progresso técnico e pelas alterações decorrentes na produção capitalista. Nesta perspectiva a educação profissional é vista e pensada como devendo estar voltada para adequação do trabalhador às exigências do setor produtivo. 
Essa visão tem orientado a formulação e o desenvolvimento das propostas curriculares oficiais de formação profissional. A educação profissional, fortemente influenciada pelo progresso técnico e pelas mudanças técnico-organizacionais que se dão no âmbito do trabalho, é concebida como uma prática formativa que deve responder não apenas ao desenvolvimento científico-tecnológico, mas principalmente, às demandas da produção capitalista.
Tema da Apresentação
A RACIONALIDADE EMANCIPATÓRIA
A segunda racionalidade, de acordo com o autor, "tem raízes na filosofia e na economia política de origem marxista, formulando à educação problemas de natureza econômica, filosófica, social e ético-política, que remetem não apenas à formação profissional estrito senso, mas à formação humana, em sentido pleno, da qual a primeira faz parte" (FERRETI, 2004, p.403).
A produção teórica originária da segunda matriz influenciou, ao lado de contribuições advindas dos estudos no campo da filosofia, da história e da sociologia da educação, a orientação de muitas análises sobre o sistema educacional brasileiro que destacaram o caráter dual e discriminatório deste, assim como seu atrelamento aos interesses econômicos. Influenciou, também, várias propostas educacionais que representam não apenas um freio à segmentação do trabalho e à alienação do trabalhador sob o domínio do capital, mas que privilegiam o pleno desenvolvimento deste como sujeito social.
Tema da Apresentação
AS DUAS RACIONALIDADES
A educação profissional oscila, assim, entre duas racionalidades: a instrumental e a emancipatória. O processo formativo orienta-se por uma racionalidade instrumental quando a formação tem uma dimensão restrita, operacional, técnica, voltada para a preparação imediata para o trabalho. Orienta-se por uma racionalidade emancipatória quando se compreende a formação profissional como incorporada à educação integral, que se amplia para “incluir a elevação de escolaridade, a educação para o exercício da cidadania, a totalidade das dimensões que constituem a vida do trabalhador (econômica, social, cultural, política, subjetiva)” e tem como perspectiva a crítica social e a transformação. 
Em uma perspectiva emancipatória, assim, a educação geral e educação profissional se articulam. A educação geral é vista em sentido amplo, preocupada com a formação plena do indivíduo, como pessoa e como cidadão. Contribui para a formação profissional por propiciar a base de conhecimentos científicos necessários à formação profissional e por favorecer a compreensão do contexto em que o exercício da atividade profissional se realiza. A educação profissional completa a formação escolar geral.
Tema da Apresentação
AS DUAS RACIONALIDADES
Essas duas racionalidades da educação profissional, instrumental e emancipatória, acabaram por situar os educadores em dois campos diferentes e antagônicos. Os estudiosos partem de uma mesma referência - a relação entre as demandas do capital, o avanço da tecnologia e a divisão técnica do trabalho - mas com perspectivas político-ideológicas muito diferenciadas.
A dualidade retratada nas duas concepções de educação profissional se insere no debate mais amplo da educação no tocante às diferenças existentes entre a pedagogia tradicional e a pedagogia crítica (GIROUX, 1997). Enquanto a primeira valoriza o domínio das técnicas pedagógicas e do conhecimento instrumental para a sociedade existente, a segunda busca denunciar as formas de dominação e de opressão existentes no processo de escolarização dos indivíduos. Os adeptos da pedagogia tradicional buscam tanto a despolitização do espaço escolar como a reprodução e a legitimação das ideologias capitalistas. 
Tema da Apresentação
A RACIONALIDADE EMANCIPATÓRIA
A racionalidade emancipatória tem como princípio a compreensão de que emancipação deve envolver o processo de libertar o indivíduo das condições que limitam o uso da razão crítica, relativa a seu agir social e profissional. A emancipação, assim, envolve os diferentes espaços: social, cultural, político, econômico e subjetivo do sujeito. 
Por conseqüência, a prática pedagógica da educação profissional é vista como uma atividade que deve propiciar ao aluno o conhecimento da prática social – histórica e o saber científico universal e historicamente acumulado, visando uma avaliação crítica da realidade e das relações sociais. É por meio desta articulação entre teoria e prática que se espera que o aluno possa romper com a sua limitada experiência sobre a realidade social restrita, e reagir sobre ela no sentido de sua transformação.
Tema da Apresentação
A RACIONALIDADE EMANCIPATÓRIA
A racionalidade crítico-emancipatória tem como horizonte a formação omnilateral (aquela que, controlando e integrando, na totalidade, saberes e procedimentos técnico-tecnológicos da concepção e da produção, capacita para que o sujeito atue de forma ativa na sociedade). 
A formação omnilateral defende a formação integral dos indivíduos, uma formação para o domínio da ciência, da técnica, da tecnologia, integrando saber geral e profissional e desenvolvendo as potencialidades do sujeito. A integração dos saberes e dos procedimentos técnicos viabiliza o controle dos processos produtivos, que podem deixar de ser um monopólio de um grupo, criando a possibilidade de quebrar a lógica da dominação historicamente construída.
Tema da Apresentação
A RACIONALIDADE EMANCIPATÓRIA
Nesse sentido, as propostas de educação profissional emancipatórias estão orientadas para a construção de uma educação profissional integrada, que possa romper e superar a dualidade sócio-educacional e que, para isso, seja uma prática educacional cidadã, que forme sujeitos ativos, críticos e autônomos. Uma educação profissional que rompa com uma formação unilateral, orientada para a preparação de um homem limitado, capaz apenas de realizar um trabalho alienado, de acordo com os interesses da produção capitalista.
A opção pelo sentido emancipatório da formação envolve necessariamente uma forma diferente de selecionar e fazer circular o conhecimento através do currículo, envolvendo a adoção de novos formatos curriculares que engendrem uma prática pedagógica e resultados de aprendizagem com mais força de engajamento técnico e político.
Tema da Apresentação
O CURRÍCULO EM UMA PERSPECTIVA EMANCIPATÓRIA
Em relação ao currículo da educação profissional, a proposta emancipatória tem por objetivo o questionamento das concepções de conhecimento dominantes, negando as propostas curriculares que favorecem os processos de inserção social e de aceitação do modelo social vigente. Rompe com as propostas instrumentais que adotam os enfoques da eficiência social, ou seja, contesta o princípio de que a educação deve adequar-se aos interesses do mundo produtivo e à sociedade da qual faz parte. Nega, portanto, os formatos que buscam incorporar no currículo apenas os saberes necessários para execução de atividades profissionais segundo as exigênciasdo mercado. (LOPES, 2001)
Tema da Apresentação
O CURRÍCULO EM UMA PERSPECTIVA EMANCIPATÓRIA
As propostas emancipatórias estão centradas nos seguintes princípios: no desenvolvimento de uma percepção crítica em relação ao conteúdo técnico e ao contexto sócio-cultural do trabalho; na percepção do aluno como sujeito do processo; na ênfase nas formas de criação do conhecimento e das diferentes maneiras de conhecer; na concepção da prática profissional integral (dimensão técnica e política).
Além desses princípios, a organização de currículos da educação profissional (pautada numa concepção crítica e emancipatória) tem procurado enfrentar de modo inovador a questão da articulação teoria e prática, rompendo com os paradigmas tradicionais do tratamento dessa questão. 
Tema da Apresentação
O CURRÍCULO EM UMA PERSPECTIVA TRADICIONAL
A organização tradicional dos currículos de educação profissional tem se pautado em uma lógica que divide o estudo em dois momentos: o primeiro de natureza eminentemente teórica, de formação básica ou geral, e o segundo de formação específica, vinculado à área de atuação profissional escolhida, marcando diferentes níveis de aprendizagem e deslocando a dimensão da prática profissional para o segundo momento da formação.
Essa estrutura curricular tradicional estava adequada às necessidades do fordismo. De fato, na organização social e produtiva de base taylorista-fordista, o trabalhador se relacionava apenas com o produto do conhecimento, o conhecimento era rígido, e era posto em ação pelos trabalhadores com base em modelos de utilização prévia e tradicionalmente definidos (KUENZER, 1998). 
Tema da Apresentação
O CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Esse tipo de organização curricular e pedagógica passa a ser questionado no interior dos processos de capacitação dos profissionais da atualidade. De fato, as mudanças ocorridas no mundo do trabalho supõem a presença de profissionais com conhecimentos mais profundos dos processos de trabalho, capazes de diagnosticar problemas e atuar com confiabilidade e segurança em situações não previstas. Nessa perspectiva, as transformações do mundo do trabalho deslocam o eixo da relação entre o homem e o conhecimento, que passa a se dar com os processos de trabalho e não mais só com os produtos, multiplicando as possibilidades de utilização do conhecimento.
Essas mudanças trazem novas demandas para o campo pedagógico e curricular da educação profissional. Se no mundo do trabalho não basta apenas conhecer o produto, passando a ser necessário para a prática profissional ter o domínio teórico dos processos de trabalho, então, agora, os processos educativos substituem a centralidade dos conteúdos (compreendidos enquanto produtos do conhecimento humano), pela centralidade da relação processo/produto, (ou seja, conteúdo/ método), valorizando a relação da teoria com a prática. 
Tema da Apresentação
A RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA
Um estreitamento da articulação entre a teoria e a prática demanda uma reorganização do currículo, visando aprofundar as articulações entre conhecimentos científicos e as práticas profissionais, integrando conhecimentos teóricos e práticos desde o início do processo formativo. 
No plano do currículo, a articulação da teoria com a prática envolve a compreensão do processo de trabalho como ponto de partida para a formulação de percursos formativos. A finalidade não é mais o conhecimento do produto do conhecimento humano, apreendido de forma mecânica e rotineira, mas o conhecimento do processo, visto como um fluxo de relações mutáveis e apreendido em sua complexidade. 
Tema da Apresentação
A RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA
Nesse sentido, importa negar a construção de matrizes curriculares que privilegiem a prática em detrimento da teoria, enfatizando a reprodução mecânica de formas operacionais. Importa negar ainda a mera apresentação do conhecimento sistematizado, descolando-o da prática e de sua dimensão histórica. (KUENZER, 2003).
Importa partir do já conhecido, tomar a prática como ponto de partida, para que, pela mediação do trabalho teórico, seja possível conhecê-la e reinventá-la, numa perspectiva praxiológica. Importa, então, que o currículo favoreça a realização de formulações abstratas, a partir daquilo que tem significado para o aluno, conferindo materialidade à teoria através de sua vinculação com a prática, desde o início do processo formativo. 
Tema da Apresentação
A INTEGRAÇÃO NO CURRÍCULO
É necessário que o currículo propicie a articulação entre as práticas e as discussões teóricas dessas mesmas práticas, em tempos e espaços contínuos, rompendo com a tradicional separação entre o tempo e o espaço de aprender teoricamente e o tempo e espaço para atuar praticamente (KUENZER, 2003).
A construção do currículo, dessa forma, deve ter como ênfase o processo de trabalho, que deve orientar a integração entre trabalho, ciência e cultura, por meio de uma criteriosa seleção de conteúdos e de um cuidadoso tratamento metodológico.
Tema da Apresentação
A AGENDA CURRICULAR DAS PROPOSTAS EMANCIPATÓRIAS
Silva (1999) traz para o debate uma importante reflexão sobre o sentido a ser dado pela agenda curricular da educação na atualidade. Para o autor, num contexto de desemprego crescente e de redução das possibilidades de influência nas decisões políticas, cabe, na perspectiva de uma proposta efetivamente emancipatória, questionar os tradicionais vínculos efetuados pelo discurso crítico sobre a relação entre educação, trabalho e cidadania. Segundo o autor, a teoria crítica não tem feito mais do que espelhar, com o sinal político invertido, as propostas neoliberais que radicalizam a dimensão econômica da educação. Na medida em que, na sociedade capitalista contemporânea, o processo de formação da subjetividade e da identidade cultural e social se realiza, sobretudo, fora do local de trabalho, seria pertinente incluir na formulação das propostas críticas de educação do trabalhador a defesa de propostas curriculares abertas à discussão sobre as “formas culturais pelas quais se realiza o processo de subjetivação no capitalismo contemporâneo”. Na atualidade, não bastaria, como fazem os teóricos críticos, defender uma formação integral, uma visão abrangente e crítica do trabalho e da sociedade capitalista, capaz de formar um cidadão integral, crítico e politizado.
Tema da Apresentação
A AGENDA CURRICULAR NAS PROPOSTAS EMANCIPATÓRIAS
Para o autor, uma concepção emancipatória da educação profissional envolve uma nova pedagogia que enfoque as relações entre conhecimento e poder, para além dos limites da produção econômica, incluindo a discussão das formas de poder manifestas no capitalismo contemporâneo, tais como as ligadas: à etnia, à raça, ao gênero, à sexualidade. Uma pedagogia que questione os postulados de separação entre, de um lado, conhecimento científico e técnico e, de outro lado, conhecimento cultural e social, e promova a interpenetração entre esses quatro tipos de conhecimento. Defende uma formação que ponha em xeque a lógica neoliberal, totalitária, abrangente e centrada na ótica empresarial e econômica, permitindo pensar em novas alternativas para a organização da vida. Defende a discussão sobre a questão do aprofundamento das desigualdades, da exclusão e da marginalização introduzida pelas tecnologias. Acredita que a educação profissional deve se colocar a serviço da democratização do acesso às novas (e velhas) tecnologias e do seu conhecimento.
Tema da Apresentação
A RACIONALIDADE EMANCIPATÓRIA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 
Frigotto (2004) reflete sobre as políticas públicas de educação profissional comprometidas com os processos de emancipação humana. Afirma que essas políticas devem estar, antes de mais nada, voltadas para a transformação das condições de vida dos jovens das classes populares brasileiras.
Isso porque na atual etapa do processo de acumulação capitalista, convive-se com uma nova base técnica que dilataa produtividade do trabalho, mas que, em função da apropriação privada cada vez mais concentrada do capital, acaba por gerar uma exclusão sem precedentes, que atinge mais os jovens, sobretudo no capitalismo periférico. Esses jovens são marcados pela inserção precoce no mercado de trabalho, pela baixa remuneração do trabalho que realizam, pelo não acesso à escola, pela má qualidade da escola que freqüentam e pelo pouco tempo de escolaridade que possuem. 
Tema da Apresentação
A RACIONALIDADE EMANCIPATÓRIA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 
Frigotto (2004) aponta para a necessidade de que sejam desenvolvidas políticas públicas relacionadas ao trabalho e à educação dos jovens brasileiros da classe trabalhadora para enfrentar o plano conjuntural. Mas políticas que atendam não só à particularidade dos jovens, como também às mudanças estruturais 
Defende a necessidade de trabalhar com “políticas distributivas e com políticas emancipatórias e, ao mesmo tempo, avançar num projeto de desenvolvimento nacional de massa que altere a estrutura social produtora da desigualdade” . Nesta perspectiva, a proposta do autor é a destinação de recursos (mediante controle democrático dos fundos públicos) para garantir uma renda mínima para os jovens que estão trabalhando, de modo a tirá-los do mercado de trabalho e inserí-los na escola, compensando os rendimentos provenientes de seu trabalho precoce. Essa seria uma política de caráter distributivo, com a vantagem de garantir direitos e, ao mesmo tempo, gerar vagas de emprego. 
Tema da Apresentação
A RACIONALIDADE EMANCIPATÓRIA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 
Ampliando a proposta em direção a uma dimensão mais emancipatória, o autor defende a extensão progressiva da obrigatoriedade do ensino médio para os jovens até os 16 anos. Diante da necessidade de ingresso no mercado de trabalho, o autor propõe ainda que se opte por um ensino médio integrado, isto é, que sem abrir mão de um ensino médio de qualidade, que se ofereça a possibilidade de formação técnico-profissional, com aumento da carga horária diária ou conclusão em 4 anos. Um ensino médio que integre ciência, conhecimento, cultura e trabalho, não vinculado diretamente nem ao mercado, nem ao vestibular, que forme “um sujeito autônomo e protagonista de cidadania ativa e não um cidadão-produtivo, explorado e despolitizado, que faça bem-feito o que o mercado exige”. 
Tema da Apresentação
A RACIONALIDADE EMANCIPATÓRIA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 
O autor destaca a necessidade de combinar as seguintes propostas: 
1) retirada do mercado de trabalho de todas as crianças e jovens até a conclusão do nível médio, mediante a garantia de uma renda mínima; 
2) Para os jovens de 18 a 24 anos, deve-se garantir a possibilidade de continuidade de escolaridade até a conclusão do ensino médio; 
3) Para os que estão empregados, deve-se criar condições de tempo para o estudo e uma bolsa de estudos para que haja condições de retorno à escola.
4) para os desempregados, seria necessário ainda garantir uma renda mínima e a implementação concomitante de uma política de primeiro emprego
Tema da Apresentação

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