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Importância do Manipulador de Alimentos Grupo: Lívia Muniz, Maria Manuela Zovka, Priscila Tavares. Disciplina: Higiene dos Alimentos – Profª Tânia Stamford. Quem é o Manipulador de Alimentos??? Todas as pessoas que trabalham com alimentação (seja na produção, na venda, no serviço, no transporte, etc.); Como todo ser humano, estes profissionais também são portadores de m.o. no seu corpo e nas secreções deste; Alimento contaminado O homem transfere m.o. por contato direto ou por favorecer condições inadequadas para que isso ocorra (temperatura, instalações, utensílios e equipamentos mal cuidados). Evitar contaminação dos alimentos Manipulação adequada Treinamento inicial do manipulador é indispensável. Consciência da responsabilidade que é preparar e oferecer um alimento com qualidade. Deve observar, diariamente, antes e durante seu trabalho, algumas regras básicas indispensáveis para um resultado excelente. Importância do Manipulador de Alimentos Manipulador Capacitado e Consciente É um profissional que que possui a importante missão de alimentar pessoas através da produção de refeições saudáveis e saborosas e, com isso, colaborar para a saúde e qualidade de vida do gupo que ele servirá. Contaminação dos alimentos via Manipuladores Contaminação é a entrada de microrganismos no alimento; 80% das Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) são por causa da Manipulação incorreta destes; Importância da Higiene Pessoal e Medidas Preventivas a partir dos Manipuladores de Alimentos. Contaminação dos alimentos via Manipuladores Manipulador de Alimentos Saúde do Manipulador Ter em mãos o Atestado Clínico de saúde, ou carteira de saúde; PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional; ASO – Atestado de Saúde Ocupacional. Higiene Pessoal Unhas curtas e sem esmaltes; Proibido uso de bigode ou barba; Saber higienizar (lavar e sanitizar) as mãos e antebraços; Tomar banho antes e após o trabalho, de preferência no local de trabalho; Não usar perfumes, maquiagens ou cremes; Ter cabelos limpos, presos e protegidos por toucas. Higienização das Mãos Manipulador de Alimentos Uniforme Obrigatória a troca diária; Uniforme de cor clara; Uniforme sem bolso e sem botões; Locais de trabalho com muita água avental impermeável; Uso de meias e sapatos adequados; Uso de touca e máscaras. Ter, pelo menos, dois jogos de uniforme; Uniforme identificado para verificar se a troca está sendo feita; Proibido o uso de qualquer adorno ou objeto pessoal (jóias, celulares, piercings, relógios, etc.). Manipulador de Alimentos - Uniforme 10 Manipulador de Alimentos – Regras Básicas Comportamento Pessoal no Local de Trabalho Não manipular alimentos se estiver doente ou com ferimentos nas mãos e unhas; Não cantar, tossir, espirrar sobre os alimentos, nem manusear dinheiro ou celular; Não enxugar o suor com as mãos, panos ou qualquer peça da vestimenta; Evitar passar os dedos no nariz, orelhas e boca, ou coçar a cabeça ou qualquer parte do corpo; Provar alimentos em talheres e devolvê-los à panela sem prévia higienização; Não fumar; Guardar todos os objetos pessoais em armários próprios. Cuidados Indispensáveis no Preparo dos Alimentos Capacitação do Manipulador de Alimentos Treinamento feito por um profissional capacitado (responsável capacitado; nutricionista, pro exemplo); Conhecimento e Implantação do Manual de Boas Práticas e POP (Procedimento Operacional Padronizado); Aplicação e cumprimento do programa APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle; Reciclagem dos conhecimentos periodicamente. Manual de Boas Práticas O manual de boas práticas é um documento que descreve o trabalho executado no estabelecimento e a forma correta de fazê-lo. Nele, pode-se ter informações gerais sobre como é feita a limpeza, o controle de pragas, da água utilizada, os procedimentos de higiene e controle de saúde dos funcionários, o treinamento de funcionários, o que fazer com o lixo e como garantir a produção de alimentos seguros e saudáveis. POP – Procedimento Operacional Padronizado O Procedimento Operacional Padronizado (POP) é um documento que descreve passo-a-passo como executar as tarefas no estabelecimento. O POP destaca as etapas da tarefa, os responsáveis por fazê-la, os materiais necessários e a freqüência em que deve ser feita. Como os POP são documentos aprovados pelo estabelecimento, por meio do responsável, é dever de cada manipulador segui-los. APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle 1º Artigo: PERFIL HIGIÊNICO-SANITÁRIO DE PADARIAS LOCALIZADAS NA REGIÃO NOROESTE DA CIDADE DO RECIFE. (Autoras: C.C.M. Paixão; E.A. Melo; V.L.A.G. De Lima – UFRPE) “Nos estabelecimentos inspecionados foram observadas as condições de higiene referente aos alimentos, manipuladores, equipamentos e utensílios e as instalações físicas.” Método: Vistorias com roteiros de inspeção. Conclusão: Condições higiênico-sanitárias precárias; Higiene dos equipamentos, dos utensílios e dos manipuladores atingiram os maiores percentuais de inadequação riscos de contaminação e transmissão de doenças. Diante disso, tem-se a importância da Capacitação dos Manipuladores e Implementação de Monitoramento Sistemático das condições higiênico-sanitárias. 2º Artigo: AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO DE RISCOS DE DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR: UM ESTUDO ENVOLVENDO MANIPULADORES E USUÁRIOS, EM UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO INSTITUCIONAL. (Autoras: R.M.C. De Azevedo; A.I.M.Coelho; M.P. Soares; G.R. Fernandes – UFV/MG) “Foram avaliados níveis de conhecimento e percepção de riscos à saúde, relacionados à higiene de alimentos, em funcionários (manipuladores de alimentos) e usuários de Restaurante da Universidade Federal de Viçosa, MG.” Objetivo: Obter indicativos de prioridades para nortear treinamento da mão-de-obra e da educação dos comensais. Método: Aplicação de dois questionários (certo/errado; ações preventivas; etc.). Conclusão: Discrepâncias entre conhecimentos e percepções de risco. Melhores esclarecimentos e educação sanitária são a base para atitudes mais seguras de higiene durante a manipulação de alimentos. 3º Artigo: SEGURANÇA ALIMENTAR: A QUESTÃO DOS MANIPULADORES DE LANCHONETES LOCALIZADAS AO REDOR DO CEFET – QUÍMICA DE NILÓPOLIS, RJ. (Autores: A.G. Da Cruz; B.J.G. Louza; C.N. Corno; et al.) Objetivo: “Avaliar as condições higiênico-sanitárias dos manipuladores dos bares e lanchonetes situados ao redor do CEFET-Química de Nilópolis, RJ através da pesquisa de S. aureus, determinação de coliformes a 350C e a 440C e contagem de bactérias mesófilas.” Método: Quatro bares e lanchonetes foram escolhidos; coleta do material nos horários de maior fluxo de pessoas; amostras envovendo material da palma da mão e dedo, com água peptonada como diluente. Conclusão: “Resultados encontrados demonstram de forma geral uma precária qualidade higiênico-sanitária dos manipuladores, podendo ser os mesmos veículos de toxinfecções alimentares comprometendo a saúde das pessoas que consomem esses alimentos.” Necessidade de treinamento em higiene/manipulação de alimentos, elaboração de instruções padronizadas de sanitização das mãos e utensílios. 4º Artigo: ENTEROBACTÉRIAS EM MANIPULADORES DE PEIXES EM MERCADOS DE TERESINA, PI. (Autores: R.A. Neves; M.C.S. Muratori; M.A. Ribeiro; et al.). “Em Teresina, 30% do total de amostras do pescado comercializado no Mercado Central, apresentou 20% e 6,6% respectivamente de E. coli, e Salmonella sp. Vários locais de comercialização de pescado não estão não estão adequados aos padrões de higiene stisfatórios, assim, é necessário averiguar a Enterobacteriaceae nas mãos de vendedores de pescado em Teresina.” Método: Em 7 mercados municipais = 30 manipuladores escolhidos; colocaram as mãos em um saco plátisco e foram feitos “lavados”. Conclusão: Manipuladores aparentemente saudáveis possibilidade de contaminar os peixes com Enterobactérias de um mesmo manipulador podem ser isoladasvárias espécies de bactérias. Os mercados apresentam condições higiênicas e sanitárias diferentes. 5º Artigo: RELAÇÃO ENTRE QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE DIETAS ENTERAIS E CONTAMINAÇÃO DURANTE AS ETAPAS DE MANIPULAÇÃO. (Autoras: G.S. Pacheco; D.A. Peçanha; K.C.R. Tavares – Niterói, RJ). Objetivo: Analisar e detectar contaminação microbiana em dietas enterais manipuladas pelo GANutre (Grupo de Apoio Nutricional – Niterói); identificar os veículos de manipulação, para manter a qualidade dos procedimentos adotados pelo serviço. Método: Análises microbiológicas de dietas enterais manipuladas e envasadas pela equipe de produção enteral do GANutre, e do material coletado das etapas do processo de produção das mesmas. 55,55% das amostras de dietas enterais manipuladas apresentavam-se em desacordo para o consumo por contaminação microbiana. 20% da água utilizada para a produção; 20% das mãos dos manipuladores – Coliformes Totais e Aeróbios Mesófilos. Conclusão: A utilização de técnicas adequadas de manipulação podem evitar a contaminação das dietas; assim como o treinamento continuado dos manipuladores. 6º Artigo: PRESENÇA DE COLIFORMES EM MÃOES E UNHAS DE MANIPULADORES DE ALIMENTOS NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA – ES. (Autores: C.H.P.M. Silva; H.T. Netto) “Trabalho de pesquisa de coliformes nas mãos e unhas de manipuladores de 2 unidades de alimentação e nutrição hospitalar, 1 cozinha industrial e 4 restaurantes “self-service”, todos em Vitória-ES.” Método: Coleta de 25 amostras de manipuladores de alimentos – palma das mãos e raspagem sob as unhas. Nas mãos e nas unhas de 60% dos manipuladores foi isolado pelo menos 1 m.o. Enterobacter e Kresbiella foram as bactérias mais encontradas. Conclusão: Dados encontrados revelaram uma alta taxa de contaminãção das mãos e unhas dos manipuladores de alimentos por coliformes de rigem ambiental e fecal. A técnica correta de lavar as mãos não está sendo empregada. 7º Artigo: DETECÇÃO DE Staphylococcus aureus EM MANIPULADORES DE ALIMENTOS – PERFIL DE RESISTÊNCIA E MODELOS DE ANTIBIOGRAMA/ FENOTIPAGEM. (Autoras: S.P. Vanzo; R.V.P. Azevedo – Ribeirão Preto/SP). Objetivo: “Detectar Staphylococcus aureus, nas mãos, fossas nasais e saliva, de manipuladores de alimentos; avaliar o perfil de resistência a diferentes antibióticos e quimioterápicos, e estimar a origem (endógena ou exógena) das cepas isoladas.” Método: Coletadas amostras de 67 manipuladores de 10 Unidades de Alimentação e Nutrição – Ribeirão Preto/SP. Dos 67 manipuladores de alimentos: 28 (41,8%) eram portadores de S. aureus; sítios de coleta: mão esquerda, mão direita, saliva e fossas nasais, predominando o sexo feminino. Conclusão: Percentagem relativamente alta de portadores do m.o. importância dos manipuladores de alimentos na cadeia epidemiológica da toxinfecção alimentar estafilocócica; necessidade de se adotar medidas de prevenção e controle adequadas. 8º Artigo: MONITORAMENTO MICRIOBIOLÓGICO DAS MÃOS DE FUNCIONÁRIOS DE UMA CANTINA UNIVERSITÁRIA DE LAVRAS – MG. (Autores: I.A. Silveira; E.C.M. Oliveira; I.P. Possato; et al.) Objetivo: “Avaliar os aspectos higiênicos pessoais de funcionários de uma cantina universitária local.” – banho diário, lavagem das mãos, troca de roupa, etc. Método: Coleta de amostras das mãos de seis funcionários da cantina antes e após a higienização. Amostras das superfícies dos aventais também foram coletadas. A amostragem foi repetida após treinamento dos funcionários com relação a lavagem, anti-sepsia e secagem das mãos. Todas as amostras coletadas antes do treinamento apresentaram altos índices de contaminação; após o treinamento, 50% dos funcionários apresentaram redução no número de m.o. presentes e ausência de Staphylococcus aureus. Conclusão: Os altos índices de contaminação foram atribuídos a descuidos nos processos de lavagem e anti-sepsia e principalmente à secagem das mãos nos aventais. Referências Bibliográficas SANTOS JR., Clever Jucene. Manual de segurança alimentar. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2008. HAZELWOOD, D., MCLEAN, A.C. Manual de higiene para manipuladores de alimentos. 1.ed. São Paulo: Livraria Varela, 1994. Portaria CVS-6/99 de 10/03/99. RDC nº 216/04 – ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria 1210/06 – SMS. SILVA JR., Êneo Alves da – Manual de Controle Higiênico Sanitário em Alimentos. São Paulo: Livraria Varel, 5 Ed. 2002.
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