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Instrução Elementar no Império Brasileiro

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INSTRUÇAO ELEMENTAR NO IMPÉRIO BRASILEIRO
SP
JUNHO/2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 01
CHEGADA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL 02 
MUDANÇAS E MELHORIAS IMPLEMENTADAS PELA MONÁRQUIA 03
INÍCIO DA ESCOLA ELEMENTAR NO BRASIL 05
O QUE ERA O MÉTODO LANCASTER 06
EDUCAÇÃO NO GOVERNO DE DOM PEDRO II 07
CONCLUSÃO 08
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 09 
Introdução:
O presente trabalho tem como objetivo mostrar como era a educação elementar no Brasil no período imperial. Veremos como se dava a educação desde os primórdios até a era imperial, e em como a revolução francesa, e a chegada da família real portuguesa ao Brasil influenciaram na evolução da educação e da instrução elementar no Brasil. Sendo um período marcado por transformações causadas também pela revolução industrial iniciada na Inglaterra abrindo assim espaço para o avanço do novo País em expansão. Antes da independência, o Brasil era considerado como uma colônia, mas é uma maneira errada de se ver já que na realidade ele foi elevado a reino, deixando assim para trás a ideia de uma mera colônia, e passando a ser considerado como um grande império, fazendo desse pais inteiramente importante no âmbito educacional. Trataremos também como o país reagiu após algumas reformas, além da importante independência do Brasil, sem falar na importância que o governo teve para satisfazer as necessidades vividas pelo povo da época, mudando por assim dizer, toda a história da educação do Brasil.
Chegada da família real ao Brasil:
Em 1789 havia começado a Revolução Francesa, e quem detinha o poder era o general Napoleão Bonaparte. Napoleão queria arruinar de modo econômico à Inglaterra, o que ocasionou um bloqueio continental, onde ele decretou aos países europeus que à Inglaterra ficaria isolada do comércio com os demais países. Vendo esse cenário já é notório que não daria certo, e acontece que Portugal não aceitou fazer parte desse bloqueio, pois além de ser aliado da Inglaterra também estava muito em dívida com ela. Então Napoleão resolve que é necessário começar a invadir os países que romperam com esse Bloqueio continental, inclusive Portugal. Quando Dom João VI ficou sabendo da invasão de Napoleão e o que ele pretendia fazer em Portugal, ele resolveu fugir com toda família real para o Brasil. Está fuga foi feita de madrugada, e para chegar na terra brasileira eles precisariam passar 4 dias em alto-mar, sem falar no medo de pegar doenças e o nojo extremo que eles tinham da nova terra (enganaram-se, já que quem trouxe todos essas novas doenças para o Brasil foram eles mesmo). Quando finalmente Napoleão invadiu Portugal, eles já haviam fugido para o Brasil, e salvado por assim dizer ‘’suas cabeças’’. Com a chegada da família real ao Brasil, foram necessárias diversas mudanças, já que primeiramente o país não poderia ser apenas uma simples colônia, afinal de contas ele havia uma serie de nobres, como rei, rainha, e toda a corte real, o que em geral era muita gente, cerca de mais de 10 mil nobres. E o Brasil era extremamente atrasado no âmbito econômico e educacional, e nessa parte que os portugueses entram, com suas bagagens, que incluía carroças, muitos livros, conhecimento, além de uma serie de pessoas estudadas que detinham o saber na época. Dessa forma eles implantaram uma biblioteca no Rio de Janeiro que era aberta ao público, o que foi um grande avanço no sistema educacional brasileiro, pois nada comparada a isso teria sido feito antes de sua chegada. 
Mudanças e melhorias implantadas com a monarquia:
Como já mencionado antes foram muitas melhoras que o governo português trouxe para o Brasil, e isso não se resume unicamente em uma biblioteca, mas também pelo fato do Brasil deixar de ser uma mera colônia, e passar a ser um reino unido juntamente com Portugal e Algarve, sendo assim o Rio de Janeiro foi escolhido como sede do governo português, pois se encontrava em grande distancia do cenário de guerra e facilitando o acesso a comunicação marítima com a Ásia e a África. O Rio de Janeiro tinha um cenário totalmente desfigurado para ser a sede do governo, então o Marquês do Lavradio implementou diversas reformas na cidade para que ela fosse digna de receber tal honra. Ele remodelou a cidade primeiramente calçando as ruas, também implantou um sistema de iluminação pública, para as ruas escuras do Rio. O Marquês também configurou o ambiente cultural do Brasil, abrindo os portos a todos os navios estrangeiros e 1808. Essa iniciativa trouxe um grande número de intelectuais da época para o Brasil, e a partir daí que começaram os progressos do sistema educacional brasileiro. Como a França estava passando por uma revolução, e os ingleses já haviam ganhado dos franceses, o Conde da Barca se empenhou em da inicio a missão francesa que consistia em trazer para o Brasil os intelectuais franceses, e com a guerra isso não foi difícil, pois não era difícil achar franceses insatisfeitos com o governo de Napoleão Bonaparte, pois esse convite significava fugir da total guerra. Os intelectuais por sua vez tinha a missão de mudar a cara do Rio, e nisso eles fizeram um bom trabalho, pois construíram escola, onde seriam vitais para o avanço da educação e acabando com a falta de professores encontrada na época. Alguns desses intelectuais eram Joachim Lebreton, Auguste-Marie Taunay, Grandjean de Montigny, Charles Pradier, Jean Baptiste Debret, Marc e Zéphyrin Ferrez. Os 46 intelectuais que vieram junto com a missão francesa, criaram órgãos e departamento de estado, como por exemplo, a academia de Belas Artes. Mas logo após de ser aberta, já foi medita em intrigas, já que o embaixador Francês do Brasil, dizia que os artistas eram contrários a monarquia, o que fez com que quase todos fossem expulsos do Brasil, apenas alguns ficaram como professores particulares. A vinda dos 
portugueses também trouxe consigo a fundação de instituições de nível superior o que antes não existia.
 Além da Academia de Belas Artes, foram criadas no Rio de Janeiro a Academia da Marinha, a Academia Real Militar, uma Escola anatômico-cirúrgica e médica, um curso de Agricultura e a Escola Real de Ciências Artes e Ofícios.
Em Salvador, foram fundados o curso de Cirurgia, a cadeira de Economia, o curso de Agricultura, o curso de Química e o curso de Desenho técnico.
Além de quatro instituições no Rio de Janeiro que iriam estimular as ciências no Brasil: o Jardim Botânico, um observatório astronômico, um museu da mineração e um laboratório químico.
Essas instituições foram criadas com o objetivo de dar empregos aos nobres de Portugal, para formar profissionais capacitados para exercer a docência, mas não havia tido mudanças no ensino elementar e médio. A partir daí foi criado a Imprensa Régia para o ensino elementar e médio.
O primeiro livro editado foi a Riqueza das Nações de Adam Smith,além do primeiro jornal chamado a Gazeta do Rio de Janeiro, o que acorrentou na expulsão da imprensa no império brasileiro.
Os livros, antes de difícil acesso, ficaram mais acessíveis à população. Apesar de essas mudanças terem sido essências para o desenvolvimento da educação no Brasil, é claro que foram feitas exclusivamente pensando na elite portuguesa e não exponencialmente para o povo indígena da época, o que de certa forma foi o responsável pela luta a favor da independência do Brasil. 
Enquanto isso lá em Portugal D. João VI tinha seu trono ameaçado, já que governava Portugal do Brasil, dessa forma ele foi obrigado a partir para Portugal.
Para não abandonar o Brasil sozinho ele deixou seu filho como regente, o príncipe D. Pedro I, e suas medidas acabaram por acarretar na independência do Brasil. D. João VI foi a Portugal em 1821, e em sete de setembro de 1822, seu filho D. Pedro I declara a Independência do Brasil e, inspirada na Constituição francesa, de cunho liberal. E em 1824 é outorgada a primeira Constituição brasileira. O Art. 179 desta Carta Magna afirmava e garante a ‘instrução primária e gratuita para todos os cidadãos’.
Início da escola elementar no Brasil:
Obviamente que o artigo 179 da constituição brasileira não teve êxito, já que o governo não conseguiu colocar esse plano em ação, pois os salários pagos aos professores eram extremamente baixos, esse fator fez com que mesmo havendo profissionais capacitados nessa área eles não queriam exercer a profissão. Dessa forma foi criada outra lei que permitia que qualquer pessoa poderia abrir uma instituição de ensino, sendo assim haveria escolas públicas e privadas, onde na privada o professor seria melhor remunerado, e haveria a mensalidade a ser paga pelos alunos da escola. Mas essa ainda não teve êxito já que as escolas particulares não garantiam um ensino de qualidade. A partir daí começaram a haver mudanças já que o povo começou a clamar ao imperador por um ensino de qualidade com novos cursos e um ensino superior. Só mais tarde, com a lei de 11 de agosto de 1827 que esse pedido foi atendido, assim foram criados dois cursos jurídicos, um no Convento de São Francisco, em São Paulo, mais tarde conhecida como, faculdade de Direito do Largo São Francisco, que começou a funcionar em março de 1828, e outro no Mosteiro de São Bento, em Olinda, Pernambuco, instalado no dia 15 de maio do mesmo ano. Esses dois cursos tiveram grande importância para a formação de caráter critico da elite, e até mesmo a parte jurídica do império, foi ai que surgiram os ideais filosóficos, e todo um processo pelo qual a população começava a abrir sua mente para debates e discussões culturais e políticas, então o imperador começou a expandir o âmbito educacional e abriu vagas para cursos como: letras, filosofia e ciências. Mesmo assim o ensino básico continuava precário, sendo que alcançava apenas 3% da população, além de que o índice de analfabetismo nunca foi menos que 80%, então o imperador decretou uma nova lei, nova lei essa que determinou a criação de escolas elementares em todas as cidades, vila e lugarejos. Nos lugares onde houvesse uma grande população haveria a separação entre meninos e meninas, ou seja, sexos diferentes escolas diferentes, mas os lugares pequenos poderia haver a mistura entre meninos e meninas na mesma sala, como na reforma idealizada pelo Mârques de Pombal. Mas ainda havia a dificuldade em relação aos salários dos professores que ainda eram baixos, e as vagas para professores nunca eram preenchidas totalmente, além de que faltava dinheiro para construção de 
novas escolas e para fornecer o material pedagógico. O estado por sua vez tentou abrir escolas em fazendas onde às vezes, haviam pessoas interessadas na aprendizagem, dessa forma poderia se aumentar o salário dos professores para atraí-los para lecionar, e ocasionalmente mais tarde usando o método Lancaster de ensino. 
O que era o método Lancaster:
Esse método foi criado por um inglês chamado Joseph Lancaster, onde um único professor ficaria responsável por um grande número de escolas, trabalhando incessantemente, e nessas escolas ele escolheriam os melhores alunos e colocariam como monitores de sala, que ficavam responsáveis pela sala na ausência do professor, dessa forma esses alunos passavam lições selecionadas pelo professor que quando podia estava em sala para tirar duvidas e mal entendidos. Mas claramente esse método não obteve resultados significativos, pois não atraiu muitos alunos. O que levou a promulgação de um ato adicional à Constituição em 1834, descentralizando a organização e administração do ensino elementar e médio, em uma tentativa de tornar mais ágeis as possíveis soluções em âmbito regional e local. O que na verdade já existia, no caso só ouve a oficialização, já que era de obrigação das Províncias fornecer ensino gratuito, ficando a cargo do governo nacional apenas a educação superior e as escolas da cidade do Rio de Janeiro. Mas na realidade o problema continuava o mesmo, o baixo salário dos professores, o que fazia que o governo contratasse pessoas sem capacidade para dar aulas, enquanto os docentes de verdade lecionavam em escolas particulares, fazendo com que o ensino gradativamente fosse rebaixado a praticamente nada, já que só ensinavam basicamente o mesmo que os jesuítas, a ler, escrever e contar, além disso, ensinavam o básico muito mal.
 
Educação no governo de Dom Pedro II:
O governo de Dom Pedro II foi um governo de grandes mudanças e transformações, pois ele reformulou completamente o sistema educacional brasileiro. Primeiramente ele mudou o nome do ensino elementar, para ensino primário, passando a ter duração de 4 anos entre ensino elementar e superior No elementar passaram a serem ministradas as disciplinas de instrução moral e religiosa, leitura e escrita, noções essenciais de Gramática, princípios de Aritmética e sistema de pesos e medidas, no superior eram lecionadas as mesmas matérias dando origem a dez disciplinas, a partir disso, havia exigência do diploma primário para poder ingressar no secundário. Em 1837, visando à melhoria do ensino, inauguraram o colégio Pedro II, onde havia, mas rigor para a formação dos alunos que no primeiro ano aprendiam as disciplinas de história sagrada, português, geografia, aritmética e geometria; no segundo ano, os estudantes se concentravam em português, francês, latim e matemáticas elementares.
O terceiro ano estava baseado em português, francês, latim, matemáticas elementares, aritmética e álgebra; enquanto o quarto tinha as disciplinas de português, francês, latim, geografia e cosmografia, e matemáticas elementares.
No quinto ano, o currículo envolvia português, inglês ao invés do francês, latim, história geral, física e química; já no sexto era estudado alemão, grego, história natural e higiene, retórica, poética e literatura nacional, além de filosofia.
O sétimo oferecia o estudo de italiano, alemão, grego, português, história literária, filosofia, corografia (que era o estudo da genealogia Real), e história do Brasil. 
Depois de estudarem conteúdos variáveis os estudantes, após os sete anos de estudo, recebiam o grau e a carta de bacharel em letras, logo depois de jurarem perante o ministro do Império, assim eles poderiam lecionar para o ensino primário.Essa ideia serviu de exemplo para todas as cidades, já que os profissionais aceitavam os salários impostos pelo governo, e as escolas privadas não aceitavam esse tipo de graduação, somente a de ensino superior, buscando assim professores no exterior.
Conclusão:
Concluímos por fim que o ensino elementar no império brasileiro foi uma grande conquista que reflete até nos dias atuais, e que para se chegar a ela foi necessário muita luta por parte de toda uma população que desde aquela época já lutava por melhorias na educação do Brasil. Vimos também o fracasso e o sucesso de muitas leis implantadas pelo governo, como o método de Lancaster, podemos também afirmar que a República encontrou uma rede escolar primária precária, uma escola secundária frequentada somente pelos filhos das classes abastadas e um ensino superior desvirtuado nos seus objetivos.
Além da deficiência quantitativa, a República herdou uma deficiência qualitativa no campo da Educação. Por mais que foram feitas muitas reformas para tentar alcançar as necessidades da população, os métodos utilizados ainda não foram muito eficazes, fazendo de nossa educação muito inferior a outras que circulam o mundo. Nosso sistema de educação é dualista, dividido por classes, onde pobres estudam em escolas públicas e ricos em escolas privadas, deixando bem claro o fracasso da educação nas escolas brasileiras.
Referências Bibliográficas:
MARCÍLIO, Maria Luzia. ‘’Trajetória inicial do ensino público’’ em História da escola em São Paulo e no Brasil. Imprensa oficial do estado de São Paulo, 2014. p.p 17-82.
MOURA, Maria Isabel. ‘’O império e as primeiras tentativas de organização da educação nacional’’. Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/periodo_imperial_intro.html. Acesso: 29/05
Viana, Frank. ‘’A educação no Brasil no período imperial’’. Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/periodo_imperial_intro.html. Acesso: 30/05

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