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InsuficiênciaCardíaca 
Dr Fabio Roston 
Objetivos 
• Saber definição de ICC , Fisiopatologia e 
diferentes etiologias 
• Diagnóstico correto da ICC e avaliação 
inicial(perfil hemodinamico) 
• Principais exames a serem solicitados 
• Tratamento 
Caso 1 PS HU 
• João,79anos,HAS,DM,DLP,obeso,sedentário, tabagista e 
história de IAM há 1 ano,refere que dede então iniciou 
quadro de dispneia aos esforços progressiva associada a 
edema de membros inferiores bilateral,mole e 
simétrico.Relata que há uma semana houve piora da 
dispneia e do edema,evoluindo para dispneia em 
repouso,dispneia paroxistica noturna e ortopnéia.Ao 
exame apresentava-se em regular estado geral,lúcido e 
orientado,corado.PA 110x70mmhg,FC 125 bpm,sat 02 
98% em ar ambiente,FR 23,com extremidades quentes e 
turgencia jugular presente.RCR em 3 t(b3) e SSFM 
3+/6.MV presente com estertores bibasais 
• Abdômen com RHA presente,edema de 
parede,fígado palpável e refluxo hepatojugular 
presente 
• MMII com edema bilateral 4/4 até região 
perineal,sem sinais de tvp. 
• Solicitado ECG,RX de tórax e exames de 
sangue 
Qual Diagnóstico? 
• Custo: R$ 154.000.000 por ano 
• Brasil: 
• 3a. causa 
• 3,6% do orçamento do SUS 
• EUA: 4a. Causa 
• Europa (GB): 5% de todas as internações 
IC Descompensada: Problema 
Consultas em Pronto Socorro por IC Descompensada 
Primeira ida 21% 
Volta ao PS 79% 
Visitas ao PS por IC 
• 80% das consultas resultam em internação 
• 40% dos que tem alta são reinternados em 90 dias 
Causas de Internação em 2012 
Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) 
> 60 Anos 
1.097.126 
962.258 
749.404 
680.434 
368.055 
267.093 243.753 242.609 230.679 228.673 
PartoComplic gravidez e partoFraturas PneumoniaInfecções intestinaisHérnias IC SCA Colecistite AVC
Todas as Idades 
 238.983 
 213.576 
 172.386 
 150.639 
 139.808 
 109.683 
 88.133 
 76.857 
 62.840 58.007 
CA Pneumonia IC AVCs SCA Fraturas DPOC DM HAS Hérnias
> 60 anos 
Definição 
• "Disfunção cardíaca que ocasiona inadequado 
suprimento sanguíneo para atender 
necessidades metabólicas tissulares,na 
presença de retorno venoso normal ou fazê-lo 
somente com elevadas pressões de 
enchimento" 
Fisiopatologia 
Quiais tipos? 
 
 
Esquerda X direita 
Fração de ejeção normal X reduzida 
(Limítrofe) 
Como faço 
diagnóstico? 
• A) história clinica e exame físico 
• B)eco 
• C)se pressão menor que 70 mmhg 
• D)pelo valor do BNP 
Resposta:A 
Exame físico 
Ectoscopia 
PA arterial 
Pulsos 
Inspeção - cabeça/pescoço - tórax - abdômen -
membros 
Tórax 
Inspeção estática 
Ispeçao dinâmica 
Palpaçao 
Percussão 
Ausculta 
Sopros sistolicos 
Sopros diastólicos 
Bulhas- B1 B2 B3 B4 
Bulhas 
B1 
B2 
B3? 
B4? 
Bulhas 
Sopros 
Diferenciar sopro lado esquerdo X direito 
Mitral X tricuspide? 
Mitral X aórtico? 
Fígado palpável 
Pesquisar ascite 
Refluxo hepatojugular 
Principais manifestações da ICA 
Dados do Registro ADHERE 
89% 
Dispnéia 
67% 
Estertores 
pulmonares 
34% 
Dispnéia de 
repouso 
65% 
Edema 
de MMII 
Caso 1 PS HU 
• João,79anos,HAS,DM,DLP,obeso,sedentário, tabagista e 
história de IAM há 1 ano,refere que dede então iniciou 
quadro de dispneia aos esforços progressiva associada a 
edema de membros inferiores bilateral,mole e 
simétrico.Relata que há uma semana houve piora da 
dispneia e do edema,evoluindo para dispneia em 
repouso,dispneia paroxistica noturna e ortopnéia.Ao 
exame apresentava-se em regular estado geral,lúcido e 
orientado,corado.PA 110x70mmhg,FC 125 bpm,sat 02 
98% em ar ambiente,FR 23,com extremidades quentes e 
turgencia jugular presente.RCR em 3 t(b3) e SSFM 
3+/6.MV presente com estertores bibasais 
Qual Diagnóstico? 
E se for ICC provável,o 
que faço para confirmar 
diagnóstico? 
Diagnóstico da Dispnéia Aguda 
ECG área inativa anterior 
RX sinais de congestão e área 
cardíaca aumentada as custas de 
VE 
Qual provável etiologia? 
Qual a principal? 
 
E o Eco? 
Classificação 
• FE preservada 
• FE reduzida 
Congestão em Repouso 
Má 
Perfusão 
em Repouso 
NÃO 
NÃO SIM 
SIM 
Quente & Seco Quente & Úmido 
Frio & Úmido Frio & Seco 
= compensado = ICD sem BD 
= ICD com BD = Com BD 
Perfil Hemodinâmico 
50% 
15% 35% 
B 
L C 
A 
Qual o perfil 
hemodinamico do nosso 
paciente? 
Caso 1 PS HU 
• João,79anos,HAS,DM,DLP,obeso,sedentário, tabagista e 
história de IAM há 1 ano,refere que dede então iniciou 
quadro de dispneia aos esforços progressiva associada a 
edema de membros inferiores bilateral,mole e 
simétrico.Relata que há uma semana houve piora da 
dispneia e do edema,evoluindo para dispneia em 
repouso,dispneia paroxistica noturna e ortopnéia.Ao 
exame apresentava-se em regular estado geral,lúcido e 
orientado,corado.PA 110x70mmhg,FC 125 bpm,sat 02 
98% em ar ambiente,FR 23,com extremidades quentes e 
turgencia jugular presente.RCR em 3 t(b3) e SSFM 
3+/6.MV presente com estertores bibasais 
Realizado ECO 
• Hipertrofia excêntrica do VE 
• A análise contrátil global e segmentar do VE 
evidência:Acinesia média da parede anterior e 
Acinesia dos segmentos apicais.FE 35 % 
Tratamento 
Fração de ejeção reduzida 
Diuréticos 
• Resistência a diuréticos: 
– Absorção VO lenta 
 Capacidade retenção Na 
• Dieta hipossódica crônica 
• Hipertrofia do endotélio tubular 
 
• Piora função renal PORTANTO: 
Dose alta 
EV 
Associar Alça + TZ 
Posologia confortável 
Bolus = infusão contínua 
IECA e BRA na IC 
• Mais de 30.000 pacientes 
estudados 
• Reduz: 
– Mortalidade 
– Internação 
– Reinternação 
– Progressão para IC 
• Principalmente nos pacientes 
mais graves 
Estudo CONSENSUS, 1987 
P=0.002 
CONSENSUS trial study group: N Engl J Med 1987; 316:1429 
44% 
26% 
40% 
ß-Bloqueadores e IC Crônica 
Placebo 
 
ß-bloqueador 
Estudos com ß-bloqueadores (> 13.000 pacs) - Sobrevida : 
COPERNICUS : 35% 
MERIT-HF: 35% 
CIBIS-II: 34% 
Tempo 
M
o
rt
a
lid
a
d
e
 
Antagonistas de Aldosterona 
• Reduz morte em 35% 
• Melhora remodelação 
• Benefício acontece 
todas as fases da IC 
Estudo RALES, 1999 
Fases da Compensação 
Aliviar mal estar 
Evitar o óbito 
Eliminar sobrecarga 
hídrica 
Restabelecer 
mobilidade 
Diminuir tempo 
internação 
Evitar piora 
Melhorar 
prognóstico 
Prevenir 
reinternação 
Fase Tardia Fase Intermediária Fase Inicial 
A B C D E F G H 
= Avaliação clínica e hemodinâmica 
= Boa ventilação/ respiração 
= Circulação com reposição volêmica 
= Diuréticos 
= ECG - avaliação de isquemia e arritmias 
= Freqüência cardíaca, bradi- e taquiarritmias 
= Garantir a não-suspensão rotineira de drogas 
= Heparina 
A 
B 
C 
D 
E 
F 
G 
H 
Manejo Inicial da ICA 
Congestão em Repouso 
Má 
Perfusão 
em Repouso 
NÃO 
NÃO SIM 
SIM 
Quente & Seco Quente & Úmido 
Frio & Úmido Frio & Seco 
= compensado = ICD sem BD 
= ICD com BD = Com BD 
Perfil Hemodinâmico 
50% 
15% 35%B 
L C 
A 
Não mexa! 
Congestão em Repouso 
Má 
Perfusão 
em Repouso 
NÃO 
NÃO SIM 
SIM 
Quente & Seco Quente & Úmido 
Frio & Úmido Frio & Seco 
B 
L C 
A 
Perfil Hemodinâmico 
Medidas gerais 
Diurético 
Vasodilatadores 
Congestão em Repouso 
Má 
Perfusão 
em Repouso 
NÃO 
NÃO SIM 
SIM 
Quente & Seco Quente & Úmido 
Frio & Úmido Frio & Seco 
B 
L C 
A 
Perfil Hemodinâmico 
Congestão em Repouso 
Má 
Perfusão 
em Repouso 
NÃO 
NÃO SIM 
SIM 
Quente & Seco Quente & Úmido 
Frio & Úmido Frio & Seco 
B 
L C 
A 
Volume 
Inotrópicos 
Perfil Hemodinâmico 
Congestão em Repouso 
Má 
Perfusão 
em Repouso 
NÃO 
NÃO SIM 
SIM 
Quente & Seco Quente & Úmido 
Frio & Úmido Frio & Seco 
B 
L C 
A 
Diurético 
Inotrópicos 
Perfil Hemodinâmico 
Inotrópicos 
• 3 Categorias: 
1. Agonistas ß-adrenérgicos: dobutamina, 
dopamina 
2. Inibidores da PDE: milrinone 
3. Sensibilizadores de Ca: levosimendan 
• Indicação: 
– Correção de distúrbio hemodinâmico 
– Refratariedade 
Inotrópicos: Mecanismo de Ação 
Adenil ciclase 
ATP 
Cálcio 
Na 
Ca intracelular AMP-c 
5-AMP inativo 
Beta adrenérgicos 
Inibidores 
 FDE 
Sensibizador 
ao calcio 
 
AMP-c 
Manejo do Paciente Perfil B 
Manejo do Paciente Perfil L 
Manejo do Paciente Perfil C 
Mecanismo de Frank Starling 
Normal 
ICC 
VS / 
Inotropismo 
PCap/VDF 
X 
Z 
Y 
Inotrópicos 
Diuréticos 
ICC descompensada 
Manejo Pré e Pós Alta 
Quais são as drogas 
redutoras de mortalidade? 
 
Refratário? 
Ecg com BRE? 
CDI 
TX cardíaco 
Caso 2 
• Joao 73 anos,HAS há 20 anos sem tratamento,evoluiu 
com dispneia há 7 meses com piora há 1 mês.Deu 
entrada no PS com dispneia aos mínimos esforços e 
cianose de extremidades. 
• PA 100x90mmHg,turgência jugular 
• MV presente com estertores bibasais 
• RCR em3 t(b3) 
• Edema de mmii sem sinais de TVP 
Qual diagnóstico? 
 
Qual provável etiologia 
e classificação? 
Quais exames iniciais? 
• Realizado ECO:hipertrofia concêntrica do VE 
com hipocinesia difusa do VE de grau 
importante FE 23 % 
Qual tratamento? 
• Iniciado dobutamina.Apos 20 min o paciente 
estava com as extremidades quentes,porém 
mantinha sinais de hipervolemia. 
• Qual o perfil hemodinamico do paciente e 
como tratar? 
• Iniciado enalapril 5 mg 12/12 hs e furosemida 
2 amp EV de 8/8 hs 
• Após 24 hs,o paciente mantinha-se quente e 
com sinais de hipervolemia,porém referia 
melhora clinica e melhora parcial do edema 
de MMII.Foi iniciado o desmame de 
dobutamina e aumentado a dose de enalapril 
para 10 mg 12/12 hs.Solicitado exames gerais 
com função renal normal. 
• Após 48 hs da entrada o paciente estava sem 
dobutamina e foi optado por aumentar a dose 
do enalapril para 20 mg 12/12 hs.Ainda 
apresentava sinais discretos de congestão 
pulmonar.Refere que teve diurese de 6 litros 
nas ultimas 24 hs.O exames e sangue mostra 
discreto aumento de creatinina e uréia. 
• Qual a conduta? 
• No dia seguinte,vc encontra o paciente 
deitado em decúbito dorsal horizontal,sem 
dispneia e sem sinais de congestão pulmonar 
e sem edemas de mmii.PA de 120 x80 mmhg 
e FC de 90 bpm 
• Qual o perfil hemodinamico? 
• Qual o tratamento? 
• Iniciado carvedilol 6,25 mg 12/12 hs 
• Passado furosemida para VO 
• Paciente teve alta no dia seguinte,com retorno 
no ambulatório de ICC em uma semana. O 
paciente estava andando bem,com dispneia 
aos grandes esforços,sem limitação física 
Qual a classificação 
desse paciente? 
 
• ICC classe funcional 1,estádio C perfil A 
Conclusão 
• Critério diagnóstico é clinico 
• Classificação correta 
• Tentar definir diagnóstico etiologico 
• O ecocardiograma diferencia FE normal ou reduzida e 
diferencia o TTO 
• Tratar seguindo o perfil hemodinamico e avaliar as mudanças 
• Otimizar drogas redutoras de mortalidade em cada perfil 
Obrigado

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