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Universidade Federal do ABC Primeiro Quadrimestre de 2013 Prof. Andre´ Lu´ıs da Silva Aula 16 Dia 25 de junho de 2013 Circuitos de Instrumentac¸a˜o com Amplificador Operacional 1 Introduc¸a˜o Um amplificador operacional (ampop) e´ um dispositivo eletroˆnico que pertence a` classe dos ampli- ficadores diferenciais, que amplificam a diferenc¸a entre duas tenso˜es de entrada. Na˜o se trata de um amplificador de poteˆncia, mas de um amplificador de sinal. Na verdade, aumento de poteˆncia sempre existe, mas se refere a “sinal” quando o efeito mais relevante e´ um aumento da tensa˜o de entrada, sem incremento significativo da corrente ele´trica (associada a` poteˆncia por v(t)i(t)). Este dispositivo eletroˆnico pode ser fabricado de diversas maneiras e possuir diversas concep- c¸o˜es. Um exemplo espec´ıfico e´ mostrado na figura 1. Trata-se da implementac¸a˜o de um ampop do tipo 741, que e´ um dos mais comuns. Neste exemplo, ele e´ feito a partir de transistores bipolares de junc¸a˜o. Fig. 1: Um diagrama em n´ıvel de componente de amplificador 741 comum. Linhas pontilhadas denotam: espelhos de corrente (vermelho); amplificador diferencial (azul); esta´gio de ganho classe A (magenta); passador de n´ıvel de tensa˜o (verde); esta´gio de sa´ıda (ciano). Fonte: refereˆncia [1]. O ampop e´ de alto interesse em instrumentac¸a˜o pois possui diversas caracter´ısticas importantes: • Alta impedaˆncia de entrada; 2 Circuitos com Amplificador Operacional 2 • Baixa impedaˆncia de sa´ıda; • Amplificac¸a˜o diferencial dada por: vs = Gma(V+ − V−) (1) Gma e´ o ganho em malha aberta do amplificador e e´ da ordem de centenas de milhares Gma : 10 5 ∼ 107. As caracter´ısticas acima fazem com que ele se comporte como uma fonte de tensa˜o ideal. A impedaˆncia de entrada alta e´ fundamental, por exemplo, ao obter dados de um sensor que opera em baixa poteˆncia, isso faz com que a perturbac¸a˜o exercida pelo ampop seja mı´nima e na˜o distorc¸a a medida. A impedaˆncia baixa de sa´ıda esta´ associada ao fato de na˜o necessitar se preocupar com a resisteˆncia interna ao alimentar uma rede de processamento posterior. O alto ganho pode ser visto como uma consequeˆncia de se associar, em cascata, va´rios amplificadores com transistor bipolar. A aplicac¸a˜o de um ampop em intrumentac¸a˜o, envolvendo atividades como controle e proces- samento de sinais, requer o conhecimento de um modelo ideal do amplificador, abstraindo a sua construc¸a˜o eletroˆnica interna. Essa concepc¸a˜o ideal e´ va´lida na sua regia˜o de operac¸a˜o linear, que se pode entender como o seguinte: a tensa˜o de sa´ıda e´ suficientemente menor que os limites da tensa˜o de alimentac¸a˜o. A figura 2 apresenta um modelo idealizado de um ampop. Este modelo representa somente suas entradas e sa´ıdas. O comportamento ele´trico e´ dado pelas propriedades ja´ enunciadas anteri- ormente, que sera˜o reforc¸adas a seguir. vs v+ + - v- vcc+ vcc- Fig. 2: Diagrama esquema´tico de um amplificador operacional. Na figura 2, a entrada v+ e´ chamada entrada na˜o inversora, a entrada v− e´ chamada entrada inversora, o terminal vs e´ onde se mede a tensa˜o de sa´ıda, que, na regia˜o linear, e´ dada por vs = Gma(v+ − v−). Os terminais vcc+ e vcc− sa˜o as interfaces de alimentac¸a˜o de tensa˜o positiva e negativa. Essa alimentac¸a˜o e´ fornecida por uma fonte externa, ela e´ a responsa´vel pela ampli- ficac¸a˜o. Intuitivamente, a regia˜o linear se obte´m quando o valor ma´ximo da tensa˜o de sa´ıda vs e´ suficientemente menor que vcc+ e o valor mı´nimo e´ suficientemente maior que vcc− 2 Circuitos com Amplificador Operacional O fato do amplificador possuir um alto ganho implica que na˜o e´ interessante aplica´-lo em “malha aberta”, ou seja, ligando as tenso˜es de alimentac¸a˜o, inserindo dois sinais de tensa˜o na sua entrada e medindo sua sa´ıda diretamente. Ao inve´s disso, sempre se realiza uma realimentac¸a˜o da tensa˜o de 2 Circuitos com Amplificador Operacional 3 sa´ıda para a entrada de tensa˜o inversora, de modo a obter um comportamento esta´vel que gere um ganho de menor amplitude. Este ganho, em geral e´ definido somente pelos componentes externos ligados ao ampop. As aplicac¸o˜es de interesse incluem: • Amplificac¸a˜o de entrada: aplicac¸a˜o de ganho; • Comparac¸a˜o de entradas: subtrac¸a˜o; • Somato´rio de entradas; • Intregrac¸a˜o de entrada; • Diferenciac¸a˜o de entrada; • Filtro passa baixa: equac¸a˜o diferencial de primeira ordem; • Filtro passa alta: equac¸a˜o diferencial de primeira ordem com diferenciac¸a˜o da entrada. As propriedades acima permitem criar o que se conhece por computador analo´gico, onde cir- cuitos eletro-eletroˆnicos sa˜o capazes de realizar operac¸o˜es de processamento de sinais e controle. 2.1 Amplificador A figura 3 mostra o amplificador operacional conectado na configurac¸a˜o de amplificador na˜o in- versor. Note que as tenso˜es de alimentac¸a˜o vcc+ e vcc− esta˜o exclu´ıdas do diagrama, isso e´ uma pra´tica comum, onde subentende-se que o ampop foi ligado corretamente a uma fonte de tensa˜o. vs R2 ve + - R1 I2 I1 I3 Fig. 3: Circuito na configurac¸a˜o de amplificador na˜o inversor. Pelo diagrama, a tensa˜o de entrada ve e´ a pro´pria tensa˜o na entrada na˜o inversora: v+ = ve (2) Pela lei das correntes de Kirchhoff: I1 = I2 + I3 (3) Como a impedaˆncia de entrada e´ muito alta: I3 ≈ 0 ⇒ I1 ≈ I2 (4) 2 Circuitos com Amplificador Operacional 4 ou seja, R1 e R2 esta˜o aproximadamente em se´rie, nessas circunstaˆncias: I1 ≈ I2 = vs R1 +R2 (5) ou seja, a tensa˜o sobre a ligac¸a˜o se´rie dividida pela resisteˆncia equivalente. A tensa˜o v− e´ dada por: v− = R2I2 = R2 R1 +R2 vs (6) Pela equac¸a˜o de sa´ıda do ampop ideal: vs = Gma(v+ − v−) = Gma ( ve − R2 R1 +R2 vs ) ⇒ 1 Gma vs = ve − R2 R1 +R2 vs ⇒ ( 1 Gma + R2 R1 +R2 ) vs = ve (7) Como o ganho de malha aberta do amplificador e´ muito alto: 1/Gma → 0: vs = R1 +R2 R2 ve ⇒ vs = ( 1 + R1 R2 ) ve (8) Ou seja, a sa´ıda e´ igual a uma constante multiplicada pela entrada, essa constante e´ o ganho em malha fechada do amplificador, ou, simplesmente, ganho: G = 1 + R1 R2 (9) A figura 4 mostra, na forma de um bloco, o comportamento funcional entrada-sa´ıda de um amplificador, ele simplesmente aplica o ganho G sobre a entrada. x(t) y(t)=Gx(t)G Ganho Fig. 4: Representac¸a˜o por diagrama de blocos do amplificador: aplicac¸a˜o de ganho sobre a entrada. 2.1.1 Exemplo 1 Determine o ganho do circuito da figura 5 e represente na forma de um diagrama de blocos. A montagem da figura 5 e´ do tipo amplificador na˜o inversor, o seu ganho depende do resistor de realimentac¸a˜o e do resistor de terra, sendo dado pela equac¸a˜o 9: G = 1 + 2000 1000 = 1 + 2 = 3 (10) ou seja, o amplificador simplesmente multiplica a tensa˜o de entrada pelo valor 3, isso e´ ilustrado na forma de um diagrama de blocos na figura 6. 2 Circuitos com Amplificador Operacional 5 vs ve + - 2kΩ 1kΩ Fig. 5: Amplificador na˜o inversor. ve(t) 3 vs(t) Fig. 6: Ganho igual a 3. 2.1.2 Exemplo 2 Apresente um circuito com ampop que implemente um controle do tipo proporcional com ganho kp = −10, 5. Um circuito de amplificador inversor com ampop e´ mostrado na figura 7. Existe um resistor varia´vel que pode ser usado para ajustar o ganho. vs ve + - R1 R2 Fig. 7: Amplificador inversor com ganho ajusta´vel. O ganho deste amplificador, ao contra´rio daquele na equac¸a˜o 9, e´ negativo, sendo dado por: G = −R2 R1 (11) Assuma que o resistor R1 tenha o valor fixo de 1kΩ, neste caso, o resistor R2 e´ ajustado de modo a obter o ganho proporcional kp = −10, 5: kp = −10, 5 = −R2 103 ⇒ R2 = 10, 5× 103 = 10, 5kΩ (12) Assim, usando o circuito da figura 7, o ganho proporcionalkp = −10, 5 pode ser obtido com uma resisteˆncia de 10, 5kΩ. Na pra´tica, isso pode ser feito adotando-se um potencioˆmetro de 30kΩ e variando a sua resisteˆncia ate´ obter o valor de 10, 5kΩ. 2 Circuitos com Amplificador Operacional 6 2.2 Comparador A figura 8 mostra o ampop conectado na configurac¸a˜o de comparador. vs Rg v1 + - I2 I1 I3 v2 Rf R1 R2 I4 I6 I5 Fig. 8: Circuito com amplificador operacional do tipo comparador. Da lei das correntes de Kirchhoff: I1 = I3 + I5 I2 = I4 + I6 (13) Como a impedaˆncia de entrada e´ muito alta: I3 ≈ 0⇒ I1 ≈ I4 I4 ≈ 0⇒ I2 ≈ I6 (14) Enta˜o, obte´m-se dois circuitos aproximadamente em se´rie cada um, donde: I1 ≈ I5 = v1 − vs R1 +Rf I1 ≈ I6 = v2 R2 +Rg (15) As tenso˜es v+ e v− nas entradas do ampop sa˜o: v− = v1 −R1I1 = v1 − R1 R1 +Rf (v1 − vs) v+ = RgI6 = Rg R2 +Rg v2 (16) Usando a equac¸a˜o do ampop em malha aberta: vs = Gma(v+ − v−) = Gma ( Rg R2 +Rg v2 − ( v1 − R1 R1 +Rf (v1 − vs) )) 1 Gma vs = Rg R2 +Rg v2 − v1 + R1 R1 +Rf v1 − R1 R1 +Rf vs R1 R1 +Rf vs + 1 Gma vs = Rg R2 +Rg v2 + R1 − (R1 +Rf ) R1 +Rf v1( 1 Gma + R1 R1 +Rf vs ) vs = Rg R2 +Rg v2 − Rf R1 +Rf v1 (17) 2 Circuitos com Amplificador Operacional 7 Como o ganho de malha aberta do amplificador e´ muito alto: 1/Gma → 0: vs = R1 +Rf R1 ( Rg R2 +Rg v2 − Rf R1 +Rf v1 ) (18) Este circuito enta˜o e´ representado pela equac¸a˜o 18, a qual mostra uma se´rie de comportamentos. Quando todos os resistores sa˜o distintos, tem-se um comparador das entradas com respectivos pesos e ganho sobre o resultado final, conforme representado na figura 9. v2(t) +- v1(t) y(t)=y2(t)-y1(t) vs(t)=Gy(t)G GanhoComparador Comparador com Ponderação e Ganho P2 P1 y2(t)=P2v2(t) y1(t)=P1v1(t) Peso 2 (ganho) Peso 1 (ganho) Fig. 9: Comparador com pesos nas entradas e ganho no resultado final. Da equac¸a˜o 18 e da figura 9, tem-se que os ganhos de ponderac¸a˜o e o ganho de sa´ıda sa˜o dados por: P1 = Rf R1 +Rf P2 = Rg R2 +Rg G = 1 + Rf R1 (19) Quando Rg = Rf e R2 = R1, tem-se um circuito com caracter´ısticas mais limitadas, que consiste de um comparador sem pesos e com um ganho na sa´ıda, conforme indicado na figura 10 v2(t) +- v1(t) y(t)=v2(t)-v1(t) vs(t)=Gy(t) G GanhoComparador Comparador com Ganho Fig. 10: Comparador com ganho na sa´ıda. 2 Circuitos com Amplificador Operacional 8 Da equac¸a˜o 19, note que os pesos P1 e P2 sa˜o um para Rg = Rf e R2 = R1. O ganho G da figura 10 e´ o mesmo da equac¸a˜o 19, ou seja G = 1 +Rf/R1. O u´ltimo caso particular, que e´ a situac¸a˜o que da´ o nome ao circuito, e´ o de comparador puro. Note que o comparador puro e´ obtido quando R1 = R2 = Rf = Rg. Neste caso, o circuito simplesmente subtrai v1 de v2, conforme ilustrado pelo diagrama de blocos da figura 11 v2(t) +- v1(t) vs(t)=v2(t)-v1(t) Comparador Fig. 11: Comparador 2.3 Somador A figura 12 mostra o amplificador operacional conectado na configurac¸a˜o de somador. vs v1 + - I2 I- RfR2 Ifv2 I1 vn R1 . . . In Rn I Fig. 12: Circuito com amplificador operacional na configurac¸a˜o de somador. Pela lei das correntes de Kirchhoff, a corrente I e´ dada por: I = n∑ i=1 Ii (20) Tambe´m: I = I− + If (21) 2 Circuitos com Amplificador Operacional 9 Como a impedaˆncia de entrada e´ muito alta: I− ≈ 0,⇒ I ≈ If = v− − vs Rf (22) Cada corrente Ii e´ dada por: Ii = vi − v− Ri (23) Sendo assim, a corrente I pode ser escrita como: I = n∑ i=1 Ii = n∑ i=1 vi − v− Ri = n∑ i=1 vi Ri − n∑ i=1 v− Ri = n∑ i=1 vi Ri − v− n∑ i=1 1 Ri (24) Note que ∑n i=1 1 Ri e´ a definic¸a˜o de resisteˆncia equivalente em paralelo das resisteˆnciasR1, R2, . . . Rn, ou seja: 1 Req = n∑ i=1 1 Ri (25) Substituindo a resisteˆncia equivalente paralelo na equac¸a˜o 24, obte´m-se: I = n∑ i=1 vi Ri − v− Req (26) Substituindo o resultado da equac¸a˜o 26 na equac¸a˜o 22, obte´m-se: n∑ i=1 vi Ri − v− Req = v− − vs Rf ⇒ n∑ i=1 vi Ri + vs Rf = v− Rf + v− Req = v− ( 1 Rf + 1 Req ) n∑ i=1 vi Ri + vs Rf = v− ( Rf +Req RfReq ) ⇒ v− = ( RfReq Rf +Req )( n∑ i=1 vi Ri + vs Rf ) (27) A equac¸a˜o 27 fornece a tensa˜o v− na entrada do ampop, a tensa˜o v+, por sua vez, e´ zero, pois esta´ ligada ao terminal de refereˆncia. Deste modo, usando-se a equac¸a˜o de malha aberta do ampop, tem-se: vs = Gma(v+ − v−) = Gma(0− v−) = −Gma ( RfReq Rf +Req )( n∑ i=1 vi Ri + vs Rf ) 1 Gma vs = − RfReq Rf +Req ( n∑ i=1 vi Ri + vs Rf ) (28) Como o ganho de malha aberta do amplificador e´ muito alto: 1/Gma → 0: 0vs = − RfReq Rf +Req ( n∑ i=1 vi Ri + vs Rf ) 0 = − RfReq Rf +Req ( n∑ i=1 vi Ri + vs Rf ) 0 = n∑ i=1 vi Ri + vs Rf ⇒ vs = −Rf n∑ i=1 vi Ri (29) 2 Circuitos com Amplificador Operacional 10 A equac¸a˜o 29 enta˜o descreve o comportamento do somador, note que a sa´ıda e´ soma de todas as entradas, cada uma ponderada por Ri/Rf . Note tambe´m que este e´ um somador inversor, pois a soma e´ multiplicada por −1. Para obter uma soma sem ponderac¸a˜o, basta fazer cada resistor Ri igual entre si. Para que, ale´m disso, na˜o exista ganho sobre a soma, esses resistores devem ser tambe´m ideˆnticos ao resistor de realimentac¸a˜o Rf , ou seja, Ri = Rf , i = 1, 2, . . . n. Assim, a equac¸a˜o do circuito somador inversor se torna: vs = − n∑ i=1 vi (30) ou seja, a sa´ıda e´ simplesmente o somato´rio das entradas, multiplicado por −1. O produto por −1 se deve ao fato do somador usar realimentac¸a˜o negativa. Um diagrama de blocos do somador inversor e´ mostrado na figura 13 ++ + v1(t) v2(t) vn(t) . . . y(t)=∑vi(t)i=1 n -1 vs(t)=-∑vi(t)i=1 n Fig. 13: Representac¸a˜o por diagrama de blocos do somador inversor. 2.4 Integrador A figura 14 mostra o ampop conectado na configurac¸a˜o de integrador. vs ve + - I- CIC IRR Fig. 14: Circuito com amplificador operacional na configurac¸a˜o de integrador. A tensa˜o v+ do ampop e´ zero, pois esta´ ligado a` refereˆncia. A tensa˜o v− e´: v− = vs + vC (31) Aplicando a equac¸a˜o de malha aberta do ampop, obte´m-se: vs = Gma(v+ − v−) = Gma(0− v−) = −Gmav− ⇒ 1 Gma vs = −v− = − (vs + vC) (32) 2 Circuitos com Amplificador Operacional 11 Como o ganho de malha aberta do amplificador e´ muito alto: 1/Gma → 0: 0vs = − (vs + vC) ⇒ −vs − vC = 0 ⇒ vC = −vs (33) Da lei das correntes de Kirchhoff: IR = IC + I− (34) Como a impedaˆncia de entrada e´ muito alta: I− ≈ 0 ⇒ IR ≈ IC (35) A corrente IC e´ dada por: IC = C dvC dt (36) A corrente IR e´ dada por: IR = ve − vc − vs R (37) Substituindo a tensa˜o da equac¸a˜o 33 na equac¸a˜o 37, tem-se: IR = ve − vc − vs R = ve − vc − (−vc) R = ve R (38) Das equac¸o˜es 35, 36 e 38, tem-se: ve R = C dvC dt ⇒ dvC dt = ve RC (39) Substituindo a tensa˜o da equac¸a˜o 33 na equac¸a˜o 39, obte´m-se: d dt (−vs) = ve RC ⇒ dvs dt = − ve RC (40) Integrando ambos os lados da equac¸a˜o 40 desde t0 ate´ t, obte´m-se: vs(t) = vs(t0)− 1 RC ∫ t t0 ve(τ)dτ (41) Assumindo que o capacitor inicia descarregado no tempo t0, a equac¸a˜o do circuito e´ simples- mente: vs(t) = − 1 RC ∫ t t0 ve(τ)dτ (42) Ou seja, o circuito na configurac¸a˜o da figura 14 tem o comportamento de integrar a entrada desde t0 ate´ t. Note tambe´m que a entrada e´ invertida. Assim, este e´ um integrador inversor.Ale´m disso, existe a parcela 1/RC que multiplica a integral, onde RC e´ a constante de tempo. Esta parcela pode ser vista como um ganho sobre a integral, que pode ser maior ou menor que um. Para que na˜o exista ganho sobre a integral, o resistor e o capacitor devem ser escolhidos de modo que a constante de tempo seja igual a um segundo. A figura 15 mostra a representac¸a˜o do integrador inversor na forma de diagrama de blocos. Note que uma constante de tempo unita´ria foi considerada. 2 Circuitos com Amplificador Operacional 12 ∫ve(t) y(t)=∫ve(τ)dτt0 t -1 vs(t)=-∫ve(τ)dτt0 t Fig. 15: Diagrama de blocos do integrador inversor. 2.4.1 Exemplo 3 Apresente um circuito com ampop que implemente um controle do tipo integral com ganho ki = −5. Um circuito de integrador inversor com amplificador operacional e´ mostrado na figura 16. Existe um resistor varia´vel que pode ser usado para ajustar o ganho. Assuma que se tem a` disposic¸a˜o um capacitor de 10µF . Neste caso, da equac¸a˜o 42, veja que o ganho do integrador e´: Gint = − 1 RC = − 1 R10−5 (43) Deste modo, para se obter um ganho integral ki = −5, deve-se ter: ki = −5 = − 1 R10−5 ⇒ R = 10 5 5 = 2× 104 = 20kΩ (44) vs ve + - C R Fig. 16: Integrador inversor com possibilidade de ajuste de ganho. Assim, usando o circuito da figura 16, o ganho integral ki = −5 pode ser obtido com uma resisteˆncia de 20kΩ. Na pra´tica, isso pode ser feito adotando-se um potencioˆmetro de 100kΩ e variando a sua resisteˆncia ate´ obter o valor de 20kΩ. 2.5 Diferenciador A figura 17 mostra o ampop conectado na configurac¸a˜o de diferenciador. A tensa˜o v+ do ampop e´ zero, pois esta´ ligado a` refereˆncia. A tensa˜o v− e´: v− = ve − vC (45) Aplicando a equac¸a˜o de malha aberta do ampop, obte´m-se: vs = Gma(v+ − v−) = Gma(0− v−) = −Gmav− ⇒ 1 Gma vs = −v− = − (ve − vC) (46) 2 Circuitos com Amplificador Operacional 13 vs ve + - I-C IC IR R Fig. 17: Circuito com amplificador operacional na configurac¸a˜o de diferenciador. Como o ganho de malha aberta do amplificador e´ muito alto: 1/Gma → 0: 0vs = − (ve − vC) ⇒ −ve + vC = 0 ⇒ vC = ve (47) Da lei das correntes de Kirchhoff: IC = IR + I− (48) Como a impedaˆncia de entrada e´ muito alta: I− ≈ 0 ⇒ IC ≈ IR (49) A corrente IC e´ dada por: IC = C dvC dt (50) A corrente IR e´ dada por: IR = ve − vc − vs R (51) Substituindo a tensa˜o da equac¸a˜o 47 na equac¸a˜o 51, tem-se: IR = ve − vc − vs R = vc − vc − vs R = −vs R (52) Das equac¸o˜es 49, 50 e 52, tem-se: −vs R = C dvC dt (53) Substituindo a tensa˜o da equac¸a˜o 47 na equac¸a˜o 53, obte´m-se: vs = −RCdve dt (54) Ou seja, o circuito na configurac¸a˜o da figura 17 tem o comportamento de diferenciar a entrada. Note tambe´m que a entrada e´ invertida. Assim, este e´ um diferenciador inversor. Ale´m disso, existe a parcela RC que multiplica a derivada, onde RC e´ a constante de tempo. Esta parcela pode ser vista como um ganho sobre a derivada, que pode ser maior ou menor que um. Para que na˜o exista ganho sobre a derivada, o resistor e o capacitor devem ser escolhidos de modo que a constante de tempo seja igual a um segundo. A figura 18 mostra a representac¸a˜o do diferenciador inversor na forma de diagrama de blocos. Note que uma constante de tempo unita´ria foi considerada. 2 Circuitos com Amplificador Operacional 14 ve(t) y(t)=dve(t) dtd dt -1 vs(t)=-dve(t) dt Fig. 18: Diagrama de blocos do diferenciador inversor. 2.5.1 Exemplo 4 Apresente um circuito com ampop que implemente um controle do tipo derivativo com ganho kd = −0, 1. Um circuito de diferenciador inversor com amplificador operacional e´ mostrado na figura 19. Existe um resistor varia´vel que pode ser usado para ajustar o ganho. vs ve + - C R Fig. 19: Diferenciador inversor com possibilidade de ajuste de ganho. Assuma que tem-se a` disposic¸a˜o um capacitor de 1µF . Neste caso, da equac¸a˜o 54, veja que o ganho do diferenciador e´: Gdif = −RC = −R10−6 (55) Deste modo, para se obter um ganho derivativo kd = −0, 1, deve-se ter: kd = −0, 1 = −R10−6 ⇒ R = 0, 1× 106 = 100× 103 = 100kΩ (56) Assim, usando o circuito da figura 19, o ganho derivativo kd = −0, 1 pode ser obtido com uma resisteˆncia de 100kΩ. Na pra´tica, isso pode ser feito adotando-se um potencioˆmetro de 1MΩ e variando a sua resisteˆncia ate´ obter o valor de 100kΩ. 2.5.2 Exemplo 5 Usando circuitos com ampop, obtenha um controlador que receba o sinal de refereˆncia na forma de uma tensa˜o, o sinal medido na forma de uma tensa˜o, e depois calcule uma ac¸a˜o de controle proporcional integral derivativa (PID) com os ganhos kp = 10, 5, ki = 5 e kd = 0, 1, ou seja, os ganhos dos exemplos 2, 3 e 4 com o sinal trocado. Para implementar este circuito, basta considerar os circuitos das figuras 7, 16 e 19, e adicionar um comparador e um somador inversor. Note que o somador inversor e´ o responsa´vel por corrigir 2 Circuitos com Amplificador Operacional 15 vsp ve + - R1p R2p vsi ve + - Ci Ri vsd ve + - Cd Rd Proporcional Integral Derivativo vm + - vr RcMedida Referência Rc Rc Rc Comparador vs + - Rs Rs Rs Rs Somador Fig. 20: Circuito de controlador PID usando amplificadores operacionais. o sinal dos ganhos das parcelas kp, ki e kd. Este circuito e´ mostrado na figura 20. Os blocos de comparador, ganho proporcional, integrador, derivador e somador sa˜o apresentados. Conforme a subsec¸a˜o 2.2 o comparador possui todos os resistores iguais, seu valor pode ser escolhido arbitrariamente. Isso e´ necessa´rio para que ele na˜o insira pesos diferentes nas entradas, nem ganho na sa´ıda. Conforme a subsec¸a˜o 2.3 o somador possui todos os resistores iguais, seu valor pode ser escolhido arbitrariamente. Isso e´ necessa´rio para na˜o atribuir pesos diferentes nas entradas, nem ganho na sa´ıda. Os valores dos resistores e capacitores das parcelas proporcional, integral e derivativa ja´ foram calculados nos exemplos 2, 3 e 4. 2.6 Filtro Passa Baixa A figura 21 mostra o ampop conectado na configurac¸a˜o de filtro passa baixa. A tensa˜o v+ do ampop e´ zero, pois esta´ ligado a` refereˆncia. A tensa˜o v− e´: v− = ve −R1IR1 (57) Aplicando a equac¸a˜o de malha aberta do ampop, obte´m-se: vs = Gma(v+ − v−) = Gma(0− v−) = −Gmav− ⇒ 1 Gma vs = −v− = − (ve −R1IR1) (58) Como o ganho de malha aberta do amplificador e´ muito alto: 1/Gma → 0: 0vs = − (ve −R1IR1) ⇒ ve = R1IR1 ⇒ IR1 = ve R1 (59) 2 Circuitos com Amplificador Operacional 16 vs R2 ve + - R1 CIC IR2 IR1 I- Fig. 21: Circuito com amplificador operacional na configurac¸a˜o de filtro passa baixa. A corrente IR1 e´ dada por: IR1 = ve − vc − vs R1 (60) Substituindo IR1 da equac¸a˜o 59 na equac¸a˜o 60, tem-se: ve R1 = ve − vc − vs R1 ⇒ ve = ve − vc − vs ⇒ vc = −vs (61) Da lei das correntes de Kirchhoff: IR1 = IR2 + IC + I− (62) Como a impedaˆncia de entrada e´ muito alta: I− ≈ 0 ⇒ IR1 ≈ IR2 + IC (63) A corrente IC e´ dada por: IC = C dvC dt (64) Substituindo a tensa˜o da equac¸a˜o 61 na equac¸a˜o 64, tem-se: IC = −Cdvs dt (65) A corrente IR2 e´: IR2 = vc R2 = − vs R2 (66) Substituindo os resultados das equac¸o˜es 60, 61, 65 e 66 na equac¸a˜o 63, tem-se: ve R1 = −Cdvs dt − vs R2 (67) Rearranjando, obte´m-se a equac¸a˜o diferencial que relaciona a sa´ıda do filtro passa baixa com a entrada: dvs dt + vs CR2 = − ve CR1 (68) 2 Circuitos com Amplificador Operacional 17 Ou seja, o circuito da figura 21 representa uma equac¸a˜o diferencial linear de primeira ordem, que recebe como entrada a tensa˜o ve e gera a sa´ıda vs.A constante de tempo da equac¸a˜o diferencial e o ganho esta´tico sa˜o: τ = R2C (69) G0 = −R2 R1 (70) O ganho esta´tico e´ definido como a raza˜o entre e a sa´ıda e a entrada quando a derivada e´ zero: G0 = (vs/ve) = −CR2/CR1 = −R2/R1. A frequeˆncia de canto de um filtro passa baixas e´ definida como ωc = 1/τ , neste caso, ωc = 1/R2C. Esta frequeˆncia caracteriza a regia˜o a partir da qual a atenuac¸a˜o do sinal de sa´ıda e´ tal que a poteˆncia do sinal de sa´ıda e´ menos da metade da poteˆncia do sinal de entrada. Note que o ganho esta´tico e´ negativo, o que significa que a entrada da equac¸a˜o diferencial e´ invertida. Esta configurac¸a˜o de equac¸a˜o diferencial de primeira ordem e´ aplicada como um filtro passa baixas, onde o sistema possui um ganho constante em baixas frequeˆncias (G0), com ganho tendendo a zero em altas frequeˆncias. 2.6.1 Exemplo 6 Apresente um circuito com ampop que implemente um filtro passa baixa com ganho de esta´tico G0 = −1 e frequeˆncia de canto ωc = 1/τ = 10rad/s. Um circuito de filtro passa baixa inversor com ampop e´ mostrado na figura 22. Existem dois resistores varia´veis que podem ser usados para ajustar o ganho da entrada e a frequeˆncia de canto. vs R2 ve + - R1 C Fig. 22: Filtro passa baixa inversor com ganho de entrada e frequeˆncia de canto ajusta´veis. Assuma que se tem a` disposic¸a˜o um capacitor de 1µF . Neste caso, a frequeˆncia de canto e´ dada por: ωc = 1 R210−6 = 106 R2 (71) Deste modo, para se obter a frequeˆncia de canto ωc = 10rad/s, deve-se ter: 10 = 106 R2 ⇒ R2 = 10 6 10 = 105 = 100kΩ (72) 2 Circuitos com Amplificador Operacional 18 Assim, usando o circuito da figura 22, a frequeˆncia de canto ωc = 10rad/s pode ser obtida com uma resisteˆncia de 100kΩ e capacitor de 1µF . Na pra´tica, isso pode ser feito adotando-se um potencioˆmetro de 1MΩ e variando a sua resisteˆncia ate´ obter o valor de 100kΩ. Para que o ganho esta´tico G0 = −R2/R1 seja igual a -1, basta escolher o resistor R1 = 100kΩ. Isto pode ser obtido usando um segundo potencioˆmetro. 2.7 Filtro Passa Alta A figura 23 mostra o ampop conectado na configurac¸a˜o de filtro passa alta. vs R2 ve + - R1C I2 I1 I- Fig. 23: Circuito com amplificador operacional na configurac¸a˜o de filtro passa alta. A tensa˜o v+ do ampop e´ zero, pois esta´ ligado a` refereˆncia. A tensa˜o v− e´: v− = vs +R2I2 (73) Aplicando a equac¸a˜o de malha aberta do ampop, obte´m-se: vs = Gma(v+ − v−) = Gma(0− v−) = −Gmav− ⇒ 1 Gma vs = −v− = − (vs +R2I2) (74) Como o ganho de malha aberta do amplificador e´ muito alto: 1/Gma → 0: 0vs = − (vs +R2I2) ⇒ vs = −R2I2 ⇒ I2 = − vs R2 (75) Da lei das correntes de Kirchhoff: I1 = I2 + I− (76) Como a impedaˆncia de entrada e´ muito alta: I− ≈ 0 ⇒ I1 ≈ I2 (77) Da lei das tenso˜es de Kirchhoff: ve = vc + (R1 +R2)I1 + vs (78) Das equac¸o˜es 75, 77 e 79, tem-se que: ve = vc + (R1 +R2)I1 + vs = vc + (R1 +R2)I2 + vs = vc − (R1 +R2) vs R2 + vs ve = vc − R1 R2 vs − vs + vs = vc − R1 R2 vs ⇒ vc = ve + R1 R2 vs (79) 2 Circuitos com Amplificador Operacional 19 A corrente IC e´ dada por: IC = C dvC dt (80) Como o capacitor e o resistor R1 esta˜o em se´rie: IC = I1 = I2 = C dvC dt (81) Substituindo I2 dado pela equac¸a˜o 75 na equac¸a˜o 81: − vs R2 = C dvC dt (82) Substituindo, na equac¸a˜o 82, vC dado pela equac¸a˜o 79: − vs R2 = C d dt ( ve + R1 R2 vs ) = C dve dt + C R1 R2 dvs dt ⇒ dvs dt + 1 CR1 vs = −R2 R1 dve dt (83) A equac¸a˜o 83 descreve uma equac¸a˜o diferencial de primeira ordem para o comportamento da sa´ıda em func¸a˜o da entrada. A constante de tempo e´ dada pelo resistor e capacitor em se´rie. τ = R1C (84) O ganho de alta frequeˆncia e´ definido como a raza˜o entre as derivadas da sa´ıda e da entrada quando a derivada da sa´ıda e´ suficientemente alta: G∞ = dvs/dt dve/dt = −R2/R1 1 = −R2 R1 (85) Assim, o ganho de alta frequeˆncia G∞ = −R2/R1, e´ negativo e igual a constante que multiplica a derivada da entrada na equac¸a˜o diferencial. Este e´ um filtro passa altas inversor. A diferenc¸a fundamental entre o filtro passa baixa e o filtro passa alta se encontra na forma como a entrada de tensa˜o e´ aplicada na equac¸a˜o. No caso do filtro passa baixa, a entrada e´ aplicada diretamente, por outro lado, no filtro passa altas caracterizado pela equac¸a˜o 83, veja que e´ a derivada da entrada que e´ aplicada na equac¸a˜o diferencial. Essa fenoˆmeno faz com que o circuito apresente um fenoˆmeno oposto ao do filtro passa baixa: quando uma tensa˜o de baixa frequeˆncia e´ aplicada, o ganho entre a entrada e sa´ıda tende a zero. No entanto, em alta frequeˆncia o ganho e´ ma´ximo, assumindo o valor constante G∞. Ou seja o circuito reduz o ganho em baixa frequeˆncia e aumenta o ganho em alta frequeˆncia, gerando um comportamento de “deixar passar” altas frequeˆncias e atenuar baixas frequeˆncias. A frequeˆncia de canto do filtro passa altas, que e´ aquela a partir da qual o sinal de sa´ıda comec¸a a ter mais da metade da poteˆncia do sinal de entrada, e´ dada pelo inverso da constante de tempo: ωc = 1 τ = 1 R1C (86) 2 Circuitos com Amplificador Operacional 20 vs R2 ve + - R1C Fig. 24: Filtro passa alta inversor com ganho de entrada e frequeˆncia de canto ajusta´veis. 2.7.1 Exemplo 7 Apresente um circuito com ampop que implemente um filtro passa alta com ganho de alta frequeˆn- cia G∞ = −1 e frequeˆncia de canto ωc = 1/τ = 5rad/s. Um circuito de filtro passa alta com ampop e´ mostrado na figura 24. Existem dois resistores varia´veis que podem ser usados para ajustar o ganho da entrada e a frequeˆncia de canto. Assuma que se tem a` disposic¸a˜o um capacitor de 1µF . Neste caso, a frequeˆncia de canto e´ dada por: ωc = 1 R110−6 = 106 R1 (87) Deste modo, para se obter a frequeˆncia de canto ωc = 5rad/s, deve-se ter: 5 = 106 R1 ⇒ R1 = 10 6 5 = 2× 105 = 200kΩ (88) Assim, usando o circuito da figura 24, a frequeˆncia de canto ωc = 5rad/s pode ser obtida com uma resisteˆncia de 200kΩ e capacitor de 1µF . Na pra´tica, isso pode ser feito adotando-se um potencioˆmetro de 1MΩ e variando a sua resisteˆncia ate´ obter o valor de 200kΩ. Para que o ganho de alta frequeˆncia G∞ = −R2/R1 seja igual a -1, basta escolher o resistor R2 = 200kΩ. Isto pode ser obtido usando um segundo potencioˆmetro. Refereˆncias [1] Wikipedia. Operational amplifier. site de internet. url: http://en.wikipedia.org/wiki/Operational amplifier.
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