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PLANTÃO PSICOLÓGICO: UMA PRÁTICA CLÍNICA DA COMTEMPORANEIDADE VÍNCULO TERAPÊUTICO NO PLANTÃO PSICOLÓGICO: UMA DISCUSSÃO SOB A PERSPECTIVA DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO O homem e o mundo vêm evoluindo a cada dia e a psicologia como ciência que estuda o comportamento humano deve acompanhar essas mudanças, assim demanda novas formas de inserção do psicólogo, novas formas de trabalho, além de novos campos e públicos. A psicologia por muito tempo foi somente uma psicologia clínica, uma ciência psicopatológica e psicoterapeuta com cunho psicanalista, porém com as mudanças do mundo contemporâneo exigiu que a psicologia torna-se uma ciência mais ampla, além de ultrapassar os limites das paredes dos tradicionais consultórios, outro ponto que propôs dinamismo a psicologia foi que agora não é uma ciência somente para classes médias e altas. O homem não é somente a sua patologia, o homem contemporâneo é seu contexto social, suas experiências. Nessa perspectiva, nasce uma nova modalidade clínica, que ao contrário do que se pensa, não vem para substituir a prática da psicoterapia e nem é uma prática alternativa, mas sim como uma modalidade clínica. Podemos dizer que o plantão psicológico constituise como uma prática clínica da contemporaneidade, na medida em que ela promove uma abertura para o novo, o diferente e oferece um espaço de escuta a alguém que apresenta uma demanda psíquica, um sofrimento, oferece um momento no qual esse sujeito que sofre se sinta verdadeiramente ouvido na sua dor. (Rebouças & Dutra, 2010, pág. 26) O plantão psicológico como assim é chamada a nova modalidade de atendimento, foi proposto pelo Serviço De Aconselhamento do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP), em 1969, orientado pela professa Rachel Lea Rosenberg e baseia-se no aconselhamento psicológico proposto por Carl Rogers, constituindo-se pela disponibilidade, flexibilidade em propor ajuda. O psicólogo no plantão psicológico, além das características supracitadas, tem como objetivo ajudar o cliente a ter uma visão mais ampla de si e do mundo, além de estar “disposto, presente e disponível” (Rebouças e Dutra, 2010) para a escuta. Destaca-se um fator importante para que o plantão psicológico funcione, o vínculo terapêutico, sem ele não há possibilidade da resolução dos problemas, isso é trazido não só pelos fundadores, ou pelas bases que fundamentam o plantão psicológico. Na análise do comportamento (Alves e Morales, pág. 1) citam: “O terapeuta, através de uma audiência punitiva, pode acabar por promover um controle aversivo, de modo que prejudique a aliança terapêutica necessária para mudança de comportamento do cliente.” Logo, o psicólogo no plantão psicológico vai ajudar o cliente a ter uma mais ampla de si e do mundo, além de estar disposto, presente e disponível para a escuta, proporcionando uma boa aliança terapêutica, já que sem ela há possibilidade é nula para o trabalho do mesmo. O plantão psicológico, o profissional irá agir como facilitador entre o problema e o cliente, para que esse tenha uma visão mais ampla do mesmo. A proposta do plantão é justamente criar condições para que o indivíduo possa por si só encontrar seus caminhos, mas esta trilha muitas vezes é tortuosa e em alguns momentos o homem precisará desse espaço para se fortalecer e posteriormente continuar. Assim, o plantão estará à disposição sempre que alguém precisar. (Rebouças & Dutra, 2010, pág. 27) ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA PIO DÉCIMO FACULDADE PIO DÉCIMO PSICOLOGIA ANA CRIS DAS MERCÊS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE PRÁTICAS BREVES EM PSICOLOGIA ARACAJU 2016
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