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* METABOLISMO DE CARBOIDRATOS I Glicólise Via Glicolítica Regulação da glicólise Gluconeogenese Glicogenólise Glicogenese * * * * 1. Algumas Considerações Históricas: No decurso da primeira metade do séc. XX, a Glicólise foi estudada por alguns dos mais renomeados Bioquímicos: 1860: Pasteur postula que a Fermentação é catalisada por enzimas indissociáveis das estruturas celulares 1897: Buchner descobre que as enzimas da fermentação podem atuar independemente das estruturas celulares 1905: Harden e Young identificam uma Hexose bifosfato como intermediária da Glicólise e verificaram a necessidade de certas coenzimas (NAD, ADP e ATP) Anos 30: Embden postulou a separação da frutose 1,6 - Bifosfato 1938 – Warburg et al. Demonstraram a capacidade de conservar energia sob a forma de ATP * 2. Conceitos - Sumário: Glycolysis tem a sua origem no Grego em que glyk = Doce + Lysis = Dissolução Glicólise = Sequencia de reações que converte a Glicose em Piruvato, havendo a produção de Energia sob a forma de ATP * A glicose é metabolizada por todas as células de mamíferos para formar ATP; A glicólise anaeróbica produz duas moléculas de Lactato e de ATP a partir de uma molécula de glicose; * A glicólise aeróbica produz duas moléculas de NADH e de piruvato; O NADH deve ser reoxidado para que a glicólise continue; * A glicólise é regulada em três etapas. 1) 6-fosfofruto-1-quinase 2)Piruvato quinase 3)Fosfofrutoquinase I * Gliconeogênese consiste na formação de glicose a partir de substratos não-carboidratos, sendo necessária para manter a glicose sanguínea e envolve as enzimas glicolíticas que catalisam reações reversíveis; * As reações da glicólise que são irreversíveis são contornadas por reações específicas da gliconeogênese; Alguns aminoácidos são glucogênicos, mas os ácidos graxos com número par de carbono não são * * Glicogênicos Alanina Asparagina Aspartato Cisteína Glutamato Glutamina Glicina Prolina Serina Arginina Histidina Metionina Treonina Valina Glico e cetogênicos Tirosina Isoleucina Fenilalanina Triptofano Cetogênicos Leucina Lisina NÃO-ESSENCIAIS ESSENCIAIS Classificação dos aminoácidos (estudos com animais indicam que é glico e cetogênico) * A gluconeogênese é inibida por insulina e estimulada por glucagon, mediados pela regulação dos estados de fosforilação de enzimas regulatórias; Efeitos de longo prazo, estimulatórios do glucagon e inibitórios da insulina, sobre a gluconeogenese são mediados por indução e repressão de enzimas chaves de vias glicolítica/gluconeogênica; O músculo não libera glicose livre. * Quando a glicose é abundante, o fígado e o músculo esquelético sintetizam e armazenam glicogênio; * O músculo esquelético utiliza o glicogênio armazenado para a síntese de ATP durante o exercício, e o fígado libera glicose a partir do glicogênio quando os níveis de glicose sanguínea estão baixos; * Doenças do armazenamento de glicogênio são causadas por defeitos hereditários em enzimas envolvidas na degradação do glicogênio; TIPO I: DOENÇA DE von GIERKE - A deficiência de glicose-6-fosfatase é TIPO II: DOENÇA DE POMPE - Deficiência de a –glicosidades TIPO III: DOENÇA DE CORI - deficiência da enzima desramificadora TIPO IV: DOENÇA DE ANDERSEN -Deficiência da enzima ramificadora * A glicogênio sintase existe em uma forma fosforilada, que é dependente para atividade da presença de glicose 6-fosforilada, um efetor alostérico positivo, e uma forma não-fosforilada, que é independente de glicose 6-fosfato; A glicogênio fosforilase, uma enzima chave na degradação do glicogênio, é ativada por AMP e inibida por glicose e ATP, e é ativada também por uma cascata de sinalização envolvendo proteína quinase; * 3. Onde Ocorre A Glicólise? No Citoplasma das Células Pode Ocorrer Em Dois meios diferentes Anaerobiose Aerobiose O produto final é Piruvato que posteriormente é fermentado em Acido Láctico ou Etanol O produto final é o piruvato que depois, por processos posteriores à glicólise, é oxidado em CO2 e H2O * Glicólise ocorre em todas as células humanas Para muitos tecidos, a glicólise é só uma via fornecedoras de energia de emergência, capaz de produzir 2 moles de ATP a partir de 1 mol de glicose, em ausência de oxigênio. * * Glicólise é metabolizada diferentemente em várias células A glicose é metabolisada principalmente por glicólise em eritrócitos; O transporte através da membrana plasmática é catalisada por GLUT1 transportador de glicose 1; Como os eritrócitos são desprovidos de mitocôndrias, o produto final da glicólise é o ácido láctico, que é liberado no sangue; * Glicólise é metabolizada diferentemente em várias células A glicose usada pela via das pentoses fosfato em eritrócitos fornece NADPH para manter a glutationa no estado reduzido, o que tem um papel importante na destruição de peróxidos orgânico e H2O2 Peróxidos causam danos irreversíveis a membranas, DNA e outros componentes celulares, e devem ser removidos para evitar lesão e morte celular * 4. Esquema Geral da Glicólise 2 açúcares de 3 C 1 açúcar de 6 C A partir deste ponto as reações são duplicadas 2 moléculas de Piruvato (3C) Saldo 2 moléculas de ATP 2 moléculas de NADH Glicose + NAD + 2ADP + 2Pi → 2Piruvato + NADH + H + 2ATP + 2H2O * * 5. Etapas Da Glicólise 3 – Óxido-redução- Fosforilação 1- Ativação ou Fosforilação da Glicose 2- Transformação do Gliceraldeído em Piruvato * 5.1 Fosforilação da Glicose Nesta Primeira Fase temos: - Utilização de ATP (2 Moléculas) - Formação de duas Moléculas de Triose-Fosfato: Dihidroxicetona Fosfato e Gliceraldeído 3-Fosfato * Glicose + ATP Glicose -6-Fosfato + ADP A Glicose é uma molécula quimicamente inerte, assim para se iniciar a sua degradação é necessário que seja ativada Depois de entrar na Célula a Glicose é fosforilada pela Hexoquinase produzindo Glicose-6-P pela transferência do Fosfato Terminal do ATP para o grupo Hidroxila da Glicose Reação Exergônica Reação irreversível Permite a entrada da Glicose no Metabolismo Intracelular dado que Glicose-6-P não é transportado através da membrana Plasmática * Glicose -6- Fosfato Frutose -6- Fosfato Conversão da Glicose -6- Fosfato em Frutose -6- Fosfato pela Fosfohexose Isomerase * Frutose -6-P + ATP Frutose 1,6-BiFosfato + ADP A Frutose -6-P é Fosforilada a Frutose -1,6-Bifosfato pela Fosfofrutoquinase Esta é a Primeira Reação Especifica da Glicolise * Frutose 1,6-BiFosfato Gliceraldeído 3-P + Dihidrocetona Fosfato A Frutose 1,6- Bifosfato é dividida pela aldolase em duas trioses fosfatadas ficando cada uma com um fosfato As duas trioses são: Gliceraldeído 3-Fosfato e a Dihidroxicetona Fosfato * Gliceraldeído 3-P Dihidrocetona Fosfato As Duas trioses são interconvertíveis por uma reação reversível catalizada pela Isomerase dos Fosfatos de Trioses ou Fosfotrioses Isomerase (TIM) A Aldolase e a Isomerase estabelecem equilíbrio assinalado no Esquema da Esquerda: Só o Gliceraldeído é Substrato das reações seguintes, por isso o isômero assegura que todos os 6 Carbonos Derivados da Glicose podem Prosseguir na Via Glicolítica * 5.2 Transformação do Gliceraldeído em Piruvato Nesta Segunda Fase temos: - Formação de ATP - Oxidação da Molécula do Gliceraldeído 3-P - Redução do NAD+ - Formação do Ácido Pirúvico * Gliceraldeído 3-P + NAD + Pi 1-3 Bisfosfoglicerato + NADH + H O Gliceraldeído 3-P é Convertido num Composto intermédio potencialmente energético Enzima Interveniente: Desidrogenase do Gliceraldeído 3-P Grupo Aldeído (-CHO) oxidado em Grupo Carboxílico(-COOH) Grupo Carboxílico formado, forma uma ligaçao Anídrica com o fosfato O NADH intervirá na Formação de ATP O Grupo Fosfato deriva de um Fosfato Inorgânico * ESTRUTURA DO NAD Nicotinamida adenina dinucleotídio * 1-3 Bisfosfoglicerato + ADP 3-Fosfoglicerato + ATP Formação de ATP Enzima interveniente: Cinase Fosfoglicerato Fosforilação ao Nível do Substrato * 3-Fosfoglicerato 2-Fosfoglicerato O 3-Fosfoglicerato é Isomerado a 2-Fosfoglicerato pela Fosfoglicerato Mutase * 2-Fosfoglicerato Fosfoenolpiruvato + H O 2 Há Desidratação e redistribuição da Energia A Enzima Responsável é a Enolase * Fosfoenolpiruvato + ADP Piruvato + ATP Ultima Reação É Catalizada pela Cinase do Piruvato Transferencia do Grupo Fosfato do Fosfoenolpiruvato para o ADP Produto intermediário Enol-Piruvato que é Convertido à forma Ceto Piruvato Reação Exergônica Irreversível * Oxidação Mitocondrial de NADH Quando oxigênio e mitocôndrias estão presentes, os equivalentes de redução de NADH gerados pela gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase são transportados para dentro da mitocôndria para oxidação, formando piruvato e não Lactato, como produto final da glicólise; * Oxidação Mitocondrial de NADH A membrana mitocondrial interna não é permeável ao NADH, mas a lançadeira malato-aspartato e a lançadeira glicerol-fosfato transportam equivalentes de redução para dentro do espaço da matriz mitocondrial; * Lançadeiras para transporte de equivalentes de redução * O fígado faz mais uso da lançadeira malato-aspartato, mas algumas celulas musculares são mais dependentes da lançadeira glicerol-fosfato. * Oxidação Mitocondrial de NADH Os sistema de lançadeiras movem equivalentes de redução do citosol para dentro da mitocôndria, mas não transportam equivalentes de redução da mitocôndria para o citosol * Lançadeiras são importantes para outras vias de óxido-redução Álcool é oxidado a acetaldeído com produção de NADH pela álcool desidrogenase; O acetaldeído atravessa a membrana mitocondrial interna para oxidação por uma aldeído desidrogenase no espaço da matriz mitocondrial; * Lançadeiras são importantes para outras vias de óxido-redução O NADH gerado pelo álcool desidrogenase citosólica é oxidado de volta a NAD+ por uma das lançadeiras de substratos; * Lançadeiras são importantes para outras vias de óxido-redução Oxidação do álcool depende da capacidade do fígado de transportar equivalentes de redução do citosol para dentro das mitocôndrias pelos sistemas de lançadeiras; * FORMAÇÃO DE GLUCORONÍDEOS Glucoronídeos hidrossolúveis de bilirrubina e de várias drogas são eliminados na urina e na bile; Para formação de glucoronídeos, UDP-Glicose é oxidado a UDP-ác. glucurônico; * FORMAÇÃO DE GLUCORONÍDEOS Primariamente no fígado, o ácido glucurônico “ativado” é transferido para uma molécula aceptora não polar, como a bilirrubina ou um composto estranho ao corpo * 7. INIBIÇÃO DA GLICÓLISE A Gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase é inibida por reagentes sufidrilas por causa do resíduo de cisteína cataliticamente importante em um sítio ativo; Durante um ciclo catalítico, o grupo sufidrila reage com gliceraldeído 3-fosfato para formar um tio-hemiacetal * 7. INIBIÇÃO DA GLICÓLISE Reagentes sufidrilas, que são frequentemente compostos contendo mercúrio ou compostos alquilantes como iodoacetato, impedem a formação do tio-hemiacetal O fluoreto é um importante inibidor da enolase * Hiperglicemia inibe Glicólise A gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase é vulnerável a inibição em células expostas a alto níveis de glicose; * Hiperglicemia inibe Glicólise A hiperglicemia promove superprodução de espécie reativas de oxigênio, as quais ativam a poli (ADP-Ribose) polimerase (PARP) * Arsenato impede síntese de ATP sem inibir Glicólise O arsênio pentavalente ou arsenato impede a síntese líquida de ATP por causa da arsenólise na reação da gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase; * Arsenato impede síntese de ATP sem inibir Glicólise O anidrido misto do ácido arsênico e o grupo carboxila do 3-fosfoglicerato é formado pela gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase; * Arsenato impede síntese de ATP sem inibir Glicólise O 1-arsenato 3-fosfoglicerato é instável, e sofre hidrólise espontânea para 3-fosfoglicerato e arsenato inorgânico, tendo como consequência, a glicólise continua normalmente em presença de arsenato, havendo síntese de ATP. * 8. Controle Da Glicólise A necessidade glicolítica varia de acordo com os diferentes estados fisiológicos Há uma ativa degradação deste açúcar após uma refeição rica em hidratos de carbono, assim como uma acentuada redução durante o Jejum. Deste Modo, o grau de conversão de Glicose para o Piruvato é regulado, como forma de satisfazer as necessidades celulares * * Controle Da Glicólise O Controle a Longo Prazo da Glicólise, particularmente no fígado, é efetuado a partir de alterações na quantidade de Enzimas glicolíticas. Este contido terá reflexos nas taxas de síntese e degradação O Controle a Curto Prazo é feito por alteração alostérica (concentração de Produtos) reversível das enzimas e também pela sua fosforilação. As enzimas mais propensas a serem locais de controle são as que catalisam as reações irreversíveis: Hexoquinase Fosfofrutoquinase Cinase do Piruvato * Regulação da Glicólise 1) hexoquinase: em músculo, inibida por seu produto glicose-6-fosfato (inibição aloestérica) Isozima de hexoquinase no fígado é hexoquinase D ou glicoquinase que tem baixa afinidade para glicose * Regulação da Glicólise 2) Piruvato quinase: inibição aloestérica pelo ATP, diminuindo sua afinidade para fosfoenolpiruvato. Piruvato quinase é tambem inibida pela acetil-CoA e por ácidos graxos Inibida pela alanina Ativada pelo frutose-1,6-bisfosfato * Regulação da Glicólise 3) Fosfofrutoquinase I Inibida aloestéricamente por ATP, citrato, fosfoenolpiruvato Ativada aloestéricamente pela AMP, ADP, frutose-6-fosfato e frutose-2,6-bisfosfato Frutose-2,6-bisfosfato é produzido pela Fosfofrutoquinase-2 (PFK2) * REGULAÇÃO DA GLICÓLISE * A atividade da glucoquinase é regulada por deslocamento da enzima entre o citoplasma e o núcleo: A glucoquinase é uma enzima indutível; A insulina promove a transcrição do gene da gluconase; O fígado com glucoquinase induzida contribui mais para baixar os níveis elevados de glicose sanguínea; Defeitos no gene que codifica a glucoquinase, que alteram sua S0,5 e ∕ou Vmax causam diabetes do jovem com inicio na maturidade * Lembrando que: - Insulina e Glucagon normalmente regulam atividade da enzima por colocação ou retirada de grupo fosfato. - Enzimas que são mais ativas com insulina são também mais ativas sem fosfato e a fosforilação (pelo glucagon) então reduz sua atividade. *
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