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1 Profº Esp. Wellyson Firmo METABOLISMO DE LIPÍDIOS METABOLISMO DE LIPÍDIOS Os lipídios: São absorvidos no intestino (dieta humana). Sintetizados – são distribuídos aos tecidos. Pelas lipoproteínas plasmáticas. Para utilização e/ou armazenamento. Os triacilgliceróis: Lipídios dietético mais abundantes. Constituem a forma de armazenamento de todo o excesso de nutrientes. Maior reserva energética do organismo. Armazenadas nas células adiposas. 2 Armazenar Lipídios ou Carboidratos? Degradação de Triacilgliceróis: É iniciada por ação da Lipase (hormônio-sensível) dos adipócitos. Catalisa a remoção de um ácido graxo do triacilglicerol. Outras lipases completam o processo de hidrólise dos triacilgliceróis a GLICEROL e ÁCIDOS GRAXOS. 3 METABOLISMO DE LIPÍDIOS 4 Degradação de Triacilgliceróis: Os produtos da hidrólise são oxidados por processos distintos. O glicerol: Não é reaproveitado pelos adipócitos; Liberado na circulação. No fígado e outros tecidos é convertido: A glicerol 3-fosfato e em seguida a diidroxiacetona fosfato. Intermediário da glicólise ou da gliconeogênese. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 5 Degradação de Triacilgliceróis: Os ácidos graxos: Liberados dos adipócitos são transportados pelo sangue. Utilizados como fonte de energia pelo fígado e músculos. São oxidados por uma via que se processa no interior das mitocôndrias. Os triacilgliceróis da dieta: Transportados pelos quilomícrons Hidrolisado pela lipase lipoproteica (Enzima extracelular). Os produtos finais são: glicerol e ácidos graxos. Os remanescentes dos quilomícrons – pobres em triacilgliceróis e rico em colesterol. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 6 Degradação de Ácidos Graxos: Ativação, Transporte e Oxidação: O Ácido graxo é convertido em uma forma ativa: Acil-CoA. Acil-CoA é um composto rico em energia. Contudo a membrana interna da mitocôndria é impermeável a acil-CoA. METABOLISMO DE LIPÍDIOS Acil-CoA sintetase 6 7 Degradação de Ácidos Graxos: Ativação, Transporte e Oxidação: Carnitina. Transporte: (1) – Na face externa externa da membrana, a carnitina-acil transferase I transfere o grupo acila da coenzima A para a carnitina; (2) – A acil-carnitina resultante é transportada através da membrana interna por um translocase específica; (3) – Na face interna, a carnitina-acil transferase II doa o grupo acila da acil-carnitina para uma coenzima A da matriz mitocondrial, liberando a carnitina; (4) – A carnitina retorna ao citossol pela mesma translocase. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 8 METABOLISMO DE LIPÍDIOS OXIDAÇÃO (Interior da Mitocôndria) 9 Degradação de Ácidos Graxos: Ativação, Transporte e Oxidação: A acil-CoA presente na matriz mitocondrial é oxidada por uma via denominada de β-oxidação (Ciclo de Lynen). Origina ACETIL-COA e produz FADH2 e NADH. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 10 Ciclo de Lynen 11 Degradação de Ácidos Graxos: Ativação, Transporte e Oxidação: A oxidação de ácidos graxos ocorre também nos peroxissomos: São organelas citoplasmáticas; Participa de diversos processos metabólicos; Apresenta semelhanças e diferenças com a β-oxidação mitocondrial. Nos mamíferos, a oxidação de ácidos graxos ocorre: Nas mitocôndrias, peroxissomos e retículo endoplasmático. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 12 A β-oxidação peroxissômica: Promove o encurtamento de ácidos graxos de cadeia linear muito longa. Patologias: A adrenoleucodistrofia ligada ao cromossomo X. Síndrome de Zellweger. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 13 A oxidação completa de um ácido graxo: Cooperação entre o ciclo de Lynen (ácido graxo em acetil-CoA); Ciclo de Krebs (Oxida o grupo acetila a CO2). A cada volta no ciclo de Lynen: 1 FADH2, 1 NADH, 1 acetil-CoA e 1 acil-CoA com dois átomos de carbono a menos que o ácido graxo original. O ácido palmítico: Apresenta 16 átomos de carbono 7 volta no ciclo de Lynen Produção de 8 acetil-CoA. Butiril-CoA Rendimento de 129 ATP METABOLISMO DE LIPÍDIOS 14 A β-oxidação dos ácidos graxos com números ímpar de átomos de carbono produz Propionil-CoA, que é convertida a Succinil-CoA. Os ácidos graxos com número ímpar de átomos de carbono constituem uma fração minoritária dos ácidos graxos da dieta e são oxidados pela via da β-oxidação. A última volta no Ciclo de Lynen, inicia-se com uma acil-CoA de cinco carbonos e produz uma molécula de ACETIL-COA e uma de PROPIONIL-COA. Propionil-CoA: Origina-se também da degradação de alguns aminoácidos. É convertida a SUCCINIL-COA: Intermediário do Ciclo de Krebs. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 15 A oxidação de ácidos graxos insaturados também requer enzimas adicionais. Os ácidos graxos insaturados são muitos comuns em tecidos animais e vegetais, e suas duplas ligações apresentam quase sempre a configuração cis. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 17 Ácidos graxos ramificados ou hidroxilados são oxidados inicialmente por α-oxidação: São pouco frequentes em animais superiores. Ácidos graxos ramificados: Ceras, oriundo das glândulas sebáceas. Ácidos graxos hidroxilados: Componentes de esfingolipídios do sistema nervoso. Ácido fitânico (derivado do fitol): Moléstia de Refsum: Deficiência hereditária da enzima que catalisa a hidroxilação do carbono α. Síndrome de Zellweger. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 18 METABOLISMO DE LIPÍDIOS 19 Corpos Cetônicos: No fígado, a acetil-CoA pode ser convertida a corpos cetônicos, oxidados nos tecidos extra-hepáticos: Uma pequena quantidade de acetil-CoA: Acetoacetato, β-hidroxibutirato e acetona: Corpos cetônicos Cetogênese: Síntese de corpos cetônicos; Ocorre na matriz mitocondrial: Utiliza três moléculas de Acetil-CoA Primeira etapa: duas moléculas de acetil-CoA originam Acetoacetil-CoA Segunda etapa: Acetoacetil-CoA mais acetil-CoA forma 3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA (HMG-CoA). METABOLISMO DE LIPÍDIOS Sua clivagem origina acetoacetato e acetil-CoA. O acetoacetato produz β-hidroxibutirato e acetona v v 21 Corpos Cetônicos: São liberados na corrente sanguínea. O acetoacetato e o β-hidroxibutirato: São aproveitados como fonte de energia pelos tecidos extra-hepáticos. Coração e músculos esqueléticos: Enzima β-cetoacil-CoA transferase Acetoacetato: Transfere CoA do Succinil-CoA, formando ACETOACETIL-COA. Intermediário do Ciclo de Lynen, formando Acetil-CoA, oxidadas no Ciclo de Krebs. Β-hidroxibutirato: Conversão em acetoacetato pela β-hidroxibutirato desidrogenase. Acetato: Não e metabolizada, sendo volatizada nos pulmões. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 22 Corpos Cetônicos: O cérebro, em situações de cetose acentuada, como jejum prolongado e diabetes, passa a oxidar corpos cetônicos. Apenas um pequena quantidade de acetil-CoA é convertida no fígado em corpos cetônicos. Produção anormal elevada de corpos cetônicos: Degradação de triacilgliceróis não é acompanhada pela degradação de carboidratos. Diminuição do Piruvato e consequentemente do Oxaloacetato. A baixa concentração de oxaloacetato reduz a velocidade de oxidação de acetil-CoA pelo ciclo de Krebs. Acumulando e condensando em corpos cetônicos. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 23 Corpos Cetônicos: O Acúmulo: Redução de carboidratos: Jejum e/ou dieta; Distúrbios do metabolismo (diabetes). Quando ultrapassa a quantidade de oxidação pelos tecidos extra-hepáticos: Cetose. Quantidade elevada no plasma (Cetonemia) e na urina (Cetonúria). METABOLISMO DE LIPÍDIOS 24 Etanol: É rapidamente absorvido; Maior parte pelo intestino; Detectado no sangue minutos após ingestão Difunde-se pelas membranas; Distribuindo-se por todas as células, inclusive o cérebro. Fígado: Principal órgão de metabolização. É oxidado a ACELTADEÍDO pela álcool desidrogenase. METABOLISMO DO ETANOL 25 Etanol: Acetaldeído é convertido em ACETATO pela acetaldeído desidrogenase. Acetato: Origina acetil-CoA (Semelhante com o metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas). Inicialmenteo consumo de etanol, significa consumo adicional de calórias. METABOLISMO DO ETANOL 26 Etanol: Ingestão continuada de etanol, favorece a indução de uma via de oxidação do etanol, que se processa sem rendimento energético. O Sitema do Citocromo P450. Esta relacionado com o desenvolvimento de tolerância e dependência. Os efeitos metabólicos do álcool. Esta relacionado a concentração das coenzimas nas formas reduzidas e oxidadas. A oxidação do etanol produz níveis altos de NADH, sendo que a concentração normal nos hepatócitos é de NAD+. Situação que favorece a formação de lactato. Concentração de ácido lático aumenta e leva a acidose. Coma alcoólico. METABOLISMO DO ETANOL 27 Etanol: Os níveis de NADH: Elevam na oxidação de acetaldeído: Inibindo o Ciclo de Krebs e o Ciclo de Lynen. Primeiro caso: Acúmulo de acetil-CoA, favorece a formação de corpos cetônicos. Segundo caso: Os ácidos graxos não são degradados, levando ao acúmulo de lipídios no fígado. Esteatose. Os dois sistemas de oxidação do etanol: Produzem acetaldeído. Causa efeitos tóxicos No fígado e outros tecidos. Inativa proteínas Gera radicais livres METABOLISMO DO ETANOL 28 Síntese de Ácidos Graxos: A primeira etapa da síntese de ácidos graxos é o transporte de acetil-CoA para o citossol. Produção de ácidos graxos é no fígado e tecido adiposo. São oriundos de carboidratos e excedentes de proteínas. Substrato inicial é Acetil-CoA formada na mitocôndria a partir de piruvato. Sai da mitocôndria em forma de Citrato. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 29 METABOLISMO DE LIPÍDIOS 1- citrato sintase; 2- tricarboxilato translocase; 3- cintrato liase; 4- malato desidrogenase; 5- enzima málica; 6- piruvato translocase e 7- piruvato carboxilase 30 Síntese de Ácidos Graxos: Consiste na união sequencial de unidades de dois carbonos: A primeira: Proveniente de Acetil-CoA E todas as outras: De Malonil-CoA É necessário para a síntese uma proteína a ACP (Proteínas Carregadora de Acila). METABOLISMO DE LIPÍDIOS 31 Depois da repetição do ciclo por mais 6 voltas, leva à formação do palmitoil-ACP que é hidrolisado, liberando o ácido palmítico. Síntese e Degradação de Ácidos graxos 33 Alongamento e Insaturação de Ácidos Graxos: Ácidos Graxo Essenciais: Os lipídios de animais e vegetais: São ricos em ácidos graxos insaturados: Componentes das membranas celulares; Integridade e resistência dos capilares saguíneos; Participam do transporte de colesterol; Originam moléculas reguladoras. O ácido palmítico: Precursor de ácidos graxos saturados mais longos e insaturados. O alongamento é realizado no RE e na mitocôndria. Ácidos graxos essenciais: Ácido linoleico e α-linolênico METABOLISMO DE LIPÍDIOS 34 Alongamento e Insaturação de Ácidos Graxos: Ácidos Graxo Essenciais: Os ácidos graxos essenciais, através de dessaturação dão origem: Ácido araquidônico, Eicosapentaenóico e Docosaexaenóico. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 35 Os eicosanóides são sintetizados a partir dos ácidos graxos essenciais: São convertidos a compostos: Prostaglandinas, prostaciclinas, tromboxanas e leucotrienos. Os precursores dos eicosanóides: Ácido araquidônico e Eicosapentaenóico que são constituientes de fosfolipídios de membrana. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 36 METABOLISMO DE LIPÍDIOS 37 Síntese de Triacilgliceróis: Os precursores dos triacilgliceróis: Acil-CoA: Oriundo dos ácidos graxos Glicerol 3-fosfato: Formado da redução de diidroxiacetona fosfato a partir da glicose. O fígado apresenta uma via alternativa para a formação do glicerol 3-fosfato. O glicerol 3-fosfato origina diacilglicerol. O fígado e o tecido adiposo; Principal local de formação dos triacilgliceróis. METABOLISMO DE LIPÍDIOS 38 39 Colesterol: Obtido por produção endógena ou a partir dos alimentos. O fígado e o intestino delgado são os principais órgãos responsáveis pela produção endógena de colesterol. A acetil-CoA é precursora de todos os átomos de carbono presentes no colesterol (C27). As enzimas que catalisam a síntese do colesterol são encontrados no citossol e RE. METABOLISMO DO COLESTEROL 40 Síntese do Colesterol: METABOLISMO DO COLESTEROL A condensação de 3 moléculas de acetil-CoA produz HMG-CoA, que é reduzida a mevalonato 41 Síntese do Colesterol: METABOLISMO DO COLESTEROL Mevalonato (C6) é convertido na unidade isoprenóide, o isopentenil-pirofosfato (C5), por fosforilação à custa de ATP e descarboxilação. 42 Síntese do Colesterol: METABOLISMO DO COLESTEROL Seis unidades isoprenóides formam o esqualeno, um composto linear de 30 carbonos, com redução por NADPH e produção de PPi 43 METABOLISMO DO COLESTEROL A conversão do esqualeno em colesterol (C27) envolve a ciclização de esqualeno. Síntese do Colesterol: 44 Colesterol: Componente estrutural de membranas; Precursor de ácidos biliares; hormônios esteróides e da vitamina D. Correlação com a formação de aterosclerose. Ácidos biliares: São esteróides; Formados no fígado: Colato e quenodesoxicolato (Ácido cólico e quenodesoxicólico). Secreatados pela bile em associação com a taurina, glicina e colesterol. Distúrbios do metabolismo de lipídios: Aumento da secreção de colesterol para a bile, onde pode precipitar e originar cálculos. METABOLISMO DO COLESTEROL 45 Sais Biliares: São secretados da vesícula biliar para porção superior do intestino delgado (duodeno); Papel fundamental na digestão de lipídeos; Reabsorvidos na porção inferior do intestino delgado (íleo) e retorna ao fígado. Parte restante excretado nas fezes e degrada pelas bactérias. A formação de sais biliares é a única maneira de excreção do colesterol. Inibição da reabsorção de colesterol (mecanismo de ação de algumas drogas). METABOLISMO DO COLESTEROL 46 Os hormônios esteróides: Corticosteróides; Produzidos no córtex das glândulas supra-renais. Regula o metabolismo de proteínas, carboidratos e eletrólitos; Cortisol (hidrocortisona): Inibe a síntese de eicosanóides Hormônios sexuais: Produzidos nas gônadas. Testosterona – hormônio masculino; Estrógenos e as progestinas – hormônios femininos. METABOLISMO DO COLESTEROL 47 METABOLISMO DO COLESTEROL
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