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PROF.: ADM. MS. MARCUS ROBERTO RIBEIRO 1 GURUS DA QUALIDADE 2 Filosofia de Deming O que era qualidade...evolução do conceito... • Menor preço pelo qual um produto poderia ser trazido ao mercado. • A partir dos anos 30, com a produção em massa, produtos como carros e armamentos, demandavam produção em escala de multicomponentes que precisavam se encaixar com precisão. • Qualidade passou a ter o significado de conformidade com o projeto. • Intensificação do controle sobre todas as etapas do processo produtivo. 3 Filosofia de Deming • Em meados da década de 50, Edward W Deming e Joseph Juran desenvolveram o conceito de qualidade em termos de adequação ao uso do consumidor. • Um produto além de obedecer às especificações do projeto, deveria atender as necessidades do usuário (início do foco ao cliente). 4 Filosofia de Deming • Essa concepção de qualidade trouxe o desenvolvimento de um conjunto de técnicas estatísticas e práticas organizacionais, tais como: just- in-time, Kanban, zero defeito. Kanban: eliminação de estoques (estoque zero), sendo que os materiais e componentes agregados ao produto chegam no momento exato de sua produção/execução (just in time) – Toyota. 5 Filosofia de Deming • A base de sua filosofia está no amplo uso de ferramentas estatísticas e controle de processos, o que trará grau previsível de uniformidade devido a uma reduzida variabilidade, custos menores e adequação ao mercado. • Deming criticou o sistema empresarial norte-americano por não apostar na participação dos trabalhadores no processo de decisão. 6 Filosofia de Deming • Adaptou um método de abordagem sistemática para a resolução de problemas conhecido como PDCA (Plan, Do, Check, Action), ou ciclo de Shewhart. • Criado por Shewart na década de 20, mas começou a ser conhecido como ciclo de Deming em 1950, por ter sido amplamente difundido por este 7 Filosofia de Deming Ciclo PCiclo P--DD--CC--AA Atuar corretivamente D e fi n ir o b je ti v o De fin ir m ét od o Defin ir rec urso s Educar e treinar Execu tar Medir/ Avaliar/ Comparar P C A D Ciclo PCiclo P--DD--CC--AA Atuar corretivamente D e fi n ir o b je ti v o De fin ir m ét od o Defin ir rec urso s Educar e treinar Execu tar Medir/ Avaliar/ Comparar P C A D PLAN PLANEJAR DO FAZER CONTROL VERIFICAR ACTION ATUAR 8 14 Princípios de Deming 1) Criar constância de propósito de aperfeiçoamento do produto e serviço, a fim de torná-los competitivos, perpetuá-los no mercado e gerar empregos. 2) Adotar uma nova filosofia. Vivemos numa nova era econômica. A administração ocidental deve despertar para o desafio, conscientizar- se de suas responsabilidades e assumir a liderança em direção à transformação. 3) Acabar com a dependência de inspeção para a obtenção da qualidade. Eliminar a necessidade de inspeção em massa, priorizando a internalização da qualidade do produto. 4) Acabar com a prática de negócios compensador baseado apenas no preço. Ao invés disso, minimizar o custo total. Insistir na ideia de um único fornecedor para cada item, desenvolvendo relacionamentos duradouros, calcados na qualidade e na confiança. 9 14 Princípios de Deming 5) Aperfeiçoar constante e continuamente todo o processo de planejamento, produção e serviços, com o objetivo de aumentar a qualidade e a produtividade e, consequentemente, reduzir os custos. 6) Instituir o treinamento profissional do pessoal 7) Adotar e estabelecer liderança. O objetivo da liderança é ajudar as pessoas a realizar um trabalho melhor. Assim como a liderança dos trabalhadores, a liderança empresarial necessita de uma completa reformulação. 8) Eliminar o medo. 9) Quebrar as barreiras entre departamentos. Os colaboradores dos setores de pesquisa, projetos, vendas, compras ou produção devem trabalhara em equipe, tornando-se capazes de antecipar problemas que possam surgir durante a produção ou durante a utilização dos produtos ou serviços. 10) Eliminar slogans, exortações e metas dirigidas aos empregados. 10 14 Princípios de Deming 11) Eliminar padrões artificiais (cotas numéricas) para o chão de fábrica, a administração por objetivos (APO) e a administração através de números e metas numéricas. 12) Exclua as barreiras entre o operário e o seu direito de mostrar suas habilidades. Remover barreiras que despojem as pessoas de orgulho no trabalho. A atenção dos supervisores deve voltar-se para a qualidade e não para números. Remover as barreiras que usurpam dos colaboradores das áreas administrativas e de planejamento/engenharia o justo direito de orgulhar-se do produto de seu trabalho. Isso significa a abolição das avaliações de desempenho ou de mérito e da administração por objetivos ou por números. 13) Instituir um vigoroso programa de educação e reciclagens nos novos métodos. Estimular a formação e o auto-aprimoramento de todos. 14) Agir no sentido de concretizar a transformação. Tomar a iniciativa para realizar a transformação 11 As 5 doenças fatais - Deming 1. Falta de constância de propósito É importante ter uma perspectiva de longo prazo e manter um relacionamento de alta maturidade com clientes, fornecedores e funcionários, aumentando conhecimento e promovendo a sustentabilidade da empresa. 2. Ênfase nos lucros a curto prazo A ênfase deve ser dada aos clientes. 3. Avaliação de desempenho, classificação por mérito Este sistema alimenta o desempenho no curto prazo, mas destrói o planejamento em longo prazo, diminui o espírito de equipe aumentando a rivalidade entre os funcionários. 4. Mobilidade da administração Diminuir a rotatividade dos cargos para aumentar o comprometimento dos colaboradores a fim de que conheçam todos os meios, cultura, e interação da empresa com o cliente. 5. Dirigir a empresa apenas com base em números visíveis Considerar também a imagem da empresa no mercado, satisfação dos clientes, grau de conhecimento adquirido, etc 12 Cadeia do Impacto da Qualidade Deming (1950) Melhoria da Qualidade Redução dos Custos Aumento da Produtividade Conquista do mercado com menor custo e melhor qualidade Permanência ou aumento dos negócios Fornece mais e melhores empregos 13 Filosofia de Juran • Também participou de atividades no Japão • Sua filosofia é: – Qualidade é responsabilidade da alta administração – Um programa de qualidade deve começar a partir da alta direção – Gerenciar voltado à produção e ao lucro não é suficiente – A gerência deve estimular a melhoria contínua da qualidade – A gerência deve assegurar que todos sejam guiados pela qualidade – Atender aos desejos e preferências dos clientes – Compete à gerência resolver os problemas crônicos e as falhas nos sistemas – Promover a educação e o autodesenvolvimento das lideranças 14 Filosofia de Juran • Para Juran a gestão da Qualidade tem 3 pontos fundamentais, a famosa trilogia: Planejamento da Qualidade Melhoria da Qualidade Controle da Qualidade 15 Filosofia de Juran • O planejamento da qualidade: – Identificar os clientes, – Determinar as suas necessidades, – Criar características de produto que satisfaçam essas necessidades, – Criar os processos capazes de satisfazer essas necessidades – Transferir a liderança desses processos para o nível operacional. 16 Filosofia de Juran • A melhoria da qualidade: – Reconhecer as necessidades de melhoria, – Transformar as oportunidades de melhoria em uma tarefa de todos os trabalhadores – Criarum conselho de qualidade que selecione projetos de melhoria – Promover a formação da qualidade – Avaliar a progressão dos projetos – Premiar as equipes vencedoras, – Divulgar os resultados – Rever os sistemas de recompensa para aumentar o nível de melhorias – Incluir os objetivos de melhoria nos planos de negócio da empresa. 17 Filosofia de Juran • O controle da qualidade: – Avaliar o nível de desempenho atual – Comparar com os objetivos fixados – Tomar medidas para reduzir a diferença entre o desempenho atual e o previsto. 18 Filosofia de Crosby • Foco é a prevenção. • A idéia de que os erros são inevitáveis é falsa. • Compete aos gestores através das suas atitudes e práticas, desenvolver o compromisso com a prevenção e eleger como objetivo principal "zero defeitos". • Se, por exemplo, for privilegiado o prazo de execução em relação à qualidade então o trabalho vai focar-se nesse parâmetro. • Definiu a política de qualidade como o estado de espírito dos funcionários de uma organização sobre a forma como devem fazer o trabalho. Se não existir uma política formal estabelecida pela gestão da qualidade, cada um estabelece a sua. 19 Filosofia de Crosby • Qualidade está associada aos seguintes conceitos: – zero defeitos – fazer certo na primeira – os quatro absolutos da qualidade – o processo de prevenção – a vacina da qualidade – 6 C's 20 Filosofia de Crosby • "Zero defeitos“: – não significa que o produto tenha de ser perfeito. – Significa que todos os indivíduos, na organização, estão comprometidos em satisfazer os requisitos na primeira vez. – O dia "zero defeitos" permite à gestão de topo reafirmar o seu compromisso com a qualidade. 21 Filosofia de Crosby • "Os 4 absolutos“: – A prevenção deve ser a linha de conduta generalizada. – Os custos de qualidade servem como ferramenta de gestão para avaliar e atribuir recursos. – O padrão "zero defeitos" deve ser a filosofia do trabalho. – A conformidade com as especificações deve ser a linguagem padronizada em relação ao nível de qualidade que se pretende obter. 22 Filosofia de Crosby • "Vacina da Qualidade “: • Vê os problemas como bactérias da não conformidade que precisam ser combatidas • Ações de gestões de (vacinas): – Determinação – Formação – Implementação A responsabilidade da administração contínua da vacina pertence à gestão de topo. 23 Filosofia de Crosby • "Os seis C's “: – Compreensão ou a importância de perceber o que significa Qualidade – Compromisso da gestão de topo que começa por definir a política de Qualidade – Competência: resultado dum plano de formação para a implantação do movimento de melhoria da qualidade de forma sistemática – Comunicação: para que todos na organização adquiram uma cultura corporativa da qualidade – Correção: baseada na prevenção e desempenho – Continuação: enfatiza o processo de melhoria da qualidade como uma "forma de estar" da organização 24 Filosofia de Crosby • A qualidade deve ser medida regularmente através do custo: – Custo da Qualidade = Preço da Conformidade(POC) + Preço da não conformidade (PONC) – POC: refere-se ao custo por fazer bem à primeira PONC: fornece informação à gestão acerca dos custos perdidos e uma indicação do progresso à medida que a organização melhora 25 Filosofia de Crosby 1. Compromisso da gestão de topo em relação à qualidade 2. Equipes de melhoria da qualidade. 3. Medida da qualidade (indicadores) 4. Avaliação do custo da não qualidade 5. Tomada de consciência das necessidades da qualidade(conhecer as especificações e o custo das não conformidades) 6. Estabelecer as ações corretivas 7. Planear um programa "zero defeitos" 26 Filosofia de Crosby Passos para um programa de melhoria da qualidade: • Formação dos responsáveis • Instituir "um dia zero defeitos“ • Definição de objetivos • Eliminar as causas dos erros • Reconhecimento para aqueles que atingirem os objetivos • Círculos de qualidade (encontros entre os membros das equipes) • Recomeçar e progredir sempre 27 Filosofia de Feigenbaun • Qualidade é uma filosofia de gestão e um compromisso com a excelência • A Qualidade: 1. É o único objetivo da organização 2. É determinada pelos clientes 3. Pressupõe trabalho em grupo (círculos de qualidade) 4. Exige o compromisso da gestão de topo 5. Exige o empowerment" 28 Filosofia de Feigenbaun • Define o Sistema de Qualidade Total como... Combinação da estrutura operacional de trabalho de toda a organização documentada em procedimentos de gestão e técnicas para o direcionamento das ações de acordo com os melhores e mais práticos meios de assegurar a satisfação quanto à qualidade e custos. 29 Filosofia de Feigenbaun Sistema de Qualidade deve ser estruturado e planeado e não desenvolvido de forma casual. Os seus princípios devem incluir: • Orientação ao cliente • Integração de atividades por toda a organização • Atribuições claras ao pessoal, tendo em vista a obtenção da qualidade • Atividades específicas para controle de fornecedores • Identificação total dos equipamentos de qualidade • Conscientização de toda a organização • Eficácia real das ações corretivas • Controle contínuo do sistema • Auditoria periódica das atividades do sistema 30 Filosofia de Feigenbaun Os subsistemas básicos que devem estar baseados em procedimentos documentados (Manual da Qualidade) • Avaliação da qualidade antes do início da produção • Planejamento da qualidade e do processo • Planejamento, avaliação e controlo da qualidade dos materiais adquiridos • Avaliação e controle da qualidade do produto e do processo • Realimentação da informação da qualidade • Formação do pessoa para a qualidade • Qualidade na assistência técnica • Gestão da função controle da qualidade • Estudos especiais sobre a qualidade 31 Filosofia de Ishikawa • Está associado ao conceito de "Círculos de Qualidade“ • Os círculos de qualidade são pequenas equipes, geralmente da mesma área de trabalho, que voluntária e regularmente se reúnem para identificar, investigar, analisar e resolver os problemas que surgem no trabalho. 32 Filosofia de Ishikawa • Nos círculos de qualidade são destacadas as seguintes características: – Voluntarismo (Os círculos devem ser criados em bases voluntárias e não por ordens superiores) – Autodesenvolvimento (Os membros do círculo precisam ter vontade de estudar) – Desenvolvimento mútuo (Os membros do círculo precisam aspirar a expandir os seus horizontes e a cooperar com outros círculos) – Eventual participação total. Os círculos precisam estabelecer como seu objetivo último a participação total de todos os trabalhadores do mesmo local de trabalho. 33 Filosofia de Ishikawa Os objetivos dos círculos são: • Contribuir para o melhoramento e para o desenvolvimento da organização • Respeitar a humanidade e criar um local de trabalho animado e bom para se viver • Exercitar integralmente as capacidades humanas 34 Filosofia de Ishikawa Sistematizou os sete instrumentos para o controle da qualidade: - Análise de Pareto - Diagramas causa-efeito - Histogramas - Folhas de controle - Diagramas de escala - Gráficos de controle - Fluxos de controle • Segundo a experiência Japonesa, 95% dos problemas podem ser resolvidos com estes métodos, simples, de controlo de qualidade. 35 Filosofia de Ishikawa Uma das bases do TQC (Total Quality Control) é a gestão funcional cruzada, dado que a garantia efetiva da qualidade não pode ser obtida somente pelo departamentode qualidade. Para operacionalizar a gestão dos processos, a empresa necessita de um Comité Interfuncional. 36 Filosofia de Ishikawa Introduziu o conceito de Círculo de Controle da Qualidade (CCQ) e em 1982, o Diagrama de Causa-e-Efeito (espinha de peixe), que teve o grande mérito de ser uma ferramenta extremamente simples e facilmente utilizável por não-especialistas para analisar e resolver problemas da qualidade. O CCQ é um pequeno grupo voluntário de colaboradores pertencentes ou não à mesma área de trabalho, treinados da mesma maneira, com compreensão da mesma filosofia e os mesmos objetivos, e que tentam melhorar o desempenho, acabar com desperdício, aumentar a padronização, reduzir custos, aumentar a eficiência, melhorar o atendimento à satisfação do cliente, etc. 37 Filosofia de Ishikawa O Diagrama de Ishikawa tem como principal função descobrir as causas de determinado problema à partir de seis eixos principais: matéria prima, método, meio ambiente, medição, maquinário e mão-de-obra. 38 Filosofia de Taguchi • A qualidade deve ser incorporada no produto desde o início e não através das inspeções. • Atinge-se melhor a qualidade minimizando os desvios em relação as metas. • Os custos da qualidade devem ser medidos em função dos desvios do desempenho do produto. 39 Filosofia de Taguchi Em termos gerais, há quatro conceitos de qualidade pregados por Taguchi: • A qualidade deve ser incorporada no produto desde o início e não através das inspeções; • Atinge-se melhor a qualidade minimizando os desvios em relação às metas; • A qualidade não deve ser baseada no desempenho ou características do produto; • Os custos da qualidade devem ser medidos em função dos desvios do desempenho do produto.
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