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1 
 
EXCENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
Proc. 1ª instância nº 1007872-53.2017.8.26.0002 
2ª Vara de Família e Sucessões do Foro Regional II de Santo Amaro 
Juíza: Analisa Livrai Oliva De Biasi Pereira da Silva 
 
 
JOSÉ DANIEL HOLLERBACH SILVA, brasileiro, 
menor impúbere, nascido em 15 de fevereiro de 2015; MARIA CLARA 
HOLLERBACH SILVA, brasileira, menor impúbere, nascida em 15 de fevereiro 
de 2015, neste ato representados por sua genitora, também autora, FERNANDA 
TORRES HOLLERBACH SILVA, brasileira, casada, arquiteta, portadora do 
RG nº 25287513-8 e do CPF nº 166.254.138-44, residente e domiciliada na Rua 
Capitão Fonseca Rosa, nº 105, apto.32, Chácara Santo Antônio – São Paulo/SP – 
CEP: 04726-230, por seu advogado devidamente constituídos pelo instrumento 
de mandato anexo, inconformados com a r. decisão publicada em 22.05.2014, às 
fls. 349/350, proferida nos autos da AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO 
DE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS, movida em face de JOSÉ 
DANIELTON DE OLIVEIRA SILVA, brasileiro, casado, empresário, portador 
do RG nº 33.322.331-7 e do CPF nº 225.629.178-67, residente e domiciliado na 
Avenida do Paiol, 532 – Parque Florestal – São Paulo/SP – CEP: 04880-120, 
processo de nº 1007872-53.2017.8.26.0002, que tramita perante a 2ª Vara de 
Família e Sucessões do Foro Regional II de Santo Amaro, São Paulo, com 
fundamento no art. 1.015, inciso I e seguintes do Código de Processo Civil, dela 
interpõe, tempestivamente, o presente 
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE LIMINAR 
A fim de ver reformada a decisão que fixou os alimentos provisórios em 02 
salários mínimos, pelas anexas razões, requerendo a Vossa Excelência se digne 
em recebê-lo e processá-lo, distribuindo o presente a uma das Colendas 
Câmaras deste Egrégio Tribunal. 
 
 
 2 
 
 
Outrossim, de acordo com o que dispõe o art. 1.017 do Código de 
Processo Civil, anexa os documentos abaixo relacionados, para a devida 
formação do instrumento: 
 
*Cópia da decisão agravada; 
*Cópia da certidão da publicação/intimação da decisão agravada; 
*Cópia da procuração outorgada aos advogados da Agravante; 
*Deixa de acostar Cópia da procuração outorgada aos advogados do Agravado, 
uma vez que o mesmo ainda não foi intimado da presente demanda, não tendo 
sido estabelecido o contraditório. 
*Cópia integral da ação de alimentos 
 
Indica para intimações na forma da Lei Processual Civil os advogados: 
 
Advogado do Agravante: 
Sheila Coelho de Souza, OAB/SP 273.199 
Endereço: Avenida Fagundes Filho, 145 – cj. 25 – Edifício Austin 
São Paulo- SP – CEP: 04304-010 - Fone: (11) 2985-1455 
 
Advogado do Agravado: 
Ainda não restou estabelecido o contraditório o que impossibilita a Agravante 
acostar aos autos os dados do patrono do Agravado 
 
 
Termos em que, 
Pede provimento. 
São Paulo, 27 de março de 2017. 
 
SHEILA COELHO DE SOUZA 
OAB/SP 273199 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
Processo nº 1007872-53.2017.8.26.0002 
2ª Vara de Família e Sucessões do Foro Regional II de Santo Amaro 
Ação de Alimentos com Pedido de Fixação de Alimentos Provisórios 
Agravantes: JOSÉ DANIEL HOLLERBACH SILVA, MARIA CLARA 
HOLLERBACH SILVA, e FERNANDA TORRES HOLLERBACH SILVA 
 
Egrégio Tribunal, 
 Colenda Câmara 
 
DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO 
 
Tendo em vista que a decisão agravada foi publicada 
em 09/03/2017, o início do prazo se inicia no primeiro dia útil subsequente, 
qual seja 10/03/2017, encerrando-se na quinta-feira, dia 30/03/2017, sendo, 
portanto, tempestiva a interposição do recurso de agravo de instrumento. 
 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 
A Agravante deixa de recolher as custas para o 
presente agravo tendo em vista o deferimento da gratuidade de justiça na ação 
de alimentos, concedida em liminar. 
 
DO PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA 
 
O deferimento da liminar faz-se extremamente 
necessário uma vez que estão presentes os requisitos dos artigos 300, 303 e 305 
do NCPC, pois o indeferimento dos alimentos conforme pleiteado ocasionará 
aos Agravantes danos irreparáveis e de difícil reparação, pois os Agravantes, 
duas crianças em tenra idade e a genitora delas, não têm condições de arcar com 
a responsabilidades financeiras deixadas de lado pelo Agravado, ao sair do lar. 
 
 
 4 
 
Deste modo, considerando que se apresenta “in 
casu”, os requisitos para concessão de tutela antecipada previstos no artigo 300 
do NCPC, já que a “prova inequívoca da verossimilhança das alegações” resta 
evidenciada pelas necessidades dos Agravantes e pela possibilidade do Réu, 
que restaram cabalmente comprovadas. 
 
Pleiteia-se, assim, que os alimentos provisórios sejam 
majorados liminarmente de 02 salários para 08 salários mínimos, para o 
pagamento das despesas do lar. 
 
DOS FUNDAMENTOS DA AÇÃO e DAS RAZÕES DO PEDIDO DA 
REFORMA (Art. 1.091, I, do NCPC) 
 
Cuida-se da ação de alimentos interposta pelos 
Agravantes em face do Agravado, genitor das crianças e esposo, na qual pleiteia 
alimentos provisórios e definitivos na quantia de 08 salários mínimos, mas a 
juíza entendeu suficiente fixar os alimentos provisórios em apenas 02 salários 
mínimos, muito embora o Il. Promotor de Justiça tivesse opinado por 04 salários 
mínimos, no seguinte teor (fls. 50 e 51/52): 
 
“Vistos, 
1. Defiro à requerente os benefícios da gratuidade processual. 
Sinalize-se. 
2. Face a insuficiência de elementos probatórios relativos 
aos ganhos do requerido, fixo os alimentos provisórios em 
valor correspondente a 02 salários mínimos. 
3. Cite-se e intime-se o réu acima qualificado, para os termos da 
ação em epígrafe. 
4. A presente citação é acompanhada de senha para acesso ao 
processo digital, que contém a íntegra da petição inicial e dos 
documentos. Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às 
regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC fica vedado o 
exercício da faculdade prevista no artigo 340 do CPC. 
5. Designo audiência de tentativa de conciliação para o dia 16 de 
maio de 2017, às 10:40 h, nos termos do Provimento 953/2005, a 
ser realizada no Setor de Conciliação de Família deste Foro, 
localizado na Av. Adolfo Pinheiro, 1992, 3º andar (CEJUSC). 
 
 
 5 
 
6. Caso não obtida a conciliação, nova data será designada, 
quando então poderá ofertar contestação e produzir provas, nos 
termos do artigo 6º a 9 da Lei nº 5.478/68. 
7. Outrossim, na ausência do requerido à audiência de 
conciliação, este não será intimado para os demais atos do 
processo, tampouco para a audiência de instrução e julgamento, 
de modo que deverá comparecer ao Cartório deste Juízo para dela 
tomar ciência, sob pena de não comparecendo na data agendada 
ser-lhe aplicados os efeitos da revelia. 
8. Fica o autor intimado através de seu advogado. 
9. Via digitalmente assinada da decisão servirá como mandado. 
Intime-se (...)” (grifamos) 
 
Tal valor (02 salários mínimos) é insuficiente para 
suprir as necessidades dos agravantes, crianças em tenra idade, bem como da 
genitora Agravante, que não tem condições de arcar com as despesas do lar, 
deixadas de lado pelo Agravado, quando simplesmente optou por deixar a 
família. 
 
Desde meados de 2014, ou seja, ao final da gestação 
dos gêmeos José Daniel e Maria Clara, a agravante Fernanda teve que parar de 
trabalhar, pois necessitou de repouso. O Agravado então, começou a prover 
sozinho o sustento do lar, arcando com todas as despesas da família. 
 
Apóso nascimento das crianças, a relação conjugal 
do casal sofreu grande abalo, principalmente com o distanciamento do 
Agravado em relação à esposa, bem como ao tratamento e no cuidado da casa e 
dos filhos. Sozinha, sem ajuda do esposo e sobrecarregada com as tarefas do lar 
e com os cuidados dos filhos, a Agravante Fernanda iniciou um quadro de 
depressão pós-parto, necessitando de acompanhamento médico para 
tratamento, ao qual seguiu até o fim. 
 
Mesmo com os esforços da Agravante Fernanda, não 
houve reestabelecimento dos laços conjugais, chegando ao extremo com a saída 
do Agravado do lar, todavia, além de deixar o lar, o Agravado deixou de 
auxiliar com o sustento da casa, isto é, deixou de efetuar as compras de 
alimentos e medicamentos para as crianças; deixou de pagar o aluguel, o 
 
 
 6 
 
condomínio, o IPTU e a empregada; não paga mais as contas básicas como a de 
água, luz, gás, telefone, salvo quanto ao plano de saúde dos filhos; ainda deixou 
de pagar o IPVA, o seguro do carro, o combustível utilizado para o transporte 
dos Autores, lazer das crianças, etc., pior, chegando ao ponto de se recusar a 
comprar roupas para os filhos. 
 
Em que pese a vontade da Agravante Fernanda em 
querer retornar ao trabalho para poder sustentar sua casa e filhos, atualmente, 
não tem a possibilidade, pois os filhos ainda muito pequenos requerem atenção, 
e os afazeres a serem realizados exigiram, e ainda exigem muito, da coerente 
organização da mesma. 
 
Mas não é só. 
 
E mesmo tendo a vontade de voltar a trabalhar, o 
Agravado discorda de pronto quanto ao fato das crianças ingressarem em uma 
escola ou creche neste momento (com dois anos), pois quando do nascimento 
das crianças, os pais acordaram que a genitora retornaria ao trabalho somente 
quando os gêmeos ingressassem na escola. Em que pese a discordância da mãe, 
o Agravado estimou que a idade ideal seria quando alcançassem 05 (cinco) 
anos, pensamento retrógrado aos dias atuais. 
 
Há mais. 
 
Desde que o Agravante abandonou o lar e deixou de 
prover o sustento da família, o Agravantes vem enfrentando dificuldades em 
manter o mesmo padrão de vida desde a separação de fato do casal. Com sorte, 
os Agravantes conseguiram ajuda e apoio da família materna, que vêm arcando 
com os custos geral da casa. 
 
Nesse passo, pergunta-se: e a responsabilidade do 
Agravado? A criação dos filhos deve recair somente sobre a responsabilidade 
da genitora e de sua família? Sabemos que NÃO! 
 
Lamentavelmente, os Agravantes ficaram totalmente 
desamparados diante da atitude do Agravado, não só com a saída do lar, mas 
pelo abandono financeiro! Ele, infelizmente, sabia que, sem seu amparo 
 
 
 7 
 
financeiro, a família poderia ficar à mingua, e isso não o abalou! Deixou de 
prover o sustento da casa que são muitas e notórias, como por exemplo: 
alimentação, vestuário, moradia, assistência odontológica, educação, dentre 
outras, mesmo tendo em jogo a vida de seus filhos, duas crianças muito 
pequenas! 
 
Os gastos ordinários mensais dos agravante giram 
em torno de R$ 8.405,58 (oito mil, quatrocentos e cinco reais e cinquenta e oito 
centavos)(vide tabela 1 em anexo) e durante os meses de separação de fato dos 
genitores o agravado pagou voluntariamente a quantia de R$ 500,00, ou seja, 
praticamente nada está sendo pago pelo Agravado, sendo que toda e qualquer 
despesa da casa e dos filhos estão sendo arcados pelos familiares, até porque, 
caso não faça o pagamento, a Agravante Fernanda ainda corre o risco de ter o 
seu nome negativado, uma vez que várias despesas da casa estão em seu 
nome! 
 
Tabela 1: Necessidades atuais dos agravantes apuradas mensalmente: 
 
MORADIA 
Aluguel R$ 2.000,00 
Condomínio R$ 920,00 
IPTU (R$ 1544,99 à vista ou 10x de R$ 162,63 mensal) R$ 162,63 
Luz R$ 167,90 
Congás R$ 46,00 
Internet e telefone R$ 140,68 
Manutenção da casa R$ 100,00 
Cama, mesa e banho R$ 100,00 
Empregada R$ 1.560,00 
Subtotal R$ 5.197,21 
 
ALIMENTAÇÃO 
Supermercado (incluindo feira, açougue, quitanda) R$ 1.404,00 
Subtotal R$ 1.404,00 
 
SAÚDE/HIGIENE 
Farmácia (variável) R$ 150,00 
 
 
 8 
 
Subtotal R$ 150,00 
 
VESTUÁRIO 
Roupas (variável) R$ 200,00 
Subtotal R$ 200,00 
 
TRANSPORTE 
Combustível (aproximadamente) R$ 250,00 
Seguro do carro (R$ 1600,00 a vista ou 4 x R$ 400,00) R$ 400,00 
IPVA (R$ 1250,91 a vista ou 3 x R$ 416,97) R$ 416,97 
Subtotal R$ 1.066,97 
 
ATIVIDADES CULTURAIS, LAZER E DIVERSOS 
INSS (Fernanda) R$ 187,40 
Lazer/Extras R$ 200,00 
Subtotal R$ 387,40 
 
TOTAL GERAL* R$ 8.405,58 
 
 
Outro fato relevante, Excelência, é que o Agravado é 
empresário, proprietário de duas academias de lutas e artes marciais, além de 
trabalhar como personal trainere desfrutando de uma excelente condição 
financeira, sempre muito bem vestido, com boas roupas, na posse de seu 
automóvel, assim, tem possibilidade de arcar com os alimentos pleiteados, 
como sempre arcou. E como já mencionado, desde meados da gestação dos 
gêmeos, a autora Fernanda parou de trabalhar, ficando o requerido incumbido 
da todas as despesas do lar. 
 
Cumpre informar aqui que apesar da mãe dos 
menores também ser sócia/diretora da empresa, a Agravante Fernanda não tem 
nenhuma ingerência sobre os negócios, não conhece a documentação fiscal nem 
financeira da empresa, muito menos receber dividendos, ou seja, não tem 
qualquer participação efetiva nos negócios do Réu. 
 
A presente ação foi ajuizada porque a Agravante 
 
 
 9 
 
Fernanda não possui condições de arcar sozinha com os gastos da casa e dos 
filhos, uma vez que, cuidando sozinha das crianças ainda muito pequenas, 
não está apta ao trabalho, como também é obrigação do Agravado promover o 
sustento dos filhos e da genitora, neste momento, entretanto, o agravado se 
recusa acorda para a pagar alimentos. 
 
Como já bem explicado, a Agravante Fernanda, 
genitora das crianças, não tem condições de sustentar os filhos neste momento. 
Não aufere renda, pois, em acordo feito com o próprio Agravado, ela só 
retornaria ao trabalho quando as crianças estivessem aptas a ingressar na pré-
escola, ou seja, com aproximadamente 5 anos de idade. 
 
Assim, toda a assistência financeira recebida está 
sendo feita pela família da Fernanda, que se comprometeu em “ajudar” por um 
período, até porque eles também têm suas responsabilidades e não podem 
assumir uma obrigação do Agravado. Mesmo com a ajuda recebida da família, 
não lhe sobra nenhuma quantia ao mês, nem mesmo para as suas despesas 
pessoais como roupas, calçados e lazer. 
 
Se não bastasse isso, as necessidades prementes dos 
Agravantes e demais despesas superam o valor dos alimentos provisórios. 
 
Com os alimentos provisórios fixados em 02 (dois) 
salários mínimos sequer é possível fazer o pagamento do aluguel do 
apartamento e efetuar as compras do mês. Como já dito, a Agravante Fernanda 
cuida sozinha dos filhos, não está empregada, não terá como prover o 
pagamento das contas restantes da casa, ficando impossível sobreviver com a 
quantia deferida. 
 
Com a devida vênia, a medida foi injusta para com 
os Agravantes, razão pela qual, requerem a reforma da decisão, fundamentando 
o pedido nos seguintes julgados: 
 
AÇÃO DE ALIMENTOS - Fixação de provisórios - Pedido 
de majoração - Possibilidade - Necessidades prementes de 
manutenção do filho menor a exigir moradia, cuidadosmédicos, alimentação, vestuário - Valor que não se 
 
 
 10 
 
apresenta excessivo - Decisão reformada - AGRAVO 
PROVIDO. (Relator(a): Elcio Trujillo; Comarca: Assis; Órgão 
julgador: 7ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento: 
01/07/2009; Data de registro: 06/07/2009; Outros números: 
6101854000) 
 
ALIMENTOS PROVISÓRIOS - Fixação em oito mil reais 
(R$ 8.000,00) – Pretendida majoração - Admissibilidade - 
Fixação dos alimentos que deve buscar o ideal de 
equilíbrio e justeza condizentes com o binômio 
possibilidade-necessidade - Majoração da pensão 
alimentícia, em pecúnia, para dez mil reais (R$ 10.000,00) - 
Agravo provido em parte. (Relator(a): Sebastião Carlos 
Garcia; Comarca: São Paulo; Órgão julgador: 6ª Câmara de 
Direito Privado; Data do julgamento: 22/10/2009; Data de 
registro: 29/10/2009; Outros números: 6592124300) 
 
Conforme fls. 50, o Il. Promotor de Justiça até opinou 
pela fixação de alimentos provisórios em 04 (quatro) salários mínimos, mas a D. 
Juíza de 1º Grau, às fls. 21/52, decretou provisoriamente somente 02 salários, 
valor este insuficiente para as necessidades primordiais dos Agravantes, 
alimento e moradia. 
 
Em síntese: os agravantes, ainda crianças, têm 
diversas necessidades, próprias da idade (2 anos) como alimentação específica 
(leites com complementos vitamínicos), fraldas, cujo custo é grande, etc., além 
de ser necessário oferecer uma dieta variada, que ainda é essencial para o 
desenvolvimento do corpo e do cérebro, diferentemente do que o corre com o 
adulto. Os agravantes, necessitam de um lar íntegro, boa alimentação, cuidados 
especiais e tratamento de saúde constante, mas sua mãe não tem condições de 
arcar com tais despesas, podendo o pai, que é empresário bem-sucedido, pagar 
os alimentos na forma pleiteada, até porque, antes mesmo dos gêmeos 
nascerem, foi o próprio Agravado que optou por custear tudo, até que a 
genitora retornasse ao mercado de trabalho, quando as crianças estivessem 
aptas a ingressar na pré-escola quando completassem 5 anos de idade. Por fim, 
ressaltamos que não houve, neste período, qualquer abalo em sua situação 
financeira que justifique a impossibilidade de não prover mais as necessidades 
 
 
 11 
 
dos Agravantes. 
 
Ante ao exposto e visando manter a dignidade dos 
Agravantes, visto que os mesmos não possuem condições de arcar com as 
despesas do lar, e que o valor fixado pelo D. Juíza de 1º Grau é insuficiente para 
manter a família, é que os alimentos devem ser majorados de 02 salários 
mínimos para 8 salários mínimos, sendo uma questão de justiça! 
 
DO PEDIDO 
 
Diante de tudo que nos autos constam, bem como 
nos esclarecimentos expostos, requer: 
 
a) Que o presente recurso seja recebido no modo 
Devolutivo e processado na forma de agravo de 
instrumento, com a concessão total do efeito ativo 
para antecipar a tutela recursal, majorando os 
alimentos provisórios para 08 salários mínimos, 
nos termos do art. 1.019, I, do NCPC; 
 
b) A reforma da decisão interlocutória no qual fixou 
os alimentos provisórios em 02 salários mínimos, 
majorando os mesmo para 08 salários mínimos, 
oficiando-se o Juízo “a quo”, até ulterior 
julgamento, sendo ao final dado provimento ao 
recurso, reformando integralmente a decisão 
agravada. 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
São Paulo, 29 de março de 2017. 
 
 
SHEILA COELHO DE SOUZA 
OAB/SP 273.199

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