Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * Profa. Ana Claudia Peres Rodrigues ENZIMAS * * Conceito: São catalisadores protéicos. Catalisador: acelera a velocidade da reação e, embora participe e sofra alteração física durante a reação, reverte à sua forma original uma vez terminada a reação. Componentes do sistema enzimático: Apoenzima: parte protéica da enzima Grupo prostético: parte não protéica da enzima Coenzimas compostos orgânicos, quase sempre derivados de vitaminas. Ex: NAD+ e FAD Cofator: íons metálicos. Ex: K+, Mn++, Ca++, Cl- APOENZIMA + GRUPO PROSTÉTICO = HOLOENZIMA ENZIMAS * * COENZIMAS * * COFATORES * * CLASSIFICAÇÃO * * E + S ES E + P S liga-se ao centro ou sítio ativo da enzima localizado na APOENZIMA. O centro ativo possui 2 regiões: Sítio de ligação: local onde o substrato fica preso à molécula enzimática Sítio catalítico: local onde grupos químicos do substrato interagem com grupos químicos da enzima Especificidade pode ser: Absoluta: a enzima diferencia isômeros Relativa: a enzima reconhece um grupo de substâncias Cofatores (íons metálicos) e Coenzimas (NAD+; coenzima A) auxiliam a ação enzimática no sítio catalítico Especificidade enzimática * * Para que uma reação aconteça é necessário que os reagentes atinjam o estado de transição. Para isto é necessário vencer uma barreira energética a energia de ativação. As enzimas diminuem a energia de ativação das reações químicas. Ocorre o “encaixe” do substrato no sítio catalítico. As reações são processadas e os produtos obtidos. COMO AS ENZIMAS FUNCIONAM: * * Ea sem catalizador Ea com catalizador Estado de transição VARIAÇÃO DE ENERGIA LIVRE * * Modelo do Encaixe Induzido: que prevê um sítio de ligação não totalmente pré-formado, mas sim moldável à molécula do S; a E ajusta-se a molécula do S adquirindo uma nova configuração ideal para a catálise. A ligação ente E e S modifica a molécula do S também, que é submetida a torções e distorções fazendo com que o S assuma conformação aproximada à que tem no estado de transição. A ligação do S ao sítio ativo propicia a sua correta orientação e sua aproximação favorecendo a reação que fica menos dependente de choques casuais entre as moléculas. Fatores que favorecem a diminuição da energia de ativação: * * * * CINETICA DA REAÇÃO ENZIMÁTICA A reação enzimática é representada por: E + S ES E + P Michaelis e Menten ao estudar a cinética enzimática propuseram que: A enzima e o substrato reagem rapidamente para formar o complexo ES. A fase mais lenta da reação é a formação de produto. Há excesso de substrato. Equação de Michaelis e Menten: * * A velocidade da reação é proporcional à [S], isso se a [E] e o tempo forem constantes. Km = constante de Michaelis e Menten é a concentração de S necessária para atingir metade da velocidade máxima. Km indica relações de afinidade entre enzima e substrato. * * No início , a curva é quase linear, depois ela se achata e toma uma padrão hiperbólico. Neste início, a velocidade é proporcional à [S]. A porção achatada da curva não sofre influencia da [S]. Para o lado direito, a porção achatada se aproxima da velocidade máxima. De acordo com a teoria de Michaelis – Menten, a E combina-se com o S numa primeira fase, depois, numa segunda fase, o complexo formado se dissocia em E + P, voltando a E a atuar sobre outro S, recomeçando o ciclo. * * A velocidade da reação depende da [ES]: Se diminuir a [S] Só uma pequena porção da enzima pode associar-se com ele, sendo assim , a velocidade é um reflexo da pequena concentração de ES. Se aumentar a [S] Toda a E presente está presa ao S e a velocidade será alta. Quando toda a E já se encontra na forma ES, não é possível aumentar a concentração do complexo aumentando-se a concentração de S, sendo impossível aumentar a velocidade da reação V.máx. * * Concentração de enzima A velocidade da reação é proporcional à concentração de enzima. Para isso é necessário que haja [S] suficiente para o aumento da [E]. FATORES QUE AFETAM A ATIVIDADE DA ENZIMA * * Temperatura Aumenta a velocidade; Diminui a velocidade com temperaturas mais altas; Temperaturas acima de 40°C são capazes de DESNATURAR as enzimas humanas. T ÓTIMA DESNATURAÇÃO * * pH Ionização do sítio ativo pH ótimo * * Os inibidores enzimáticos são compostos que podem diminuir a atividade de uma enzima. A partir do estudo dos inibidores são obtidas informações sobre mecanismo e sequência da catálise enzimática, especificidade E-S, natureza dos grupamentos funcionais do sítio ativo e, também, pode contribuir para produção de medicamentos. A inibição pode ser: Reversível Competitiva Não competitiva Irreversível * * Para o estudo da inibição enzimática é recomendável que o gráfico de Michaelis-Menten (hipérbole) seja trabalhado matematicamente para originar o gráfico duplo recíproco (reta). * * INIBIÇÃO ENZIMÁTICA REVERSÍVEL O inibidor combina-se rápido e reversivelmente com E ou ES. Inibição Competitiva: Inibidor combina-se com a E livre competindo com o S normal pela ligação ao centro ativo. O inibidor competitivo reage reversivelmente com a E para formar um complexo EI, análogo ao complexo ES. O grau de inibição está relacionado com a [I], [S] e afinidade relativa de ambos. Características da Inibição competitiva: I apresenta semelhança estrutural com o S Km é alterado aumentando. Vmáx. Não se altera. Pode ser revertida com aumento da [S] * * INIBIÇÃO COMPETITIVA * * * * -OOC - CH2 - CH2 - COO - -OOC - CH = CH - COO- + 2H + Succinato Fumarato COO - I CH2 Malonato (inhibidor competitivo) I COO - Enzima: Succinato desidrogenase HOOC NH2 NH2 –SO2 NH2 ácido p- amino benzoico sulfanilamida Enzima: Diidropteroato sintase (Infecções bacterianas) EXEMPLOS DE INIBIDORES COMPETITIVOS * * Inibição não competitiva: O inibidor não competitivo pode combinar-se com a E livre, ou com o complexo ES, interferindo na ação de ambos. O inibidor liga-se em sítio diferente do sítio ativo. São produzidas 2 formas inativas EI e IES. O grau de inibição está relacionado com a [I] e afinidade do I pela E. Características da inibição não competitiva: I não possui semelhança estrutural com o S Km não se altera Vmáx. é alterado diminuindo Não pode ser revertida pelo aumento do [S]. * * INIBIÇÃO NÃO COMPETITIVA * * S/ I C/I * * Inibição Irreversível Modificação, através de ligação covalente e permanente, de um grupo funcional necessário para a catálise. (sítio ativo) Não pode ser analisado pelos princípios de Michaelis-Menten que consideram a formação dos complexos EI ou IES como reversíveis. Ex: inibição irreversível: * * A coordenação das vias metabólicas, as mudanças no meio ambiente celular, as diferenciações harmônicas do organismo são possíveis devido à possibilidade de regulação da atividade enzimática. Dois mecanismos para a modulação da atividade enzimática: Controle da disponibilidade de enzimas: Síntese e degradação determinam concentração enzimática Controle da atividade da enzima: Mudanças estruturais da molécula enzimática alterando a velocidade de catálise. Enzimas alostéricas * * Possuem, além do sítio ativo, um outro local de ligação chamado de sítio alostérico, no qual um modulador específico se liga reversivelmente. Geralmente, são proteínas oligoméricas. O sítio alostérico é tão específico para o modulador como o sítio ativo é para o substrato. Os moduladores podem ser: Inibidores = Moduladores e/ou efetores negativos Ativadores = Moduladores e/ou efetores positivos ENZIMAS ALOSTÉRICAS * * REGULAÇÃO POR FEEDBACK OU RETROINIBIÇÃO O produto final de uma via metabólica atua com inibidor de uma enzima que catalisa uma das primeira reações da via. * * Modificação covalente (enzimas) Mais frequente é a Fosforilação/Desfosforilação. Ex. Fosforilase do glicogênio REGULAÇÃO POR MODIFICAÇÃO COVALENTE * * Outros dois processos de regulação enzimática, de ocorrência mais restrita são: Isozimas e Zimógenos. Isozimas ou isoenzimas: são formas múltiplas de uma mesma enzima. A modificação na estrutura depende do tecido ou organela em que ocorre. A detecção de um tipo de isozimas no plasma sanguíneo é empregado no diagnóstico de diversas doenças. Ex. lactato desidrogenase 4 isoenzimas combinações das subunidades H (coração) e M (músculo) as Formas HHHH e HHHM predominam no coração e a forma MMMM no tecido esquelético e fígado. Outras combinações em diferentes tecidos. * * Zimógenos ou Zimogênios: São forma inativas de uma enzima. Enzimas com atuação extracelular (trato digestório, plasma) são sintetizadas na forma de precursores inativos. Para o zimogênio se tornar ativo é necessário que haja a remoção de um segmento da cadeia polipeptídica por hidrólise. Ex: Enzimas proteolíticas
Compartilhar