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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - CAMPUS VII SENHOR DO BONFIM - BAHIA COLEGIADO DE ENFERMAGEM ESTUDO DIRIGIDO COMPONENTE: Enfermagem em Atenção a Saúde do Adulto II Docente: RUDVAL SOUZA DA SILVA ALUNO(A)__________________________________________________________________________ CASO 1 - Paciente de 44 a, moderadamente desidratado, admitido com história de diarreia aguda severa há 2 dias. ELETRÓLITOS: Na+ = 134 mEq/l K+ = 2.9 mEq/l Cl- =108 mEq/l pH=7,31 HCO3- =16 mEq/l pCO2 = 33 mmHg pO2=93 -Qual é o distúrbio Acidobásico? -Algum distúrbio eletrolítico? CASO 2 - Mulher com 22 anos, com DM tipo 1, apresenta-se no PS com história de apresentar de náusea, vômito, poliúria, polidpsia e dor abdominal vaga há um dia. Respiração suspirosa profunda, hipotensão ortostática e membranas mucosas secas. ELETRÓLITOS: Na+ = 132 mEq/l K+ = 6.0 mEq/l Cl- = 93 mEq/l pH=7,27 HCO3- = 11 mEq/l pCO2 = 23 mmHg Glicose = 720 mg/dL -Qual é o distúrbio Acidobásico? -Algum distúrbio eletrolítico? Ou alguma outra complicação de acordo com os achados laboratoriais? CASO 3 - Uma mulher de 55 a, previamente sadia, dá entrada no PS com queixa de vômitos severos há cinco dias. Hipotensão postural, taquicardia, turgor de pele diminuído. ELETRÓLITOS: Na+ = 140 mEq/l K+ = 3.4 mEq/l Cl- = 77 mEq/l pH=7,23 HCO3- = 9 mEq/l pCO2 = 22 mmHg -Qual é o distúrbio Acidobásico? -Algum distúrbio eletrolítico? Ou alguma outra complicação de acordo com os achados laboratoriais? CASO 4 – Interpretar os seguintes resultados de gasometrias arteriais: -Qual é o distúrbio Acidobásico? -Algum distúrbio eletrolítico? Ou alguma outra complicação de acordo com os achados laboratoriais? CASO 5 – Interprete os seguintes resultados laboratoriais de leucogramas. Indique as possíveis repercussões clínicas. Leucograma 1 Leucócitos - Global: 12000 /mm3 VR: 4000 a 11000/mm3 Resultados VR Diferencial % Valor absoluto % Valor absoluto (/ mm3) Neutrófilos 31 3720 40 - 78 1700 - 7800 Segmentados 30 3600 40 - 78 1700 - 7800 Bastonetes 1 120 0 - 5 0 - 390 Metamielócitos 0 0 - - Mielócitos 0 0 - - Promielócitos 0 0 - - Blastos 0 0 - - Linfócitos 50 6000 20 - 50 1000 - 4500 Linfócitos Atípicos 16 1920 0 - 2 0 - 200 Monócitos 2 240 2 - 10 100 - 1000 Eosinófilos 1 120 1 - 5 20 - 500 Basófilos 0 0 0 - 2 0 - 200 Leucograma 2 Leucócitos - Global: 7500 /mm3 VR: 4000 a 11000/mm3 Resultados VR Diferencial % Valor absoluto % Valor absoluto (/ mm3) Neutrófilos 93 6975 40 - 78 1700 - 7800 Segmentados 60 4500 40 - 78 1700 - 7800 Bastonetes 22 1650 0 - 5 0 - 390 Metamielócitos 10 750 - - Mielócitos 1 75 - - Promielócitos 0 0 - - Blastos 0 0 - - Linfócitos 4 300 20 - 50 1000 - 4500 Linfócitos Atípicos 0 0 0 - 2 0 - 200 Monócitos 2 150 2 - 10 100 - 1000 Eosinófilos 1 75 1 - 5 20 - 500 Basófilos 0 0 0 - 2 0 - 200 Após a leitura do artigo: EVORA, P. R. B.; REIS, C. L.; FEREZ, M.A.; CONTE, D.A.; GARCIA, L.V. Distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico e do equilíbrio acidobásico – Uma revisão prática. Medicina, Ribeirão Preto, 32:451469, out./dez. 1999. Respondam as seguintes questões: Descreva sucintamente os seguintes compartimentos hídricos orgânicos: água total do organismo; permeabilidade e tonicidade; balanço hídrico; a importância das perdas para o terceiro espaço. Água total: Representa 60 – 50% do peso corporal humano, estando em menor quantidade nas pessoas obesas e nas mulheres. Pode ser dividida em: Intracelular (40% do peso) e Extracelular (20% do peso) variando para cada pessoa, e é medido através do isótopo em dosagens de diluição, porém o líquido intersticial não pode ser medido dessa forma, utilizando a diferença entre o líquido extracelular total e o volume localizado no espaço intravascular para determinar o seu volume. Permeabilidade e tonicidade: As diferenças nas composições do líquido intracelular e extracelular são mantidas por meio de uma membrana célula semipermeável (permite a passagem livre de água e é seletiva à outras substâncias, essa seletividade entre os compostos determinam as pressões osmóticas intracelular e extracelular, onde a água é o agente homeostático garantindo que as soluções intracelular e extracelular permaneçam com a tonicidade (concentração de solutos em relação ao solvente) adequada para cada local. Balanço Hídrico: É a estimativa entre ganhos e perdas hídricas, é feito através do cálculo da diferença entre o que se ingeriu que contenha água em sua composição e as eliminações hídricas, o principal mecanismo é o cálculo do débito urinário, porém torna-se complexo ao considerar as perdas por evaporação, respiração, pelas fezes e a medida do conteúdo hídrico dos alimentos, o que torna sua aplicação limitada, porém como a maior perda hídrica acontece pela via urinária, faz-se uma estimativa. Importante para o diagnóstico de acúmulo ou perda hídrica e para diversas intervenções, a exemplos: reestabelecimento do balanço hídrico nos casos de queimaduras e choque hipovolêmico. Importância das perdas para o terceiro espaço: Acontece quando há lesão e sequestro do líquido extracelular, formando então um terceiro espaço, pela perda hídrica o sangue torna-se mais concentrado (hemoconcentração) e há uma diminuição do volume hídrico extracelular (hipovolemia). Após do tratamento com soluções salinas ou balanceadas em sais e plasma, deve-se atentar para o mecanismo fisiológico compensatório que gera um acúmulo de líquido no interstício, que sem a função renal adequada, leva ao edema intersticial e possível complicação para o quadro de Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA) Descreva os indicadores clínicos para a realização do balanço hídrico diário no paciente crítico. Sistema cardiovascular: Queda de volume: Pressão Venosa Central (PVC) < 3 cmH20, taquicardia, hipotensão; Aumento de volume: Pressão venosa central aumentada, débito cardíaco aumentado, ritmo de galope cardíaco, segunda bulha pulmonar hiperfonética, congestão pulmonar e edema Sistema neurológico: Queda de volume: apatia, reflexos tendinosos, profundos e diminuídos, estupor ou coma; Aumento de volume: pouco ou nenhum efeito Sistema Tegumentar: Queda de volume: turgor cutâneo diminuído, olhos encovados e língua seca; Aumento de volume: edema subcutâneo (Todos aparecem tardiamente) Composição das secreções devem ser analisados através de testes bioquímicos Defina desidratação e cite suas causas mais comuns. Definição: diminuição do volume hídrico total, alterando a concentração dos compostos orgânicos Causas: perdas no TGI; perdas geniturinárias; perdas pela pele; ingestão insuficiente de água Defina edema. Acúmulo de líquido, gerando uma hipervolemia Desenvolva um quadro sinóptico a partir dos distúrbios do equilíbrio eletrolítico apresentando cada definição, valores de normalidade, etiologia e os sinais e sintomas e condutas terapêutica. (Modelo para quadro sinóptico na próxima página) Qual o conceito de “Base Excess”? Determinao excessos de bases e as consequentes alterações no equilíbrio acidobásico que mostram sua origem respiratória ou metabólica Quais os principais diagnósticos dos distúrbios do EAB com base na gasometria arterial? Hiperventilação; Hipoventilação; Alcalose respiratória; Acidose respiratória; Alterações da V/Q + PEEP; Alterações da difusão; Aumento do Qs/Qt (SARA); Alcalose metabólica; Acidose metabólica Cite os principais fatores que podem, potencialmente, alterarem os valores da gasometria? Hiperventilação pelo medo do procedimento de punção; Heparina; presença de leucocitose e grande número de plaquetas; Resfriamento; Halotano Cite quais as principais causas: Da acidose respiratória: • Aguda: por comprometimento do SNC (poliomielite anterior e aguda, intoxicações exógenas, comas, traumas); por comprometimento anatômico ou funcional da caixa torácica (ossos e músculos). • Crônica: por lesões pulmonares (insuficiência respiratória crônica) Da alcalose respiratória: • Aguda: estimulação do Centro Respiratório Bulbar (CRB) (encefalites, emoção, febre e infecções sistêmicas, intoxicação por salicilato, hipoxemia); reflexos (choque); por estimulação de receptores torá- cicos (atelectasia, pneumopatias agudas). • Crônica: vários mecanismos (assistência ventilatória, insuficiência hepática/amônia, lesões do SNC, infecções, hipoxemia, hipertireoidismo) Da acidose metabólica: • Por adição de ácido forte: Aguda exógena (infusão de NH4 Cl); Aguda endógena (acidose láctica/ácido láctico, acidose diabética/corpos cetônicos, cetose de jejum, azotemia por IRA/ácido sulfúrico, ácido fosfórico), Crônica: azotemia/IRC. • Por perda de bicarbonato: Aguda (diarréia); Crônica (fístula pancreática, acidose tubular renal). Da alcalose metabólica: • Por perda de ácido forte: Aguda (vômitos), Crônica/perda de potássio (diarréia crônica, corticóides, diuréticos). • Por ganho de bicarbonato: Aguda exó- gena (infusão de bicarbonato); Aguda endógena (“stress”); Crônica (ingestão de antiácidos). DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ELETROLÍTICO DEFINIÇÃO VALORES DE NORMALIDADE ETIOLOGIA SINAIS E SINTOMAS CONDUTAS TERAPÊUTICAS HIPERNATREMIA HIPONATREMIA HIPERPOTASSEMIA HIPOPOTASSEMIA HIPERCALCEMIA HIPOCALCEMIA HIPERMAGNESEMIA HIPOMAGNESEMIA
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