Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA SECUNDÁRIA Grupo prof. Dra. Maíra Sant’Anna Genaro HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO (HAP) HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO (HAP) Descrito por Jerome Conn em 1955; Trata-se do excesso de produção de aldosterona independente do sistema renina-angiotensina; Causas: Esporádico Características Adenoma produtor de aldosterona Geralmente < 2cm, benigno, cor amarelada Hiperaldosteronismo idiopático Hiperplasia adrenal bilateral macro ou micro nodular Hiperplasia adrenal primária Hiperplasia adrenalunilateral Carcinoma adrenal produtorde aldosterona Raro, geralmente associado a produçãohormonal mista Tumorextra-adrenalprodutor de aldosterona Raro, tecido adrenal ectópico perirenal ou em ovário Tipo I:Glicocorticoíde-supressível Doença autossômicadominante decorrente da fusão dos genes CYP 11B1 e CYP 11B2 Tipo II Ocorrência familiar de adenoma produtor de aldosterona ou de hiperaldosteronismo idiopático, ou de ambos HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO (HAP) Consequências: Retenção de sódio, hipertensão, hipopotassemia e ARP baixa; Representa uma forma potencialmente curável de hipertensão; Em hipertensos está prevalente em torno de 6,1%, variando de 3% a 22%; Aspectos clínicos Achados clínicos são inespecíficos; Maioria dos pacientes são assintomáticos; Sintomas como a poliúria, noctúria, fraqueza muscular, câimbras, parestesias ou paralisia muscular flácida intermitente podem ser decorrentes da hipopotassemia; Exames de triagem Razão entre aldosterona plasmática e atividade da renina plasmática (AP/ARP): Realizado em paciente ambulatorial pela manhã; Razão > 30:1 + Conc. de aldosterona plasmática > 555 pmol/L ( + de 20 ng/dL)= 90% de sensibilidade e 91% de especificidade para um adenoma produtor de aldosterona; Alguns agentes anti-hipertensivos podem afetar a razão; AP/ARP > 25, com nível de aldosterona >/= 12 ng/dL = diagnóstico sugestivo de HAP Potássio sérico: Hipocalemia espontânea (K+ sérico < 3,5 mEq/L) + excreção urinária de potássio inapropriadamente alta (> 30 mEq/24h) em paciente hipertenso = sugere presença de HAP; Exames para confirmação diagnóstica A autonomia da secreção de aldosterona deve ser confirmada através da ausência da sua supressão por manobras que bloqueiam o eixo renina-angiotensina-aldosterona; Sobrecarga salina: Melhor teste para diferenciar HAP de HAS; Infusão intravenosa de 2L de solução salina isotônica durante 4h buscando suprimir aldosterona plasmática para menos de 277 pmol/L (< 10 ng/dL); Teste de supressão com 9α-fludrocortisona; Diferenciação etiológica Teste postural Imagem adrenal – TC ou RM Cintilografia adrenal com iodo-colesterol Teste de supressão com dexametasona Dosagem dos esteroides 18-hidroxicortisol e 18- oxocortisol Pesquisa da presença de quimera entre o genes da 11β-hidroxilase e da aldosterona-sintetase Cateterismo de veias adrenais com coleta simultânea de sangue para dosagem de aldosterona e cortisol Tratamento Cirurgia ou ressecção isolada do nódulo via laparoscópica em casos de adenomas produtores de aldosterona ou hiperplasia adrenal unilateral; Pacientes com hiperplasia bilateral devem ser tratados clinicamente – inclusão medicamentosa de um antagonista da aldosterona; Casos de distúrbio autossômico dominante monogênico raro o HAP é tratável com glicocorticoides; Espironolactona; Referências bibliográficas VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Medicina interna de Harrison - 18. ed. - Porto Alegre: AMGH, 2013. http://www.sbh.org.br/revistas/2003_N2_V6/Revista2Hipertensao2003.pdf Feocromocitomas e Paragangliomas Definição São tumores do sistema nervoso Simpático ou parassimpático produtores de catecolaminas. Feocromocitoma: Ocorre nas células argentafins, localizado na medula adrenal(90% dos casos) ; ou extra - supra- renal (pélvicas ,torácicas e retroperitoneais). Definição Paragangliomas: Tumores produtores de catecolaminas de cabeça e pescoço; assim como tumores do no Sistema nervoso parassimpático (produtora de pouca ou quase nenhuma catecolamina). Etiologia A etiologia da maioria dos feocromocitomas e paragangliomas esporádicos é desconhecidas. Cerca de 25 % tem uma condição hereditária, com mutação e inativação de genes. Manifestações clinicas Tríade: palpitação, cefaléias, sudorese. Hipertensão( sinal dominante , ocorre em 90% dos casos). ansiedade; palidez ; dor abdominal; náuseas; fraqueza. Perda de peso, poliúria , polidipsia. Hiperglicemia, hipercalcemia, miocardiopatia dilatada. Prisão de ventre, eritocitose, hipotensão ortostática. Conduta Propedêutica Exames de imagens: TC (tomografia computadorizada) e RM (ressonância Magnética) Exames laboratoriais: Urina 24 hrs ; e Testes plasmáticos (exame de sangue). Triagem genética para síndrome hereditária. Outros : Ultrassonografia abdominal, cintilografia, Eletrocardiograma, e MAPA Diagnóstico Presença de dosagens de catecolaminas e seus metabólitos no sangue e urina. Tomografia computadorizada e ressonância magnética para diagnostico topográfico de tumores e metástases. 25% a 33% dos casos com presença de síndromes associadas: Neurofibromatose tipo 1, Neoplasias endócrinas múltiplas tipo 2 A E 2B ; síndrome de Von Hippel - Lindau. Feocromocitoma maligno Ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes Restringe Habitualmente aos tumores com metástases distantes , encontrada mais comumente nos pulmões, ossos ou fígado; Sugerindo uma via vascular de disseminação. Diagnóstico diferencial Hipertensão essencial Ataques de ansiedade Uso de cocaína ou anfetamina Mastocitose ou síndrome carcinóide Lesões intracranianas Epilepsia autônoma Adenoma supra –renal não funcionante Aldosteronoma Síndrome de Cushing Conduta terapêutica Principal: Cirurgia( cura em 90% dos casos). Medicamentos(em casos crônicos ) : alfa bloqueadores, inibidores da IECA; bloqueadores dos canais de cálcio e betabloqueadores Acompanhamento do paciente para evitar recorrência ou metástase na doença maligna(pulmões, ossos ou fígado ). Bibliografia Harrison, Medicina interna- 17 edição, volume 02. AMGH editora LTDA. São Paulo.2008. (pág.1556 - cap.241 / pág. 2269 - cap. 337) www.publicações.cardio.br/VI Diretrizes de brasileira de hipertensão HIPERTIREOIDISMO HIPERTIREOIDISMO EFEITOS NO SISTEMA CARDIOVASCULAR Aumento da contratilidade cardíaca Efeitos cronotrópicos diretos Acentuação da resposta a estimulação adrenérgica CONSEQUÊNCIAS Aumenta o DC Diminui a RVP Aumenta o fluxo sanguíneo Causa arritmias CLÍNICA Mimetiza quadro hiperadrenérgico: Palpitações Tremores Fadiga Intolerância ao calor Hiperatividade Perda de peso Labilidade emocional Sudorese excessiva EXAME FÍSICO Achados: Taquicardia Exoftalmia Hipertermia Hiperreflexia Pressão de pulso alargada Aumento na intensidade de B1 e acentuação do componente pulmonar de B2 Hipertensão sistólica Pele úmida Fibrilação atrial (15%) HIPERTIREOIDISMO PROPEDEUTICA TSH -Baixos níveis: <0.4 mU/L T4 LIVRE -Altos níveis: >1.8 ng/dl Cintilografia com iodo 131 TERAPEUTICA Uso de beta-adrenérgicos Controle hormonal - Drogas antitireoidianas, administração de radioiodoterapia ou cirurgia de acordo com a etiologia HIPOTIREOIDISMO HIPOTIREOIDISMO Situação metabólica resultante da diminuição da produção e da redução dos níveis circulantes de hormônios tireoidianos e reversível com a reposição hormonal deficiente; Exibe espectro clínico variável; depende da idade do paciente, sexo, condição física e do grau de deficiência; HIPOTIREOIDISMO - ETIOLOGIA Primário : quando decorre da produção reduzida de hormônios tireoidianos pela tireoide; Secundário: ocasionado por disfunção da Hipófise, que resulta em secreção diminuída de TSH biologicamente ativo; Terciário: originado por disfunção hipotalâmica e resulta de diminuição da oferta de TRH à Hipófise; HIPOTIREOIDISMO A HAS ocorre em 20% dos pacientes com hipotireoidismo; O diagnóstico precoce é feito pela dosagem de TSH aumentado e confirmado com a diminuição gradativa de T4 livre; O tratamento deve ser iniciado com a reposição de hormônio tireoidiano e, caso persista a HAS, está indicado o uso de medicamentos anti-hipertensivos; A prevalência de Hipotireoidismo no Brasil, não é conhecida com precisão, mas estima-se que esteja entre 5 e 10%, sendo mais frequente no sexo feminino; HIPOTIREOIDISMO Achados clínicos mais comuns: - Ganho de peso - Queda de cabelo - Fraqueza muscular - Fadiga - Hipertensão arterial diastólica Hipertensão Arterial Diastólica e o Hipotireoidismo O mecanismo ainda não está completamente esclarecido; Depende do aumento primário na resistência vascular periférica Hiperatividade do SN Simpático e do Sistema Renina-Angiotensina- Aldosterona => elevação da pressão arterial diastólica. Paralelamente, observa-se redução paradoxal do débito cardíaco secundária à consistente diminuição da frequência cardíaca, uma vez que o volume sistólico pode até estar elevado em função da tendência à retenção hidrossalina Hiperparatireoidismo O que é? É a terceira alteração endócrina mais comum. Resultado da hipersecreção persistente do paratormônio (PTH) podendo ser Primário, Secundário e Terciário. Paratormônio (PTH) Manutenção da concentração de cálcio no líquido extracelular; Atua sobre o osso e o rim, induzindo a reabsorção de cálcio; promove a síntese da 1,25(OH)2D; Produção regulada pela concentração do cálcio sérico; Hiperparatireoidismo Classificação: É dividido em três tipos: 1) Primário: 2) Secundário: 3) Terciário: Hiperparatireoidismo Primário É um distúrbio do metabolismo do cálcio, fosfato e osso devido maior secreção de PTH, resultando em hipercalcemia e hipofosfatemia Etiologia do HPT Primário Adenoma solitário - 80 – 90% dos casos; Hiperplasia glandular - 10-15% dos casos; Adenoma duplo – 2-5%; Carcinoma – 1% dos casos; HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO Decorrente de estímulos extra glandulares, principalmente relacionados a menor concentração sanguínea de íons cálcio, de modo a provocar proliferação das células da paratireóide a fim de, com maior quantidade de hormônio circulante, retirar dos ossos a quantidade de mineral para manutenção do balanço cálcio fósforo no sangue. “retirar dos ossos ...” Hiperparatireoidismo Terciário ou Autônomo Evolução para um estágio de autonomia glandular com hipersecreção de PTH, seguida de hipercalcemia. Quadro Clínico Litíase renal, osteoporose, depressão, letargia, fraqueza muscular, arritmias ventriculares; Refletem alterações na excitabilidade neural, na função dos músculos liso e cardíaco e exposição dos rins a concentrações elevadas de cálcio; Propedêutica Diagnóstico: determinações de cálcio sérico e PTH Confirmação: níveis de PTH elevados ou normais apesar de hipercalcemia Terapêutica HPT 1º: Cirurgia de paratireoidectomia em pacientes sintomáticos. Nos assintomáticos observar risco-benefício. HPT 2º: Restrição de fosfato na dieta, uso de quelantes de fosfato as refeições (carbonato de cálcio) e a reposição de calcitriol ou 1,25(OH)2 vitamina D. SÍNDROME DE CUSHING Causas As causas conhecidas da síndrome de Cushing envolvem: - Hiperplasia supra-renal: - secundária à superprodução de ACTH* pela hipófise - secundária a tumores não-endócrinos produtores de ACTH ou CRH** - Hiperplasia Macronodular supra-renal - Displasia micronodular supra-renal - Neoplasia supra-renal - Causas exógenas e iatrogênicas1’ *ACTH, hormônio adrenocorticotrófico; *CRH, hormônio de liberação de corticotropina Glicocorticóides: hormônios esteroides sintetizados da cortical da supra-renais Cortisol: Principal glicocorticoide natural SÍNDROME DE CUSHING A síndrome de Cushing foi descrita como um conjunto caracterizado por obesidade do tronco, hipertensão, fatigabilidade e fraqueza, amenorreia, hisurtismo, estrias abdominais largas e purpúreas (violáceas), edema, glicosúria, osteoporose e tumor basófilo de hipófise. Etiologia Independente da etiologia, são decorrentes de uma maior produção de cortisol pela glândula supra-renal. Hiperplasia supra-renal bilateral: - Ocorre em decorrência da superprodução hipofisária de ACTH (A) ou da produção ectópica, não-hipofisária, desse hormônio (B). A) superprodução hipofisária de ACTH: - O defeito primário: - adenoma hipofisário (<90% dos casos) - Disfunção hipotalâmica (ou centros neurais superiores) liberando CRH, consequentemente hiperestimulando hipófise gerando hiperplasia ou formação de tumor. - A incidência é de 3:1 para mulheres, mais frequente entre a 3ª e 4ª décadas de vida. Etiologia B) Produção ectópica de ACTH/CRH. - Representa 10 a 20% dos casos de S. de Cushing. - Comum em tumores neuroendócrinos: - Carcinoma de pequenas células de pulmão (CPCP) >50%; - Tumor carcinoide de timo = 15% - Tumores de células da ilhota pancreática = 10% - carcinoide brônquico = 10% - outros tumores carcinoides = 5% - feocromocitomas = 2% - Os sinais e sintomas podem estar ausentes ou minimizados na produção ectópica de ACTH. - A elevada produção de ACTH pode gerar hiperpigmentação cutânea devido elevado valores basais de esteroides. Etiologia Neoplasia supra-renal: - 20 a 25% dos pacientes com a síndrome apresentam neoplasia da glândula supra-renal, sendo geralmente unilateral e 50% de natureza maligna. Hiperplasia nodular: - indivíduos que apresentam excesso de ACTH e características bioquímicas de adenoma supra-renal podem desenvolver hiperplasia nodular bilateral, uma consequência do estimulo constante por ACTH mesmo na ausência de adenoma hipofisário. - Causada ainda por distúrbio familiar (Displasia micronodular pigmentada) e resposta anormal do cortisol ao GIP (peptídeo inibidor gástrico). Etiologia Causa exógena/iatrogênica: - Trata-se da administração iatrogênica de esteroides por uma variedade de razões. - É a causa mais comum da síndrome de Cushing. Diferenciação Portador da doença de Cushing: - É, tradicionalmente, o indivíduo que é acometido por um tumor hipofisário produtor de ACTH. Síndrome de Cushing: - São todas as condições que causam o excesso de Cortisol: tumor produtor de ACTH ectópico, tumor supra-renal, tratamento excessivo com glicocorticoides e, até mesmo, tumor hipofisário produtor de ACTH. Sinais e sintomas A ação dos glicocorticoides em especial do Cortisol resulta: - catabolismo do tec. de sustentação - fraqueza muscular e fatigabilidade - osteoporose - Enfraquecimento da derme - estrias cutâneas violáceas largas - equimoses - Diabetes melito (cerca de 20% dos pacientes) - Depósito de tecido adiposo - fáce de “lua cheia” - “giba de búfalo” - Hipertensão - Acne - Hisurtismo RELAÇÃO COM A HAS O ACTH é estimulante na produção de aldosterona. Os glicocorticoides promovem reabsorção tubular de sódio e aumento da excreção urinária de potássio. O Cortisol ainda é responsável pelo controle do volume de líquido extracelular, retarda a entrada de água nas células e promove a excreção renal de água, entretanto sem soluto. Diagnóstico Diagnóstico é realizado pela demonstração do aumento na produção de cortisol e incapacidade de suprimir sua secreção com a administração de dexametasona. Realiza-se triagem: - Cortisol plasmático às 8h da manhã > 50nmol/L (2mcg/dL) após a ingestão de 1mg de dexametasona à 00:00h (noite anterior). - Cortisol urinário livre > 140nmol/dia (50mcg/dia). Com os resultados acima realiza-se: - Teste de supressão de dexametasona: resposta anormal do cortisol no segundo dia a 0,5mg de dexametasona de 6/6h = SÍNDROME DE CUSHING. TRATAMENTO: As neoplasias supra-renias são tratadas com ressecção do tumor e administração de glicocorticoides e mineralocorticoides, mesmo em caso de unilateralidade. Ressecção da hipófise As hiperplasias que tem aumento relativo ou absoluto do ACTH tem como tratamento a redução na produção do hormônio. O tratamento primário para tumores produtodes de ACTH ou CRH, hipofisários ou ectópicos é a ressecção, nos casos de produção ectópica de ACTH(alta produção) convem uma suprarenalectomia “clínica” ou cirúrgica para corr~eção do hipercortisolismo. Referências bibliográficas: HARRISON T.R. et al. Harrison: Medicina Interna. 17ª ed. Rio de Janeiro: AMGH Editora Limitada, 2008. Vol. II. CASTRO, Margaret and MOREIRA, Ayrton C..Diagnóstico Laboratorial da Síndrome de Cushing. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 2002, vol.46, n.1, pp.97-105. ISSN 1677-9487. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27302002000100014. ACROMEGALIA ACROMEGALIA “Doença endócrina resultante do excesso crônico de hormônio do crescimento (GH), em virtude, na maioria dos casos, de adenoma hipofisário secretor de GH.” Prevalência: 60 casos/milhão. Ocorre geralmente nos 40 aos 50 anos. Caracterizada por: níveis séricos elevados de GH e IGF-1 com sinais e sintomas do hipersomatotropismo. Importante fator prognóstico para mortalidade. Agravamento dos efeitos da miocardiopatia acromegálica. Acomete até 60% dos pacientes com acromegalia. ACROMEGALIA *A hipertensão arterial no contexto da acromegalia ainda não tem bem esclarecidos os seus mecanismos fisiopatológicos. Aumento Volume Plasmático Baixo Nível do Peptídeo Natriurético B Alteração das Paredes Arteriais Ritmo Circadiano das Catecolaminas Anormal Fisiopatologia Proposta ACROMEGALIA RASTREIO/PROPEDÊUTICA TERAPÊUTICA Cirurgia transesfenoidal (curativa em alguns casos). Os resultados descritos na literatura em relação ao tratamento são conflitantes. Mais recentemente, o pegvisomanto, um antagonista do receptor de GH, também demonstrou exercer efeitos benéficos sobre a estrutura cardíaca contribuindo indiretamente a melhorar quadro hipertensivo COARCTAÇÃO DE AORTA CONCEITOS Estreitamento ou constrição do lúmem da aorta Pode ocorrer em qualquer região em sua extensão,sendo mais comum no segmento distal a origem da artéria subclávia esquerda Encontrada especialmente em crianças e adultos jovens Prevalente no sexo masculino Ocorre em 7% dos paciente com cardiopatia congênita Frequente em pacientes com disgenesia gonadal Ex: Síndrome de Turner CLINICA Assintomática com coarctação distinta e isolada Manifestações: Cefaléia Epistaxe Extremidades frias Claudicação ao esforço Pode haver dilatação aneurismática no polígono de Willis em 10%. Exame físico Hipertensão em membros superiores com uma pressão arterial sistólica pelo menos 10mmhg maior na artéria braquial em relação a artéria poplítea Ausência ou diminuição dos pulsos pediosos Vasos colaterais dilatados e pulsáteis podem ser palpáveis nos espaços intercostais da parede torácica anterior Sopro mesossistólico interescapular Exame físico Membros superiores e tórax pode apresentar maior desenvolvimento ECG demonstra sinais de hipertrofia ventricular esquerda Sinal do “3”: indentação da aorta no ponto da coarctação e as dilatações pré e pós-estenóticas é patognomônicas. Riscos Aneurisma Hemorragias cerebrais Dissecção e ruptura da aorta Arteriosclerose coronariana prematura Insuficiência ventricular esquerda Endoarterite infecciosa no local da coarctação ou evolução com endocardite sobre a valva aórtica bicúspide. TERAPEUTICA Tratamento cirúrgico: ressecção da coarctação e/ou hipoplasia do arco aórtico Endovascular: dilatação por cateter-balão com colocação de STENT HIPERTENSÃO RENOVASCULAR Hipertensão renovascular Definição: HAS decorrente de isquemia renal Causada por aterosclerose ou displasia fibromuscular Início abrupto da HAS HAS estágio II ou III, acelerada ou maligna Hipertensão refratária à múltiplas terapias Hipertensão estágio II ou III na presença de aterosclerose difusa Presença de sopro abdominal Hipertensão estágio II ou III com insuficiência renal sem explicação Azotemia por uso de IECA ou BRA Assimetria no tamanho renal Edema pulmonar sem causa aparente Características sugestivas Propedêutica: cintolografia com captopril, US com doppler, angiografia digital e angiorressonância Hipertensão renovascular Tratamento: Medicamentoso: ausência de evidências sugestivas de que a estenose da artéria renal é a causadora da HAS; utiliza-se IECA ou BRA Cirúrgico: Pacientes com lesões fibrodisplásicas Hipertensão renovascular Hipertensão renovascular Bibliografia: Harrison, Medicina interna- 17 edição, volume 02. AMGH editora LTDA. São Paulo.2008 www.publicações.cardio.br/VI Diretrizes de brasileira de hipertensão http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/9-2/hipertensao1.pdf SAHOS Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono Definição: Obstrução recorrente das vias aéreas superiores durante o sono. Resulta: Períodos de apneia, hipopneia, dessaturação de oxiemoglobina e despertares frequentes. Fatores que predispõe: Obesidade, alterações craniofaciais, aumento das tonsilas, obstrução nasal, tabagismo, alcoolismo, uso de calmantes, cansaço excessivo. Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono Diagnóstico: Sonolência diurna, engasgos noturnos, despertares recorrentes, sono não reparador, monitorização polissonografica com 5 ou mais eventos de apneia ou hipopneia por hora. Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono História Clínica : Ronco; Apneia testemunhada; Sonolência diurna; Acidente automobilístico; Boca seca ao acordar; Sudorese noturna; Distúrbios de humor; Refluxo gastresofágicos. Exame Físico : Presença de obesidade; Circunferência do pescoço; Exame do esqueleto craniofacial; Exame das vias aéreas superiores; Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono Tratamento não medicamentoso: Perda de peso, evitar álcool e sedativos, dormir em decúbito lateral, abandono do tabagismo. Tratamento mais indicado: Uso de pressão positiva continua (CPAP) por uso de mascara, para prevenir o fechamento das vias superiores. Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono Tratamento medicamentoso: Limitado e não comprovada a total eficácia. Os mais citados são antidepressivos tricíclicos (supressor do sono REM) Tratamento cirúrgico: Uvulopalatofaringoplastia e glossectomia a laser. Porém menos eficazes que o uso de CPAP. Referencias bibliográficas: Harrison, Medicina interna- 17 edição, volume 02. AMGH editora LTDA. São Paulo.2008 DRAGER, Luciano Ferreira et al . Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono e sua Relação com a Hipertensão Arterial Sistêmica: Evidências Atuais. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo. GUIMARAES, Gleison Marinho. História clínica e exame físico em SAOS: clinical history and physical examination. J. bras. pneumol., São Paulo. www.publicações.cardio.br/VI Diretrizes de brasileira de hipertensão Doença Parenquimatosa Renal Doenças do Parênquima Renal: Conjunto de doenças que se caracterizam por lesão da parte funcional dos rins (córtex e as pirâmides renais da medula renal), que por sua vez são umas das principais etiologias para a Doença Renal Crônica (DRC) Causas mais comuns: nefropatia diabética, pielonefrite, glomerulonefrite, rim policístico, e menos frequentemente a hidronefrose. Visão Geral Principal causa de hipertensão secundária (2%-5%) Sua prevalência é bastante elevada em pacientes com doença renal, situando-se entre 60%-100% Elevação da pressão arterial em diversas formas de acometimento renal Fisiopatologia na HAS Excesso do volume intravascular é o principal fator patogênico Hiperatividade do sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona Acúmulo excessivo de sódio (induzida pela aldosterona), leva a expansão volêmico e aumento do débito cardíaco. Diminuição da síntese de vasodilatadores (prostaglandinas) Fisiopatologia na HAS Ativação do Sistema Nervoso Simpático -> vasoconstrição e supressão da síntese de óxido nítrico -> causando alterações na função endotelial; Aumento das concentrações de ácido úrico ( pode causar dano vascular.) Aumento do volume do líquido extracelular (intravascular). Sintomas Doenças do Parênquima Renal: Fraqueza, adinamia e fadiga fácil, anemia. Queixas de prurido, edema e pele facilmente escoriável. Anorexia, náuseas e vômitos são sintomas iniciais. Dispneia progressiva. Pode haver dor retroesternal devido à pericardite. Noctúria. Dor, dormência e cãibras nas pernas. Impotência e perda da libido. Irritabilidade fácil. Aparência debilitada de portador de doença crônica, palidez, edema. Hálito com odor de urina. Presença de cardiomegalia. Sonolência, podendo o paciente estar em coma. Diagnóstico da HAS secundária à Nefropatia Parenquimatosa História clínica 1. Antecedentes familiares de doença renal (rins policísticos, doença de Alport); 2. Anamnese: Data do diagnóstico da hipertensão Antecedentes de diabetes Sintomas de hematúria, edema, proteinúria, litíase Sintomas de arteriopatia periférica, cardiopatia isqüêmica Acidente vascular cerebral Administração crônica de analgésicos, antiinflamatórios não-hormonais Diagnóstico da HAS secundária à Nefropatia Parenquimatosa Exame Físico Medida da PA deitado e em pé Peso e altura Palpação do pescoço e ausculta das carótidas Ausculta pulmonar e cardíaca Abdome: sopros e massas abdominais Membros: palpação de pulsos e edema Fundo de olho: grau de retinopatia Diagnóstico da HAS secundária à Nefropatia Parenquimatosa Exames complementares Função renal: determinação da creatinina e complementares clearance de creatinina Urina: quantificação de proteínas na urina (micro ou macroproteinúria) Sedimento urinário: micro-hematúria Morfologia renal: ultra-sonografia renal Função e morfologia renal: urografia, cintilografia e fluxo renal isotópico Diagnóstico da HAS secundária à Nefropatia Parenquimatosa Doença sistêmica ou viral com marcadores de envolvimento renal Complemento Crioglobulinemia Anticorpo antinúcleo e anti-DNA Imunoglobulinas ANCAS Sorologia para vírus B ou C Vascularização renal: cintilografia, arteriografia renal Estudo histológico renal: biópsia renal Tratamento não medicamentoso Redução na ingesta de sal 3-5g/dia Restrição protéica 0,8-1,2g por kg/dia Restrição de fósforo, potássio, dietas ricas em colesterol, álcool e fumo Aumento do teor de cálcio na dieta Atividade física moderada Referências Bibliográficas Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51 Artigo de revisão doença renal crônica: frequente e grave, mas também prevenível e tratável. - Bastos, M.G. , Bregman, R., Kirsztajn, G. M. Ver. Ass Med Bras 2010; Hipertensão secundária à nefropatia – diagnóstico e tratamento. Franco, R. J. S. Rev Bras Hipertens 9: 141-147, 2002; Hipertensão Arterial Secundária. Rodrigues, C. J. O.; Tavares, A. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v.7, n.1. p. 1 - 4, 2005
Compartilhar