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Estruturas de mercado (Economia para engenharia)

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Capítulo 7 – Estruturas de Mercado
7.1 Introdução 
Nos capítulos anteriores, foram explorados os fatores determinantes da oferta e da demanda dos agentes individuais e do mercado. Agora, passa-se a examinar como são determinados preço e nível de produção, em diferentes condições de mercado, ou seja, em diferentes estruturas de mercado. 
As estruturas de mercado se diferenciam, fundamentalmente, em ao menos uma das seguintes variáveis: 
• quantidade de empresas que produzem o bem ou serviço; 
• se o bem ou serviço ofertado é diferenciado em relação aos demais concorrentes (diferenciação do produto); e 
• existência de impedimentos à entrada de novas empresas concorrentes. 
Diferenças nessas variáveis determinam estruturas de mercado distintas. Existem quatro formas básicas de estruturas de mercado: 
a. Concorrência perfeita, em que o número de empresas no mercado é muito grande, todas vendendo um produto idêntico (homogêneo), e sem barreiras à entrada de empresas e consumidores. 
b. Monopólio, caracterizado pela existência de uma única empresa atuando no mercado, de modo que seu produto não tem similar próximo. Em geral, nesse tipo de mercado, alguma barreira impede a entrada de concorrentes. 
c. Oligopólio, em que um pequeno número de empresas domina o mercado com produtos idênticos e, também nesta estrutura, existe algum tipo de barreira à entrada de novas empresas concorrentes. 
d. Concorrência monopolistica (ou concorrência imperfeita), caracterizada pela situação em que são muitas as empresas atuando em um segmento de mercado, com produtos parecidos, mas não idênticos (existe alguma diferenciação); a entrada de novas empresas é livre, mas uma nova empresa não produzirá exatamente o mesmo produto de sua concorrente. 
Similarmente, para o mercado de fatores de produção também se definem formas de mercado em concorrência perfeita, concorrência imperfeita, monopsônio e oligopsônio no fornecimento de insumos. 
Evidentemente, a realidade é muito mais complexa do que a teoria pode fazer crer. Nem sempre é multo claro determinar quantas são "muitas" ou "poucas" empresas, ou ainda, se o produto dentre elas é ou não "diferenciado". Na análise da realidade, o economista precisa dominar os resultados obtidos dos modelos teóricos, que serão detalhados na sequência. Assim, poderá escolher aquele que melhor descreve o mercado que estiver estudando. 
7.2 Objetivo da empresa 
Existe uma série de modelos sobre o comportamento das empresas na formação de preços de seus produtos. A diferença maior entre esses modelos está condicionada ao objetivo ao qual a firma se propõe: maximizar lucros, maximizar margem de rentabilidade sobre os custos (mark up), maximizar participação no mercado etc. 
Neste texto, apresentaremos o modelo tradicional, conhecido como modelo neoclássico ou marginalista, no qual o objetivo do empresário é maximizar o lucro total. Outras hipóteses sobre os objetivos empresariais são discutidas em textos mais específicos de microeconomia. Antes, cabe entendermos como o conceito de lucro é abordado em economia. 
7.2.1 O conceito de lucro econômico 
Como observamos no capítulo anterior, as curvas de custos, do ponto de vista do economista, embutem os chamados custos de oportunidade (custos implícitos), diferentemente da abordagem contábil, que considera apenas os custos explícitos, que envolvem desembolso financeiro.
Nesse sentido, a remuneração do empresário pode ser medida pelo custo de oportunidade, ou seja, o que ele receberia se tivesse empregado seus recursos em outra atividade. Isso é chamado de lucro normal, o que reflete o real custo de oportunidade do capital empregado na atividade empresarial. É o valor que o mantém na atividade: se ele fosse mais baixo, o empresário sairia do mercado, porque ganharia mais em outro ramo. O que exceder o lucro normal é chamado de lucro econômico ou lucro extraordinário: o empresário recebe mais do que deveria receber, de acordo com seu custo de oportunidade. 
Dessa forma, o conceito de lucro a ser considerado neste capítulo é o conceito econômico, e não o contábil.
7.2.2 A maximização do lucro 
O lucro total (LT) da empresa é dado pela diferença entre a sua receita total (RT) e o seu custo total (CT), ou seja 
LT = RT – CT
Para uma empresa que, como a maior parte, tenha por objetivo a maximização de lucros, a questão que se coloca é escolher o nível de produção que gere o maior lucro. 
Caso o custo médio de produção fosse também constante, assim como a receita, a condição de maximização de lucro induziria a empresa a produzir sempre no máximo de sua capacidade. No entanto, com custos médios crescentes, essa pode não ser a escolha mais racional. 
O empresário racional sempre aumentará a sua produção quando isso significar maior lucro. 
Então, para custos marginais crescentes, se: 
• receita adicional (marginal) for maior que o custo adicional, o lucro marginal aumenta e a quantidade deve ser aumentada, pois o lucro aumentará; e 
• receita adicional (marginal) for menor que o custo adicional, a produção não será aumentada, pois o lucro cairá. 
Portanto, a condição de maximização do lucro para a empresa é que a receita marginal iguale o custo marginal, ou seja: 
RMg = CMg
7.3 Mercado em concorrência perfeita 
Em um mercado perfeitamente concorrencial, ou perfeitamente competitivo, existe um número muito grande de empresas e consumidores, e os bens comercializados são idênticos do ponto de vista do consumidor. Com isso, nenhum produtor ou consumidor individual consegue determinar o preço de mercado. Eles são tomadores de preços (price takers). 
Isso acontece, por exemplo, no mercado de feijão. Nenhum produtor de feijão consegue vender o seu produto por um preço muito acima dos demais. Aquele que se recusar a vender pelo preço de mercado, tentando vender acima deste, certamente verá formação de estoques em seus celeiros. O mesmo ocorre com o consumidor individual de feijão. Caso ele insista em não adquirir pelo preço de mercado, tentando pagar menos pelo feijão, a única coisa que conseguirá é ter que descobrir outro alimento para combinar com o seu arroz. 
Além dessas duas características fundamentais, os mercados competitivos também são, geralmente, marcados pela livre entrada e saída das empresas. 
Essa condição não é necessária para os resultados de competição perfeita. Por vezes, algumas regulações governamentais asseguram os resultados competitivos, mesmo limitando a entrada de concorrentes. Mas, com certeza, a liberdade de entrada e saída de empresas é condição suficiente para os resultados de concorrência perfeita, como se verá adiante. 
7.3.1 Funcionamento do mercado de concorrência perfeita 
Para se determinar o ponto de produção ideal de empresa em concorrência perfeita, isto é, o ponto em que o lucro é máximo, é preciso determinar como se comporta a demanda desse mercado, que permitirá uma previsão das receitas da empresa, e como se comportam seus custos, que determinam a oferta. 
7.3.1.1 Demanda de mercado e demanda da empresa individual 
No mercado de feijão, um produtor Isolado não consegue alterar o preço de mercado (sua saída do mercado, por exemplo, traria uma alteração muito pequena na quantidade de oferta de mercado, não afetando o preço). 
A empresa só pode vender ao preço de mercado, pois: 
• se quiser vender a um preço mais alto, não venderá nada (como os produtos são homogêneos, os consumidores comprarão mais barato das outras empresas); e 
• não venderá a um preço mais baixo. Dada sua capacidade de produção, limitada pela sua estrutura física, ao vender por menos não conseguirá aumentar seus lucros. 
Em outras palavras, ao preço de mercado, p0, o produtor individual de feijão pode vender toda a quantidade que deseje e tenha capacidade de produzir. A demanda de mercado é dada para a empresa. 
Na Figura 7.1, a demanda de mercado, D1, é negativamente inclinada, refletindo as preferências dos consumidores. No entanto, a demanda para uma empresa individual em mercados concorrenciais é uma retahorizontal. Isso corresponde a dizer que a curva de demanda para a empresa individual é infinitamente elástica (como visto no Capítulo 3): se ocorrer variação de preço de mercado, a empresa deve ajustar a quantidade, pois não consegue fixar preços.
7.3.1.2 Receita da empresa competitiva 
A Receita Total (RT) equivale ao faturamento total da empresa, que nada mais é do que o preço unitário de venda (p) multiplicado pela quantidade vendida (q). Então: 
RT = pq
A Receita Média (RMe) é definida como a receita por unidade de produto vendida, ou Receita Unitária. Assim 
RMe = RT/q
Mas, como RT= pq, então 
RMe = pq/q = p
ou seja, 
RMe = p
 O que faz sentido: dado que a receita média é a receita por unidade de produto, e dado que cada unidade de produto é vendida pelo preço p, então, receita média é sempre igual ao preço unitário de venda. 
Em concorrência perfeita, a RMe da empresa individual é fixa, pois p0, o preço de mercado, é dado pelo mercado. E, como o preço p0 é a própria demanda da empresa individual, a RMe equivale à curva de demanda da empresa individual. 
A Receita Marginal (RMg) é a receita adicional, ou a variação da receita total, quando varia a quantidade vendida, ou seja, a receita extra obtida pela venda de mais uma unidade do produto.
Em concorrência perfeita, a receita marginal é também igual ao preço de mercado, pois o que se recebe por qualquer unidade vendida (inclusive a adicional) é o preço de mercado, p0. Portanto, RMg = p0 
Graficamente, a Figura 7.2 ilustra as curvas de receita média e receita marginal da empresa competitiva, que são coincidentes entre si, e com o preço de mercado e com a própria demanda da firma individual. 
7.3.1.3 Custos de produção da empresa competitiva 
As curvas de custos (Figura 7.3) são as mesmas já vistas anteriormente, na teoria dos custos de produção. 
7.3.1.4 Equilíbrio a curto prazo da empresa em concorrência perfeita 
Como vimos, a condição de maximização do lucro para a empresa é que a receita marginal iguale o custo marginal, ou seja: 
RMg = CMg
Esse resultado corresponde ao ponto X do gráfico da Figura 7.4, ou seja, no nível de produção q0. 
Como, em um mercado competitivo, RMg = p0, um resultado importante para essa estrutura de mercado é que a maximização de lucro da empresa competitiva seja 
p = CMg
7.3.1.4.1 Um detalhe técnico sobre a condição de maximização de lucro 
Ao menos teoricamente a curva de CMg não é sempre crescente. Na verdade, é bem possível que ela tenha um formato em U, e, assim, podem existir dois pontos onde RMg = CMg, como os pontos X e Y, no gráfico da Figura 7.5: 
Então, é preciso mostrar que a maximização de lucros ocorre no ponto X, com CMg crescente. Isso pode ser mostrado a partir de um expediente gráfico, como o da Figura 7.6. 
Considere as várias situações em que a empresa pode estar situada, como os níveis de produção de q1, q2, ..., q6. Para os níveis de produção q1, q2, e q3 têm-se custos marginais decrescentes (80, 60 e 30, respectivamente). 
Neste caso, o nível de produção q2, correspondente à condição onde RMg = CMg não maximiza o lucro da empresa, pois ela pode aumentar sua produção (para q3, por exemplo) e aumentar os seus lucros, uma vez que a receita adicional é maior que o custo adicional. 
Para os níveis de produção q4, q5 e q6, por sua vez, têm-se custos marginais crescentes (40, 60 e 100, respectivamente). O nível de produção q5, correspondente à condição onde RMg = CMg maximiza o lucro da empresa. 
Nesse caso, não compensa para a empresa aumentar sua produção (para q6, por exemplo), pois isto reduz o seu lucro total, uma vez que a receita adicional é menor que o custo adicional. 
Portanto, a produção ótima para a empresa ocorre no ponto q5, onde 
RMg = CMg, com CMg crescente.
7.3.1.4.2 Ilustração gráfica das áreas de lucro total, receita total e custo total 
Como a receita média e os custos médios são a receita e os custos por unidade, multiplicando ambos pelas unidades produzidas, temos a receita e os custos totais. Graficamente, essa operação equivale às áreas destacadas na Figura 7.7. O lucro (ou prejuízo) total pode ser visto com a diferença entre a área da receita total e a área do custo total (Figura 7.7).
O gráfico da Figura 7.7 mostra as áreas de LT, RT e CT em termos de curvas médias e marginais. Essas áreas também podem ser visualizadas em termos de curvas totais, como na Figura 7.8.
A curva de Receita Total (RT) é uma reta que parte da origem, no modelo de concorrência perfeita. Sua declividade é constante e é a própria receita marginal (RMg), que, por sua vez, é o próprio preço p0. 
7.3.2 Curva de oferta da empresa individual em concorrência perfeita 
A seguir, vamos demonstrar, passo a passo, que a curva de oferta da empresa individual em concorrência perfeita é o ramo crescente da curva de custo marginal, acima do custo variável médio. 
Como em um mercado competitivo o preço é exógeno, determinado pelo mercado, a empresa competitiva individual maximiza seu lucro escolhendo o nível de produção que iguala o seu custo marginal (o custo de produzir uma unidade adicional) ao preço de mercado. 
Desse modo, variações no preço do mercado, para cima ou para baixo, farão com que a empresa reveja sua escala de produção, para cima ou para baixo, adequando sua atividade, de modo a manter o custo marginal igual ao preço de mercado. Desse modo, a curva de oferta da empresa individual representa o próprio custo marginal. Para provar esse ponto, recorramos à Figura 7.9. 
• Quando o preço é p0, a empresa maximiza lucros ofertando a quantidade q0 .
• Ao preço p1, a empresa maximiza seus lucros produzindo q1. 
• Já ao preço p2, o lucro é máximo se a produção for q2.
Como a empresa maximiza lucros apenas no ramo crescente do CMg, então a curva de oferta da empresa em concorrência perfeita se dá sobre o ramo crescente da curva de CMg. Falta ainda provar que é o ramo do CMg acima do CVMe, o que será demonstrado no item a seguir. 
7.3.2.1 Decisão da empresa de suspender suas atividades 
A análise até aqui vale para o caso de uma empresa em atividade que decida produzir. No entanto, pode ser que o mais interessante a fazer para a empresa seja não produzir.
Nesse caso, é interessante distinguir entre uma paralisação temporária ou a saída definitiva da empresa do mercado.
No primeiro caso, a paralisação trata-se de uma decisão de curto prazo. Corresponde ao caso em que o produtor de feijão resolve nada cultivar, deixando a terra ociosa. Como a terra representa um custo fixo para o agricultor, o fato de nada produzir significa que esse custo não será compensado. O custo fixo corresponde ao custo irrecuperável no curto prazo. 
No caso da saída permanente e do mercado, o agricultor pode decidir vender sua terra, recuperando parte do seu custo fixo. Como a venda de um ativo fixo demanda certo período de tempo, a saída definitiva do mercado não é uma decisão de curto prazo. 
No caso de uma paralisação, a empresa abre mão de toda a receita, mas economiza os custos variáveis, arcando com os custos fixos. No curto prazo, o custo fixo representa um custo irrecuperável. Os custos irrecuperáveis são irrelevantes para a tomada de decisão, uma vez que não há nada que se possa fazer para compensá-los. 
Assim, no curto prazo a empresa considera as seguintes situações: 
Se RT > CV, decide continuar operando 
Se RT = CV, é indiferente entre operar e paralisar 
Se RT < CV, decide paralisar 
Dividindo ambos os lados pela quantidade produzida, q, e lembrando que, em mercados competitivos, a receita média (RT/q) é igual ao preço de mercado, então, as situações em que a empresa se depara no curto prazo podem ser reescritas como: 
Se p > CVMe, decide continuar operando 
Se p = CVMe, é indiferente entre operar e paralisar
Se p < CVMe, decide paralisar 
Na Figura 7.10, qCP representa a escala mínima de operação da empresa no curto prazo. 
7.3.2.2 Decisão da empresa de sair do mercado 
No longo prazo, a decisãode sair do mercado é semelhante à decisão de paralisação de curto prazo. Só que, agora, todos os custos são variáveis, ou seja, mesmo os custos fixos no curto prazo, no longo prazo podem ser recuperados em algum grau. 
Portanto, no longo prazo, ao decidir sair de um mercado, a empresa abre mão da receita total, mas deixa de incorrer em todos os custos, sejam os fixos ou os variáveis. Ou seja, no longo prazo a empresa considera as seguintes situações: 
Se RT > CT, decide continuar operando 
Se RT = CT, é indiferente entre operar e sair 
Se RT < CT, decide sair do mercado 
Dividindo ambos os lados pela quantidade produzida, q, e lembrando que, em mercados competitivos, a receita média (RT/q) é igual ao preço de mercado, então, as situações em que a empresa se depara no longo prazo podem ser reescritas como: 
Se p > CTMe, decide continuar operando 
Se p = CTMe, é indiferente entre operar e sair 
Se p < CTMe, decide sair do mercado
Na Figura 7.11, qLP representa a escala mínima de operação da empresa no longo prazo. 
7.3.3 Curva de oferta da indústria em concorrência perfeita 
Na seção anterior, foi visto como se comporta a oferta de uma empresa individual em um mercado competitivo. Nesse mercado, contudo, existem muitas empresas atuando, todas com curvas de oferta semelhantes. A curva de oferta do mercado, ou curva de oferta da indústria, refere-se ao somatório das ofertas individuais. 
7.3.3.1 Curva de oferta da indústria competitiva no curto prazo 
No curto prazo, o número de empresas no mercado competitivo é fixo, pois não há nem entrada nem saída de empresas individuais. A qualquer preço superior ao custo variável médio, a oferta de cada empresa será igual ao seu custo marginal. Caso existam n empresas atuando no mercado, para cada nível de preços, a oferta de mercado será igual a n vezes a quantidade ofertada por empresa individual (Figura 7.12).
7.3.3.2 Curva de oferta da indústria competitiva no longo prazo 
Em um mercado competitivo, no longo prazo existe liberdade para que novas empresas entrem no mercado, ou para que as empresas existentes saiam. Já foi visto que a empresa sairá do mercado sempre que incorrer em prejuízo de longo prazo, ou seja: 
RT < CT
Ou, o que é a mesma coisa: 
P < CTMe
Caso ocorra o contrário, no entanto, haverá incentivos para que novas empresas entrem no mercado. Em outras palavras, a existência de lucros econômicos, com preços maiores que o CTMe de longo prazo, servirá de incentivos para que novas empresas entrem no mercado. 
Se as novas empresas tiverem acesso à mesma tecnologia de produção das empresas existentes e aos mesmos mercados, elas de fato entrarão. Com novas empresas, a oferta de mercado aumentará, forçando os preços a caírem, o que reduzirá os lucros e os incentivos a novas empresas entrantes. 
Caso os preços caiam demais, de modo que as empresas passem a ter prejuízo no longo prazo, algumas delas vão sair do mercado, reduzindo a oferta e aumentando os preços.
Esse processo de ajuste termina quando o preço iguala o custo total médio de longo prazo: 
p = CTMe
Nessa situação, as empresas competitivas têm lucro econômico igual a zero. Essa condição é conhecida como equilíbrio de longo prazo de um mercado competitivo. 
No longo prazo, apenas um preço é compatível com lucro econômico igual a zero: o custo total médio mínimo. Para preços acima desse nível, haverá lucro econômico, induzindo a entrada de novas empresas. De forma semelhante, preços abaixo implicam prejuízo e saída de empresas. Desse modo, a oferta de longo prazo da indústria competitiva é uma linha horizontal ao nível de preços igual ao custo total médio mínimo de longo prazo. 
7.4 Monopólio 
7.4.1 Por que existem monopólios? 
Um monopólio é caracterizado pela existência de uma única empresa produtora do bem ou serviço. Sendo a única produtora, evidentemente, seu produto não encontra similar dentre as demais empresas existentes. 
Mas, até onde um produto é diferente dos demais? E o que assegura que nenhuma outra empresa produza um bem idêntico ao da monopolista? Essas perguntas poderiam ser traduzidas em outra: como surgem os monopólios? 
A razão para a existência de monopólios está em barreiras à entrada. As barreiras às entradas são fatores que impedem que outras empresas ofertem produto semelhante ao do monopolista, como, por exemplo:
• controle de recurso ou insumo escasso; 
• economias de escala; 
• superioridade tecnológica; 
• patentes; e 
• barreiras criadas pelo governo. 
Uma hipótese implícita no comportamento do monopolista é que ele não acredita que os lucros elevados que obtém a curto prazo possam atrair concorrentes, ou que os preços elevados possam afugentar os consumidores; ou seja, acredita que, mesmo a longo prazo, permanecerá como monopolista. Evidentemente, para que essa estratégia se viabilize, deve ser um tipo de mercadoria ou serviço que não tem substitutos próximos, devido, geralmente, à existência de barreiras à entrada. 
7.4.1.1 Monopólios por insumos 
A maneira mais comum para o surgimento de um monopolista é a detenção por essa empresa da propriedade de um recurso ou insumo escasso e essencial para a produção de um bem. 
Dessa maneira, a empresa proprietária do recurso ou insumo consegue impedir o acesso de outras empresas, dificultando, e mesmo impedindo, a produção de produtos concorrentes ao seu. 
No longo prazo, no entanto, esses monopólios podem não se manter. O avanço tecnológico pode fornecer insumos alternativos, para empresas concorrentes, minando as bases do monopólio. 
Um exemplo clássico de monopólio por insumo é o da DeBeers, maior mineradora e comercializadora de diamantes do mundo. Durante muitos anos a empresa atuou como monopolista no mercado, detendo a maior parte das minas de diamante. Os diamantes sintéticos, contudo, vêm reduzindo o poder de mercado da DeBeers. 
7.4.1.2 Economias de escala 
Em alguns mercados, o custo de instalação e a escala mínima de operação são muito altos, exigindo um elevado montante de investimentos. A empresa monopolista Já está estabelecida em grandes dimensões, e, portanto, tem condições de operar com baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer o produto a um preço equivalente à empresa monopolista.
Monopólios criados e sustentados por economias de escala são denominados de monopólios naturais. Os monopólios naturais são caracterizados por custos totais médios decrescentes na escala relevante de produção, como ilustra a Figura 7.14. Nessa situação, uma expansão da produção sempre reduz o custo total médio de produção, conferindo à empresa existente no mercado vantagens sobre as possíveis concorrentes. 
Os monopólios naturais existem em mercados como os de serviços públicos locais de fornecimento de água, energia elétrica, telefonia fixa, etc. 
7.4.1.3 Superioridade tecnológica 
Uma empresa com vantagem tecnológica pode se manter como monopolista. No entanto, também esse fator não assegura ao monopolista barreira à entrada de concorrentes no longo prazo. O avanço tecnológico em geral atua no sentido de possibilitar que novos concorrentes superem muitas vantagens tecnológicas do monopolista. 
Em algumas situações pode ocorrer que a superioridade tecnológica não seja sinônimo de produto melhor. Algumas indústrias de alta tecnologia se caracterizam por externalidades de rede, como a Microsoft. Nessas indústrias, a empresa monopolista é a que possui o maior número de consumidores comprando seu produto, que não é, necessariamente, superior ao de concorrentes próximos.
7.4.1.4 Patentes 
Após a Revolução Industrial, o processo de inovação tecnológica se acelerou, deixando de ser algo esporádico e acidental, para se tornar atividade planejada e que consome altos investimentos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) das empresas. No entanto, o retorno desse investimento não é garantido se a empresa não tiver assegurada sua prioridade sobre as invenções. 
O sistema de concessão de patente visa a garantir monopólio temporal do inventor ao seu invento,reconhecendo o direito de propriedade sobre o mesmo. Assim, o Inventor tem monopólio temporal sobre a invenção, extraindo dela renda de monopólio. 
A patente funciona como uma barreira a entrada a outras empresas, que ficam impedidas de produzir bem semelhante enquanto vigorar a patente. 
7.4.1.5 Monopólios criados pelo governo 
Em alguns casos, pode ser que os monopólios surjam por determinação legal, como o monopólio da Petrobrás na exploração e refino do petróleo no Brasil, que durou até 1997. Tais monopólios decorrem muitas vezes de influência política da empresa interessada no monopólio. 
Ao contrário das patentes, que busca estimular a inovação, os monopólios criados pelo governo acabam por beneficiar grupos específicos, conferindo-lhes renda de monopólio em detrimento dos consumidores. 
Assim como no caso das patentes, o monopólio legal também leva a preços mais elevados do que os que seriam vigentes em concorrência. 
7.4.2 Funcionamento de um mercado em monopólio 
7.4.2.1 Curva de demanda do monopolista 
Como a empresa monopolista detém todo o mercado, a demanda da empresa monopolista é igual à demanda total do mercado (Figura 7.15).
Não se cabe falar em curva de oferta do monopolista. A curva de oferta descreve a quantidade que a empresa deseja e pode ofertar, dado o nível de preços. No entanto, no monopólio, o nível de preços não é dado. Ao contrário da empresa competitiva, que é tomadora de preços, a empresa monopolista tem poder de escolher por quanto deseja vender o seu produto, ou, alternativamente, quanto deseja cobrar pelo seu produto. Evidentemente, o monopolista desejaria escolher simultaneamente um preço elevado e quantidade alta, no entanto, ele enfrenta a restrição dada pela demanda de mercado, e não pode decidir sobre as duas variáveis ao mesmo tempo. 
7.4.2.2 A receita marginal do monopólio 
Ao contrário dos mercados de concorrência perfeita, no caso do monopolista, a sua receita marginal não é igual ao preço determinado de maneira exógena. As decisões do monopolista influem no preço de mercado e, portanto, na sua receita marginal. Para ilustrar esse ponto, tome o exemplo dado pela Figura 7.16.
Ao decidir vender 10 unidades pelo preço de $1.350, a receita total da empresa é $13.500. Por outro lado, caso o monopolista opte pelo nível de produção de 11 unidades (uma unidade a mais), o preço de mercado será $1.250 (esse é o preço que os consumidores estão dispostos a pagar por esse nível de produto) e a receita total será $14.025. 
Dessa forma, pode-se calcular a receita marginal da empresa (a receita por uma unidade adicional) para esses níveis de produção, como a diferença entre a receita total de vender 11 unidades em relação à receita total de vender 10 unidades, ou seja 
RMg = ∆RT/∆q = ($14.025 - $13.500)/1 = $525
Note que a RMg do monopolista, para esses níveis de produção, é inferior ao preço de mercado. Isso não é mera coincidência. Para todos os níveis de produção, a RMg sempre será inferior ao preço de mercado. Isso porque, ao escolher níveis de produção diferentes, as decisões do monopolista têm dois efeitos opostos sobre a receita: 
• efeito quantidade: uma unidade a mais vendida aumenta a receita total em montante igual ao preço pelo qual essa unidade é vendida (no nosso exemplo, a 11ª unidade é vendida por $1.275); e 
• efeito preço: a fim de vender mais uma unidade, o monopolista deve reduzir o preço de mercado de todas as unidades a serem vendidas. Isso reduz a receita total de todas as outras unidades [no exemplo, 10 x ($1.350 - $1.250) = 750]. 
Portanto, ao decidir vender uma unidade a mais, a empresa recebe uma receita adicional por essa unidade, dada pelo preço de mercado. Mas, para vender mais, deve reduzir seu preço, abrindo mão de receita igual à diferença entre o preço anterior e o novo, multiplicada pelo nível de produção anterior ao aumento. 
Essa redução no preço de cada unidade vendida é a razão para que a receita marginal seja inferior ao preço de mercado. Como o preço de mercado, no caso do monopólio, coincide com a curva de demanda, esse resultado implica dizer que a receita marginal da empresa monopolista sempre se encontra abaixo da curva de demanda, como ilustra a Figura 7.17.
7.4.2.3 Maximização de lucros no monopólio 
A condição de maximização do lucro estabelece que o monopolista deve escolher preço ou quantidade, de tal modo que sua receita marginal iguale o custo marginal. Assim, a condição de maximização do lucro do monopolista (como de qualquer empresa em qualquer estrutura de mercado) é: 
RMg = CMg
Como ilustrado na Figura 7.18 a seguir, esse ponto ocorre em q*. 
Para verificar que esse é de fato o ponto de lucro máximo do monopolista, suponha que a empresa escolha produzir uma quantidade menor que q*. Nesse caso, o custo marginal será menor que a receita marginal. A empresa consegue aumentar o seu lucro aumentando sua produção. 
Por outro lado, suponha que a empresa escolha uma quantidade maior que q*. Agora, o custo marginal supera a receita marginal. A empresa aumenta seu lucro reduzindo o nível de produção.
Portanto, q* é o nível de produção compatível com o lucro máximo do monopolista. 
Se a curva de CMg cortar duas vezes a curva de RMg, a produção maior será aquela que maximiza o lucro. 
7.4.3 Políticas públicas e monopólio 
A ausência de competição tende a fazer com que os monopólios pratiquem preços relativamente mais elevados, e quantidades consumidas menores do que o socialmente desejável (a chamada ineficiência do monopólio). Por essas razões, o poder público pode desejar intervir em mercados monopolistas. Isso pode ser feito de três maneiras: 
• Aumentando a concorrência dos mercados monopolizados; 
• Regulando monopólios naturais 
• Estatizando empresas monopolistas 
7.4.3.1 Políticas concorrenciais 
A maior parte dos países dispõe hoje em dia de políticas que buscam limitar o poder de mercado de empresas monopolistas. Essas instituições são conhecidas como leis antitrustes. Por meio dessas leis, é possível para o governo, por exemplo, impedir que uma empresa domine o mercado por meio de aquisições de outras empresas, exigir que as empresas monopolistas se desfaçam de ativos, entre outros expedientes. 
Em alguns casos, a fusão de empresas ocorre não para reduzir a competição do mercado, mas para aproveitar sinergias entre as empresas, reduzindo custos. Os órgãos de defesa da concorrência devem analisar essa questão em sua decisão sobre as fusões de empresas. Alguns críticos desses órgãos são céticos quanto a sua capacidade de empreender a correta análise de custo-benefício das fusões. 
7.4.3.2 Regulações 
O governo pode limitar o poder de um monopólio fixando o preço a ser cobrado pela empresa monopolista. 
No caso de um monopólio natural, em que os custos totais médios são sempre superiores ao custo marginal, a fixação do preço igual ao custo marginal sempre implicaria prejuízo para a empresa, desincentivando o investimento no setor. 
Nesse caso, o poder público pode fixar o preço igual ao custo total médio (Figura 7.19). O lucro econômico será igual a zero, mas o preço será superior ao custo marginal. A potencial ineficiência pode ser justificada pelo fato de que, não sendo dessa maneira, o produto sequer seria ofertado. Essa é a regra de fixação de preços das tarifas de transporte coletivo urbano na maior parte das cidades brasileiras.
7.4.3.3 Estatização de empresas 
Em vez de regulamentar um monopólio natural, ou tomar ações para coibir práticas anticoncorrenciais, o governo pode decidir constituir uma empresa estatal para administrar o monopólio. Essa é a solução adotada para o serviço de abastecimento de água e esgoto na maior parte das cidades brasileiras. Também é estatal a empresa de serviço postal (Correios).
No passado, vários serviços e bens eram produzidos por estatais. Eram empresas do governo as operadoras de telefonia fixa, as distribuidoras de energia, empresas químicas, petroquímicas e várias outras extrativas, como a Vale (na época estatal era chamadade Vale do Rio Doce).
O risco dessa solução, no entanto, é o domínio da empresa estatal pela burocracia, que passa a fazer nomeações políticas para cargos importantes dentro da empresa. Nessa situação, o risco é o de a empresa deixar de perseguir a eficiência produtiva, sendo desviadas para fins não econômicos e potencialmente ineficientes. 
7.4.3.4 Necessidade de controlar os monopólios 
Alguns críticos argumentam que a incapacidade do governo em reconhecer e mensurar o custo do monopólio o impede de adotar medidas corretas, que reduzam a ineficiência dos monopólios. Órgãos governamentais podem ser dominados por grupos de interesse e, assim, ações que pretensamente seriam para reduzir o poder de monopólio podem ser adotadas com objetivo de gerar renda para esses grupos. 
Esses críticos argumentam que, nesses casos, em vez de corrigir falhas de mercado, as ações de governo as aprofundam, aumentando (e não reduzindo) a ineficiência. 
7.4.4 Modelos de precificação 
Até o presente momento, analisamos o equilíbrio da empresa com poder monopólico do ponto de vista de sua escolha do nível de produção. Não obstante, a empresa com poder de mercado também pode determinar o preço que maximiza seu lucro, deixando à demanda a tarefa de determinar a quantidade consumida. Todavia, como vimos que o monopolista pode "transferir" para si mesmo parte do excedente do consumidor, essa empresa poderia aumentar ainda mais seu lucro se desenhasse uma estratégia de precificação que fosse capaz de extrair o máximo possível desse excedente. 
Existem três estratégias básicas de precificação, que podem ser utilizadas individualmente ou em conjunto pelo monopolista: 
a. Discriminação de preços: se o monopolista puder dividir o mercado em dois segmentos, de acordo com a elasticidade-preço da demanda, deverá cobrar mais dos consumidores cuja demanda é menos elástica e menos dos consumidores cuja demanda é mais elástica (exemplo: tarifas aéreas, tarifas telefônicas etc.). Essa prática é conhecida como discriminação de preços, ou seja, cobrar preços diferenciados pelo mesmo produto, sem que haja diferenças relevantes nos custos de produção. 
b. Tarifa em duas partes: cobra-se um preço de entrada (T) e um preço de utilização (P). Essa estratégia costuma ser utilizada nos parques de diversão. Por isso dizemos que a empresa enfrenta o "dilema de Mickey Mouse": deverá cobrar um preço de entrada reduzido, garantindo grande afluência de consumidores e, logo após, um preço de utilização elevado ou um preço de entrada alto e um preço de utilização baixo, próximo ao custo marginal? A resposta dependerá da heterogeneidade da demanda. Assim, para demandas mais homogêneas, como ocorre no caso do parque de diversões, a segunda alternativa seria mais adequada. Por sua vez, no caso de demandas mais heterogêneas, como a de impressoras ou aparelhos de barbear, a primeira alternativa é a mais lucrativa. 
c. Venda em pacotes: quando não é possível separar os mercados para discriminar preços, outra estratégia adotada pelos produtores com poder de mercado é a venda em pacotes. Dessa forma, podemos vender produtos em forma conjunta, extraindo as máximas disposições a pagar por parte dos consumidores, o que é chamado de "pacote puro" (exemplo: almoço executivo, pacotes de férias etc.). Outra possibilidade é combinar o "pacote" anterior com a alternativa de adquirir os produtos separadamente, o que é chamado de "pacote misto" (exemplo: automóvel com elementos adicionais, TV a cabo com canais adicionais etc.). 
7.5 Oligopólio 
O oligopólio é caracterizado pela existência de um grupo pequeno de empresas que oferta um produto não diferenciado, do ponto de vista do consumidor. Como não se trata de uma única empresa produtora, existe competição entre elas. No entanto, diferente do mercado concorrencial, elas podem decidir cooperar umas com as outras. A tensão entre cooperação e competição é característica dos mercados oligopolizados. 
O oligopólio, assim como o monopólio, ocorre basicamente devido à existência de barreiras à entrada de novas empresas no setor. 
Alguns produtos, por razões tecnológicas, só podem ser produzidos por empresas de grande porte (automóveis, extração de petróleo). Assim, nesses mercados, é normal um pequeno número de empresas. 
Assim como no caso do monopólio, as empresas em mercados oligopolizados podem obter lucro econômico diferente de zero.
7.5.1 Cooperação versus competição 
Para entender a forma de atuação das empresas em um oligopólio, considere um caso particular, que é o de apenas duas empresas atuando no mercado. No Brasil, até bem pouco tempo atrás, o mercado de aviação comercial tinha estrutura parecida. Essa estrutura de mercado oligopolizada é conhecida como duopólio. Com apenas duas empresas no mercado, elas podem cooperar entre si, de modo a dividir o mercado entre ambas. 
No caso de oligopólios com mais empresas, um tipo de ação cooperativa é o cartel. O cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor que determina a política para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a repartição (cota) do mercado entre empresas. 
No chamado cartel perfeito, os oligopolistas se comportam como se fossem uma única empresa - a chamada "solução de monopólio". Com isso, o preço será maior que o custo marginal, e as empresas oligopolistas terão lucro econômico, como no caso do monopolista. 
Ao atuar de forma cooperativa, os oligopolistas conseguem aumentar seus ganhos de monopólio, reduzindo a quantidade ofertada e aumentando os preços de mercado. No entanto, como no caso concorrencial, cada empresa individual em um oligopólio pode aumentar sua receita ao vender uma quantidade maior que a determinada por um cartel. Mas, ao aumentar sua oferta, o preço de mercado cai, reduzindo os ganhos de todas as empresas do mercado. 
Entretanto, no oligopólio elas também podem atuar de forma não cooperativa, concorrendo entre si via preços ou quantidades, ou ainda via diferenciação do produto ou serviços (propaganda e publicidade, promoções, atendimento pós-venda etc.). 
Podemos observar que, diferente do monopólio, no oligopólio as decisões das empresas são interdependentes. As empresas participam de um "jogo", no qual o seu lucro depende não apenas de suas decisões, mas também das decisões das outras empresas. Isso deu origem à chamada "teoria dos jogos". 
A teoria dos jogos é o estudo das decisões em situação interativa. Resumidamente, essa teoria tem como objetivo a análise de problemas em que existe interação dos agentes, na qual as decisões de um indivíduo, empresa ou governo afetam e são afetadas pelas decisões dos demais agentes ou jogadores. Ela não se restringe apenas à Economia, sendo também bastante utilizada em Ciência Política, Sociologia, estratégia militar etc. 
No modelo concorrencial, as empresas tomam o preço de mercado como dado. Isso não ocorre nos modelos de oligopólio, em que a empresa sabe que pode afetar o preço de seu produto, e também sabe que este é afetado pelas decisões de seus concorrentes. A empresa apresenta comportamento estratégico. Elas podem decidir por cooperar entre si, entrando em conluio, ou competirem entre si, dependendo das informações que dispõem sobre a demanda de mercado, e sobre a estratégia dos concorrentes. Ou seja, as empresas ("jogadores") escolhem sua melhor estratégia, dadas as estratégias escolhidas pelos demais agentes. 
A teoria dos jogos será discutida mais detalhadamente no próximo capítulo. 
7.5.2 Outros fatores que afetam o comportamento dos oligopólios 
Assim como no caso dos monopólios, os oligopólios tendem a produzir menos que a quantidade socialmente desejada do produto, e a um preço maior. As empresas de um oligopólio podem decidir por uma ação cooperativa, e obter ganhos como monopolistas, formando cartéis, ou a partir da tomada de controle acionário de uma empresa por outra. 
Por essas razões, o poder público pode desejar intervir em mercados oligopolizados, por meio das políticas antitrustes discutidas anteriormente.Além da legislação, outros fatores que afetam o comportamento das empresas em um mercado oligopolista: 
• Número de empresas: quanto maior o número de empresas em um oligopólio, menor é o incentivo para que cada uma coopere com as demais. Um grande número de empresas no setor é indicador de que as barreiras à entrada são baixas. 
• Poder de barganha dos compradores: pode acontecer de os consumidores dos produtos de oligopolistas serem também eles grandes grupos ou corporações, como grandes cadeias de lojas e distribuidores. Esses consumidores têm condições de barganha junto aos oligopolistas, dificultando colusões tácitas. 
• Diferenciação do produto e liderança de preço: evidentemente que, quando se tem mais de duas empresas, é possível que uma ou algumas sejam maiores que as demais. Caso elas entrem em conluio, não necessariamente elas precisam ter a mesma fatia de mercado. As empresas maiores, ou líderes (que têm maior fatia de mercado ou custos menores) fixam os preços, ficando com a maior cota. É o chamado Modelo de Liderança de Preços, em que a empresa líder fixa um preço que lhe garanta um lucro de monopólio, e as demais consideram esse preço dado (como em concorrência perfeita).
7.6 Concorrência monopolística 
7.6.1 Características dos mercados de concorrência monopolística 
A concorrência monopolística é uma estrutura de mercado caracterizada: 
• pela existência de muitas empresas produzindo um dado bem ou serviço, ou seja, as barreiras à entrada no mercado são muito baixas ou inexistentes; 
• cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos; e 
• cada empresa tem certo poder sobre preços, dado que os produtos não são iguais, e o consumidor tem opções de escolha, de acordo com sua preferência. 
Com isso, as empresas atuantes nesses mercados se defrontam com uma curva de demanda por seus produtos negativamente inclinada (se bem que bastante elástica, sensível, porque tem substitutos próximos). 
São exemplos desse tipo de mercado o mercado de medicamentos genéricos e de referência, sabonetes, serviços médicos, odontológicos, livros etc. Trata-se de um modelo muito mais realista que o de concorrência perfeita, que supõe produtos completamente homogêneos, sem nenhuma diferenciação. 
7.6.2 Diferenciação de produtos 
A diferença fundamental dessa estrutura de mercado em relação à estrutura de concorrência perfeita é a diferenciação dos produtos. Importante dizer que os produtos são diferentes do ponto de vista do consumidor. Mas as empresas podem tentar influenciar o ponto de vista dos consumidores. 
Assim, a diferenciação de produtos se dá por: 
• Qualidade: alguns produtores diferenciam seus produtos dos demais concorrentes investindo em melhores insumos e atendimento aos consumidores. 
• Localização: empresas de serviços, sobretudo, diferenciam seus serviços pela localização, buscando estar mais próximas dos potenciais consumidores.
• Tipo ou estilo: como as empresas em concorrência monopolística sabem-se não detentoras do mercado, elas buscam atuar em nichos de mercado, ofertando bens e serviços para um ou alguns tipos específicos de consumidores. 
Os mercados em concorrência monopolística têm ainda duas características importantes: 
• Concorrência entre vendedores: como as barreiras são baixas, a entrada no mercado não é difícil, ainda que os produtos não sejam os mesmos. Quanto mais empresas entram no mercado, menos venderá cada uma das outras empresas já atuantes. 
• Valor da diversidade: os consumidores extraem benefícios pelo fato de terem mais opções de escolha. A existência de um produto em diferentes níveis de qualidade desobriga os consumidores a pagar por um nível de qualidade maior ou menor do que precisam. 
7.6.3 Mercados em concorrência monopolística no curto e longo prazos 
No curto prazo, as empresas em mercados com estrutura de concorrência monopolística atuam de maneira similar a um monopolista (Figura 7.20). Como elas ofertam um produto diferenciado, a curva de demanda da empresa individual é negativamente inclinada. 
A empresa escolhe o nível de produção em que a sua receita marginal iguala o custo marginal. No painel (a), nesse ponto, o preço de mercado excede o custo total médio, portanto a empresa apresentará lucro econômico. No painel (b), ao contrário, a empresa apresenta prejuízo.
A situação ilustrada na Figura 7.20 é apenas de curto prazo. A existência de mercados com lucro econômico induz a entrada de novas empresas nesse mercado. Como as barreiras são baixas, haverá de fato ingresso de novos concorrentes, oferecendo produtos similares. 
A medida que novas empresas entram no mercado, a demanda por uma a uma das outras empresas se reduz, ou seja, a curva de demanda se desloca para a esquerda, como ilustra o painel (a) da Figura 7.21. Isso reduz o lucro de todas as empresas atuantes no mercado. 
Figura 7.21 Entrada e saída de empresas em mercados de concorrência monopolística 
Ao contrário, a existência de prejuízo no mercado tende a fazer com que algumas empresas encerrem suas atividades. À medida que as empresas se retiram do mercado, a demanda por uma a uma das outras empresas aumenta, ou seja, a curva de demanda se desloca para a direita, como ilustra o painel (b) da Figura 7.21. Isso aumenta o lucro de todas as empresas atuantes no mercado. 
O equilíbrio de longo prazo em mercados de concorrência monopolística ocorre quando os lucros econômicos cessam e o preço se iguala ao custo total médio de longo prazo (Figura 7.22). Cada produtor atua como monopolista de seu produto diferenciado, mas não obtém lucros de monopólio. 
7.6.4 Concorrência monopolística versus concorrência perfeita 
O equilíbrio de longo prazo na concorrência monopolística é similar ao da concorrência perfeita, pois: 
• há muitas empresas atuando no mercado; e 
• as empresas têm lucro econômico igual a zero. 
No entanto, o equilíbrio de longo prazo na concorrência monopolística é diferente do equilíbrio na concorrência perfeita, uma vez que: 
• preço é maior que o custo marginal. 
Em decorrência desse último resultado existe uma ineficiência associada à concorrência monopolística. Em consequência, alguns consumidores que estariam dispostos a pagar pelo produto um preço próximo ao seu custo estão impedidos de fazê-lo.
Outra ineficiência associada à concorrência monopolística é que, como elas atuam acima do custo total médio mínimo, existe excesso de capacidade instalada nessas empresas (painel (a) da Figura 7.23). Como são muitas empresas operando no mercado, o excesso de cada uma delas implica duplicação de esforços, o que é um desperdício. Por outro lado, o consumidor extrai um benefício do fato de existir diversidade de produtos para escolher. E tal benefício deve compensar, em grande parte, a ineficiência desse mercado. 
7.6.5 Papel da publicidade na diferenciação dos produtos 
Os produtores tentam influenciar os consumidores a diferenciar seus produtos por meio da publicidade. A publicidade tem o papel de sinalizar aos consumidores as diferenças de qualidade de um produto. O maior gasto em publicidade das empresas seria, então, um sinal de que o produto é bom. 
A publicidade tem ainda o papel de construir uma marca. Marcas estão associadas à diferenciação de produto pela qualidade. Diante da incerteza do consumo de um produto de marca desconhecida, o consumidor pode optar pela marca mais famosa. 
Os críticos da publicidade e das marcas argumentam que as empresas as utilizam para criar poder de mercado, explorando a irracionalidade do consumidor. Seus defensores, no entanto, argumentam que as empresas transmitem por meio delas informações úteis sobre a qualidade dos produtos. De fato, as publicidades têm um pouco dos dois objetivos. 
7.7 Outras estruturas de mercado 
7.7.1 Estruturas no mercado de insumos e fatores de produção 
A demanda de uma empresa pelos fatores de produção (matérias-primas, mão de obra, capitais, imóveis) é uma demanda derivada, ou seja, depende da demanda pelo produto dessa empresa. Por exemplo,a demanda de autopeças, por parte da indústria automobilística, depende da demanda de automóveis. 
O mercado de fatores de produção também pode operar em concorrência perfeita, concorrência monopolista, monopólio ou oligopólio, como o mercado de bens e serviços finais. A regra geral, válida para qualquer tipo de estrutura de mercado, para a empresa demandar fatores de produção, é que a receita marginal (adicional) propiciada pela aquisição de mais fatores seja igual ao custo marginal de obter esses fatores, isto é: 
RMg do fator = CMg do fator
Por exemplo, se considerarmos o fator mão de obra, o custo marginal seria dado pelo salário dos trabalhadores. 
Em textos mais específicos de microeconomia, são desenvolvidas as várias possibilidades de equilíbrio conjunto no mercado de bens e serviços e de fatores de produção: concorrência perfeita em bens e serviços, e no mercado de fatores: monopólio no mercado de bens e serviços e concorrência perfeita no mercado de fatores etc. 
7.7.2 Algumas estruturas de mercado particulares 
7.7.2.1 Monopsônio/oligopsônio 
É o monopólio/oligopólio na compra de fatores de produção. Por exemplo, a indústria automobilística, na compra de autopeças; a Companhia do Metrô, na compra de peças especificas etc. 
7.7.2.2 Monopólio bilateral 
Trata-se do mercado em que um monopsonista, na compra de um insumo, defronta-se com um monopolista na venda desse insumo. Ou seja, o único comprador defronta-se com o único vendedor do insumo no mercado. Exemplo clássico: uma única fábrica numa cidade do interior, que se defronta com um único sindicato (monopolista "na venda" do fator mão de obra). Ambos teriam poder, isoladamente, de fixar os preços em seus termos, desde que o outro fosse concorrente perfeito. Então, chega-se a uma situação de indeterminação do ponto de equilíbrio, isto é, do preço e da quantidade que devem prevalecer, com o monopsonista querendo pagar o mínimo de salário e o sindicato monopolista querendo receber o máximo de salário. Nesse caso, foge-se do âmbito estritamente econômico, e a solução dependerá do poder de barganha de cada uma das partes. 
7.8 APÊNDICE: Fronteiras da microeconomia: economia da informação 
Na teoria ou economia da informação, trabalha-se com a probabilidade de que alguns agentes detêm mais informação que outros, conferindo-lhes uma posição diferenciada no mercado, o que pode fazer com que não seja possível encontrar uma situação de equilíbrio (ou de ótimo) como nos modelos convencionais. Em todas as estruturas de mercado que vimos até aqui, foi suposto que o produto negociado era bem conhecido tanto por seu comprador quanto por seu vendedor, o que nem sempre é verdade. 
Cada vez mais, os problemas de informação têm sido levados em conta nas análises das transações econômicas e desempenho dos mercados. Essa é uma linha de pesquisa relativamente recente em economia, cujo desenvolvimento deve-se aos trabalhos pioneiros de George Akerloff, Michael Spence e Joseph Stiglitz, entre outros, nas décadas de 1970 e 1980. A seguir, apresentamos uma síntese dos problemas de informação nas transações econômicas. 
Todas as transações econômicas são realizadas, de uma forma ou de outra, por meio de contratos. Isso é verdade para operações de empréstimos, aluguéis, relações de trabalho etc. Um contrato, seja formal ou informal, tem como objetivo garantir que a transação ocorra de forma que os benefícios esperados sejam usufruídos por ambas as partes contratantes. Existem situações, entretanto, em que, numa relação contratual, uma das partes possui informação privilegiada, ou seja, não observada pela outra parte, a não ser mediante custo e tempo, sendo essa informação importante para o resultado da transação. Tomemos como exemplo um contrato de empréstimo em que o credor disponibiliza certa quantia de dinheiro para o devedor, que promete devolvê-la a partir de certa data, acrescida de juros e demais encargos estabelecidos no contrato. O grande problema dessa relação é que o credor não necessariamente conhece o risco ou "caráter" do devedor a ser selecionado. Também pode não ter condições de monitorar se o empréstimo está ou não sendo aplicado de forma adequada. O devedor, entretanto, conhece seu próprio caráter e disposição de pagar o empréstimo. 
Exemplos como este são tratados na literatura como problemas de informação assimétrica ou assimetria de informação. Tais problemas surgem quando, numa relação contratual, uma das partes detém informação não disponível para a outra, tirando proveito dessa informação em detrimento dos resultados da transação. Em geral, os modelos que consideram a existência de informação assimétrica denominam a parte que detém a informação privilegiada de agente e a parte menos informada de principal. Tais modelos também são conhecidos como modelos agente/ principal. 
Os problemas decorrentes da existência de informação assimétrica nas relações econômicas são conhecidos como de "seleção adversa" e de "risco moral" (moral hazard). Uma das formas de compreendermos os aspectos gerais desses dois problemas consiste em tomar como referência o contrato. 
O problema de seleção adversa pode ser considerado como um problema "pré-contratual". Tomemos como exemplo mais uma vez o mercado de crédito. Determinado indivíduo (principal) deseja disponibilizar determinada quantia de dinheiro para empréstimo. Ofertando o contrato de empréstimo, o potencial credor pode estar selecionando maus pagadores, uma vez que ele pode não estar conseguindo diferenciar os bons dos maus. Outro exemplo diz respeito ao contrato de trabalho. O empregador (principal) deseja contratar um trabalhador (agente), mas não consegue diferenciar a qualidade do candidato, podendo estar selecionando uma pessoa não apta para o trabalho. 
Já o problema de risco moral (moral hazard) pode ser considerado como um problema "pós-contratual" Uma vez formalizado o contrato, uma das partes passa a tomar ações indesejáveis sob o ponto de vista contratual, ações essas que não são observadas pela outra parte. Mais uma vez, citamos o exemplo do contrato de empréstimo, em que o devedor (agente) passa a tomar ações não desejadas e não observadas pelo credor (principal), ações essas que comprometem o pagamento do empréstimo (desvio de recursos, não utilização adequada do empréstimo no projeto financiado etc.). 
As implicações acerca da existência de assimetria de informação são inúmeras. No mercado de crédito, por exemplo, os contratos passam a exigir garantias reais, penalizando devedores que não possuem tais garantias. De forma geral, podemos afirmar que os problemas de assimetria de informação geram custos adicionais às transações (custos de transação) a ponto de, em alguns casos, inviabilizá-las. 
Tanto a teoria dos jogos como a economia da informação mantêm alguns dos pressupostos básicos da teoria neoclássica, principalmente o do comportamento maximizador, ou seja, o agente toma as decisões procurando maximizar seus objetivos, e o do princípio da racionalidade, no sentido de que as ações tomadas pelos agentes são consistentes com a busca desses objetivos. 
Questões de revisão 
1. Caracterize o mercado concorrencial. Que regra o empresário segue para maximizar seus lucros? 
2. a. Defina lucro normal, lucro econômico e lucro contábil. 
b. Por que, a longo prazo, num mercado em concorrência perfeita, só existem lucros normais? Ilustre graficamente. 
3. Por que a existência de monopólio pode impor um custo à sociedade, relativamente à concorrência perfeita? Ilustre graficamente. 
4. Resuma as estratégias básicas de precificação. 
5. Quais os aspectos principais e a contribuição da economia da informação? 
6. Caracterize um mercado em concorrência monopolística. 
7. Sobre uma estrutura de mercado de oligopólio: 
a. Quais são as barreiras ao acesso de novas empresas no mercado?
b. O que vem a ser um cartel? 
8. Quais as características de um mercado em concorrência monopolística? 
9. Onde a concorrência monopolística se assemelha, e onde difere, da concorrência monopolística?10. Quais e como se caracterizam as estruturas do mercado de fatores? O que vem a ser o monopólio bilateral? 
Referências Básicas
EATON, C. B.; EATON, D. E Microeconomia. São Paulo: Saraiva, 1999. 
PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L Microeconomia. 5. ed. Tradução e revisão técnica de E. Prado. São Paulo: Prentice Hall, 2002. 
PINHO, D., VASCONCELLOS, M. A. S. e TONETO JR., R. Manual de Economia Equipe de Professores da USP. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
VASCONCELLOS, M. A. S.; OLIVEIRA, R. G. Manual de microeconomia. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
WESSELS, W.1. Microeconomia: teoria e aplicações. São Paulo: Saraiva, 2002.

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