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Anestesiologia odontologia

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Sistema ASA de Classificação de Status Físico
ASA I- Paciente saudável.
ASA II- Paciente com doença sistêmica leve, ou fumante.
ASA III- Paciente com doença sistêmica leve a moderada, limitante, mas não incapacitante.
ASA IV- Paciente com doença sistêmica moderada a severa, limitante e incapacitante.
ASA V- Paciente moribundo, com menos de 24 horas de vida.
ASA VI- Paciente com morte cerebral, candidato a doador de órgãos.
*Facilita o intercambio entre os profissionais de saúde.
Aula 1
Anamnese e Condições Sistêmicas Importantes
Anamnese= avaliar o estado de saúde do paciente.
A anamnese é dividida em: Anamnese Geral e Anamnese Direcionada.
*Anamnese Geral
Ela é descritiva e demora em torno de 1 hora.
Ela é dividida em três processos: 1- História Patológica Pregressa- HPP
 2- Uso regular de medicamentos
 3- Fenômenos Alérgicos
HPP
É necessário fazer as seguintes perguntas:
Problema de saúde?
Doença séria no passado?
Hospitalização prévia?
Está sob tratamento médico?
História de sangramento?
2-MEDS-Medicação
Faz uso regular de algum medicamento?
O paciente NÃO pode deixar de usar seus medicamentos em função de algum procedimento cirúrgico; salvo sob orientação do médico que receitou.
3-Fenômenos Alérgicos
*Anamnese Direcionada
Ela é focada na doença que nos interessa. Para pacientes que apresentam uma doença de base importante para o nosso tratamento, nós vamos direcionar essa investigação para esmiuçar essa doença, saber o que ela tem de importante em relação ao tratamento que estamos propondo.
Por exemplo: Hipertenso que já teve IAM (infarto agudo do miocárdio); é muito mais “grave” do que um paciente que apresenta somente hipertensão.
Inclui: Avaliar a gravidade
 Controle médico adequado
 Medicação utilizada
 Complicações Associadas
 
Tipos de Anestesia
De acordo com a anmenese você seleciona o tipo de anestesia.
*Local (ambulatorial)- 95% dos atendimentos (pacientes saudáveis/compensados)
*Local Assistida- (ambulatorial ?/ hospitalar)- pacientes descompensados, que necessita de tratamento de urgência. Assistida por um segundo profissional, o Anestesiologista.
*Geral- Hospitalar.
-Qual escolher?
Quando se pensa em anestesia local, se pensa em ANALGESIA, que é a ausência de sensibilidade à dor. Já a anestesia geral, é uma analgesia profunda somada à inconsciência, imobilidade e proteção neurovegetativa do paciente.
Condições Sistêmicas Importantes
*Diabetes Melito
-Desordem metabólica mais comum.
- Hereditariedade- passa para indivíduos da mesma família.
-Tipo I = Insulino dependente (comum em pacientes jovens) e Tipo II- Não insulino dependente (comum em pacientes mais idosos).
*Sinais e Sintomas: Poliúria (muito xixi), Polidipsia (muita sede), Polifagia (muita fome) e Perda de peso.
A insulina é o hormônio responsável por tirar a glicose do sangue e jogar para a célula. A glicose é energia.
Nós nos alimentamos para ter energia, com a ausência da insulina, não haverá o hormônio levando a glicose do sangue para a célula. 
O corpo entende como se não houvesse energia, como se a pessoa não estivesse comendo- sinalizando FOME, com isso a pessoa irá comer muito para conseguir ganhar glicose- POLIFAGIA.
O indivíduo vai comer demais, na tentativa de conseguir energia, porém não irá conseguir devido à ausência do hormônio insulina, pois é ela a responsável por levar a glicose para a célula. 
O sangue começa a ficar com muita glicose, e essa glicose precisa ser excretada, na forma de urina- POLIÚRIA, para eliminar moléculas de glicose, mas com isso também há muita perda de líquido, e com isso o indivíduo passa a sentir bastante sede- POLIDISIA.
Perda de Peso- o indivíduo come muito, porém a glicose não é absorvida, ela é excretada. O organismo passa a usar outras formas para obter energia, como por exemplo, degradação de gordura, de massa muscular, quebra de proteínas.
Níveis de Glicose Sérica
-Normal = 70 a 120 mg/dl
-Leve = 120 a 200 mg/dl
-Moderada = 200 a 250 mg/dl
- Severa = acima de 250 mg/dl
*AVALIAR A GRAVIDADE DO PACIENTE, se está ou não controlado.
	CUIDADO COM: HIPOGLICEMIA.
O procedimento odontológico é uma situação de estresse, é preciso uma concentração de glicose, um pouco maior.
Ex: indivíduo não se alimentou pela manhã e não fez uso da dose de insulina- (a dose de insulina administrada pela manhã é para ajustar os níveis d glicose para determinada ingestão de alimentos). 
Se ele não ingeriu alimentos e fez uso de insulina, o nível de glicose ficará abaixo, e perante uma situação de estresse fica mais baixo ainda.
Às vezes é muito comum, em pacientes diabéticos realizar o ajuste de dose do hipoglicemiante antes do procedimento. 
Você vai usar metade da dose, ou cortar totalmente a dose do hipoglicemiante, para ter uma HIPERGLICEMIA, durante o procedimento, para ter menos chances de Hipoglicemia Pós- Operatória. Durante o procedimento, podemos desejar que o paciente tenha uma dose de glicose um pouquinho maior, devido a sensação de estresse, assim ele terá uma demanda necessária.
Os pacientes descompensados também são graves, pois Hiperglicemia não pode ficar descompensada. Pois, os diabéticos possuem uma função leucocitária deficiente, ou seja, ele não tem o mesmo poder de combate à infecção. 
Possui as mesmas chances de adquirir infecção, igual a um paciente normal, porém perante uma infecção pós- operatória sua função leucocitária debilitada, não tendo a mesma capacidade que o paciente controlado de combate à infecção.
 
Tratamento
-Controle da ansiedade
-Consulta pela manhã- pois os níveis de glicose são facilmente ajustáveis.
-Ajuste da terapia antiglicemiante- alimentar-se normalmente (para evitar hipoglicemia em situação de estresse).
-Tratamento agressivo das infecções- pois ele não apresenta a mesma capacidade de combater a infecção. 
- O perigo para o diabético é a Hipoglicemia durante o procedimento, devido à situação de estresse.
Os sinais de Hipoglicemia para reconhecimento do dentista são: 
-fome, náusea, alteração de humor, fraqueza, delírio, cefaleia e letargia.
-Taquicardia, transpiração, palidez e ansiedade. Esses são reversíveis.
-Hipotensão, inconsciência e convulsão. Esses são irreversíveis. 
 Se o paciente estiver inconsciente o tratamento será: pegar uma veia e administrar Dextrose, Glucagon ou Adrenalina, administrar Oxigênio e monitor sinais vitais; transporte rápido para o hospital. – Essa situação é bastante rara!
*Hipertensão 
Existem dois tipos: Essencial (idiopática) = com causa conhecida.
 Secundária= decorrente de outra doença.
- Avaliar Gravidade
*Controle médico adequado
*Medicação utilizada
*Complicações Associadas
*Mensurar PA- ajuda a avalia a gravidade.
RESTRINGIR O USO DE ADRENALINA a metade da dose de paciente saudável = 0,1mg.
A dose de paciente saudável é 0,2mg.
- O tratamento só é indicado para pacientes compensados e acompanhados pelo médico.
P.A Sistólica Diastólica
Normal < 130 < 85
Limítrofe 130 a 139 85 a 89
Leve 140 a 159 90 a 99
Moderada 160 a 179 100 a 109
Severa 180 a 209 110 a 119
Urgência >210 >120 
Tratamento
-Controle da ansiedade: pré, trans e pós-operatória. É importante, pois o aumento da PA está diretamente relacionada com situações de estresse.
-Monitorizarão do paciente- aparelho de pressão.
- Usar vasoconstrictor respeitando a dose máxima, que é: METADE DA DOSE de um indivíduo normal.
-Uso em crise hipertensiva intensa: Captopril
 Adalat,sublingual
Controle da Ansiedade
-Pré- operatório
Pode-se fazer uso na noite anterior de hipnótico e/ou ansiolítico 1 hora antes do procedimento. Exemplo: Midazolam, Bromazeepam, Flunitrazepam- drogas depressoras do SNC.
-Trans-operatório
Tranquilizar o paciente; explicar para ele o procedimento; fazer uso de uma boa anestesia local, N2O2 e sedação EV.
-Pós-operatório
Controle da dor com analgésico adequado; manter contato com o paciente por telefone.
Aula 2
* Alterações Cardiológicas 
-Endocardite Bacteriana
Irregularidade no endocárdio, submetido a qualquer procedimento que provoque bacteremia; sangramento pode desenvolver essa referida condição.
-Prolapso Valvular
Não é mais preciso realizar profilaxia antibiótica.
-Doença Reumática Cardíaca, Cirurgia Cardíaca Prévia Doença Vascular: necessita de profilaxia antibiótica.
*Doença Cardíaca Isquêmica
-Angina Pectoris Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
Alteração entre a necessidade de O2 pelo músculo cardíaco o suprimento desse O2 para o músculo cardíaco. Quando ocorre um desequilíbrio entre a demanda e esse aporte, exemplo: quando há um vaso parcialmente obstruído, gera uma condição que pode ser apenas isquêmica, ou seja, TRANSITÓRIA- uma dor importante que pode irradiar, mas que logo passa, devido ao restabelecimento do músculo cardíaco.
ISQUÊMICO-> transitório- Angina Pectoris.
 Caso a isquemia seja muito forte, o suficiente PARA PROMOVER NECROSE DO MÚSCULO CARDÍACO, é característico de INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO, dano irreversível no músculo cardíaco, pois o músculo não regenera, ele cicatriza.
NECROSE MUSCULAR-> IAM.
-É contra-indicado tratamento odontológico eletivo em pacientes QUE NÃO ESTEJAM CONTROLADOS E 6 MESES APÓS UM QUADRO DE IAM. Até 6 meses após um IAM ninguém está compensado.
O tratamento eletivo só deve ser realizado em pacientes compensados e 6 meses após o IAM.
Tratamento
*Tratamento Odontológico
Pode escolher realizar em ambiente ambulatorial (principalmente se ele estiver compensado); ou em ambiente hospitalar (quando o IAM é recente, e é necessário tratamento odontológico-paciente com muita dor) sendo assistido cardiologista ou anestesiologista.
-Vasoconstrictor
Deve ser utilizado!
Felipressina ou Adrenalina- 0,04mg
-Controle da Ansiedade: pré, trans e pós operatório.
-Consulta medica prévia: Avaliar o Risco Cirúrgico uso de anticoagulante. E indicado pelo médico o uso de Aspirina Infantil, pois ela inibe a formação de Prostaglandina específicas das plaquetas que é o Tromboxano O2, forte agregante plaquetário, diminuindo a agregação plaquetária aumentando o tempo de sangramento, tendo menos chances de um acidente tromboembólico.
-Tratamento Ambulatorial- com o paciente compensado, ou tratamento Hospitalar, tratamento de urgência, com menos de 6 meses do quadro de IAM.
-Em caso de crise: aumento de O2 e Isossorbida (Nitroglicerina)- 5mg, e contactar hospital.
*Arritmias
É comum.
A maioria não tem significado clínico.
Aumentam em situação de stress e levam ao aparecimento de sinais e sintomas.
Baixo risco de vida.
Apresenta-se isoladamente ou associadas a outras condições.
-ATENÇAO! A arritmia pode ser consequência de uma doença de base.
*Avaliar Gravidade- Marcapasso, hoje em dia é raro o uso.
-Drogas: vai depender da doença da base: Digoxina, Propanolol, Verapamil, LIDOCAÍNA.
Tratamento
-Controle da ansiedade: pré, trans e pós-operatório.
-Vasoconstrictor: NÃO ADRENÉRGICO, se for adrenérgico aumenta o risco de arritmia.
O vasoconstrictor de escolha é a FELIPRESSINA.
-Cuidado com o uso de equipamentos elétricos: pacientes que fazem uso de marcapasso.
-Profilaxia Antibiótica- É CONTRA INDICADA.
-Em crise aguda: monitorizarão, O2, Nitro – dor torácica, RCP- ressuscitação cardiopulmonar.
*Cardiomegalia Hipertrófica-ICC
- Incapacidade do coração manter o débito cardíaco.
-Resulta do não esvaziamento durante a sístole, e não enche durante a diástole- causas: IAM, Doença de Chagas.
-Má perfusão tecidual e pobre retorno venoso (estase sanguínea no pulmão, intestino fígado).
-Mecanismos Compensatórios: maior resistência vascular periférica, e maior aproveitamento de O2 pelos tecidos.
-Sinais e Sintomas observados: respiração rápida e Chey-Stokes (HV-A= Hiperventilaçao Aguda, sem período longo de apneia).
*Prolapso Valvular
-Cardiomegalia m RX de tórax.
-Aumento da pressão venosa central- para melhorar o retorno venoso
-Congestão Venosa Sistêmica: veias do pescoço distendidas, ganho de peso ascite (barriga d’água)
-Cianose
Tratamento
-ICC não tratado ou descompensado- EVITAR TRATAMENTO ELETIVO.
-Avaliar Gravidade: Clínico ou Cardiologista.
-Pode ser tratado em ambiente hospitalar ou ambulatorial.
-O2
-ICC associada a outras alterações e toma suas respectivas precauções.
-Vasoconstrictor- FELIPRESSINA.
-Posição da cadeira- encosto elevado.
-CUIDADO! HIPOTENSAO ORTOSTÁTICA (quando levanta rápido e fica tonto) E CONSULTAS CURTAS. 
*Acidente Vascular Cerebral
Etiologia: Isquêmica ou Hipertensivo.
-Medicação: anticoagulante e/ou antihipertensivo.
-Cuidado: Tempo de 6 meses de compensação; não ter alteração bruta da P.A durante o procedimento.
-Monitorização
Tratamento
-Controle da ansiedade: pré, trans e pós operatório.
-O2 suplementar.
-Monitorização- evitar alterações bruscas da P.A
*Asma
-Encurtamento respiratório produzindo dificuldade inspiratória e dispneia.
- A crise se inicia com episódios de ansiedade- controle da ansiedade- CUIDADO! Pois algumas medicações usadas para controlar a ansiedade são depressoras do Sistema Respiratório- não deve ser usada.
Uma boa forma de controle de ansiedade em paciente asmático é realizar analgesia inalatória com óxido nitroso, porque além do N2 controlar a ansiedade, ele estimula a broncodilatação- que é o efeito desejado em paciente asmático.
-Manter broncodilatadores acessíveis- exemplo: bombinha de salbutamol.
-Evitar o uso de AINES e ajustar corticoterapia.
O AINES atua na cicloxigenase, antes da cicloxigenase, o ácido araquidônico sofre a ação de duas enzimas: a Lipoxigenase- LO, e a Ciclixigenase- COX.
Quando a COX é bloqueada, vai acumular mais ácido araquidônico, e esse ácido vai todo para a LO, formando muito Leucotreino QUE É BRONCOCONSTRITOR, podendo levar a uma crise asmática.
*DPOC
-Vias aéreas com perda da profundidade elástica e permanecem obstruídas por edema de mucosa, secreção e/ou bronco espasmos.
-Dispneia ao esforço, tosse, secreção abundante e tórax em barril (devido ao uso dos músculos acessórios para respirar).
Broncodilatadores e Corticoides.
Tratamento
-Controle da Ansiedade: pré, trans e pós-operatório. Cuidado com o uso de depressores do sistema respiratório.
-O2 suplementar- DEVE SER EVITADO.
Quando o indivíduo faz uso de O2 suplementar, ele já está acostumado a trabalhar com uma pressão CO2 maior que a de um indivíduo saudável, pois sempre tem estímulo do Centro Respiratório. Se você ofertar O2 suplementar, a pressão CO2 vai baixar, quando você remove o O2 ele não vai mais respirar.
-Ajustar corticoterapia- para evitar ISA- Insuficiência Supra Adrenal.
*Diálise Renal
-Renais Crônicos- 3 vezes por semana.
-Diálise com Heparina ( anticoagulante) e presença de fístula (Shunt) Arteriovenoso (pegar um pedaço da Safena e ligarà veia) 
-Observar doença de base. CUIDADO! Hepatite.
Tratamento
-Consulta 24 horas após a diálise- por cauda da heparina que possui meia vida de 24 horas.
-Evitar medicamento com metabolismo ou excreção renal, ou ajustar a dose.
-Profilaxia Antibiótica- para evitar a perda do Shuant arteriovenoso.
*Insuficiência Supra-Renal
-Patologia no córtex adrenal, ou uso crônico de corticoides (obesidade centrípeta, face em lua,corcunda de búfalo).
-Stress- necessidade fisiológica de corticoides/ feedback negativo/sem aumento do corticoide, podendo desenvolver o quadro de ISA.
-Náusea, hipertermia, hipotensão e PCR- Parada Cardiorespiratória.
Tratamento
-Controle da ansiedade: pré, trans e pós-operatória.
-DOBRAR adose usual no dia anterior, no dia do tratamento um dia após o ato operatório.
-Se durante o ano o paciente fez uso de no mínimo 20mg de Hidrocortisona por mais de 15 dias, é necessário DOBRAR a dose, um dia antes, no dia do procedimento e um dia após.
*Hipertireoidismo
-Aumento de T3 e T4, cabelos quebradiços, hiperpigmentaçao na pele, sudorese, taquicardia, palpitações, instancias emocionais e perda de peso.
- Doença de Graves
-CRISE TIREOTÍXICA- náusea, inquietação, obstrução intestinal, hipertermia, taquicardia, torpor, hipotensão e PCR.
-TODO PACIENTE HIPERTIRODIANO DESCOMPENSADO NÃO DEVE RECEBER ATENDIMENTO CLÍNICO.
Tratamento
-Controle sistêmico total
-Monitorizar o pulso e a P.A
-VASOCONSTRICTOR ADRENÉRGICO OU SIMPÁTICOMIMÉTICO NÃO DEVE SER USADO- POIS PODE DESENVOLVER CRISE TIREOTÓXICA.
*Crises Convulsivas
-Compensado? Frequência, duração e sequelas- Perguntar ao paciente.
-Controle da ansiedade e/ou ajuste da dose- se ele estiver ansioso corre risco de ter crise convulsiva.
-Em caso de crise aguda: proteção, evitando automutilação.
*Gravidez e Lactação
-1º Trimestre- existe maior preocupação com aborto prematuro.
-2º Trimestre-melhor época para tratamento
-3º Trimestre- preocupação com parto prematuro.
-Evitar: radiação, medicamentos (por ultrapassar a barreira placentária), Eclampsia, Sedativos, Compressão da veia cava anterior.
-Felipressina- EVITAR, pois estimula a contração uterina, podendo promover o aborto ou parto prematuro.
*Insuficiência Hepática
-Está associada a alguma doença de base- Hepatite, alcoolismo.
-Produção de Vitamina K (fatores da coagulação: II,VII,IX e X), pode estar deprimida TAP- Tempo de atividade protombinica- o indivíduo pode sangrar muito.
-Hipotensão porta- TS, tempo de sangramento.
-Evitar uso de medicamentos com metabolização ou excreção hepática.
*Anticoagulante 
-Usados em várias patologias: IAG, AVC, Hemodiálise, Arritmias.
-INR, TAP e TS- Coagolograma Completo.
-Ajuste pelo hematologista ou clínico ou cardiologista do paciente.
*Coagulopatias Hereditárias
- Conhecimento real da patologia: doença de Von Willbrand, hemofilia A, B ou C, púrura trombocitoênica.
-Menssurar gravidade + TAP/INR/TTP/TS/RC/CR- Coagulograma Completo.
-Hematologista+ controle total, sangramento+ AINES-EVITAR.
Aula 3 - Farmacologia dos Anestésicos Locais
*Fisiologia dos Nervos Periféricos 
-Bainha de Mielina lipoproteica (transmissão saltatória), é mais rápido por ser mielinizada.
-Condução do Impulso:
Limiar de repouso: -70 mv
No interior do axinônio – cargas negativas e no exterior- cargas positivas.
-Repouso= -70 mv
-Despolarização= +40mv
A camada externa de mielina é circundada por células de Schuwam. Entre uma célula de Schuwam e outra, há uma membrana externa, chamada Nódulo de Ranvier.
Os anestésicos vão agir nos nódulos de Ranvier, que é onde ocorre a propagação do impulso nervoso. O estimulo nervoso se propaga de forma saltatória.
-O estímulo doloroso vai abrir os canais de Na, provocando um influxo de Na, levando a uma despolarização leve da membrana (-50/-60mv). Depois, há uma abertura completa dos canais d Na ocorrendo a completa despolarização.
Com a completa despolarização, o meio externo fica negativo, e o meio interno fica positivo. Acontecendo isso em 3 Nódulos de Ranvier, ocorre a deflagração do estímulo.
Havendo a despolarização, há um estímulo no Nódulo de Ranvier, estímulo saltatório, que vai promover a despolarização de outros Nódulos de Ranvier, até alcançar o SNC.
-Para que o anestésico local tenha atividade terapêutica, ou seja, impedir a condução do impulso nervoso daquele axônio, ELE TEM QUE BLOQUEAR NO MÍNIMO 3 NÓDULOS DE RANVIER. (O bloqueio da dor é uma finalidade terapêutica e ela tem ser reversível).
 
*Teoria da Expansão da Membrana
O anestésico local causa desorganização da bicamada fosfolipídica-> causando estreitamento do canal de Na->impedindo a entrada de Na- um dos responsáveis pela despolarização da membrana é o influxo de sódio.
*Teoria do Receptor Específico- Bomba de Sódio e Potássio
1- O anestésico local causa o deslocamento do Ca do sítio receptor do canal de Na
2- Ligação do anestésico local a esse sítio do receptor
 3-Diminuição da conduta de Na- o Na não entra de forma adequada
 4- Depressão da despolarização elétrica.
 5- Falta de potencial de ação e bloqueia da condução.
*Solução Anestésica
-Substância anestésica propriamente dita.
-Vasoconstrictor- TODO ANESTÉSICO LOCAL É VASODILATADOR (exceto a cocaína) POR ISSO SEMPRE É ASSOCIADO A UMA VASOCONSTRICTOR), ele prolonga a ação do anestésico.
-H2O (diluente, veículo).
-Conservante (bissulfito de sódio).
-Cloreto de Sódio- regula o PH.
-Estabilizante (metilparabeno)- opcional. Ou se uso estabilizante ou conservante. O estabilizante é mais barato, porém é também altamente alérgico, por isso opta-se mais pelo conservante.
O estabilizante Metilparabeno tem como metabólito o ácido paraminobenzóico- que causa Metahemoglobinemia. Esse ácido quando cai na corrente sanguínea ele troca o Ferro Ferroso pelo Ferro Férrico, produzindo uma hemoglobina incompatível com a que leva o oxigênio par as células, muita hemoglobina no sangue que não chega aos tecidos.
*Classificação dos Anestésicos Locais
-Existem duas famílias: ÉSTERES e AMIDA
-ÉSTERES: hoje é usado basicamente para anestesia tópica, pois eles são altamente alérgicos. São metabolizados por uma enzima no sangue chamada de Pseudocolinesterase plasmática e o metabólito dessa metabolização é o ÁCIDO PARAMINOBENZÓICO.
*Ésteres do ácido benzoico:
-Aminobenzoato de etila (Benzocaína)
-Butacaína
-Cocaína
-Hexilcaína
-Piperocaína
-Tetracaína
*Ésteres do ácido Paraminobenzóico
-Cloroprocaína
-Procaína
-Propoxicaína
*AMIDAS: Extremamente seguros; são os mais usados e metabolizados no fígado.
-Articaína
-Bupivacaína
-Dibucaína
-Etidocaína
-Lidocaína
-Mepivacaína
-Prilocáina
-Ropivacaína
*Quinolina
-Centbucridina
*Farmacologia dos Anestésicos Locais
-Absorção
-Distribuição
-Metabolização
-Excreção
*Absorção
-Via Oral
Mal absorvido pelo Trato Gastro Intestinal
Sofre efeito de Primeira Passagem no fígado
A via oral não pode ser usada, pois não tem atividade terapêutica.
-Via Tópica
Mucosa Traqueal- uso de emergência (incubação).
Queimadura- (Solarcaína)- dor
EMLA- Mistura Eutética de Anestésico Local- pele íntegra.
Anestésico tópico em odontologia- Benzocaína.
-Injeção
Maior velocidade de ação.
Usada para Arritmias Ventriculares.
Causa menos toxicidade.
*Distribuição
Ocorre primeiro em órgãos de maior aporte sanguíneo: cérebro, fígado, rins, pulmão e baço.
Músculo esquelético: alta porcentagem de Anestésico local.
Meia-vida: tempo que demora para essa concentração anestésico cair pela metade.
Toxicidade
Barreira Hematoencefálica e Placentária.
*Metabolismo- Biotransformação
Velocidade de absorção TOXICIDADE velocidade de metabolismo (estão diretamente relacionados).
-Ésteres- metabolizados no sangue pela enzima pseudocolinesterase gera: PARA (ácido paraminobenzóico)- Substância alérgica, e Ácido Dietilamino.
-Amidas
É biotransformada no fígado.
Lidocaína, Mepivacaína, Articaína, Etidocaína e Bupivacaína.
OBS.: Prilocaína -> é metabolizada no fígado e no pulmão.
 Articaína-> metabolizada no fígado e colinesterases plasmáticas.
-CUIDADO- Disfunção Hepática significativa (ASA IV ou ASA V) e Insuficiencia Cardíaca (ASA IV ou ASA V)- CONTRA-INDICAÇAO relativa, devido ao uso de Vasoconstrictor.
-Prilocaína- tem como metabólito= Orto-toluidina- metemoglobina- METEMOGLOBINEMIA.
-Lidocaína-tem como metabólito= monotilglicinexidina e eglicinexilidina- efeito sedativo.
*Excreção
Todos os metabólitos são excretados no rim.
*Contra-Indicação Relativa de Anestésico Local
-Insuficiência Renal
-Gromerulonefrite 
-Pieonefrite
*Ações Sistêmicas dos Anestésicos Locais
-SNC- Natureza excitatória (quando chega ao cérebro tem ação depressora de membrana excitada.
Excreção: lidocaínae procaína- sedação.
-SCV- Sistema Cardiovascular.
-Toxicidade tecidual local.
*Fase Convulsiva
O cérebro tem dois sistemas de impulso; eles trabalham de maneira harmônica, que são: o Impulso Inibidor e o Impulso Facilitador, atuando em perfeita harmonia.
Quando chega o Anestésico local em grades concentrações, ele vai deprimir membranas excitadas, inicialmente terá uma ação depressora leve sobre o Impulso Inibidor, causando excitabilidade. Logo em seguida, o anestésico deprime totalmente o Impulso Facilitador é inibido, causando CONVULSÃO.
Rapidamente o anestésico passa a deprimir os dois sistemas, o Inibido e o Facilitador, com isso o paciente entra em PCR- parada cardiorrespiratória de difícil reversão.
*Níveis Sanguíneos Anticonvulsivos da Lidocaína
Situação Clínica Nível sanguíneo da Lidocaína mg/ml
Nível Convulsivo 0,5 a 4
Sinais e Sintomas 4,5 a 7
Pré- convulsivos
Crise Tonicoclônica maior que 7
*Sistema Cardiovascular
-Ação direta no miocárdio.
-Menos excitabilidade, menos velocidade de condução, menos força de contração.
-Ação antiarrítmica: 1,8 a 5 mg/ml de lidocaína- usada para tratamento de arritmias.
-Níveis Tóxicos de Lidocaína: acima d 5mg/ml.
-Efeitos sobre a Pressão Arterial: Hipotensão: acima de 10mg/ml. 
LIDOCAÍNA
-Amida
-Pka: 7,9
-Meia-vida: 1,6 horas
-2% uso odontológico
-Dose Máxima: 7mg/kg- ANTES era 4,4mg/ml (ele vai aceitar os dois)
-Dose Máxima Absoluta: 500mg
-Ação anticonvulsivante antiarrítmica.
MEPIVACAÍNA
-Amida
-Pka: 7,6
-Meia-vida: 1,9 horas
-2% COM VASOCONSTRICTOR, e 3% SEM VASOCONSTRICTOR
-Dose Máxima: 6,6mg/kg
-Dose Máxima Absoluta: 400mg
PRILOCAÍNA
-Amida
- Metabolizada pelo fígado e pelo pulmão.
-Metabólitos: orto-toluidina N-propilamina= METEMOGLOBINEMIA.
-Pka: 7,9
-4% sem vasoconstrictor- Estados Unidos; 3% COM vasoconstrictor- Brasil.
-Dose Máxima: MG/kg
-Dose Máxima Absoluta: 600mg
-Contra- Indicação: Metemoglobinemia
 Paciente em uso prolongado de Paracetamol.
ARTICAÍNA
-Amida
-Maior potência e menor toxicidade que a Lidocaína.
-Pka: 7,8
-Meia-vida: 0,5 horas
-4% com Adrenalina
-Dose Máxima: 7mg/kg- em adultos
-Dose Máxima Absoluta: não citada na literatura
-Metemoglobinemia
-Contra- Indicações: Metemoglobinemia
 Anemia
 Insuficiência Cardíaca ou Respiratória com hipóxia.
 Alergia a enxofre/Sulfas
BUPIVACAÍNA
-Amida
-Mais vasodilatador que a Lidocaína, Mepivacaína e a Prilocaína.
-Pka: 8,1
-Meia-vida: 2,7 horas
-0,5% usada na odontologia
-Dose Máxima: 2mg/kg
-Dose Máxima Absoluta: 90mg
-Contra-Indicação: Paciente infarto juvenis
 Pacientes com neuroapatias (mordedura)

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