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-commerce: Desafios e oportunidades de investimentos para as micros e pequenas empresas

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E-commerce: Desafios e oportunidades de investimentos para as micros e pequenas empresas 
Carlos Eduardo Silva Pimentel;Genival Dias de Oliveira;Rhaniel Matheus Cordeiro dos Santos; Nathanael Jackson Félix Estrela;Luciene Vito Gonçalves da Costa;Thais Karen Santos de Oliveira;Marcio Reinaldo de Lucena Ferreira.
					 RESUMO 
	Com a internet cada vez mais acessível a toda população, a inclusão social é um dom dos tablets e smartphones. As pessoas não querem utilizar a internet apenas como fonte de informação e entretenimento, querem resolver e encontrar de tudo da forma mais rápida e segura, para terem suas necessidades atendidas em tempo real, e isso, envolve, e muito, as compras. Afinal, porque gastar tempo que nem sempre está disponível para fazer compras em apenas um lugar, quando na internet tudo pode ser encontrado com um toque? Com o resultado dessa facilidade o comércio eletrônico vem cada dia mais se fortalecendo.Com advento da internet comercial, o e-commerce tornou-se um bom investimento para as micros e pequenas empresas pois o mesmo veio com a proposta de reduzir custos de informação e de negociação. Também pelo fato de uma venda poder ser feita a qualquer hora e em qualquer lugar, assim reduz os custos de deslocação e custos temporais, facilitando a vida do cliente e da empresa. 
Palavras Chaves: E-commerce, Compras, Internet.
E-commerce: Challenges and investment opportunities for micro and small businesses
 				 
 ABSTRACT
	With the Internet increasingly accessible to the entire population, social inclusion is a gift of tablets and smartphones. People do not want to use the Internet only as a source of information and entertainment, they want to solve and find everything as quickly and safely, to have their needs met in real time, and it involves, and the shopping. After all why spend time is not always available to shop in one place, when the Internet all can be found with a touch? With the result of this feature the e-commerce comes every day more strengthening. With advent of internet shopping, e-commerce has become a good investment for micro and small businesses because it came with the proposal to reduce information and trading costs. Also the fact that a sale can be made anytime and anywhere, thus reducing travel costs and time costs, making life easier for the customer and the company. However in addition to generating opportunities, also raises a number of challenges that will be discussed and analyzed throughout the article.
KEYWORDS: E-commerce, shopping, internet.
 
 	INTRODUÇÃO
O comercio eletrônico é atualmente, uma das principais ferramentas das micro e pequenas empresas para a realização de suas vendas. O e-commerce já é uma realidade instalada no Brasil e empresários de pequenos negócios devem conhecê-lo, aproveitando as vantagens que ele pode gerar como aumento das vendas e divulgação da empresa local para todo o país e ate mesmo para o exterior. Este canal de vendas com o consumidor possui desafios e oportunidades a serem vencidos pelos empresários, como: a concorrência, a segurança na hora da venda dos produtos para seus consumidores, a criação do site e sua estruturação, dentre outros. Portanto visamos abordar e apontar soluções para esses e outros desafios, sem esquecer-se de informar às oportunidades que o e-commerce gera as empresas e verificar o comportamento do consumidor objetivando entender o crescimento do comercio eletrônico na atualidade.
 
			 METODOLOGIA
	Esse artigo foi elaborado a partir de pesquisas bibliográficas em livros, artigos e materiais disponíveis em internet. O planejamento da pesquisa foi dividido em três fases: Fase decisória onde escolhemos o tema do projeto, fase construtiva onde construímos o plano de pesquisa e fase redacional onde analisamos os dados e informações obtidas na fase anterior e organizamos as ideias de forma sistematizada visando a elaboração do relatório final.
 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A palavra e-commerce é uma abreviatura do inglês eletronic commerce, que em português quer dizer comércio eletrônico. Essa é uma modalidade de comércio que realiza suas transações financeiras por meio de dispositivos e plataformas eletrônicas, como computadores e celulares. No início, o e-commerce era utilizado basicamente para vender bens tangíveis com valores modestos, como: livros e CDs. Hoje, ele é utilizado para comercializar desde produtos que custam milhões, 
como, carros de luxo e mansões, até produtos que há pouco tempo eram inimagináveis pela sua incompatibilidade com este tipo de comércio, como roupas e alimentos. 
Com o avanço do comercio eletrônico, esse setor passou a ser visado como um bom investimento para as micros e pequenas empresas no Brasil. É notório que a internet reúne milhões de pessoas no mundo inteiro. Segundo o Ministério das Comunicações, o Brasil tem mais de 80 milhões de usuários divididos entre todas as classes sócias, e estes milhões de brasileiros usuários da internet configuram um mercado crescente e cada vez mais confiável tecnicamente. Com o poder de venda migrando também para as classes C e D, as micro e pequenas empresas estão à frente de uma excelente oportunidade de alavancagem de suas vendas pela internet. 
Segundo o relatório Mintel sobre e-commerce no Brasil, revela que o valor do segmento saltou de apenas R$ 14,8 bilhões em 2008 para R$ 51 bilhões em 2013, um aumento de quase 250% em cinco anos. E há melhores notícias para essa área. A pesquisa prevê crescimento de 130% entre 2013 e 2018, projetando um valor de mercado que irá ultrapassar a barreira dos R$ 100 bilhões em 2017, atingindo os R$ 102 bilhões, e chegando a R$ 115 bilhões até 2018. Já a E-BIT mostrou a evolução de vendas do comercio eletrônico desde 2008 á 2015. 
Fonte: E-BIT (2015)
Essa evolução caracteriza-se pelo crescimento econômico, juntamente com a melhoria ao acesso à internet no país, impulsionando o comércio eletrônico. As receitas impressionantes desse setor são comparáveis ​​a áreas mais maduras e tradicionais da indústria brasileira, como alimentos e bebidas, e varejo de carros. Outros fatores, como maior flexibilidade de pagamento, intensa atividade em redes sociais e forte cultura de consumo também ajudam a impulsionar essa área. 
No entanto Para atuar no comércio eletrônico, o empreendedor deve conhecer bem a ferramenta e os desafios que vêm junto com o empreendimento, não apenas investir a fim de aproveitar as vantagens. Por tanto para alcançar o sucesso é importante conhecer o panorama do setor, saber qual é o perfil das empresas brasileiras, é importante também escolher o nicho de mercado que será atendido, conhecendo as diversas oportunidades de atuação que o comércio eletrônico proporciona. Após isso, o planejamento é fundamental para o empreendimento, conhecer as desvantagens do investimento, como, a vulnerabilidade de hackers para dados de cartões e senhas bancários; compras incorretas em razão do tamanho de roupas, de calçados e outros itens do vestuário; possíveis atrasos ou danificação do produto durante a entrega, dentre outros é fundamental. Além disso é crucial saber o que o cliente deseja e como se comporta, bem como conhecer pontos que podem fazer o diferencial competitivo, gerando assim vendas e bom atendimento para o negócio.
	O cliente é um fator que deve ser bem estudado. Esse campo tem como função entender o comportamento das pessoas na hora da compra e assim conseguir atender e satisfazer as necessidades de um mercado-alvo. Entendendo esse processo é possível viabilizar a venda de produtos e serviços aos prováveis consumidores. Estudos sobre comportamento do consumidor afirmam que os padrões de gastos estão relacionados não apenas as necessidades e satisfações, mais também a, renda, influências psicológicas, sociais, culturais e pessoais. Nesse caso cabe ao empreendedor analisar e conhecer bem seu mercado-alvo para que possa oferecer serviços ou produtos que condizem com operfil dos seus consumidores. 
 	Segundo a E-BIT as principais categorias de vendas dos e-commerces em 2015 foram: 
Fonte: E-BIT (2015)
Quando se trata de compras on-line, das categorias analisadas ​​na pesquisa, a maior penetração ficou por conta do setor de moda e acessórios, com 14% e eletrodomésticos, com 13% dos consumidores afirmando que adquiriram esses itens. Segundo analistas o crescimento da categoria moda e eletrodomésticos se dar por causa da correria do dia-a-dia do publico feminino, que por serem tão atarefadas e atenadas não buscam lojas físicas para efetuar suas aquisições. Cabe também analisar que esse publico é muito crítico e procura qualidade e comodidade na hora da compra.
 No entanto não adianta apenas estar numa categoria favorável, ter qualidade e comodidade, para o sucesso de um e-commerce. Após entender seus prováveis consumidores é necessário impulsionar a visibilidade de seu negócio e de seus produtos e gerar mais faturamento também é necessário conhecer as estratégias de marketing e os canais de comunicação on-line. As redes sociais são excelente opção de maximizar a presença das empresas na mente dos consumidores. São largamente utilizadas por todas as faixas etárias de consumidores e são financeiramente leves, representando uma excelente relação custo/benefício. Segundo dados do site E-Commerce Brasil, em 2012, por exemplo, o comércio eletrônico realizado por meio das redes sociais gerou uma receita de R$ 24,1 bilhões. E uma de suas principais fontes foi a publicidade na rede.
De acordo com a pesquisa eMarketer, em 2013 o Facebook se firma como a maior plataforma de social commerce em nível global. De todos os pedidos realizados em canais de mídia social, aproximadamente 85% foram feitos na plataforma, o que representa um crescimento anual de 129%. Outras redes sociais, porém, também foram bem-sucedidas. O Pinterest, por exemplo, gerou 74% dos pedidos de antiguidades e artigos de colecionador. O YouTube foi bem nas categorias de produtos digitais (47%), serviços (36%) e merchandise (29%). Em uma porcentagem menor, o Twitter recebeu 18% dos pedidos de mobília para casa e escritório. Entretanto, tanta eficiência e facilidade cobram o seu preço: as mídias sociais pedem cuidados e atenção constantes, ao contrário de mídias de marketing tradicionais, como anúncios em revistas, panfletos ou outdoors, que são estáticos, ou seja, não se alteram depois de serem publicados e entregues. 
É nesse ponto em que muitos empresários e administradores pecam, pois não dão a atenção necessária para essa área tão revolucionária. A pesquisa Consumer Views of Live Help On Line 2012, da Oracle, por exemplo, demonstra claramente a necessidade dessa atenção constante. De acordo com o estudo, a maioria dos usuários do Twitter espera uma resposta pessoal e no prazo de duas horas após a publicação do comentário ou reclamação, por exemplo, Já no Facebook, 51% dos entrevistados buscam respostas no mesmo dia paras as suas dúvidas ou queixas publicadas. Por isso, os empresários precisam estar atentos ao divulgar suas marcas nas redes sociais e precisam que suas áreas de marketing as monitorem para um bom relacionamento com o cliente. 
Por fim é importante que, em tempos de práticas de inteligência cada vez mais sofisticadas, principalmente em marketing, as empresas deixem de negligenciar dados sobre as entregas, a qualidade da entrega dos produtos é essencial para garantir a satisfação em uma compra. Nos atendimentos de e-commerce, em geral o consumidor é o responsável por informar os próprios dados para receber o produto ou serviço em sua casa ou no endereço informado. Por mais que as empresas não tenham exatamente como controlar o preenchimento, o que se pode fazer é orientá-lo bem sobre como informar os dados. Além disso, entregar o produto em bom estado é fundamental para a satisfação do consumidor. 
Com a entrega feita é essencial que o trabalho de pós-vendas para fidelizar o cliente comece. Segundo Kotler, deve-se fidelizar cliente “por que é mais barato...” Reter clientes pode custar até 5 vezes menos do que prospectar novos clientes, Perde-se, em média 10% de clientes por ano. A redução desse número pode aumentar os lucros de 25% a 85% ao ano, a taxa de lucro aumenta por tempo de permanência do cliente fidelizado, o pós-venda eficaz é bom marketing para a loja virtual, um cliente satisfeito com o atendimento pós-venda irá compartilhar (com amigos, família, colegas) a boa experiência que obteve em uma loja. O contrário também é válido, caso a experiência não tenha sido positiva, certamente tentará convencer seus contatos a não fazerem negócios com a loja em questão. A lealdade dos consumidores está cada vez menor. Há mais oferta no mercado, a concorrência está mais acirrada e os clientes estão mais exigentes. Eles querem mais que um bom preço ou um produto de qualidade. O consumidor hoje exige envolvimento da empresa durante a sua compra, comportamento, ética, e satisfação garantida. Por tanto para ter um e-commerce consolidado é necessário a fidelização dos clientes. Para que isso aconteça, deve-se pensar no atendimento pós-venda de hoje como uma futura venda, garantindo a sobrevivência da loja virtual em um cenário tão concorrido como o atual. 
 CONSIDERAÇÕES 
Com as pesquisas realizadas percebemos o quanto o e-commerce pode ser importante para alavancagem das vendas nas micros e pequenas empresas. Verificamos ainda, que o comércio eletrônico é um dos desdobramentos de negócios que são realizados através da Internet, tendo como principal influência a terceira revolução tecnológica, que permite a realização de compras sem sair de casa, trazendo vantagens para os consumidores e vendedores. Percebemos também a existência de uma grande gama de pessoas que já aderiram às facilidades oferecidas pelo comércio eletrônico, no entanto, algumas pessoas ainda preferem a compra tradicional, em lojas físicas por de certa forma não se sentirem seguras efetuando compras on-line. Com isso compreendemos sua maior desvantagem a vulnerabilidade, as quais a nosso ver necessitam ser mais bem protegidas, para que esse setor torne-se mais seguro, tanto para o empreendedor quanto para o consumidor.
				REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS 
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http://brasil.mintel.com/imprensa/varejo-imprensa/setor-de-comercio-eletronico-no-brasil-cresceu-250-nos-ultimos-cinco-anos, Consulta realizada em setembro de 2016.
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https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/o-papel-pos-venda-na-fidelizacao-dos-clientes-da-sua-loja-virtual/,Consulta realizada em Outubro de 2016
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FILHO, Cid Gonçalves e outros. Comércio Eletrônico na Internet: Uma Pesquisa Exploratória no Mercado Consumidor. 2ª ed. 2013.
http://www.profissionaldeecommerce.com.br/e-bit-numeros-do-e-commerce-no-brasil/, Consulta realizada em setembro de 2016.
 
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. Rio de Janeiro: LTC,1999. 
KOTLER, PHILIP (2000). Administração de Marketing. 10a Edição. São Paulo, Prentice Hall.

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