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Aula 03 - História do Direito

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Universidade da Grande Dourados
Faculdade de Direito
Curso de Direito
Disciplina História do Direito
Prof. Flávio Antonio Mezacasa
Guias de aula
Aula 03
O Mundo Antigo: Grécia e Roma 
 Caros alunos, deixo o sítio http://helciomadeira.sites.uol.com.br/romano.htm, que contém um excelente material sobre o direito romano, como sugestão para o aprofundamento de estudos.
“Nossa República, pelo contrário, gloriosa de uma longa sucessão de cidadãos ilustres, teve para assegurar e afiançar seu poderio, não a vida de um só legislador, mas muitas geraçãoes e séculos de sucessão constante” (Cícero, A República, livro II).
“Para que servem as leis quando só mamom governa,/quando o pequeno homem da rua perde sempre o processo?/Logo que é uma loja de bugigangas e nada mais o tribunal;/ a quem tem a presidência, paga, senão não recebes a mercadoria! (Petrônio Satyricon).
Obs.: Cícero foi um dos grandes juristas clássicos e exímio orador, sua contribuição para o direito romano foi importante. Por sua vez, Petrônio foi conselheiro do imperador Nero, e no século I da Roma Imperial testemunhou uma época de extravagância, diletantismo e volubilidade sexual. Foi considerado o pai do gênero picaresco. Desse modo, ambos possuem visões e experiência antagônicas sobre o direito.
2. O direito Romano
Afinal, qual o motivo de se estudar o Direito Romano? De que forma o Direito Romano depois de séculos veio a influenciar o Direito Brasileiro? De que forma isso ocorreu?
Essas e outras indagações serão respondidas nesta e nas próximas aulas.
2. 1 Breve História
Como se extrai dos pensamentos supra colacionados, o direito romano, como, aliás, qualquer outro não foi perfeito, possuindo pontos obscuros, lacunosos, falhos, e outros melhores, bem elaborados. Há várias normas que hoje nos soam estranhas (como por ex. a ocorrência do divórcio se o cônjuge dormir fora de casa 03 dias seguidos, e o direito de vida e morte sobre os filhos).
Entretanto não há como negar que o nosso direito nacional, desde longa data vem sofre influência do Direito Romano.
Comecemos a nossa trajetória então...
O Direito Romano compreende 22 séculos, VII a.C a V. d.C, até a queda do Império Romano do Ocidente. Houve, contudo, um prolongamento até o século XV com o Império Romano do Oriente (ou Império Bizantino).
No ocidente (continente europeu), o Direito Romano renasceu no século XII, quando passou a ser estudada nas universidades européias, passando por isso a influenciar os direitos nacionais.
Tanto é assim, que Portugal, séculos mais tarde utilizava o Direito Romano como forma de resolver conflitos, quando o direito nacional não o conseguia.
2.2 O nascimento: A Fundação de Roma
Roma, de acordo com a lenda, foi fundada em 753 a. C, e foi um pequeno centro rural no século VIII a. C.
Dez séculos mais tarde era o centro de um império que se estendia da Inglaterra até os limites do império Persa.
Roma surgiu da reunião de três diferentes tribos os ramnenses, titienses e os luceres, os quais posteriormente foram dominados pelos etruscos.
O jurista Moreira Alves considera que a lenda de Rômulo e seu irmão gêmeo Remo, na qual o primeiro assassina o último, é uma alegoria da disputa de dois grupos estruscos diferentes, na qual um preponderou sobre o outro.
Roma era escravagista e a economia era tipicamente agrícola, com a preponderância de grandes propriedades rurais.
A classe dos patrícios controlava os meios de produção, as terras, e as ferramentas necessárias para o labor.
Assim sendo, a classe patrícia dominava as classes pobres e livres dos plebeus, sendo que os escravos eram “res” (coisa), um tipo de propriedade instrumental animada.
O resultado era que os patrícios viviam na cidade usufruindo da produção agrícola de suas terras.
Dado importante: a família romana não era uma unidade de consumo, como o nosso modelo atual, mas era sim uma unidade de produção (visava lucro!).
2.3 Os vários períodos do Direito Romano
O nosso direito nacional é o mesmo de 10, 20, 30, 80, 100 anos atrás?
Certamente que não, tivemos muitas mudanças sociais, econômicas, ideológicas, culturais, dentro outras transformações, que influenciaram, modificaram, revogaram, promulgaram direitos individuais, coletivos, familiares, de comunicação, etc.
Assim foi também com o direito romano, durante o largo período de 22 séculos houveram muitas transformações, e por isso estudaremos o direito romano, dividindo-o em períodos.
Para facilitar o estudo, ficará no xérox, perto da escada, uma tábua temporal, a qual também será apresentada em sala de aula, que indicará, com melhor visualização os períodos cronológicos que iremos estudar.
2.4 Introdução aos períodos cronológicos
Roma conheceu três diferentes “regimes constitucionais”, com os respectivos períodos de auge e de crise.
O primeiro inicia-se com a fundação de Roma (753 a. C) e vai até a expulsão dos Tarquínios (509 a. C.), e é denominado realeza ou monarquia.
Nesse período, Roma era dominada pelos etruscos, sendo que o rex (rei) geralmente era de origem estrangeira.
A monarquia não era hereditária, mas sim eletiva; o colégio dos pontífices recebia a revelação dos deuses de quem seria o novo rei. 
Todavia, o monarca podia distribuir regalias (honras, cargos, privilégios) aos seus familiares.
O segundo , denominado República começa em 509 a. C. e termina em 27 a.C.
O terceiro é o início do Império , pelo Principado de Augusto (que não utilizou o titulo de imperador, mas que na verdade o foi), em 27 a.C.
Esse terceiro período subdivide-se em 02: do Principado de Augusto até o governo de Dioclesiano (284 d. C.), e o Dominato, de Dioclesiano até o desaparecimento do império.
Lembrete: Caros alunos, as guias de aula são confeccionadas com base na bibliografia constante na ementa e não substituem a leitura das obras apresentadas em sala de aula para o vosso estudo e posterior avaliação.
Igualmente as guias de aula não são trabalhos de autoria inédita do professor, constituem na verdade pesquisa bibliográfica de obras já existentes (aquelas que constam na ementa, como já evidenciado).
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