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Embriologia do Sistema Endócrino.docx

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DESENVOLVIMENTO DA TIREÓIDE
A tireóide é a primeira glândula endócrina a se desenvolver no embrião. Começa a formar-se cerca de 24 dias após a fecundação, a partir de um espessamento endodérmico mediano no assoalho da faringe primitiva. Este espessamento logo forma uma pequena saliência — o primórdio da tireóide. Com o crescimento do embrião e da língua, a tireóide em desenvolvimento desce pelo pescoço, passando ventralmente ao osso hióide e às cartilagens laríngeas em desenvolvimento. Por um curto período, a tireóide fica conectada à língua por um tubo estreito, o ducto tireoglosso. Inicialmente, o primórdio da tireóide é oco, mas logo se torna maciço e se divide em dois lobos, direito e esquerdo, unidos pelo istmo da tireóide, situados anteriormente ao segundo e terceiro anéis da traquéia.
Na sétima semana, a tireóide assume sua forma definitiva e geralmente já atingiu sua localização final no pescoço. Nesta ocasião, normalmente o ducto tireoglosso já degenerou e desapareceu. A abertura proximal do ducto tireoglosso persiste como uma pequena fosseta, o forame cego. Um lobo piramidal se estende para cima, a partir do istmo, em cerca de 50% das pessoas. O lobo piramidal pode estar preso ao osso hióide por um ligamento fibroso e/ou por fibras de músculo liso — o elevador da tireóide. O lobo piramidal e o músculo liso associado representam uma parte persistente da extremidade distal do ducto tireoglosso.
Histogênese da Tireóide
O primórdio da tireóide consiste em uma massa compacta de células endodérmicas. Mais tarde, o mesênquima vascular circundante invade este agregado celular, que se desfaz e forma uma rede de cordões epiteliais. Por volta da 10a semana, os cordões se dividiram em pequenos grupos celulares. Logo se forma uma luz em cada aglomerado de células e estas se dispõem em uma camada única em torno da luz. Durante a 11a semana, começa a aparecer colóide nestas estruturas — folículos tireoidianos; deste momento em diante já podem ser demonstradas a concentração de iodo e a síntese dos hormônios tireoidianos. Por volta da 20a semana os níveis do hormônio fetal estimulante da tireóide e tiroxina começam a aumentar, chegando a níveis adultos em torno da 35a semana.
A causa primária do hipotireoidismo congênito é um distúrbio do desenvolvimento da tireóide, e não causas centrais relacionadas com o eixo hipotalâmicohipofisário.
Cistos podem se formar em qualquer lugar ao longo do trajeto seguido pelo ducto tireoglosso. Normalmente o ducto tireoglosso atrofia e desaparece, mas um remanescente seu pode persistir e formar um cisto na língua ou na porção anterior do pescoço, geralmente logo abaixo do osso hióide. A maioria dos cistos do ducto tireoglosso é observada por volta dos 5 anos de idade. A não ser que as lesões sejam infectadas, a maioria delas é assintomática. A tumefação produzida por um cisto do ducto tireoglosso em geral se desenvolve como uma massa móvel, indolor e progressivamente crescente. O cisto pode conter algum tecido tereoidiano. Após a infecção de um cisto, ocorre uma perfuração da pele, formando um seio do ducto tireoglosso, que geralmente se abre no plano mediano do pescoço, anteriormente às cartilagens laríngeas.
Uma tireóide ectópica é uma anomalia congênita rara e em geral localiza-se ao longo do seu trajeto normal de descida a partir da língua. O tecido tereoidiano lingual é o mais comum dos tecidos tireoidianos ectópicos; massas tireoidianas intralinguaís são encontradas em até 10% das autópsias, embora sejam clinicamente relevantes em apenas um em 4.000 pacientes com patologia da tireóide. A descida incompleta da tireóide resulta na tireóide sublingual, que aparece na parte superior do pescoço ou logo abaixo do osso hióide. Em geral, uma tireóide sublingual ectópica no pescoço é o único tecido tireoidiano presente. É clinicamente importante diferenciar uma tireóide ectópica de um cisto do ducto tireoglosso ou de um tecido tireoidiano acessório, com o objetivo de se impedir a remoção cirúrgica inadvertida da tireóide. Este pode ser o único tecido tireoidiano presente. Caso isto aconteça, a pessoa ficará permanentemente dependente de medicação tireoidiana.
Tecido tireoidiano acessório também pode aparecer no timo, abaixo da tireóide. Embora este tecido possa ser funcional, freqüentemente é de tamanho insuficiente para manter a função normal se a tireóide for removida. Um tecido tireoidiano acessório pode se desenvolver no pescoço lateralmente à cartilagem tireóide. Geralmente ele fica sobre o músculo tireoióideo. O tecido tireoidiano acessório se origina de remanescentes do ducto tireoglosso.
O hipotireoidismo congênito, resultando de um defeito no desenvolvimento da glândula tireóide, é freqüente. A ausência da tireóide ou de um de seus lobos, é uma anomalia rara. Nos casos de hemiagenesia da tireóide (falta de formação unilateral). O lobo esquerdo é o mais comumente ausente. É provável que mutações no receptor de hormônio estimulador da tireóide estejam envolvidos em alguns casos.
DESENVOLVIMENTO DO PÂNCREAS
O pâncreas se forma dos brotos pancreáticos ventral e dorsal originados de células endodérmicas da porção caudal do intestino primitivo que crescem entre as camadas dos mesentérios. A maior parte do pâncreas é derivada do broto pancreático dorsal. O broto pancreático dorsal é maior e aparece primeiro, e desenvolve-se num local ligeiramente mais cranial do que o broto ventral. Ele cresce rapidamente entre as camadas do mesentério dorsal. O broto pancreático ventral desenvolve-se próximo à entrada do ducto biliar no duodeno e cresce entre as camadas do mesentério ventral. Quando o duodeno roda para a direita e adquire a forma de C, o broto pancreático ventral é levado dorsalmente, juntamente com o ducto biliar. Este broto logo se localiza posteriormente ao broto pancreático dorsal e mais tarde se funde a ele. O broto pancreático ventral forma o processo uncinado e parte da cabeça do pâncreas. Quando o estômago, o duodeno e o mesentério ventral rodam, o pâncreas vai se localizar junto à parede abdominal dorsal. Quando os brotos pancreáticos se fundem, os seus ductos se anastomosam. O ducto pancreático principal se forma a partir do ducto do broto ventral e da parte distal do ducto do broto dorsal. A porção proximal do ducto do broto dorsal freqüentemente persiste como um ducto pancreático acessório que se abre na papila duodenal menor, localizada cerca de 2 cm acima do ducto principal. Os dois ductos freqüentemente se comunicam entre si. Em cerca de 9% das pessoas, os ductos pancreáticos não se fundem, resultando em dois ductos. Estudos moleculares mostraram que o pâncreas ventral se desenvolve de uma população celular bipotencial, na parte ventral do endoderma. O mecanismo envolvendo o fator 2 de crescimento dos fibroblastos (FGF-2), que é secretado pelo coração em desenvolvimento, parece desempenhar um papel importante. A formação do broto pancreático dorsal depende da secreção de ativina e do FGF-2 pela notocorda. O FGF-2 bloqueia a expressão de Shh no endoderma.
Histogênese do Pâncreas
O parênquima do pâncreas é derivado do endoderma dos brotos pancreáticos, que formam uma rede de túbulos. No início do período fetal, os ácinos começam a se desenvolver de agregados celulares ao redor das extremidades desses túbulos (ductos primários). As ilhotas pancreáticas desenvolvem-se de grupos de células que se separam dos túbulos e vão se localizar entre os ácinos. A secreção de insulina começa no início do período fetal (10 semanas). As células que contêm glucagon e somatostatina se desenvolvem antes das células secretoras de insulina. O glucacon foi detectado no plasma fetal na 15a semana. A bainha de tecido conjuntivo e os septos interlobulares do pâncreas desenvolvem-se do mesênquima esplâncnico. Quando há diabetes melito materno, as células beta secretoras de insulina no pâncreas fetal estão cronicamente expostas a altos níveis de glicose. Como resultado, essas células sofrem hipertrofia, a fim de aumentar a taxa de secreção de insulina.
DESENVOLVIMENTODAS GLANDULAS SUPRA-RENAIS
O córtex e a medula das glândulas supra-renais (adrenais) possuem origens diferentes. O córtex se desenvolve a partir do mesênquima e a medula se diferencia a partir de células da crista neural. A primeira indicação do córtex ocorre na sexta semana, pela agregação bilateral de células mesenquimais entre a raiz do mesentério dorsal e a gônada em desenvolvimento. As células que formam a medula são derivadas do gânglio simpático adjacente, que é derivado das células da crista neural. Inicialmente, as células da crista neural formam uma massa no lado medial do córtex fetal. Conforme elas são envolvidas pelo córtex fetal, estas células se diferenciam em células secretoras da medula da suprarenal. Mais tarde, células mesenquimais surgem do mesotélio e envolvem o córtex fetal. Estas células dão origem ao córtex permanente. Recentemente, estudos imuno-histoquímicos revelaram uma "zona de transição" localizada entre o córtex permanente e o córtex fetal. Há sugestões de que a zona fasciculada é derivada desta terceira camada. A zona glomerulosa e a zona fasciculada estão presentes ao nascimento, mas a zona reticular não é reconhecida até o final do terceiro ano. Em relação ao peso corporal, as glândulas supra-renais do feto humano são de 10 a 20 vezes maiores que as glândulas dos adultos, e são grandes em comparação com os rins. Estas glândulas grandes resultam do extenso tamanho do córtex fetal, que produz precursores esteróides usado pela placenta para a síntese de estrogênio. A medula da supra-renal permanece relativamente pequena até após o nascimento. As glândulas suprarenais rapidamente se tornam menores à medida que o córtex fetal regride durante o primeiro ano. As glândulas perdem cerca de um terço de seu peso durante as primeiras 2 ou 3 semanas após o nascimento, e não recuperam seu peso original até o final do segundo ano.
Um crescimento anormal das células do córtex da supra-renal resulta em excessiva produção de androgênio durante o período fetal. No sexo feminino, isto geralmente causa masculinização da genitália externa e aumento do clitóris. Crianças do sexo masculino afetadas têm genitália externa normal e podem não ser diagnosticadas durante a primeira infância. Mais tarde, em ambos os sexos, o excesso de androgênio leva ao crescimento rápido e maturação esquelética acelerada. A síndrome adrenogenital, associada à hiperplasia adrenal congênita (HAC), manifesta-se de várias formas clínicas, que podem ser correlacionadas com deficiências enzimáticas da biossíntese do cortisol. A HAC é um grupo de distúrbios autossômicos recessivos que resultam na virilização de fetos femininos. A HAC é causada por uma mutação geneticamente determinada no gene citocromo P450c21-esteróide hidroxilase-21, que causa a deficiência de enzimas do córtex da supra-renal, necessárias para a biossíntese de vários hormônios esteróides. A produção reduzida de hormônios resulta num aumento da liberação do hormônio adrenocorticotrófico, que causa hiperplasia da adrenal e superprodução de androgênios pelas glândulas supra-renais hiperplásicas.
DESENVOLVIMENTO DO HIPOTÁLAMO, HIPÓFISE E PINEAL
O hipotálamo surge pela proliferação de neuroblastos na zona intermediária das paredes diencefálicas, ventralmente aos sulcos hipotalâmicos. Mais tarde, desenvolvem-se vários núcleos relacionados com atividades endócrinas e a homeostasia. Um par de núcleos, os corpos mamilares, forma intumescências de tamanho de uma ervilha na superfície ventral do hipotálamo.
A glândula pineal (corpo pineal) desenvolve-se como um divertículo mediano da parte caudal do teto do diencéfalo. A proliferação de células na sua parede logo converte este em uma glândula sólida em forma de cone.
A hipófise (L. hypophysis) tem origem ectodérmica e se origina de duas fontes:
• Uma evaginação do teto ectodérmico do estomodeu – o divertículo hipofisário (bolsa de Rathke).
• Uma invaginação do neuroectoderma do diencéfalo , o divertículo neuroipofisário.
Essa origem embrionária dupla explica por que a hipófise é composta de dois tipos de tecidos completamente diferentes.
• A adenoipófise (parte glandular), ou lobo anterior, origina-se do ectoderma oral.
• A neuroipófise (parte nervosa), ou lobo posterior, origina-se do neuroectoderma.
Por volta da terceira semana, o divertículo hipofisário projeta-se do teto do estomodeu, tornando-se adjacente ao assoalho (parede ventral) do diencéfalo. Na quinta semana, essa bolsa já se alongou e sofreu uma constrição em sua ligação com o epitélio oral, o que lhe confere um aspecto de mamilo. Nesse estágio, ela entrou em contato com o infundibulo (derivado do divertículo neuroipofisário), uma invaginação ventral do diencéfalo. O pedículo do divertículo hipofisário regride. 
As partes da hipófise que se desenvolvem do ectoderma do estomodeu - as partes anterior, intermédia e tuberal - formam a adenoipófise. O pedículo do divertículo hipofisário passa entre os centros de formação de cartilagem dos ossos pré-esfenóide e basiesfenóide do crânio. Durante a sexta semana a conexão da bolsa com a cavidade oral degenera e desaparece. Células da parede anterior do divertículo hipofisário proliferam e dão origem à parte distal da hipófise. Mais tarde, uma extensão, a parte tuberal, cresce em torno da haste infundibular. A extensa proliferação celular da parede anterior do divertículo hipofisário reduz a sua luz a uma fenda estreita. Esta fenda residual geralmente não é reconhecida na glândula adulta, mas pode ser representada por uma zona de cistos. As células da parede posterior da bolsa hipofisária não proliferam; elas dão origem à delgada e maldefinida parte intermédia. 
A parte da hipófise que se origina do neuroectoderma do encéfalo (infundíbulo) é a neuroipófise. O infundíbulo dá origem à eminência média, à haste infundibular e à parte nervosa. Inicialmente, as paredes do infundíbulo são delgadas, mas a extremidade distal do infundíbulo logo se torna maciça pela proliferação de células neuroepiteliais. Mais tarde essas células se diferenciam em pituícitos, as células primárias do lobo posterior da hipófise, intimamente relacionadas com as células neurogliais. Fibras nervosas penetram a parte nervosa, vindas da área hipotalâmica, à qual a haste infundibular está ligada. 
Um resquício da haste do divertículo hipofisário pode persistir e formar uma hipófise faríngea no teto da orofaringe. Muito raramente, massas de tecido do lobo anterior desenvolvem-se fora da cápsula da hipófise, dento da sela turca do esfenóide. Em cerca de 1% dos casos, um resquício do divertículo hipofisário, o canal basifaríngeo, é visível em cortes do osso esfenóide de recém-nascidos. Ele também pode ser identificado em algumas radiografias de recém-nascidos (geralmente os que apresentam anomalias do crânio). Ocasionalmente, craniofaringiomas se formam na faringe ou no basiesfenóide (parte posterior do esfenóide) a partir de resquícios da haste da bolsa hipofisária, mas, com mais freqüência, eles se formam na sela turca ou acima dela.
DESENVOLVIMENTO DAS PARATIREÓIDES
SUPERIORES - são formadas a partir da diferenciação do epitélio da porção dorsal bulbar do quarto par de bolsas faríngeas. 
INFERIORES - são formadas a partir da diferenciação do epitélio da porção dorsal bulbar do terceiro par de bolsas faríngeas; acompanham o movimento descendente que o timo faz para ocupar sua posição e, finalmente, assumem sua posição correta, localizando-se mais inferiormente em relação as derivadas do quarto par de bolsas.