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Teoria Política Clássica - Aula 04: Slides e Resumos

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Teoria Política Clássica.
Professor Doacir Gonçalves de Quadros. 
Aula 4
Frases em amarelo: Títulos e frases importantes.
Textos em "roxo": Resumo dos comentários e respostas importantes do excelentíssimo professor Doacir Gonçalves de Quadros durante os slides.
Plano de Ensino
Objetivo geral:
• Apresentar os elementos basilares da Teoria Política Clássica.
Objetivos específicos:
• Discutir a perspectiva contratualista segundo Thomas Hobbes.
Conversa Inicial
 Nessa aula vamos discutir o pensamento político de Thomas Hobbes. Nessa aula vamos discutir um dos temas centrais para Hobbes, o tema da Anarquia, que terá implicações decisivas tanto para a Ciência Política, como também para as Relações Internacionais.
Organização da aula 4;
Modelo contratualista;
O Estado na teoria política de Tomas Hobbes
Anarquia Estado totalitarista;
As lições de Hobbes.
Tema 01: Contratualismo
 A abordagem contratualista está nos fundamentos da própria definição do que é o Estado. Qual é a origem do Estado? O exercício do poder político é um desejo perseguido deliberadamente pelos indivíduos, ou ao contrário, a constituição política é uma necessidade imposta para a organização das comunidades humanas de acordo com os parâmetros das sociedades ocidentais.
 A perspectiva contratualista coloca ênfase sob a possibilidade de um cálculo racional que é realizado pelos indivíduos, um cálculo que considera os benefícios de se viver em um Estado de Direito, quer dizer, as vantagens de se obedecer às leis.
Qual é a origem do Estado? 
“Temos no âmbito da filosofia politica dois modelos/alternativas: a sociedade natural (visto na segunda aula –a luz do pensamento político de Aristóteles-, diz que o homem tem uma necessidade social em viver junto aos seus iguais, pois traz proteção e segurança entre eles) e contratualista (o homem vive em sociedade em decorrência da própria vontade, medindo os prós e os contras, chegando ao resultado de que é melhor viver em sociedade.)”
É uma necessidade ou decorre de um desejo do homem?
“Contratualismo (ver explicação acima.)”
“Nossas vidas nas ruas já não valem nada. Ninguém sabe se está vivo na próxima parada. É tanta lama, tanto vício, tanto oportunismo. Ninguém sabe se estará vivo no próximo domingo” (Sociedade falida, Edson Gomes)
“O pensamento contratualista procura justificar a existência/necessidade poder político e da sociedade se organizar a partir do Estado.”
Tema 02: Caracterização do modelo contratualista
 Quais são as características elementares do modelo contratualista? Um importante aspecto que será trabalhado a seguir pelo professor Doacir é o contraponto à explicação da sociedade natural, uma tese que já estava presente no pensamento dos antigos gregos, mas também no período medieval, na interpretação de São Tomás de Aquino.
Contraponto à explicação da sociedade natural (Aristóteles, Cícero, Tomas de Aquino);
Jusnaturalismo; 
“No contatualismo é tido como um modelo jusnaturalista moderno, pois há um pensamento jusnaturalista tradicional, que basicamente procura atribuir a essência social do homem, que é utilizada para se viver em sociedade, sendo o homem possuidor de uma razão. O jusnaturalismo tradicional utiliza a fé como ponto de início. Já o jusnaturalismo moderno (conhecido como jusnaturalismo racional) procura explicar que estes direitos e leis naturais do homem não decorrem de uma necessidade por não ter prazer de viver em sociedade, além de explicar a necessidade de viver em sociedade, mas a margem de uma explicação religiosa, assim como o jusnaturalismo tradicional. O ponta-pé inicial do jusnaturalismo no modelo contratualista é desvincular qualquer explicação da organização da sociedade pautado em uma divindade e/ prefeitos divinos, e convidar o homem para viver em sociedade a partir de sua razão, um pensamento racional, porém não vinculado a religiosidade.
O jusnaturalismo irá chamar atenção que o homem é individualista, sem apego para viver em sociedade, além de detentor de alguns direitos subjetivos como liberdade, vida própria, posses individuais... Outro elemento é a convenção do contrato, e também voluntarialismo para partir da sociedade.”
Estado de natureza e estado político;
“Estado de natureza: a situação em que o homem vive em que não há o Estado, sendo um momento pré-estatal.
Estado político: momento da criação do Estado.”
Elementos variáveis.
“O Estado de natureza passa a ter uma caracterização (a liberdade está presente porém ela é danosa para a sobrevivência do homem), enquanto o estado de natureza passa a ter duas outras caracterizações diversas”
Tema 03: Thomas Hobbes
 Vamos abordar agora as teses de Thomas Hobbes. E para compreender melhor a contribuição desse autor é importante conhecer o seu contexto.
 Hobbes nasceu em 1588 e morreu em 1679, vivendo por 91 anos - algo até surpreendente se considerarmos a expectativa de vida europeia no século XVII. Nesse período a conjuntura política inglesa está marcada por um conflito entre defensores do poder ao monarca, que falava em nome da nobreza, e o Parlamento, que se apresentava como representante do "povo" - há que se ter em mente que no século XVII a participação política era muito restrita, e não podemos denotar com essa expressão ("o povo") os mesmos objetos que usualmente associamos à essa categoria.
 Esse conflito coloca em questão os fundamentos da legitimidade do poder político, portanto, é um período em que o próprio sentido atribuído às ideias de legitimidade e obediência está discussão na política inglesa.
Contexto político inglês;
“Vai em encontro ao pensamento político de Maquiavel. Monarquia e parlamento entram em conflito na Inglaterra no século 17, onde há uma dissolução da autoridade.”
Thomas Hobbes: contra a dissolução da autoridade e contra a anarquia.
“A dissolução da autoridade se dá muito por não ter um poder legítimo, pois a monarquia começa a ser contestada.”
“Etimologicamente, o vocábulo anarquismo deriva do [...] repúdio a qualquer forma de governo, do homem sobre seus semelhantes” (Acquaviva, 2010, p. 203)
“Anarquistas defendem a não necessidade de um poder coercitivo, ou seja, governo obrigatório. Existem diversos ‘porquês’ desses pensamentos anarquistas, como o pensamento de solidariedade, que o homem é bom por natureza, entre outros.”
Tema 04: O Estado em Thomas Hobbes
 Para Hobbes, sem instituições políticas os homens viveriam em um estado de permanente guerra de todos contra todos. Essa situação hipotética é chamada de pelo autor de "estado de natureza", quer dizer, uma situação na qual todos os indivíduos são livres para fazer o que bem entender inclusive se apossar dos bens alheios. Assim, no estado de natureza todos possuem o máximo que se pode imaginar de liberdade e igualdade, simultaneamente.
 Essa situação não descreve acontecimento histórico em particular, ao contrário, na teoria de Hobbes o estado de natureza é um dispositivo lógico que serve para entender por que os indivíduos obedecem às leis. É a partir disso que o Thomas Hobbes explica o surgimento do Estado: a obediência às normas é o resultado de um cálculo racional segundo o qual vale a pena abrir mão de um pouco de liberdade para que todos possam viver em segurança.
O estado de natureza é um estado de guerra? Por quê?
“Quando não se tem o Estado como poder político para se organizar a sociedade se torna um Estado de natureza, um Estado de Anarquia, em que não há a presença de uma autoridade reconhecida e legitimada.”
Liberdade e igualdade;
“São inconciliáveis, não andam juntas.”
Escassez de bens e o desejo pelo poder;
“Traz a insegurança, a competição e o medo para os homens. Isto traz sérios problemas para a existência do homem.”
“Com isto, se torna manifesto que, durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capazes de manter a todos em respeito, eles se encontram em guerra” (Leviatã, cap. 13);
Como conseguir a cooperação e a paz? Como sair do estado de natureza?
Usar a razão, fazerum contrato;
Instituir um poder coercitivo.
“Procura mostrar que se o homem aderir ao Estado há uma maior probabilidade de sobrevivência, porém, abrindo mão da sua liberdade de natureza pela segurança.”
Tema 05: Estado de natureza hobbesiano
 Como vimos, o Leviatã surge para colocar fim ao estado de natureza, de modo a garantir condições mínimas de segurança para todos os indivíduos que fazem parte de uma comunidade política. O estado de natureza hobbesiano, portanto, é uma forma de compreender como ocorre essa transferência de poder político dos indivíduos para o seu soberano.
 Assim, o poder político para Hobbes deve ser indivisível, quer dizer, o poder de legislar, executar e de julgar deve ser exercido somente pela autoridade política. O poder político para Hobbes deve ser irrevogável, ou seja, dentro dessa perspectiva a melhor forma de organizar o Estado é atribuindo todo o poder ao governante, sem qualquer espécie de limites jurídicos para a ação do soberano - uma perspectiva que converge com a proposta de Nicolau Maquiavel em "O Príncipe", que estudamos na terceira aula dessa disciplina.
Como, por fim, ao estado de natureza hobesiano?
Solução: o Estado absolutista;
“Estado absolutista: Uma forma de se organizar o Estado.”
Poder indivisível, irrevogável e absoluto;
“Para Hobbes, o poder deve ficar somente com o governante, sem tempo de mandato e que não há limites para tal poder, ou seja, sem constituição e/ou limites políticos.”
“A monarquia absoluta caracteriza-se pela concentração do poder e pelo arbítrio do rei, que governa desvinculado de qualquer limitação jurídica” (Acquaviva, 2010, p. 111).
Na Prática
 Você já se perguntou sobre o sentido da palavra "imposto"? Por qual razão os indivíduos não podem "escolher" transferir suas rendas individuais para o poder público, ou seja, por que o "imposto" é "imposto", e não "escolhido"?
 Para ver como isso se aplica na prática, faça uma pesquisa sobre os diferentes tipos de tributos recolhidos nos três níveis de governo que temos no Brasil (Munícipios, Estados e União). Com esse exercício você poderá ver que existem diferentes tipos de impostos em nosso país.
 
As lições de Hobbes;
Segundo Hobbes, a vida do homem com a presença do Estado é melhor do que “sem sujeição às leis e a um poder coercitivo capaz de atar suas mãos” (Leviatã, cap. 28);
Hobbes – defensor de um Estado totalitário?
“Sim.”
Características do totalitarismo:
Possuir uma ideologia oficial;
Dirigido por um líder;
Controle político pelo Estado.
“O totalitarismo é uma concepção global do Estado que não admite a supremacia individual sobre o social” (Acquaviva, 2010, p. 219);
Hobbes conservador;
“O ideal pelo qual luta [Hobbes] não é liberdade e sim a autoridade” (Bobbio, 1991, p. 60).
“Para Hobbes, Estado e liberdade não andam juntos.”
Hobbes é contra o anarquismo?
“Sim.”
Por anarquismo, “entende-se toda doutrina que afirme o poder político, organização social perfeitamente dispensáveis” (Acquaviva, 2010, p.203);
As lições de Hobbes para as relações internacionais:
Realismo clássico;
“Realista sobre a natureza ”
Organizações interestatais.
“Veja o texto logo abaixo.”
“Tais organizações têm fins universais, quando visam congregar, na medida do possível, o maior número de Estados, objetivando a solução pacífica dos questionamentos mútuos” (Acquaviva, 2010, p. 235).
Finalizando
Na aula de hoje discutimos a perspectiva contratualista de Thomas Hobbes. Conhecemos Leviatã e os dilemas ocasionados pela conjugação de plena igualdade com plena liberdade para todos os indivíduos, e como o Estado pode resultar de um cálculo racional que os indivíduos fazem para perseguir sua liberdade individual.
Modelo contratualista;
O Estado na teoria política de Tomas Hobbes;
Anarquia;
Estado totalitarista;
As lições de Hobbes.
Vídeo 8
Referências
ACQUAVIVA, M. Teoria Geral do Estado. Barueri: Manole, 2010.
BOBBIO, N. As teorias das formas de governo. Brasília: Editora UNB, 2002.
QUADROS. D.G. O Estado na teoria política clássica. Curitiba, Intersaberes, 2016.
Centro Universitário UNINTER. Relações Internacionais. Maio, 2017.

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