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Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 1 Teoria Cinética dos Gases 19.1 Introdução Um gás consiste em átomos que preenchem o volume de seu recipiente. As variáveis volume, pressão e temperatura, são conseqüências do movimento dos átomos. Volume – resultado da liberdade dos átomos; Pressão – resultado das colisões dos átomos com as paredes do recipiente; Temperatura – relacionada com a energia cinética dos átomos. 19.2 Número de Avogadro mol – número de átomos em uma amostra de 12g do carbono-12. Num mol de qualquer substância existem 1231002,6 molxNA NÚMERO DE AVOGADRO O número de moles n contidos em uma amostra de qualquer substância é igual a razão entre o número de moléculas N na amostra e o número de moléculas AN em 1mol: AN Nn O número de moles n pode ser encontrado dividindo a massa Mam da amostra pela sua massa molar M. A amam mN M M Mn onde m é a massa de uma molécula. Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 2 19.3 Gases Ideais Experimentos mostraram que, para densidades suficientemente baixas, todos os gases tendem a obedecer à relação: nRTpV LEI DOS GASES IDEAIS Onde p é a pressão absoluta (não manométrica), n é o número de moles do gás confinado e T é a temperatura em kelvins. R é a constante dos gases ideais. KmolJR ./31,8 Em termos da constante de Boltzmann, temos: KJx molx KmolJ N Rk A /1038,1 1002,6 ./31,8 23 123 Podemos escrever, AkNR o que nos permite usar a equação ANNn / , e obtermos NknR Substituindo na equação dos gases ideais temos NkTpV Trabalho Realizado por um Gás Ideal a Temperatura Constante Em um diagrama pV, uma isoterma é uma curva que conecta pontos que possuem a mesma temperatura. Para n moles de um gás ideal, ela é o gráfico da equação V tecons V nRTp 1)tan(1 Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 3 Para encontrar o trabalho realizado durante qualquer variação de volume de qualquer gás, podemos usar nRTpV para substituir p , f i V V pdVW f i f i f i V V V V V V VnRTdV V nRTdV V nRTW ln1 i f V V nRTW ln GÁS IDEAL, PROCESSO ISOTÉRMICO. Trabalho Realizado a Volume Constante e a Pressão Constante Se o volume do gás é constante, a equação anterior nos fornece 0W PROCESSO ISOCÓRICO Se o volume varia enquanto a pressão é mentida constante, a equação f i V V pdVW nos dá VpVVpdVpW if V V f i )( PROCESSO ISOBÁRICO Exercício Um cilindro contém 12L de oxigênio a 20oC e 15atm. A temperatura é aumentada para 35oC e o volume é reduzido para 8,5L. Qual é a pressão final do gás em atmosferas? Suponha que o gás seja ideal. 22,3atm. Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 4 Exercício: Um mol de oxigênio (suponha ideal) se expande a uma temperatura constante de 310K de um volume inicial Vi=12L até um volume final Vf =19L. Que trabalho é realizado pelo gás durante a expansão? (1183J) 19.4 Pressão, Temperatura e Velocidade Média Quadrática. Considera n moles de um gás ideal confinado numa caixa cúbica de volume V. As paredes da caixa são mantidas a temperatura T. Qual a ligação entre a pressão p exercida pelo gás sobre as paredes e as velocidades das moléculas? Quando a molécula da figura colidir com a parede, a variação do momento ao longo do eixo x é dada por: xxxx mvmvmvp 2)()( A molécula vai atingir a parede várias vezes. O tempo entre duas colisões na mesma parede será dado por xv Lt 2 A taxa média com que o momento é transmitido para a parede sombreada é Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 5 L mv vL mv t p x x xx 2 /2 2 De acordo com a 2ª lei de Newton ( dtpdF / ), a taxa com a qual o momento é transferido para a parede é a força que atua sobre a mesma. A pressão exercida devido a contribuição de todas as moléculas na parede do cubo é 2 22 2 2 1 2 /...// L LmvLmvLmv L Fp xNxxx ),...( 222 2 13 xNxx vvvL mp onde N é o número de moléculas na caixa. Como AnNN , existem AnN termos no segundo conjunto entre parêntesis da equação anterior. Substituindo esta quantidade por médxA vnN )( 2 , onde médxv )( 2 é o valor médio do quadrado da componente x de todas as velocidades moleculares. A equação da pressão torna-se então médx A v L nmNp )( 23 Como há muitas moléculas, 2222 zyx vvvv , os valores médios dos quadrados das componentes da velocidade são iguais, de modo que 22 3 1 vvx . Considerando que MmNA , VL 3 e substituindo na equação teremos: médvV nMp )( 3 2 A raiz quadrada de rmsméd vv )( 2 é uma velocidade conhecida como velocidade média quadrática, simbolizada por rmsv . Assim 2 3 rms v V nMp Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 6 A equação anterior pode ser invertida para se calcular a velocidade quadrática média. M RT nM pVvrms 33 sendo que nRTpV . Exercício: (a) Encontre o valor médio dos números: 5 , 11, 32, 67, e 89 (resp 40,8) 8,40 5 896732115 médion (b) Encontre o valor rms destes números 1,52 5 896732115 22222 rmsn 19.5 Energia Cinética Translacional Considerando uma molécula colidindo com outras moléculas do gás no interior da caixa, sua energia cinética translacional média será dada por 222 2 1)( 2 1 2 1 rmsméd méd méd mvvmmvK que pode ser escrita na forma M RTmKméd 3 2 1 mas AmNM , logo ANM m 1 A méd N RTK 2 3 , sendo ANRk / kTKméd 2 3 Em uma dada temperatura T, todas as moléculas de um gás ideal, independentemente de suas massas, têm a mesma energia cinética translacional média, kT2 3 . Algumas Velocidades RMS à Temperatura Ambiente (T=300K) Gás Massa Molar (10-3 kg/mol) rms v (m/s) Hidrogênio (H2) 2,02 1920 Hélio (He) 4,0 1370 Vapor d’água (H2O) 18 645 Nitrogênio (N2) 28 517 Oxigênio (O2) 32 483 Dióxido de carbono (CO2) 44 412 Dióxido de enxofre (SO2) 64,1 342 Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 7 19.6 Caminho Livre Médio O Caminho livre médio descreve o movimento aleatório que indica a distância média percorrida por uma molécula entre colisões. Espera-se que este parâmetro varie inversamente com N/V, o número de moléculas por unidade de volume ( densidade de moléculas). Quanto maior for N/V, maior o número de colisões e menor o caminho livre médio. Espera- se também que varie inversamente com o tamanho das moléculas. A expressão para o caminho livre médio é: VNd /2 1 2 Na figura ao lado, (a) ocorre uma colisão quando os centros de duas moléculas estiverem a uma distância d. Se considerarmos nossa molécula (b) com raio d e as demais como sendo puntiformes, o critério para colisão não muda. Entre uma colisão e outra, a molécula varre uma distância compreendida por um cilindro de área de seção 2d . Num tempo t a molécula percorre uma distância tv , e o volume do cilindro será dado por ))(( 2 tvd . Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 8 O número de colisões que ocorrem num intervalo de tempo t é igual ao número de moléculas puntiformes que estão no volume do cilindro. Como VN / é o número de moléculas por unidade de volume, ))(/( 2 tvdVN , que é o número de colisões que ocorrem neste intervalode tempo. O caminho livre médio será o comprimento da trajetória (do cilindro) dividido por este número. VNdVtNvd tv / 1 / 22 Esta equação leva em conta que somente uma das moléculas do gás está em movimento. Se considerarmos o movimento das outra, ela se transforma em. VNd /2 1 2 Considerando as moléculas do ar: m 1,0 ao nível do mar; cm16 100km de altitude; km20 300km de altitude. Exercício: (a) Qual é o caminho livre médio para moléculas de oxigênio na temperatura KT 300 e pressão atmp 0,1 ? Suponha que o diâmetro molecular seja pmd 290 e que o gás seja ideal. (b) Suponha que a velocidade média das moléculas de oxigênio é smv /450 . Qual é o tempo médio t entre colisões sucessivas para qualquer molécula? A que taxa as moléculas colidem, ou seja, qual a freqüência f das colisões? (resp. mx 7101,1 ; sx 101044,2 ; 19101,4 sx ) Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 9 19.7 A distribuição de Velocidades Moleculares A figura (a) mostra uma distribuição para as moléculas de oxigênio na temperatura ambiente (T=300K). A figura (b) compara este resultado com a distribuição a T=80K. Lei da Distribuição de Velocidades de Maxwell (1852) - Encontra a distribuição das velocidades moleculares de um gás. RTMvev RT MvP 2/2 2/3 2 2 4)( )(vP é a função distribuição de probabilidade de velocidade A área sob a curva será 0 1)( dvvP A fração (fr) das moléculas com velocidades em um intervalo de 1v a 2v será. 2 1 )( v v dvvPfr Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 10 Velocidades Média, RMS e Mais Provável. A velocidade média médv , é obtida multiplicando-se v pela fração dvvP )( das moléculas com velocidades em um intervalo diferencial dv centrado em v . Adicionando todos estes valores, de dvvvP )( . 0 )( dvvvPvméd Substituindo )(vP por RTMvev RT MvP 2/2 2/3 2 2 4)( e usando o resultado genérico da integral (20 – apêndice E) para encontrar, M RTvméd 8 VELOCIDADE MÉDIA Para encontrar a média dos quadrados da velocidades faz- se: 0 22 )()( dvvPvv méd Substituindo )(vP e resolvendo através da integral (16 em apêndice), encontramos: M RTv méd 3)( 2 A raiz quadrada de médv )( 2 é a velocidade média quadrática rmsv : M RTvrms 3 VELOCIDADE RMS Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 11 A velocidade mais provável pv é aquela na qual )(vP é máxima. Fazendo 0/ dtdP temos um valor máximo na curva e então, M RTvp 2 VELOCIDADE MAIS PROVÁVEL Exercício: Um recipiente com gás oxigênio é mantido na temperatura ambiente de (300K). Qual é a fração das moléculas que possuem velocidades no intervalo de 599 a 601 m/s? A massa molar M do oxigênio é 0,0320 kg/mol. Resp. 2,62x10-3. A massa molar M do oxigênio é 0,0320kg/mol. (a) Qual a velocidade média médv das moléculas do gás oxigênio a T=300K? (b) Qual é a velocidade média quadrática rmsv em T=300K? (c) Qual a velocidade mais provável pv a 300K? Resp. 445m/s; 483m/s; 395m/s. 19.8 Os Calores Específicos Molares de um Gás Ideal Energia Interna intE - Supondo um gás ideal monoatômico (hélio, neônio, argônio...), cuja energia interna esteja associada apenas as energias de cinéticas de translação de seus átomos, teremos: ) 2 3 )(()(int kTnNKnNE AmédA Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 12 Usando ANRk / , teremos: nRTE 2 3 int GÁS IDEAL MONOATÔMICO “A energia interna de um gás ideal é função apenas da temperatura do gás; ela não depende de qualquer outra variável”. Calor Específico Molar a Volume Constante Na figura ao lado, o gás é elevada lentamente de T a TT , enquanto a pressão passa de p para pp em um processo a volume constante. O calor é adicionado, mas nenhum trabalho é realizado, como mostra o diagrama p-V. Neste caso, o calor Qestá relacionado com a variação da temperatura por: TnCQ v vC é uma constante chamada calor específico molar a volume constante. Usando a 1ª lei da termodinâmica e substituindo Q , teremos: WTnCE v int Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 13 Como o volume é mantido constante, 0W e então: Tn ECv int Sabemos que nRTE 2 3 int , de modo que a variação da energia interna seja da forma TnRE 2 3 int , logo: R Tn TnRCv 2 32/3 , assim, KmolJCv ./5,12 Gás monoatômico Generalizando para qualquer gás ideal temos, TnCE vint , o que nos leva a uma variação de energia do tipo: TnCE v int Gás ideal, qualquer processo. “Uma variação na energia interna intE de um gás ideal confinado depende apenas da variação na temperatura do gás; ela não depende do tipo de processo que produz a variação de temperatura” Na figura acima, os três processo, volume constante (1), pressão constante(2) e sem troca de colar com o meio (3), A variação da energia interna é a mesma, pois ad temperaturas inicial e final são as mesmas. Calores Específicos Molares a Volume Constante Molécula Exemplo )./( KmolJCv Monoatômica Ideal 5,12 2 3 R Real He 12,5 Ar 12,6 Diatômica Ideal 8,20 2 5 R Real N2 20,7 O2 20,8 Poliatômicas Ideal 9,243 R Real NH4 29,0 CO2 29,7 Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 14 Calor Específico Molar a Pressão Constante Nesta situação, a temperatura de um gás ideal é elevada de T para TT em um processo a pressão p constante. Calor é adicionado e trabalho é realizado levantando o pistão carregado. Este processo é mostrado no diagrama p-V abaixo. O valor de Qestá associado com a variação de temperatura T por: TnCQ p pC é uma constante chamada calor específico molar a pressão constante. Usando a 1ª lei da termodinâmica, temos: WQE int mas TnCE v int , TnCQ p e VpW , logo: VpTnCTnC pv , como TnRVp , chegamos a uma relação entre pC e vC TnRTnCTnC pv RCC pv logo: RCC vp Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 15 Exercício: Uma bolha de 5,00mol de hélio está submersa a uma certa profundidade na água quando a água (e, portanto o hélio) sofre um aumento de temperatura de 200C a pressão constante. Como resultado, a bolha se expande. O hélio é monoatômico e ideal. (a) Quanta energia é adicionada ao hélio sob a forma de calor durante esta expansão com o aumento de temperatura? (b) Qual é a variação intE do hélio durante o aumento de temperatura? (c) Que trabalho W é realizado pelo hélio quando ele se expande contra a pressão da água ao seu redor durante o aumento de temperatura? Respostas: JQ 5,2077 ; JE 5,1246int ; JW 831 19.9 Graus de Liberdade e Calores Específicos Molares. Na última tabela, verificou-se que RCv 2 3 concorda para gases monoatômico, mas falha para gases diatômicos e poliatômicos. Isto ocorre porque as moléculas com mais de um átomo armazenam energia numa forma diferente do que a cinética translacional Teorema da equipartição da energia de James Clerk Maxwell “Todo tipo de molécula tem um certo número f de graus de liberdade, que são maneiras independentes pelas quais uma molécula pode armazenar energia. Cada grau de liberdade tem a ele associada – na média – uma energia de kT 2 1 por molécula (ou por mol).” Cap 19: Teoria Cinética dos Gases- Prof. Wladimir 16 Para os gases diatômicos e poliatômicos, é necessário refazer os cálculos. Primeiro, trocamos a equação nRTE 2 3 int por nRTfE )2/(int , onde f é o número de graus de liberdade listado na tabela abaixo. Fazendo isto, podemos prever que: )./(16,4 2 KmolJfRfCv Gás diatômico e poliatômico Exercício: Uma cabana de volume V está preenchida com ar (que vamos considerar um gás ideal diatômico) em uma temperatura inicial 1T . Após acender uma lareira, a temperatura do ar aumenta para 2T . Qual é a variação resultante intE na energia interna do ar na cabana? Resposta: 0 Graus de Liberdade Para Várias Moléculas Graus de Liberdade Calores Específicos Molares Previstos Molécula Exemplo Translação Rotação Total )( f RfCv 2 RCC vp Monoatômica He 3 0 3 R2 3 R 2 5 Diatômica O2 3 2 5 R2 5 R 2 7 Poliatômica CH4 3 3 6 R3 R4 Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 17 19.10 Uma Sugestão da Teoria Quântica. Se a temperatura do gás for suficientemente alta, outro movimento (outro grau de liberdade) pode aparecer, o oscilatório. No caso do O2, os átomos começariam a oscilar um em relação ao outro, como se conectados por uma mola. 19.11 A Expansão Adiabática de um Gás Ideal Este processo ocorre sem troca de calor entre o sistema e o meio, ou seja, 0Q . Na figura, o volume de um gás ideal é expandido removendo-se massa do pistão – processo adiabático de i para f - como mostra o diagrama p-V. Neste caso, podemos escrever, .constpV Processo Adiabático Onde Vp CC / . Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 18 Num processo adiabático, ffii VpVp . Usando V nRTp , podemos eliminar p , ficando com; .constV V nRT Como nR são constantes, podemos escrever: .1 constTV Processo Adiabático Quando o gás vai de um estado inicial até um estado final: 11 ffii VTVT Processo Adiabático Expansões Livres: É um processo adiabático que não envolve trabalho realizado pelo gás ou sobre o gás e nem varia sua energia interna. Logo as equações anteriores não se aplicam. As temperaturas inicial e final devem ser a mesma, ou seja, o processo ocorre sobre uma isoterma. fi TT Expansão Livre Se não há variação na temperatura, não pode haver variação no produto pV, logo: ffii VpVp Expansão Livre Exercício: No segundo exercício, 1 mol de oxigênio (por hipótese, um gás ideal) se expande isotermicamente (a 310K) a partir de um volume inicial 12L a um volume final 19L. (a) Qual seria a temperatura final se o gás tivesse expandido adiabaticamente até este mesmo volume final? O oxigênio é diatômico e aqui possui rotação, mas não oscila. (b) Qual seria a temperatura final e a pressão final se, em vez disso, o gás tivesse expandido livremente para o novo volume a partir de uma pressão de 2,0Pa? Resp. 258K; 310K e 1,3Pa. Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 19 Resumindo, os quatro processos em gases: 1- Isobárico 2- Isotérmico 3- Adiabático 4- Isocórico (isovolumétrico) Quatro Processos Especiais Alguns resultados especiais Trajetória do gráfico acima Grandeza constante Tipo de processo TnCE WQE v int int (para todas as trajetórias) 1 p Isobárico TnCQ p VpW 2 T Isotérmico if VVnRTWQ ln 0int E 3 pV , 1TV Adiabático int 0 EW Q 4 V Isocórico 0 int W TnCEQ v Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 20 Exercícios do Cap 19 1) Encontre a massa em quilograma de 7,50x1024átomos de arsênico, que tem uma massa molecular de 74,9g/mol. 3) Calcule (a) o número de moles e (b) o número de moléculas em 1,00cm3 de um gás ideal numa pressão de 100Pa e numa temperatura de 220K. 5) Uma amostra de gás oxigênio tendo volume de 1000cm3 a 40 oC e 1,01x105 Pa se expande até que seu volume seja de 1500cm3 e sua pressão seja de 1,06x105Pa. Encontre (a) o número de moles do oxigênio presente e (b) a temperatura final da amostra. 7) Uma certa quantidade de um gás ideal a 10,0 oC e 100kPa ocupa um volume de 2,50m3. (a) Quantos moles do gás estão presentes? (b) Se a pressão for aumentada para 300kPa e a temperatura elevada para 30,0 oC, que volume o gás passará a ocupar? Suponha que não há vazamento. 11) No intervalo de temperatura de 310K para 330K, a pressão p de um certo gás não ideal está relacionada com seu volume V e temperatura T por V TKJ V TKJp 2 )2/00662,0()/9,24( . Que trabalho é realizado pelo gás se a sua temperatura aumentar de 315K para 325K a pressão constante? 17) A menor temperatura possível no espaço sideral é 2,7K. Qual é a velocidade rms de moléculas de hidrogênio nesta temperatura? (A massa molar das moléculas de hidrogênio (H2) é dada na tabela 19-1). 19) (a) calcule a velocidade rms de uma molécula de nitrogênio a 20,0oC. A massa molar das moléculas de (N2) é dada na tabela 19-1. Em que temperatura a velocidade rms será (b) metade desse valor e (c) o dobro desse valor? 21) Um feixe de moléculas de hidrogênio (H2) está direcionado para uma parede, em um ângulo de 55o com a normal à parede. Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 21 Cada molécula no feixe tem uma velocidade de 1,0km/s e uma massa de 3,3x10-24g. O feixe atinge a parede sobre uma área de 2cm2, a uma taxa de 1023 moléculas por segundo. Qual é a pressão do feixe sobre a parede? 24) Determine o valor médio da energia cinética de translação das moléculas de um gás ideal a (a) 0,00oC e (b) 100oC. Qual é a energia cinética de translação média por mol de um gás ideal a (c) 0,00oC e (d) 100oC ? 27) A densidade atmosférica em uma altitude de 2500km está em torno de uma molécula/cm3. (a) Supondo que o diâmetro da molécula seja de 2,0x10-8cm, determine o caminho livre médio previsto por VNd /2 1 2 . (b)Explique se o valor previsto é significativo. 30) A 20oC e a uma pressão de 750torr, os caminhos livres médios para o gás argônio (Ar) e o gás nitrogênio (N2) são cmxAr 6109,9 e cmxN 6105,272 . (a) Encontre a razão entre o diâmetro de um átomo de Ar e o de uma molécula de N2. Qual é o caminho livre médio do argônio a (b) 20oC e 150torr, e (c) –40oC e 750torr? 32) As velocidades de 22 partículas são as seguintes (Nii representa o número de partículas que têm velocidade vi): Ni 2 4 6 8 2 Vi(m/s) 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 Quais são (a) médv , (b) rmsv , (c) pv ? 39) A figura abaixo mostra uma distribuição de velocidades hipotética para uma a mostra de um gás com N partículas (note que 0)( vP para velocidades 02vv ). Quais são os valores de (a) 0av , (b) 0v vméd e (c) 0v vrms , (d) qual a fração das partículas que têm velocidades entre 05,1 v e 00,2 v ? Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 22 41) A temperatura de 2,00mol de um gás ideal monoatômico aumenta de 15,0K a volume constante. Quais são (a) o trabalho realizado pelo gás, (b) a energia transferida como calor, (c) a variação da energia interna do gás e (d) a variação da energia cinética média por átomo. 44) Quando 20,9J foram adicionados como calor a um gás ideal particular, o volume do gás variou de 50,0cm3 para 100cm3 enquanto a pressão permaneceu em 1,00atm. (a) De quanto vario a energia interna do gás? Se a quantidade de gás presente era de 2,00x10-3mol, encontre (b) Cp e (c) Cv. 46) Um mol de um gás ideal diatômico vai de a para c ao longo datrajetória diagonal na figura abaixo. Durante a transição, (a) qual é a variação na energia interna do gás e (b) quanta energia é adicionada ao gás como calor? (c) Que calor é necessário se o gás vai de a para c ao longo da trajetória abc? 49) Quando 1 mol de gás oxigênio (O2) é aquecido a pressão constante iniciando a 0oC, quanta energia deve ser adicionada ao gás como calor para dobrar seu volume? 51) Suponha que 4,00 mol de um gás ideal diatômico, com rotação molecular, mas sem oscilação, sofrem um aumento de temperatura de 60,0K sob pressão constante. Quais são (a) a energia transferida como calor Q, (b) a variação intE na energia interna do gás, (c) o trabalho realizado pelo gás e (d) a variação K na energia cinética translacional total do gás? 53) Um certo gás ocupa um volume de 4,3L na pressão de 1,2atm e uma temperatura de 310K. Ele é comprimido adiabaticamente para um volume de 0,76L. Determine (a) sua pressão final e (b) a temperatura final, supondo que o gás é ideal e que 4,1 . Cap 19: Teoria Cinética dos Gases - Prof. Wladimir 23 55) A figura abaixo mostra duas trajetórias que podem ser seguidas por um gás de um ponto inicial i até um ponto final f. A trajetória 1 consiste em uma expansão isotérmica (o trabalho tem módulo de 50J), uma expansão adiabática (trabalho com módulo de 40J), uma compressão isotérmica (trabalho 30J em módulo) e então uma compressão adiabática (o trabalho tem módulo de 25J). Qual é a variação na energia interna do gás se ele for do ponto i para o ponto f seguindo a trajetória 2?
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