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PUERICULTURA Objetivos e Métodos MED 211 – Atenção Integral, Educação e Gestão em Saúde III Prof. Henrique Binato, 2016 PLANO DE AULA ▪ HISTÓRICO ▪ CONCEITOS ▪ JUSTIFICATIVA ▪ MÉTODOS ▪ O PUERICULTOR ▪ ESTRUTURA DA CONSULTA EM PUERICULTURA ▪ ASPECTOS NÃO-CLÍNICOS FUNDAMENTAIS HISTÓRICO ▪ Épocas remotas Infanticídio: malformações, gestações indesejadas ▪ Desestabilidade alimentar: muita gente x pouca comida ▪ Naturalidade de morte ▪ 787: Segundo Concílio Niceno abrigo para enjeitados nas grandes cidades ▪ “Rodas dos enjeitados” – Hospital do Espírito Santo, Roma ▪ 1634: São Vicente de Paulo: Hôpital des Enfants Trouvés HISTÓRICO ▪ 1762: L’Êducation, Physique des Enfants, Depuis leur Naissance Jusqu’a L’âge de Puberté sinalização de que o desnvolvimento mental e cognitivo seria de influencia positiva na saúde física Piaget ▪ 1790: Tratado de educação física dos menino: Francisco Melo Franco ▪ Lei José Bonifácio ▪ 1802: 1º hospital pediátrico do mundo: Hôpital des Enfants Malades – Paris ▪ 1881: Policlínica do Rio de Janeiro – Carlos Arthur Moncorvo Figueiredo ▪ 1898: Policlínica de Botafogo – Luiz Pedro Barbosa: primeira iniciativa em cuidados não-hospitalares das crianças HISTÓRICO - Brasil ▪ Preocupação inicial: absenteísmo laborativo materno para prover cuidados aos filhos doentes ▪ 1940: Ministério da Educação e Saúde Departamento Nacional de Saúde da Criança ▪ Medidas de caráter curativo ▪ 1970: Coordenação de Proteção Materno-Infantil ▪ Mortalidade Infantil: 120,7/1000 nascidos vivos: 13%!!!!!!!!!!!! ▪ 1984: Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança ▪ 1988: Constituição/SUS MI: 47,7/1000 nv ▪ 1990: ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente ▪ 1996: AIDPI – Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância ▪ 2000: Objetivos do Desenvolvimento do Milênio CONCEITOS ▪ “ O conjunto de técnicas empregadas para assegurar o perfeito desenvolvimento físico e mental da criança, desde o período da gestação até a idade de 4 ou 5 anos e, por extensão, da gestação à puberdade”. ▪ Na prática: abordagem completa do bem-estar da criança, rastreando possíveis desencontros entre o normal e o patológico, entre o bom e mau ambiente, com vistas à promoção de saúde. ▪ Primeiro uso: 1762 por Jacques Ballexserd ▪ Ação social e multiprofissional ▪ Multifacetada ▪ Praticada em diversos cenários JUSTIFICATIVA ▪ Social ▪ Médica ▪ Saúde pública ▪ Financeira ▪ Planejamento de ações ▪ PREVENÇÃO COMPETÊNCIAS BÁSICAS 1. Monitorização do crescimento 2. Monitorização do DNPM 3. Avaliação/monitorização da visão/audição 4. Avaliação do Quadril, coluna e marcha 5. Orientação nutricional 6. Saúde Bucal 7. Saúde Cardiovascular 8. Saúde óssea e fotoproteção 9. Atividade Física 10. Saúde Escolar 11. Imunizações 12. Prevenção de Acidentes 13. Segurança Alimentar 14. Ecopediatria 15. Papel da Família e dos brinquedos MÉTODOS ▪ Boas práticas alimentares nos primeiros 1000 dias de vida ▪ Acompanhamento seriado do crescimento ▪ Acompanhamento seriado do desenvolvimento ▪ Vacinação ▪ Prevenção de Acidentes ▪ Promoção de Saúde Bucal ▪ Reconhecimento da criança sob risco de violência ▪ Educação em Saúde para a criança e o adolescente O PUERICULTOR ▪ Médico(a), Enfermeiro(a), Técnico(a) de Enfermagem, ACS, Nutricionista, Psicólogo, Assistente Social ▪ Capacitação ▪ Integração com a Equipe ▪ Integração com a Rede Assistencial ▪ Integração com a Gestão de Saúde ▪ Sensibilidade ▪ Ações afirmativas e de reforço positivo ESTRUTURA DA CONSULTA EM PUERICULTURA ▪ Quando começar? Idealmente na 1ª semana de vida: 5º dia – Teste do Pezinho 1 mês 2 meses 4 meses 6 meses 9 meses 12 meses ESTRUTURA DA CONSULTA EM PUERICULTURA ▪ 18° e 24° meses de vida ▪ Anualmente até o 5º ano ▪ Agendamento ▪ Vigilância ▪ Busca ativa do paciente ▪ Preenchimento correto do prontuário e demais documentos médicos ▪ Siga sempre a regra 18: Bom senso ESTRUTURA DA CONSULTA EM PUERICULTURA ▪ ANAMNESE: Foco na criança e seus determinantes de saúde Foco na mãe e suas dúvidas : ORIENTE A ANOTAÇÃO PRÉVIA DAS DÚVIDAS Foco no pai e na necessidade de sua participação ativa no processo Foco nos irmãos, mais de 1 puericultura por mãe Procure estabelecer um canal de comunicação, percebendo dos pais, especialmente da mãe, quais são suas necessidades mais prementes ESTRUTURA DA CONSULTA EM PUERICULTURA ▪ ANAMNESE: CONFERIR O CARTÃO DE VACINAS Se você acha que não foi suficientemente questionado, posicione- se “Você ainda tem alguma dúvida?” “Mudou alguma coisa da última consulta para hoje?” Sempre usar palavras e expressões de orientação e evitar “ordens” Dedique um tempo maior à abordagem do Aleitamento Materno ESTRUTURA DA CONSULTA EM PUERICULTURA ▪ O primeiro exame físico deve ser SEMPRE completo ▪ Obediência às normas semiotécnicas ▪ Não há necessidade do exame físico completo em TODAS as consultas, salvo em casos de queixas específicas ▪ Sempre: Ectoscopia Exame da cavidade bucal e orofaringe Palpação linfonodal superficial Ausculta cardiorrespiratória Exame Abdominal Verificação genital Antropometria ESTRUTURA DA CONSULTA EM PUERICULTURA ▪ Preencher o cartão da criança ▪ Prescrever apenas o que for necessário, evitando assim o risco de automedicação ▪ Prescrever a dieta adequada para a idade ▪ Evitar a solicitação desnecessária de exames complementares ▪ Orientar sobre prevenção de acidentes ▪ Orientar sobre reconhecimento de padrões de comportamento anormais para a idade/criança ▪ Orientar retorno à unidade de saúde(ou Emergência) em caso de necessidade ▪ Orientar o retorno programado ASPECTOS NÃO-CLÍNICOS FUNDAMENTAIS ▪ Programa de saúde pública: puericultura bem conduzida, reduz riscos de saúde na vida adulta e senescência ▪ A formação de uma relação médico-(família)paciente é fundamental para o sucesso do programa ▪ Instrução sobre aleitamento materno e alimentação adequadas precisam ultrapassar os limites do consultório – e da UBSF ▪ Oportunidade de criação de espaços para a Educação em Saúde: palestras, oficinas... ▪ Atenção para as campanhas de Vacinação: oriente as famílias, envolva as famílias ASPECTOS NÃO-CLÍNICOS FUNDAMENTAIS ▪ O preenchimento correto dos prontuários e cadernetas das crianças além de OBRIGAÇÃO do médico, pode gerar dados significativos para os diagnósticos situacionais e populacionais ▪ Além, é claro, de dados para pesquisa científica ▪ 80% dos problemas de saúde DEVE SER RESOLVIDOS na APS ▪ As visitas domiciliares são fundamentais no processo: não só pela importância da adesão ao programa, mas também para o melhor estabelecimento de fatores de risco! ▪ Algumas (poucas) crianças irão precisar de acompanhamento especializado: Cardiologista Pediátrico, Cirurgião Pediátrico, Urologista, Serviço de Urgência, Fonoaudiólogo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Lopez, Fabio Ancona; Campos Júnior, Dioclécio. TRATADO DE PEDIATRIA. 3ª edição. Rio de Janeiro: Manole, 2014. 3640p. 2. Martins, Maria Aparecida. SEMIOLOGIA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. 1ª edição. Belo Horizonte: MedBook, 2010. 608p. 3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.– Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 272 p.:il. (CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA, nº 33) ISBN978-85-334-1970-4). 4. ARAÚJO, Juliana P. et al. História da Saúde da criança: conquistas, políticas e perspectivas.Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, n. 67, 1000-1007, Nov-Dez 2014. 5. Bonilha LR, Rivorêdo CR. Puericultura: duas concepções distintas. J Pediatr (Rio J). 2005; 81:7-13;
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