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FAMÍLIAS DE HIDROCARBONETOS . Alcanos (parafinas) Alcanos: são hidrocarbonetos de cadeia aberta que apresentam o átomo de carbono saturado e com a hibridização sp3 , têm a fórmula geral CnH2n+2 onde C é carbo, H- hidrogénio e n- número de átomos de carbono Nos alcanos os átomos de carbono ligam-se entre si formando cadeias que podem ser lineares ou ramifcadas dispostas em zic-zac devido ao ângulo tetraédrico do átomo de carbono. -C-C-C-C-C-C-C- Cadeia linear -C-C-C-C(C)-C-C- Cadeia ramificada ALCANOS Os alcanos são compostos orgânicos com ligações simples entre os átomos de carbono e possuem a cadeia aberta. Em condições ambientais, os alcanos apresentam-se nos estados sólido, líquido ou gasoso, dependendo do número de átomos de carbono da cadeia. Cont. Os alcanos de cadeia normal constituídos por um a quatro átomos de carbono são gases. Os alcanos de cinco a quinze átomos de carbono são líquidos. Os alcanos de dezasseis átomos de carbono em diante são sólidos. nas condições normais de temperatura e pressão. Propriedades Fisicas Os alcanos são compostos apolares, deste modo, são insolúveis em solventes polares como a água. porém são solúveis em solventes apolares, como o benzeno, e em solventes fracamente polarizados, como o álcool etílico. EXEMPLOS DE ALCANOS CH3-CH2-CH2-CH2-CH3 Alcano de cadeia linear CH3 CH3 Ch3-CH-CH-CH-CH3 Alcano de cadeia ramificada CH2 CH3 NOMENCLATURA DOS ALCANOS Os alcanos, hidrocarbonetos saturados de cadeia aberta, apresentam apenas ligações simples entre os átomos de carbono. Os quatro primeiros alcanos da série são: metano, etano, propano e butano. sendo a fórmula geral dos alcanos é : CnH2n + 2. Cont. Os nomes oficiais dos compostos orgânicos são formados por: 1) Prefixo - indica o número de átomos de carbono da cadeia principal; 2) Sufixo - indica o tipo da ligação principal na cadeia principal, assim como a função principal do composto orgânico. Cont. Numero de carbonos Prefixo Met 2 Et 3 prop 4 But 5 Pent 6 Hex 7 Hept 8 Oct 9 Non 10 Dec Cont. Ex: a molécula do metano, tem apenas um átomo de carbono o prefixo é “met”. O hidrocarboneto só tem ligações simples (alcano), então o sufixo é “ano”. Deste modo, obtém-se a designação “metano” . O sufixo “ano” indica que se trata de um composto da família dos alcanos Nomenclatura CH4 C2H6 C3H8 C4H10 Cont. REGRAS DE NOMENCLATURA DE ALCANOS 1. Identificar a cadeia de carbonos mais longa ou cadeia principal e dar-lhe o nome do hidrocarboneto linear que contém esse número de carbonos. 2. Identificar os grupos alquilo ligados à cadeia principal. 3. Numerar os carbonos da cadeia mais longa, tendo o cuidado de iniciar a numeração pela extremidade da cadeia em que os grupos alquilo fiquem na posição de numeração mais baixa possível. Regra de Nomenclatura de Alcanos O nome do alcano forma-se do seguinte modo: 5. Indicar o nome dos substituintes por ordem alfabética, sendo cada um deles precedido do número do átomo de carbono ao qual se encontra ligado, separado por um hífen; 6. Se existir mais do que um grupo alquilo idêntico, o seu nome é precedido do prefixo numérico, di, tri, tetra, penta, etc. 7. Juntar ao anterior o nome do alcano principal. Tipos de átomos de carbono nos alcanos a) Carbono primário: encontra-se ligado com apenas um átomo de carbono vizinho. b) Carbono secundário: encontra-se ligado à dois átomos de carbono vizinhos. c) Carbono terciário: encontra-se ligado à três átomos de carbono vizinhos. d) Carbono quaternário: encontra-se ligado à quatro átomos de carbono vizinhos A reactividade dos átomos de carbono varia da seguinte forma: prim.<sec.<terc. . Série homóloga dos alcanos Série homóloga: é uma série em que cada um difere-se do anterior por uma unidade constante e para o caso dos alcanos esta unidade é metileno (-CH2). Suprimindo um átomo de hidrogénio a um alcano obtem-se um radical alquilo, cuja fórmula geral é :CnH2n+1 Série homóloga dos alcanos Valorde n Fórmula molecular TfºC TebºC Nome Composto Fórmulado Radical Nome Radical 1 CH4 -182 -162 Metano -CH3 Metil 2 C2H6 -183 -89 Etano -C2H5 Etil 3 C3H8 -187 -42 Propano -C3H7 Propil 4 C4H10 -138 -0,5 Butano -C4H9 Butil 5 C5H12 -130 +36 Pentano -C5H11 Pentil Isomeria dos alcanos Distinguem-se dois tipos de isomeria: de constituição e a estereoisomeria. Os isómeros de constituição diferem entre si pela disposição de átomos ou grupos de átomos na molécula enquanto que os estereoisómeros diferem pela disposição dos átomos no espaço, mas têm a mesma constituição. Deste modo os isómeros existentes diferem entre si principalmente nas suas propriedades físicas Propriedades físicas de alguns compostos isómeros . Com o aumento da cadeia carbónica cresce também o número de isómeros de cadeia ou ramificação mas, estes só podem existir a partir do butano para diante Nomedocomposto Isómero n-pentano Metilbutano Dimetilpropano PfºC -130 -160 -17 PebºC 36 28 9,5 Cont. A estereoisomeria é parte da estereoquímica , que estuda a estrutura dos compostos em três dimensões no espaço. Neste caso distinguem-se isómeros de configuração e de conformação. Isómeros de configuração diz respeito à ocupação das posições cis e trans pelas moléculas dos alcenos e, não é típica para os alcanos Cont. Isómeros de conformação diz respeito ao movimento de rotação facilitado pela existência das ligações simples nos alcanos e pela energia interna desses compostos e podem ser em estrela e em eclipse. A conformação em estrela revela-se mais estável devido á existência de baixas forças de repulsão entre os átomos de hidrogénio ligados aos átomos de carbono vizinhos Isómeros de conformação Metodo de obtencao e ocorrencia Os alcanos ocorrem, em grandes quantidades, no gas natural, no petroleo e no xisto betuminoso. Dentre as principais reaccoes de preparacao citamos: Reaccao de sabatier – sanderene, ocorre: PT, e Catalizador: Ni, Pt ou Pd. CH2=CH-CH2+H2 CH3-CH2-CH3 Reacção de Composto de Grignard com água (água ou outro reagente que possua H+ ionizavel) CH3-MgBr + H2O CH4 + Mg(OH)Br Brometo de metil – Magnesio Reacção de Composto de grignard com Haletos CH3-MgBr + CH3-CH2-Br CH3-CH2-CH3+MgBr2 bromento de etila Reacção de Wurtz 2CH3-CH2-Cl + 2Na CH3-CH2-CH2-CH3 + 2NaCl Cloreto de etila Sintese de Kolbe 2CH3-COONa+2H2O CH3-CH3+2CO2+2NaOH+H2 Acetato de sodio Cont. Nas reacções anteriores, preste sempre atencao a parte orgânica das moléculas. Devemos também assinalar que a eliminação de um composto inorgânico (como MgBr2, NaCl, etc. nos exemplos anteriores) em geral facilita a reacção Propriedades Químicas dos ALCANOS 1- Craque de alcanos Os alcanos, quando convenientemente aquecidos, sofrem ruptura homolítica na cadeia, simétrica ou não, resultando outros alcanos e alcenos de cadeias menores. Essa reação é muito usada para se obter gasolina (mistura de octanos) a partir de querosene e óleo diesel (alcanos com mais de 16 carbonos). O alcano passa através de uma câmara aquecida a cerca de 400 a 600o C, utilizando geralmente um catalisador formado por óxidos metálicos. Essas reações também produzem certa quantidade de hidrogênio. Cracking(ou craqueamento ou Pirólise) Funções e suas Reações ALCANOS Os alcanos não são, de modo geral, afectados pela maioria das bases. Isto acontece devido à baixa polaridade das ligações carbono-hidrogénio. Além disso, as moléculas dos alcanos não possuem electrões não-compartilhados para oferecer campos para ataques pelos ácidos, levando à baixa reactividade em relação a vários reagentes. Contudo, quando aquecidos, os alcanos também reagem, além do oxigénio, com o cloro, o bromo e o flúor. Propriedades Químicas PRINCIPAIS REAÇÕES: Craque ou Pirólise Halogenação Nitração Sulfonação Halogenação dos alcanos superiores Craque ou Pirólise Os alcanos, quando convenientemente aquecidos, sofrem ruptura homolítica na cadeia, simétrica ou não, resultando outros alcanos e alcenos de cadeias menores. Essa reação é muito usada para se obter gasolina (mistura de octanos) a partir de querosene e óleo diesel (alcanos com mais de 16 carbonos). O alcano passa através de uma câmara aquecida (cerca de 400 a 600o C), utilizando geralmente um catalisador formado por óxidos metálicos. Essas reações também produzem certa quantidade de hidrogênio Cont. Halogenação R -H + X2 R-X + HX A halogenação de um alcano se dá por substituição de um átomo de hidrogênio por um halogênio, resultando em um haleto de alquila ( isso pode ocorrer em um ou mais átomos de hidrogênio ). Por exemplo, na cloração do metano e do etano os produtos são, respectivamente, cloro metano e cloro etano. Para alcanos com mais de dois carbonos existe mais de uma possibilidade para o halogênio se posicionar. Deste modo o produto da reação será uma mistura de isômeros de posição. Entretanto, as quantidades dos isômeros formados diferem-se na mistura. A reação ocorre via radicais livres Cont. Deste modo o produto da reação será uma mistura de isômeros de posição. Entretanto, as quantidades dos isômeros formados diferem-se na mistura. A reação ocorre via radicais livres Tomemos como exemplo a bromação do propano. As quantidades de 1- bromo propano e 2- bromo propano obtidas dependem das velocidades relativas a que os radicais n-propil e isopropil se formam. Cont. Se os radicais isopropil se formarem mais rapidamente será também o 2- bromo propano o que se formará mais rapidamente e o que constitui, portanto, a maior parte dos produtos da reação. Devemos então comparar as velocidades relativas em que os hidrogênios primários e secundários são subtraídos do propano. Cont. Para se calcular a porcentagem de cada um dos produtos devemos usar a seguinte regra: Cont. Velocidades relativas de subtração do hidrogênio: H primário = 1,0 H secundário = 3,8 H terciário = 5,0 O propano tem seis hidrogênios primários e dois hidrogênios secundários, portanto: para H primário: 6 x 1,0 = 6,0 para H secundário: 2 x 3,8 = 7,6 total: 6,0 + 7,6 = 13,6 Cont. 13,6 corresponde a 100% das velocidades relativas. Logo, por regra de três simples, temos que 7,6 (H secundário) corresponde a aproximadamente 55,9% e que 6,0 (H primário) corresponde a 44,1%. Essas porcentagens são as quantidades relativas dos radicais n-propil e isopropil formados e, consequentemente, também dos produtos formados. Percebe-se então que o radical substituído no carbono secundário, isto é, o radical isopropil, forma-se mais rapidamente que o n-propil, o que leva a uma maior rapidez na formação do 2-bromo propano. Cont. Essa regra funciona bem para a monoalogenação dos alcanos e os resultados são geralmente percentagens não muito discrepantes entre si, pois na maioria dos alcanos o número de hidrogênios menos reativos é maior, quer dizer, a menor reatividade está compensada por um fator de probabilidade de ataque mais alto e disto resulta que se obtenham quantidades apreciáveis de todos os isômeros. Cont. Cloração do metano (substituição via radical livre): R eação: CH4 + Cl2 Calor ou luz CH3Cl+ HCl Mecanismo: Etapa de iniciação da cadeia A Primeira etapa envolve a clivagem de uma molécula de cloro, pelo calor ou pela luz, em dois átomos de cloro. Cont. Etapa de propagação da cadeia Na etapa 2, um átomo de cloro atrai um de hidrogênio da molécula de metano, produzindo uma molécula de cloreto de hidrogênio e um radical metila. Na etapa 3, o radical metila, altamente reativo, reage com a molécula do cloro através da extração de um átomo de cloro. Isso resulta na formação de uma molécula de cloro metano e um átomo de cloro. Cont. Este último pode atacar uma outra molécula de metano e causar a repetição da etapa 2, depois da etapa 3... etapa 2, 3... centenas de vezes. Esse tipo de seqüência é chamado de efeito em cadeia. A reação em cadeia pode ser encerrada por uma etapa conhecida como “finalização de cadeia”. Essas etapas occorrem com pouca freqüência, mas assim mesmo ocorrem o bastante para esgotar um ou ambos os intermediários reativos. As etapas de finalização s da cadeia plausíveis são as seguintes: Formação do diclorometano: Etapa 2A: Etapa 3A: 3- Nitração Os alcanos podem ser nitrados utilizando-se ácido nítrico concentrado em condições enérgicas (aprox. 400oC), produzindo nitro-compostos: Sulfonação Os alcanos podem ser sulfonados utilizando-se ácido sulfúrico concentrado a altas temperatura, produzindo ácidos sulfônicos: Halogenação de alcanos superiores: A halogenação de alcanos maiores segue o mesmo mecanismo da halogenação do metano. No entanto, quando se trata do Bromo, que é bem mais seletivo que o Cloro e o Flúor, a substituição será realizada preferencialmente no hidrogênio terciário. Cont. Já com o Flúor, as concentrações dos produtos seriam praticamente iguais; a final o flúor é muito mais reactivo que o Cloro e o Bromo, fazendo com que seja muito pequena a diferença da velocidade na qual um hidrogénio primário, secundário ou terciário reage com o Flúor.