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l. seki 1984 problemas

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Prévia do material em texto

Biblioteca Digital Curt Nimuendaju
http://biblio.etnolinguistica.org
Seki, Lucy. 1984. Problemas no estudo em uma língua em extinção.
Boletim da ABRALIN, 6, 109-118.
Permalink: http://biblio.etnolinguistica.org/seki_1984_problemas
O material contido neste arquivo foi escaneado e disponibilizado online com o
objetivo de tornar acessível uma obra de difícil acesso e de edição esgotada, não
podendo ser modificado ou usado para fins comerciais. Seu único propósito é o
uso individual para fins de pesquisa e aprendizado.
Possíveis dúvidas ou objeções quanto ao uso e distribuição deste material podem
ser dirigidas aos responsáveis pela Biblioteca Digital Curt Nimuendaju, no
seguinte endereço:
http://biblio.etnolinguistica.org/contato
O presente item, digitalizado a partir de original fornecido por Victor Petrucci, foi
incluído no acervo da Biblioteca Digital Curt Nimuendaju em março de 2009.
dexa srenb' sorad snqr.Tq sa?ua=ajrp ap sa?ueqaasaxda~ moo opuanrnuo3 
,oraqIe a ol~dsgu! oTav rn~ lyuelen3 epuazoj su cpuru ynaa~i so somc5ues - 
Te anb assa13~ ,sol-?lo~dxa a so~-?ue6ua e o?uo~d 'srew e opezrIy~ya um 
omaa zexesua sou ela erauppual e 'UT5SY ',,SOP~ZTT~A~J,, so moa OxJ*?UOS 
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-~suaa?duoa p apnxlqe IeL '~opes~nbsad o woa end ap~prnyssa~6e awsaw a 
ebuey3uoasap ap ~elab asenb apnxyxe e e sewa~qozd sassap 
'in6ur1 e elxuosaa as anb wa ope?sa op a es??srnbu?T ermarw 
essap SIensrx~ed oe5enxrs ep saxaix~o~ap sewaIqord ap arzps eun ha2 sou 
-owexaoljap- )qalxeN/yeUalx op oq5e6??sa~ur ap ossasoad ON 
.se5ueyrs sp -1-qaysua wy 
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rqrord ap samr? -en6a~1 e a opessed o ~eladn~al ap otasap o naaaIexxa3 
Uabemr-oqne ep oe5e101en eum end nrnqr~xao~ en??eraru? er=d?=d ens lad 
ma6!=o aP '1esoT ae ZexTon op?n6asuo= wan? ap oxe3 o .eworpr op sa~opej - 
'rreqrnax a SaXopenlasuoJ somsrue?aw oprnToAuasap as-up? '0861 'asoa oyx 
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esaxap etns wa oxnpal omr?Ig o rna~?suo3 a yeualx sae no?sa~ anb waq 
Osrrl? o en6a:T e 'mearmop e oeu anb sa?uexuasa~da~ saxanbe ~od owsaw 
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OF 05SS5P 1ueql1a2 sZ)LIUP.T~S~ seossad anb ivqrna luetasap anb wa saorseo 
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-nsaloq oea moa op5eaa6~~syw ap ne16 o?~e mn exuasaxd~ opo? wn ow02 ap 
-eprunuoa v 'SqalXeN a?uawTedrsur~d a yexy-sn3 'wnx~lequnw ap sa?uapuas 
-sap no/a saJae%uasa~da~ rnTaay apepranwos e sagsap wp~e 'yeuaxy ap aw 
Eu o woa epraaquaa =as a?ue$sqo oqN .opnao-los sodnzb-qns s*?uaza3rp ap 
saquu~uasa~dal sop oebeur?n16e 5 nona1 esr~pwnu oe5npal y 
.s~snlqur OW05 sopexe~? wela opn~oxog so senag setns ma 
Zeoa6;por sodnl6 ap e as-enewos sopezy~!ny~ sop lad opbeurw~l~srp 
p 'wrSSY .saoy6a= a soqrx? :s?ua1a3rp ap sarpu~ sopernua mela Tenb o 
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- 
"02 e sope6rxqo welrn as a seaabrpur sodnab sonno lod sopexyqeq sreso1 
end serlqn ser~a$~a3sue1? 'aq~os epo? ap s~oSen~~d me1a13o~ .7ey~y3o 
o~edw qOS 'o?uexlod 'ene~?uo~oa as a seuab:pur so?sod.ei.e?~qeq 'olaw?u 
wa bprznpa~ ogrnw ?C 'oi.od agsa opoenb oursaw nonu~?uo~ opnaogoti sopogb 
-eln?nlxsasap ap,ossaJo~d 0 .olsradsyp oe5ezrncz~sa 'epeb~ox oebe~na 
- 
Inse 'os?s:3 orurwxa?xa nrnpur renb o ',,sopez?j!~ya,, sop axxed zad sol 
-uarne?eq sran~~ srew sop wn ap oqatqo 'aquasix waq opoy~ud axe 'urexox 
Op"50?08 SO anb seaade souaqa .(~861 '~861 'rxas !~LGT 'ogeaxew !R~RI 
'~~07x0 ox?adsa~ e as-eta*) o?uo~juos assop eyqqsyq e siqrcwp tua icp - 
mqe ap apadwr sou oebearunwos eqsa e~ed 1anyuodsrp oduag o 
'SO~~ZTITAT~ $0 WOJ O~UOJ~UOJ nas oc a~axax as anb ou oquauxom 
'opn30?08 sop e?l??srq 2. saxe~nar?~~d sole3 10d sopenez6e snl, sruil 'sop 
-!la~al pC eay?srnbui~oi~os a e~r6p1os~sdoy~os ,e~y?:pd wapxo sp sazol 
13 so 'o~rqsp~p opow ap mear~de as yeuazx oe 'epey6rlsa1dsap s Pprznpal 
oarnu a?uawearlamnu 'p oqsy 'er+gTloUTw en6ur1 ewn 10s ap w?[c 'anb ap 
o?ex ou as-eyaseq oq5e2e?suoa eqsa .o?uawyJaledesap ap opebea~uc a?uau 
- 
eua1.3na el?uo~oa as qeuazx o anb 1anp6au?'p 'ope1 ol?no IOJ 
.apepTquapr ens ap eaxem e 'apepranmao ep en6ur1 
e opuas ow03 opraaquosax sap lad q a (exrljsap a epea~~~po~ =as mrsse 
apod a) sa?ue~ej wa? yeaaxx o anb zenluase rn6~ e?ses 'enfiu?~ e oPinq 
- 
rxxe a~aawjeuorsrpud~ar =as apod oea sn?e?s Ie? Jan ossoa e ' (5161 '?el 
-I~SUOW a q~r~aunua !is61 'o~~aqp3) sosoypnqsa sunbIe xod o?urxxa opeJsp 
d l s o r i m i n a d o s , passando todo s o r t e de p r i v a p o e s . P o s t e r i o m e n t e e s t i v e 
mos com e l e s j b no ooce, p a r a onde se haviam i r r n s f e r i d o i r e v e l i a 
dos ClrllEos o f i c i n i ~ e onde enfrentavnm d i f i c u l d a d e s d e moradia , f a l t a 
Lie r~ l lmunt . rqno, ct.c, 'vivelido em g rande t e n s s o r e s u l t a n t e &as p r e s s d e s 
doa f a z e ~ i d ~ i r o s e dn l n c e r t e z a de sua s i t u a p i o . Nestaa c i r c u n s t i n c i a s , 
somente 2 c u s t a de g r ande e s f o r p o e p a c i i n c l a nos f o i p o s s i v e l vencer 
em p a r t e s d f s c o n f i n n q a e a animoside.de e c o n s e g u i r d e s e n v a i v e r o e s t u 
du <id I ir,ijuo 
o u t l a problems tnmb8m re lac ion .ado ao c o n t n c t o corn os i n f a r 
n ~ d n t t ~ d c c o r r e dn r i v a l i d s d e e x i s t e n t e e n t r e r e p r e s e n t a n t e s d e d i f e r e r ? 
t c s :;ub-r~~:t~pas ~ l o t ~ c u d o , que nn 6yacs da p e s q u i s a se divi r l iam p o r duas 
c*ili , I r r U l l > i d a ~ l l e ln e n c ~ ~ e n t e do r i o . Devidos essa r i v a l i d a d e n i a 
f a i ~ o e . s i v c l t r a b o l h n r com ~ n f o r m a n t ~ s das duas casas ( " s e vats que r 
~ . r .~b . r l l~ . ! r corn o l e s 1.5 pode i r , mas eu "50 vou mais te e p s i n a r " ) . Deci- 
~ I I I , O S unl . jo tr.il~;llhar com in fo rman te do grupo G u t - ~ r a l r , jh i d a s a , 
c clue t a d a s npontnvnm como sendo a que melhor conhec i a a i i n g u a , embo- 
n e s ~ i v 6 s s e m o s c o n s c i e n t e s d a s d i f i c u l d a d e s que ta: o p p i o p o d e r i a nos 
t r n z c r com r r l a q i o aos r e p r e s e n t a n t e s da o u t r a casa. Essa r i v a i i d a d e 
e n t r e os r e p r e s e n t a n t e s de d i f e r e n t e s sub-grupos tem, a nasso ver, rai 
zes h i ? t 6 r i c a s , e s t a n d o r e l a c i o n a d a a c a r a c t e r i s t i c a s s 6 c i o - c u l t u r a i i 
dos notocudc r d e c o r r e , como se p o d e r i a ingenuamente supor , da 
" r e t r i b u i q i o " f r i t a ao i n f o r m a n t e p e l o seu t r a b a l h o . 
A a t i t u d ~ n e q a t i v a que s e obse rva na comunidade em g e r a l 
q u a n t a no e n s i n o da l i n g u a c o n s t i t u i uma skis d i f i c u l d a d e no c s t u d o 
do Krenak. E p o s s i v e l q u e em p a r t e essa a t i t u d e se deva i consc i8nc i a 
de q u e 36 n i o dominam a l i n g u a como a n t i g a n e n t e . J u l g m s por6m que a 
r r s c r v n em e n s i n a r es t i fundamentalmente r e l a c i o n a d s 1 f u n p i o de r e s i s 
t e n c i a de que o l i n g u a s e r e v e s t i u no d e c o r r e r do c o n f r o n t 0 dos Botacu 
do com os c i v l l i z a d a s . 
Malgrado a reserva g e r a l , h i a l g u n s i n fo rman te s que ficam 
d i v i d i d o s entre o d e s e j o d e d a r a conhecer a " l inguagem", de que sen- 
t e n grando o r g u l h o , e a p r e s s s o c a n t r i r i a ha comnnida.de. E f o i com o 
auxilio d e s s o s r e p r e s e n t a n t e s que conseguimos i F aos poucos penet rando 
' 
nos seg redos do K r e n o k / ~ a k r c l ~ i . e f i xando a s p e c t o s do m e s m o n t r a v 6 s de 
ano t a+es e gravaqbes . con tudo , t ivemos sempre d e a g l r com mui ta cuida 
d o , f i c a n d o mu i t a s vezes num impasse . Se n i o demonst r i ssemos capacida- 
de em aprender provocivamos d e s i n t e r o s s e do i n fo rman te i"ie vocE nio 
aprendeu a t 6 a g o r a n i o a p r e n d ~ m a i s . . . " ; " e s t i d i f i c i l ... com as Ou- 
t r o s tambem 6 as s im , p e l e j a , p e l e j a mas n i o a p r e n d e " i . P o t o u t r o l ada . 
se deixivamos que p r c e b e s e c m progresses no conhecinlento da l i n g u a prg 
vocivsmos, ao l a d o da s a c i s f a q i o da i n fo rman te , m e reserva maior por 
p a r t e da comunidade. ~ r a como se e s t i v & s s e m a s u l t r a p a s s a n d o um determi , 
. 
"ado l i m i t e , a l i m do qua1 sua r e s i s t e n c i a e s t a v a ameayadn. 
Tambim p r o b l e m i t i c a 6 a c o l e t a de dados p e l a s via5 u s u a i s , 
dev ido a0 eaquecimento dos f n l s n t e s e 0 cer tas p a r t r c u l a r r d a d e s c u l c u - 
r a i s do Pavo. obse rva - se , p a r exemplo, "ma recusa s i s t c m 6 t i c a r l n r e p - 
t i r i t e n s 36 f o r n e c i d o s . Pa ra cansegu i - l a u s ivanos d e a r t i f i c i o s como. 
p o r exemplo, p ronvnc i a r de mod0 de l i be radamen te i n c o r r r t a 0 s i t e n s ne- 
c e s s a r i o l , casa em que a i n fo rman te n i o r e s l s t i a a0 d e s j o d e nos cor- 
r i g i r . Observe-se tambarn uma l i g a p a o dxtremamente r o r t e a o c o n t e n ~ o s i 
t u a c i o n a l , o que t o rnou d i f i c i l a u t i l i r a q i o d e q u e s t i o n i r i o s r x i s t e n - 
t e s que, a p e s a r da s mu i t a s f a l h a s , sio de u t i l i d s d e no s e n t i d a de per- 
mitir maior r ap idez no e s t u d o dn l i n g u a , p r inc lpaJmen te na f a s e i n l - 
c i a 1 do t r a b a l h o . 
P e l a s mesmas raz6es f o i n e c e s s i r i o desmembrar s 6 r i e s de 
q u e s t o e s d e s t i n a d a s i de t e rminaqzo de paradigmas , d i v i d l n d d - a s em vi- 
r i a s e n t r e v i s t a s e a c a r r e t a n d o , a s s im , maior morosidade no t r a b a l h o . 
Uma grande d i f i c u l d a d e e n c o n t r a d a no e s t u d o do Krena%/ 
Nakrehi i o "hero l i m i t a d o d e i n fo rman te s p o t e n c i a i s q u e , a l i m do 
mai8,encontram-setdispersos. Conforme mencionado, a r i v a l i d a d e . e n t r e 
r e p r e s e n t a n t e s de d i f e r e n t e s sub-qrupos e a a t i t u d e n e q a t i v a d a coauni 
dade c o m r e l a p ~ o ao e n s i n o d a l i n g u a a p e s s a a s a l h e i a s 2 comunidade d i - 
f i c u l t a m o t r a b a l h o =om v i r i o s d e n t r e as poucos i n f o m a n t e s p o t e n c i a i s 
NO z i o Dote t rabalhamos corn S.S. , uma r e p r e s e n t a n t e j 2 t dosa do grupi, 
Gut-Krak, viGva de urn NakrehG, c o n s i d e r a d a como um dos membras da corn: 
n idade gue melhor dominio t i nham da Lingua n a t i v a . Fora do rro Doce 
se rv i r am-nos d e i n fo rman te s t r e s r e p r e s e n t a n t e s do grupo Nahrehi; J.D, 
A . J . e 3 . A . I n i c i a l m e n t e cole tamos j un t a a esses f a l a n t e s ummesmo co_n 
\ junto de dados , o q u e nos p e r m i t i u v e r i f i c a r que as d i f e r e n p a s d i a l e - 
t a i s s i o minimae. Ampliarnos d e p o i s a c o l e t a de dados , conseguinda aa- 
s i m o b t & urn co rpus b a s t a n t e r azoPve l da l i n g u a . Contudo, dada a s i t "* 
~ i o em e s t a se e n c o n t r a , s e r i a neces s&ia . U t i l i z a r o cancurso de t odos 
0s f d l a n t e s a f im de se o b t e r urn quadfa mais cornpleto da e s t r u t u r a da ' 
mesma. 
Um prablema ma io r com que nos dcfrontamos no processo d e 
i n v e s t i g a p a o da l i n g u a Krenak/Nakrrhi i o d e como a v a l i a r a g r a u d e co 
nhecimento dos f a l a n t e s e, p o r t a n t o , o g r a u de completude do m a t e r i a l 
c c l e t a d o . De urn l a d a , a s i t u a q i o s a c i o l i n g u i s t i c a da comunidade l e v a a 
supor que t enha bav ida s i m p l i f i c a ~ i o e esquecimento d e e s t r u t u r a s par 
p a r t e dos E a l a n t e s . Por o u t r o l a d o , conforme r e f e r i d a , h i unia reserva 
ds camunidade quan to ao e n s i n o da l i n g u a . Nes tas coad iFbes , e L ~ r i n c i - 
palmente na f a s e i n i c i a l da p e s q u i s a , guando rinhamos menor dolnInio 5% 
bre os dados , s u r g i u a r lecess ldade de a v a l i a r a n a t u r e z a do m a t e r i a l 
c a l e t add . A v i l i a r , por exemplo, err que medida a aus lnc ia d e certas es-' 
, , ' 
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COB, IEL, UNICAMP. 
- 
S e k i , L . (1984a l . "Apontamos p a r a a B i b l i o g r a f i a da Lingua Botacudo". 
I n i d i t o . 
PROBLEMAS UE INTERPRETACAO MORFOLOGICA 
Adair Pimentel PalCcio 
UFPE 
A cada mornento do desenvolvimento da a n s l i s e de uma l i n - . 
qua, o oesquisador e n f r e n t a oroblernas, grandes e oeqpenos, os quais 
e l e tem que r e s o l v e r com base nos dados co le tados e n a abordagem te 
6 r i c a adotada. ' 
Se o o b j e t o de es tudo fo r "ma l ingua ainda n io ana l i sada 
e sen docuqentaqio o r i v i a , a t a r e f a nHo i 5; mais i r d u a , como tam- 
bim de maior r csponsab i l idade , n o i s a i n t e r p r e t a q i o d o s ' f a t o s da 
l ingua ficam a cargo de apenas urn inves t igador . 
Uma l ingua , em s e n t i d o l a t o , tern comnromissos com a s de- 
mais no que se refere ao; universa i s . Mas a inda nio sabernos o ~ " £ 1 - 
c i e n t e sobre esses u n i v e r s a i s porque n a r a del imits-10s deoende-se 
do levantamento e d e s c r l F i o de muitas l inguas . 
N O momento, cam o es tudo e n t u s i i s t i c o sobre a comportameq 
- t o de l inguas e r g a t i v a s , nog6es consagradas como a d h s u j e i t o , po r 
exemplo, ern sendo aba ladas . O desenvolvimento dos es tudos l ingi i is- 
t i c o s depende dae desc r iq6es . 
Uma lingua,, em s e n t i d o r e s t r i t o , "80 tem comuromlssas com 
o u t r a . Sua e s t r u t u r a independe da e s t r u t u r a de l inguas de p r e s t i g i o , 
aquelae que j 5 vPm sendo es tudadas , que t e m s i d a o b j e t o de r e f l e e o ' 
de muitos e por b a s t a n t e tempo. A s l i n q u a s sem u r e s t i g i o t6m a sun 
l d g i c a interne., suas i d i o s s ' i n c r a s i a s . E e i o esses f a t o s que o pes- 
quisador deve d e s c o b r i r , s i s t e m a t i z a r cam todo o comportamento da 
l ingua pa ra o r e s t a r sua c o n t r i b u i g i o 1 l i n g i i i s t i c a g e r a l . 
0 levantamento de dados l i n g i i i s t i c o s nSo i .um t raba lho i- 
solado. E um complexo obse rvar de tudo o que cerca e corno6e o qru- 
pb que f a l a a l ingua em es tudo , p o i s e l a i a 6nica rnanifestaqio cui 
t u r a l do gruoo c u j a iunc io exc lus iva i a de i n t e r r e l a c i o n a r seus f a 
l a n t c s . como escrava de seus senhores , e l a v a i acompanhando o desen 
v ~ l v ~ r n e n t ~ s o c i a l , 0s con ta tos , as g u e r r a s , a o o l i t i c a , modificando 
ge de acordo com esse desenvolvimento, r eg i s t rando em sen bojo tad? 
. . 
, . a h i s t d r i a do grupo. 
0s emprlstinlos fazem p a r t e da rnutaqlo l i n g i i i s t i c a , oala- 
vras tornam-se o b s o l e t a s , o u t r a s , jC idosas , renovam-se na ra assu- 
m i r posigZes bem d e f i n i d a s , como i o caso de dua- ~ a l a v r a s e m p o r t s 
g u l s que se combinaram para r e g i s t r a r urn momento h i s t d r i c o : diretos 
j ' i . 
0 inves t igador tern que e s t a r a t e n t o a todos esses fa to res . 
A l ingua cu jos problemas varnos d e i t a c a r oara s e r v i r de e- 
Biblioteca Digital Curt Nimuendaju
Coleção Lucy Seki
http://biblio.etnolinguistica.org/lucy

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