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Resumo AV2 Direito Civil 1 (ESTÁCIO) para salvar sua pele.

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O Código Civil Brasileiro e a Constitucionalização dos Direitos Civis. 
 Características do código de 1916. 
 Contexto histórico. 
 Surgimento do código Reale 
 Princípios norteadores garantidores do novo código civil: Eticidade, socialidade e 
operabilidade. 
 Constitucionalização dos Direitos Civis: Fenômeno jurídico-constitucional onde houve a 
revogação tácita de diversos dispositivos legais do código civil p ela carta magna de 1988, já 
que essa última abrigou em seu texto diversos regulamentos de matéria específica do Direito 
privado, tutelando assim diversos institutos civis.
 Pessoa Natural. 
 Capacidade de Direito/gozo/ Personalidade jurídica (Art. 1°): Configura-se pelo fato de 
todos indistintamente serem capazes de Direitos e Obrigações na Ordem Civil. 
 Capacidade de Fato: Possibilidade de um indivíduo exercer pessoalmente, sem o auxilio
de 
terceiros, os Direitos de que seja titular, bem como as obrigações que pretende contrair. Nem 
todos a possuem, sendo essa atribuída aos que alcançaram a maioridade civil, ou foram 
emancipados e não se encontram em nenhuma das condições elencadas nos art. 3° e 4° do 
C.C. 
Aquisição da personalidade (Art. 2°): 
 Teoria Natalista: O nascituro não é pessoa, pois a personalidade começa do nascimento
com 
vida, tendo o nascituro mera expectativa de Direito. 
 Teoria Concepcionista: O nascituro é pessoa, pois a lei assegura Direito s ao nascituro 
(Ex: 
Art. 542, doação, e Lei 11.804/08 dos alimentos gravídicos), e somente pessoa pode ter 
Direitos
Registro Civil: O registro civil, lavrado no RCPN, conforme os critérios da LRP, Art. 53°, 
possui caráter declaratório, apenas reconhecendo em Erga Omnes a existência e 
personalidade do indivíduo que a adquiriu, e não conferindo em si a ele este atributo jurídico. 
Emancipação: 
 Emancipação: Alcance da capacidade civil plena (capacidade de Direito + Capacidade 
de 
Fato) antes de se completar a maioridade Civil. Podendo essa ser admitida em três espécies: 
A voluntária – Art. 5°, inciso I, A judicial, Art. 9° Inciso II, e a legal. 
o Voluntária: Art. 5°, inciso I: “Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do 
outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou 
por sentença do juiz , ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos”. Obs. 
Deverá essa ser seguida de lavratura no registro junto ao RCPN, a fim de que seja 
oponível erga omnes. 
o Judicial: Art. 9° Inciso II: “A emancipação por outorga dos p ais ou por sentença do 
juiz”. Obs. Ocorre essa em caso de divergências entre os pais, ou na ausência de um 
deles, ainda sim, pode ocorrer quando o menor estiver sob o regime de tutela. 
o Legal: Art. 5°, Incisos II, III, IV e V: II - pelo casamento; III - pelo exercício de 
emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - 
pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, 
desde que, em função deles, o meno r com dezesseis anos completos tenha economia 
própria. Obs. Há sim hipótese e casamento antes dos 16 anos completos, sendo que só 
é admitido em caso de gravidez, promovendo a parte interessada a chamada ação de 
suprimento de idade para o casamento.
Representação e Assistência: 
Representação: Configura-se nas hipóteses elencadas no art. 3°, onde apesar do 
absolutamente incapaz possuir capacidade De Direito, necessita esse de representação para 
exercê-la de fato, tudo isso por intermédio da pessoa do representante, a qual substituirá sua 
vontade totalmente, valendo ainda ressaltar que algumas hipóteses como, por exemplo, na 
compra e venda d e imóveis, só poderá mediante autorização judicial o representante legal 
realizar o negócio jurídico. A lei sim protege o representado (seja por tuto r, ou ascendente) , 
pois presume que os menores e 16 anos não possuem discernimento para a devida prática dos
atos da vida civil. 
 Assistência: Modalidade de proteção ao r elativo incapaz (Art. 4°, C.C) instituída pela lei 
civil, onde o principal fator que a diferencia do regime da representação é o fato de que o 
assistente NÃO substituirá totalmente a vontade de seu assistido, e sim, os atos praticados por
esse último necessitam do consentimento de ambos, assistente e assistido. 
 Ação de Interdição: Recurso jurídico-processual que visa afastar a capacidade civil 
plena do 
indivíduo que ainda que tenha alcançado a maioridade, se encontra no rol dos art. 3° e 4°, 
figurando como absoluta/relativamente in capaz. Nessa ação será averiguado nível de 
discernimento do incapaz, onde após decretada sua interdição, 
nomear-lhe-a se curador, o 
qual preferencialmente será o seu cônjuge, já que e essa ação visa à proteção do patrimônio 
do 
interdito (curatela dos interditos) haja vista que o patrimônio é comum a ambos os cônjuges. 
Deverá proceder a referida declaração, a lavrat ura da interdição no RC PN, a fim de ser 
pronunciada Erga Omnes. 
 Pródigo: Segundo Flavio Tartuce, é aquele que gasta s eu patrimônio 
destemperadamente, e 
necessita de curador para lhe assistir nos atos civis de reflexo patrimonial elencados na forma 
do Art. 1782, C.C.
Fim Da Personalidade Jurídica: 
Morte Presumida sem ausência: 
 Conceito: Comprova-se a morte do indivíduo quando esse se encontra sobre as 
situações 
hipotéticas elencadas pelo Art. 7°, C.C ( Provável morte de que estava em perigo de vida; 
desaparecido em campanha ou feito de prisioneiro não for encontrado em a té dois anos, e etc.
Haja vista que este rol de dispositivos não é taxativo). Desta forma, es gotada as buscas e 
averiguações os herdeiros ajuizarão ação de justificação de óbito comprovando por 
documentos e testemunhas que o indivíduo encontra-se morto, ainda que não possuam o seu 
corpo, destarte haverá a lavratura da certidão de óbito.
Comoriência: 
 Trata-se de morte simultânea de parentes, onde, por não poder se provar qual dos 
comorientes 
veio a óbito primeiro, não há a transmissão de Direitos Sucessórios ente esses (Art. 8°).
Morte Presumida Com Ausência: 
 Processo judicial moroso a fim de s e obter lavratura da certidão de óbito daquele que 
há 
tempos saiu de seu domicílio não deixando notí cias, sem também deixar procurador ou 
pessoa que o represente administrando seus bens. Tal procedimento para declarar a ausência, 
protegendo os bens do ausente, e caso esse não retorne, lavrar seu óbito, se dará três etapas 
sucessivas. 
A primeira propriamente dita é a declaração do ausente, nomeando -lhe curador 
aos seus bem (Art. 22°, C.C), o qual normalmente será s eu cônjuge, 
lançando -se, 
posteriormente, editais citando o ausente de 2 em 2 meses pelo prazo de 1 ano, caso esse 
tenha deixado representante ou mandatário, porém, esse com poderes insuficientes para a 
curadoria dos bens, o prazo de levantamento do desaparecido nestes editais será o de 3 anos. 
Já a se gunda fase, tratará da sucessão provisória dos bens do ausente, onde se dará 
destinação 
inicial ao patrimônio desse em favor de seus legítimos herdeiros, porém, com uma certa 
ressalva, se caso esses bens produzem algum fruto como, por exemplo, o civil, renda 
proveniente de locação de imóvel, poderão todos os herdeiros (i.e, cônjuge, ascendente e 
descendente) aproveitarem integralmente esses frutos, com a exceção dos irmãos, dos tios e 
de outros, os quais deverão depositar 50 % em juízo desse quantum. Ainda, nessa fase, insta 
salientar que os bens do ausente n ão podem, por enquanto, serem aliena dos, e que caso os 
que não forem herdeiros legítimos do ausente (cônjuge, ascendente e descendente) 
sucederem 
aos seus bens, deverão prestar caução de igual valor aos bens do desaparecido. N a terceira 
fase, também dita sucessão definitiva, cuja execução se realiza após 10 anos de decretada a 
sucessão provisória, a personalidade do ausente enfim será extinta, e lavrado será o seu óbito.Releva comentar sobre o possível retorno do ausente durante o transcorrer dessas três fases, 
caso seja durante a primeira, n ada acontecerá pois efeito alguma ocorreu senão a nomeação 
do curador, se na se gunda, reaverá esse os seus bens no estado em que se encontrarem, da 
mesma forma durante os 10 anos subsequentes à sucessão definitiva, porém, caso retorne 
esse 
10 anos após a dita fase (Art. 39°, C .C), não possuirá direito algum sobre o patrimônio que 
deixou em seu domicílio. Lembre-se que a declaração do ausente se averbará no RCP N, 
conforme disposição do art. 9, Inc. 4, C.C).
Pessoa Jurídica. 
Conceito: Elencadas estão nos art. 41° C.C e 42° C.C – Pessoas jurídicas de Direito Público 
interno/externo, e no art. 44°, C.C as pessoas jurídicas de Direito Privado. 
 A criação d a P.J de Direito Privado, institui -se por meio de ato constitutivo (JUCERJA), 
dissertando esse a sua natureza e sua finalidade, procedido de registro junto ao RCPJ (Art. 
45°), onde esse último é de caráter constitutivo, acrescentando personalidade sobre a pessoa 
jurídica, diferentemente do registro civil da pessoa física, o qual, repita - se, é de natureza 
declaratória. 
 A P.J possui existência distinta da pessoa física, tendo essa patrimônio próprio, 
responde civilmente de maneira independente, não se confundido com a personalidade de 
seus membros (ilimitada).
 A sociedade irregular é aquela que não tem sua existência em conformidade com o que
previa seu ato constitutivo, já a sociedade de fato jamais foi registrada ou criada de acordo 
com os ditames legais, essas duas espécies de P.J não possuem personalidade jurídica, 
podendo se avançar sob o patrimônio de seus sócios em caso de ação judicial.
Associações: 
 São corporações, ou seja, assim também como as sociedades são uma afetação de 
pessoas 
com o fim de atingir uma finalidade comum, entretanto, diferencia-se d essa última, pelo fato 
dessa finalidade não ser de natureza econômica (Art. 53°). 
 Os associados podem se associar e o inverso livremente, da mesma forma, não 
possuem 
direitos e obrigações recíprocos entre eles (Art. 53°, § Único), pode haver na associação 
diversas categorias de associados (Art. 55°), deverá o associado que for expulso, assim ser 
mediante prévio pro cedimento administrativo que garanta a ampla defesa e o contraditório 
(Art. 57°, C.C), ainda si m, tem o STJ decidido que aquele que se beneficia das atividades de 
uma associação, mas que porém, dela não faz p arte e nela não contribui, seja réu em ação 
judicial para que coercitivamente venha a cooperar com corporação aludida. 
 A criação d a associação se dá também pelo ato constitutivo, porém, de nomina-se esse
de estatuto.
Fundação: 
 São afetações, dotação de patrimônio destinado a atingir uma finalidade não 
econômica, 
assim como a associação, porém moral, religiosa, cultural ou de assistência (Art. 62°, § 
Único, C.C, Rol não taxativo). 
 A criação da fundação se dará por escritura pública ou testamento (Art. 62), devendo o 
instituidor, após a dotação dos bens, elaborar junto ao ministério público o estatuto (ato 
constitutivo), sendo que esse não poderá se desviar de suas finalidades não econômicas, 
devendo ser aprovado pelo ministério público, com o fim de se realizar a lavratura do registro 
junto ao RCPJ. 
 O estatuto da fundação poderá ser alterado seguindo -se os ditames da lei (Art. 67°, 
C.C) e 
ainda sim, a fundação poderá ser extinta (Art. 69°, C.C).
Responsabilidade Civil da Pessoa Jurídica: 
Conceito: Pode ser essa, conforme disposição do art. 225°, §3°, C.C, ré em ação penal. 
Também 
pode ser titular de alguns Direitos da personalidade (Art. 52°, C.C), como a honra objetiva, 
essa, por 
sua vez, traduz-se na reputação ou fama da P .J, o conceito que essa goza perante a 
coletividade, quando essa apresentação da p.j perante a sociedade é lesionada, cabe hipótese 
de indenização pela ação de danos morais e até patrimoniais
 Danos: O dano patrimonial subdividi-se em dano emergente, e lucro cessante, sendo o 
primeiro, aquilo que a pessoa perdeu de imediato com a ocorrência do ato ilícito do sujeito 
que o lesionou, já o segundo é o que a pessoa jurídica visivelmente deixará de lucrar com a 
ocorrência da infração. 
 Vale fixar que a responsabilidade da pessoa física diante das mencionadas ações é 
subjetiva, 
já a da pessoa jurídica, é objetiva.
Responsabilidade da Pessoa jurídica De Direito Público: 
 Responde a P.J de direito Público objetivamente, ou seja, em caso de ilícito cometido 
por 
seus funcionários, nada importando o dolo ou a culpa do agente para a caracterização da ação,
ainda sim, o Art. 43, assegura do Direito de regressão contra os causadores do dano, ai 
sim, importando se houve o elemento subjetivo por parte do agente ou não, ocorre esse 
quando se trata de uma pessoa jurídica de Direito privado, a qual presta serviço público, 
responde essa objetivamente, porém, repita-se, abre-se a hipótese do Direito de regressão ao 
lesionado (Art. 37°, §6°, C.F).
Teoria da aparência: A teoria da aparência nada mais é que a crença por parte de um suposto 
representado de que representa determinada pessoa jurídica, quando, na verdade, não. Sua 
aplicação tem se dado nos tribunais comumente nos casos em que pessoas físicas/jurídicas 
que representavam 
certa P.J, deixam de assim o fazer e não realizada a comunicação formal a coletividade de que 
isso ocorreu. 
O indivíduo que sofreu dano por tal situação poderá ajuizar ação tanto em face do falso 
representante, quanto da empresa que supostamente esse representava.
Teoria da Desconsideração da Pessoa Jurídica (Disregard Doctrine): 
Conceito: Trata-se de hipótese de penhora judicial ou quaisquer outros recursos que permitam 
o avanço aos bens dos membros, pessoas físicas por detrás de uma pessoa jurídica, em caso 
de ação judicial.
 Ainda sim, que haja essa possibilidade, conforme assevera o art. 50°, C.C, a 
desconsideração da pessoa jurídica é subsidiária à distinção da existência da P.J da pessoa 
física, ou seja, a responsabilidade dos sócios não se confunde com as dívidas contraídas pela 
pessoa jurídica, sendo que essa deverá, se possuir patrimônio suficiente, saudar as dívidas 
sem prejuízo aos bens dos sócios.
 Teoria Maior objetiva: Adotada pelo código civil vigente (Art. 50°, C.C) exige que apenas
prove-se o ato fraudulento de abuso da personalidade da P.J (Confusão Patrimonial, fraude 
contra credores, etc.), para assim, o juiz decretar a teoria da penetração sobre a entidade, não 
importando a má ou boa fé dos seus membros.
 Teoria Maior Subjetiva: Atinge-se os bens dos membros da P.J, porém importando a 
comprovação de dolo ou culpa por parte desses na prática do ato fraudulento. Teoria essa 
afastada pelo legislador, devido a dificuldade probatória de tais intentos fraudulentos. 
 Teoria Menor: Nessa não importa se houve ou não abuso da personalidade (Confusão 
patrimonial, fraude contra credores e etc.) da P.J, para se alcançar o patrimônio dos sócios, 
apenas em se tratando de prejuízo quanto ao cumprimento de uma obrigação da P.J poderá se 
alcançar não só o patrimônio de um membro da entidade, mas sim, de todos, pois o que vale é 
o cumprimento da obrigação assumida pela P.J. A lei consumerista no art. 28°, §5°, admite 
tal possibilidade, bem como, em casos de indenizações ambientais.
Desconsideração Inversa: 
 Conceito: Ocorre quando a fim de assegurar obrigações assumidas pela pessoa física, 
atinge -se o patrimônio da pessoa jurídica de que essa pessoa natural é membro. É comum no 
caso de divórcio, em que um dos cônjuges a fim de não perder seus bens no m omento de 
partilha conjugal, os transfere para P.J, passando esse a ser, em tese, de todos os membros, 
quando na verdade não o é, prejudicando assim seu marido ou esposa. 
Dissolução da pessoa jurídica: 
 Poderá ocorrer por meio de lei, nos casosem que a pessoa jurídica é pública e 
semelhantemente foi instituída por lei. Já nos casos de pessoa jurídica d e Direito Privado, 
ocorrerá por meio de 3 hipóteses. A dissolução administrativa, que é quando é cassada a 
autorização da p.j que por obrigação da lei foi criada por meio de aval do poder executivo.Ex: 
Bancos, financeiras. Dissolução judicial , por intermédio de decretação pelo Juiz. Ex: 
Falência, ou falta d e consenso dos sócios em extinguir a Pessoa jurídica. E por último, não 
menos importante, a consensual, onde pelo acordo de vontades há o destrato do ato 
constitutivo e do registro. Art. 51°, C.C.
Direitos Da Personalidade. 
Características: 1) Absolutos: Devem ser re conhecidos Erga Omnes. 2) Inerentes: A condição 
de ser humano (Direitos Naturais). 3) Imprescritíveis. 4) Impenhoráveis. 5) Vitalícios 6) 
Intransmissíveis (Com algumas exceções, como por exemplo, a doação de órgãos. 7) 
Irrenunciáveis
(o que ocorre com os Direitos de imagem e autorais é a sua cessão temporária, e não a renúncia desses)
 Tutela repressiva: Cessa a lesão atual à um Direito da Personalidade 
 Tutela Inibitória: Impede a futura lesão à um Direito da Personalidade. 
 Nome: Tem tratamento de Direito da Personalidade (Prenome + Pronome). 
 Domicílio: Constituído, em geral, de um requisito objetivo (A residência) e um subjetivo 
(O ânimo de ali permanecer). O indivíduo pode pela pluralidade de domicílios (Art. 72°, C.C) 
possuir diversos domicílios, tanto um geral (o de sua escolha, voluntário) quanto o especial 
(Ex: onde exerce sua profissão). O domicílio ainda sim pode ser necessário, geral e especial. 
Hipóteses de domicílio necessário especial: O incapaz, o servidor público, o militar, o 
marítimo e o preso. Ainda sim o domicílio pode ser escolhido por cláusula contratual de foro 
de eleição, contado que não seja esse instituído nas relações d e consumo que prejudiquem o 
consumidor.
Bens. 
Conceito: 
 Móveis e imóveis: Trata-se a primeira diferenciação em bens móveis e imóveis, onde 
esse 
último é adquirido por meio do registro no cartório de imóveis, exigindo p ara sua alienação a 
outorga conjugal, podendo ainda esse ser objeto de hipoteca em casos de contrato que exija 
caução. 
 Móveis: Os bens móveis são adquiridos por meio da tradição, entrega, não sendo 
necessária a 
outorga conjugal par a sua alienação. Em se tratando de bens móveis, não haverá hipoteca 
desses, podendo sim haver o penhor de algumas exceções, as aeronaves e os navios. 
 Bens Imóveis: 4) são as espécies de bens imóveis. 1) O solo propriamente dito, 2) o 
imóvel por acessão natural (foram incorporados ao solo sem a participação humana. Ex : 
Árvores, plantas e etc.) 3) os por acessão artificial (Agregaram-se ao solo pelo elemento 
volitivo. 
Ex: Casa, prédio e etc.). E por último, não menos importante, 4) os bens imóveis por definição 
legal, verbi gratia, o Direito a sucessão aberta ( Direito de herdar que permanece no período 
do óbito até o ato de adjudicação ou partilha) e os Direitos reais sobre Imóveis e suas ações, 
Art. 80°, Incs. I e II, C.C. 
 Bens móveis: Quanto a esses, existem também conforme o codex estudado, 3 
subespécies. 
1) Os móveis propriamente ditos, que se movem por força alheia,
2) os que se movem sem o auxilio humano, também chamados semoventes, 
3) e os por definição legal: As energias que 
tenham valor econômico, os direitos reais sobre móveis, e os Direitos pessoais de caráter 
patrimonial, Art. 83°, Incs. I, II e III, C.C).
Observações: São considerados bens im óveis aqueles materiais que r etirados de propriedade 
provisoriamente, e que contudo, serão nela reintegrados (Art. 81°, Inc. II, C.C) E são 
considerados 
bens móveis aqueles materiais de construção que se integraram n a propriedade, volt ando 
também a 
essa qualidade quando houver sua demolição (Art. 84°). Valei aind a difer enciar os bens 
corpóreos 
(Tangíveis) dos incorpóreos (Intangíveis), t ambém lembrando que no c aso dos bens imóveis 
por 
acessão natural ou artificial, lhes recai o princíp io da gravitação jurídica, onde os bens 
acessórios 
seguiram os principais. 
 Bens Fungíveis e Infungíveis: Trata-se de bem fungível aquele que não p ode ser 
substituído por outro da mesma qualidade ou gênero, podendo essa originalidade do bem advir
de três formas: Da sua natureza, da afetividade empregada pelo seu proprietário, e por via 
contratual. 
Para aplicação prática, percebe essa distinção na categoria dos empréstimos, pois quando esse
é de bem infungível, diz -se que houve comodato (Art. 579°, C.C) e quando de bem fungível, 
mútuo (Art. 586°, C.C). 
 Bens Consumíveis e Inconsumíveis: Consumíveis são os bens móveis que importam em 
destruição imediata quando feito o seu uso, ou quando esses estiverem suscetíveis à alienação
(Art. 86°). O imediatismo dessa destruição não necessariamente o corre no primeiro uso da 
coisa, porém pode esse s e dar de duas maneiras, a primeira decorrente do primeiro uso sim, e
a segunda proveniente d o curto tempo de sobrevida do objeto, dado a sua natureza. Já a 
segunda categoria de bens consumíveis é a de bens móveis suscetíveis a alienação (onerosa, 
gratuita etc.). 
 Bens divisíveis e indivisíveis: Indivisíveis são aqueles quando fracionados importam em 
alteração na substância, prejuízo do uso a que se destina ou diminuição considerável do valor 
do bem, o inverso define os bens divisíveis. Pode ainda a indivisibilidade ser natural, legal ou 
convencional. A natural refere-se a definição já citada no início do parágrafo. A legal, trata de 
imposição da lei quanto a indivisibilidade daquele bem, a convencional diz respeito ao 
interesse das partes proprietárias da coisa. 
 Bem Principal e Acessório: Principal é o que possui existência autônoma, independente 
de outro bem ou coisa, e acessório, é aquele que como alude o princípio da gravitação jurídica,
pressupõe a existência do bem jurídico principal (Art. 92°, C.C), excluindo-se ai a pertença e 
o bem imóvel por antecipação (Art. 94°, C.C).
Bens Acessórios: 
 Frutos: São os rendimentos que a coisa principal pode gerar ao seu proprietário, esses 
se definem pela sua renovação, ou seja, continuam a se produz ir s em importar na destruição 
da coisa ou bem, e por sua periodicidade, de tempo em tempo podem ser percebidos. Ainda 
sim, o fruto pode ser natural, industrial ou civil. Natural é que é produzido sem intervenção da 
força humana, enquanto o industrial é o oposto. Já o civil nada mais é que os lucros e 
rendimentos que o bem principal gerar, como por exemplo, o quantum pr oveniente de 
locação de imóvel. 
 Produtos: Se distinguem dos frutos po r que não são renováveis, ou seja, sempre que 
percebidos incorrem na diminuição da coisa principal. 
 Benfeitorias: Podem ser essas de três espécies de acordo com o tratamento dado pelo 
art. 96° e seus parágrafos, C.C : Úteis (Aumentam e facilitam o uso do bem); Necessárias 
(Conservam o bem e evitam sua deterioração) e voluptuárias (São de mero deleite, recreio e 
embelezamento da coisa). Conforme disposição dos arts. 35° e 36° da lei 8.425 (lei de 
locação) de 91, pode o locatário ser indenizado pelas benfeitorias necessárias e úteis 
realizadas no bem, inclusive, pode fazer uso do Direito de retenção do pagamento dos 
alugueis, caso não seja até então indenizado. Vale a ressalva que caberá som ente esses 
Direitos em caso de benfeitoria útil quando autorizada essa pelo locador. Já a voluptuária 
poderá ser restituída ao seu proprietário, contado que não importe na destruição /diminuição 
da coisa principal. Em s e tratando de ressarcimento das benfeitorias em outras hipóteses as 
quais não seja de locação, poderá o adquirente d e boa-fé se r indenizado por todas elas (úteis,
voluptuárias e necessárias), além é claro de fazer uso de s eu Direito de retenção, porém o 
adquirente de má-fé, só poderá ser ressarcido quanto a benfeitorianecessária, além de não 
possuir o Direito de retenção, assim regulamenta os arts. 1219° e 1220° da lei codificada. 
 Pertenças: Bens acessórios empregados na coisa principal com o intuito de conferir-lhe 
funcionalidade ou embelezamento, porém, diferenciando-s e das benfeitorias dada a sua 
destacabilidade/remoção do bem principal, destarte, não incorrendo na diminuição/prejuízo 
do bem principal, o que de certa forma até reforça o fato do princípio da gravitação jurídica 
não se aplicar às pertenças já que essas não necessariamente pressupõe a existência de um 
bem principal, podendo sim serem objetos autônomos de um negócio jurídico.
Bens Públicos: 
 Conceito: Como se percebe na interpretação volunta legis do Art. 98°, C.C, o legislador 
preferiu configura que o bem é de uso público quando esse possuir a pessoa jurídica de 
Direito público interno, ou seja, sabe-se que o bem é público pela sua titularidade e não dada 
a sua definição. Sendo certo que essa categoria de bem admite três espécies elencadas nos 
incs. I, II e III do art. 99°, C.C: O de uso comum (todos indistintamente tem acesso, ainda que 
sejam financeiramente cobrados para isso. Ex: Rua, praça, estrada e etc.). Os de uso especial 
(Estão destinados à uma finalidade, portanto exigem certa restrição aos cidadãos. Ex: Prédios, 
hospitais, fórum e etc.) E por fim, o bem dominical (bem público que assume função e 
funcionalidade de pessoa jurídica de Direito privado. Ex: Terreno baldio, imóvel público 
locado à particular e etc.). 
 Características do Bem Público: Consagrados pela doutrina, três são as elementares de 
um bem público: Imprescritibilidade, inalienabilidade, e impenhorabilidade. A primeira trata -se
da restrição, principalmente à prescrição aquisitiva (usucapião) de um b em de uso público 
(Art. 102°, C.C ) já a segunda, diz respeito a impossibilidade de alienação do bem público d e 
uso comum ou especial, salvo se esse não estiver atendendo à usa finalidade vindo a ser 
desafetado, tornado-se bem dominical, o qual admite sim a alienação, porém sob os ditames 
de um processo administrativo de competência da função de poder executiva, destarte há a 
fiscalização necessária das movimentações com um patrimônio de posse coletiva e pública. 
Insta o esclarecimento da impenhorabilidade do bem público. 
É mais que lógico que esse não pode ser objeto de penhora judicial, como ser-lhe-ia o 
ressarcimento então do credor que ajuíza ação de cobrança em face do Estado por 
inadimplência de título público? 
Ora, instituído está por lei o denominado sistema de precatório, onde o credor figurará como 
tal em fila de pagamentos previstos para o orçamento do ano seguinte do município ou estado 
em que estiver se opondo na mencionada ação. 
Fatos jurídicos. 
 Fato Jurídico Lato sensu. 
 Fato Jurídico Strito Sensu – Ordinário – Extraordinário. 
 Ato Fato Jurídico. 
 Ato Jurídico – Lícito ou ilícito - Ato Jurídico Strito Sensu ou Negócio Jurídico – Bilateral ou 
Unilateral – Título gratuito ou oneroso.
 Negócio Jurídico. 
Pressupostos de existência do negócio jurídico: 
 Finalidade negocial: Atribuir consequências a sua manifestação de vontade. 
 Vontade humana: Vontade livre e declaração de vontade em conformidade com a 
vontade interna. 
 Objeto idôneo: Objeto próprio, adequado para àquela modalidade de negócio.
 Validade do Negócio Jurídico. 
Nulidade e Anulabilidade: 
Conceito: Espécies de invalidade do negócio jurídico, sendo a primeira m ais grave e a 
segunda nem tanto. Sanções para aqueles que ao arrepio da norma celebraram o negócio 
jurídico.
DISTINÇÃO ENTRE NULIDADES E ANULABILIDADE
Nulidades Anulabilidades
Fundamenta-se em razões de ordem pública. Fundamenta-se em razões de ordem privada. 
Pode ser declarada de ofício pelo juiz, a 
requerimento do MP, ou de qualquer 
interessado. (Art. 82°, CPC.).
Somente poderá ser invocada por aquele a 
quem aproveite, não podendo ser reconhecida
de ofício. 
Não é suscetível de confirmação. É suscetível de confirmação ou redução. 
Não convalesce (Prescreve) pelo passar do
tempo.
Prazo decadencial de quatro anos. (Art. 178°, 
C.C).
Não produz efeitos. (Ação retroativa, Ex Tunc). Produz efeitos, enquanto não for anulado. 
Reconhecida através de ação meramente 
declaratória.
Reconhecida através de ação desconstitutiva, 
sujeita a prazo decadencial.
Admite conversão substancial. Admite sanação pelas próprias partes. 
Em regra o pronunciamento da nulidade pela 
sentença declaratória de natureza temporal 
ex tunc, atingirá o terceiro de boa-fé, não o 
protegendo. 
Protege-se o adquirente de boa-fé por 
intermédio 
do recurso da indenização (Art. 182°, C.C).
Ex Tunc (Reotrativo). Ex Nunc (Só produz efeitos dali em diante). 
Pressupostos De Validade do Negócio Jurídico: 
 Conceito: Art. 104°, e Incs. I, II e III: Agente capaz, objeto lícito, possível, determinado 
ou determinável, forma prescrita ou n ão defesa em lei. Ainda acrescenta a doutrina mais duas 
hipóteses, a legitimação e o consentimento. 
 Agente capaz: O ato de absolutamente incapaz é Nulo, pois apesar do prejuízo 
financeiro que a nulidade desse possa provocar, a coletividade entende que é intolerável a 
prática válida de negócio por absolutamente incapaz. O ato de relativamente incapaz é 
Anulável, pois por conta da idade, o relativo já possui um certo grau de discernimento, 
podendo sozinho praticar alguns atos civis que faculta a lei. 
 Objeto Lícito: Hipótese de Nulidade. 
 Forma: Quando Ad Substanciam (Prescrita em lei) e desrespeitada, a hipótese s erá de 
nulidade. Ex: Art. 108°, C.C, escritura pública para a venda de bens de valor superior a 30 
salários mínimos do valor vigente no país. Quando Ad Probatione (forma livre, não solene, 
ao critério das partes), não ocorrerá nenhuma das hipóteses. 
 Falta de legitimação: Hipótese de anulabilidade.
Defeitos Do Negócio Jurídico. 
Elementos Acidentais Do Negócio Jurídico: Ineficácia 
 Ineficácia Simples: Derivada de origem contratual ou por circunstância exterior ao 
negócio. 
 Ineficácia Relativa: Ineficácia de um negócio com relação a outro. 
 Ineficácia Superveniente: O negócio produziu efeitos regulares que posteriormente 
cessaram por causa superveniente. 
 Prazo decadencial de anulação: Em qualquer que seja o vício, 4 anos, Art. 178, caput, 
C.C. 
Vícios De Consentimento: 
Conceito: descompasso entre vontade interna e declarada.
 Erro: Três são os critérios para a sua configuração: A escusabilidade (O homem comum 
poderia incorrer em erro), o potencial conhecimento da outra parte em que o agente celebrou 
o negócio incorrendo em erro, e a essencialidade do erro, ou seja, s e n ão tivesse o agente 
representado erroneamente a realidade, não teria ele celebrado o negócio, caso esse último 
quesito não se apresente, tem -se o que comumente se chama de erro acidental.Segundo o 
art. 139, incs. I e II, C.C, pode o indivíduo incorrer em 4 espécies de erro de fato: O sob re a 
natureza do negócio, sob re o objeto, sobre pessoa (In Persona) e ainda sim, o erro que recai 
sobre a qualidade do objeto.Ainda sim , conforme disposição do Art. 142°, C.C, facilita o 
legislador a ratificação/convalidação do negócio errôneo sobre a pessoa/coisa, destarte não 
incorrendo na anulação do negócio jurídico. Vale por ora ressaltar também a hipótese de erro 
de Direito, onde o agente age achando que está amparado por motivo legal, quando na 
verdade não está, nunca esteve (Art. 139, Inc. III, C.C ). 
O art. 141°, C.C, coloca também como hipótese a transmissão errônea da vontade , seja ela 
por meios eletrônicos por exemplo, 
a qual vicia o negócio jurídico, cabendo hipótese de anulação do negócio. Segundo o Art. 
140°, C.C, o falso motivo só viciará o negócio quando estiver esse estipulado na declaração 
de vontade do negócio.
 Dolo: O dolo ocorre quando a engano, intento fraudulentoem conduzir a outra p arte a 
celebrar negócio jurídico, declarando vontade diversa daquela que internamente possui. 
Da mesma forma que o erro, o dolo poderá ser essencial (Art. 145°, C.C), ou acidental (Art. 
146°, C.C), cabendo respectivamente no primeiro a anulabilidade e no segundo, perdas e 
danos na forma do art. 146°, C.C. Ainda que diga o contrário Art. 178°, C.C, segundo a 
doutrina, o negócio jurídico viciado por dolo terá o prazo decadencial contado a partir do 
momento em que o sujeito tomou conhecimento do engano. Pode o dolo, de todo ser 
omissivo ou comissivo, sendo que a primeira hipótese está relacionada ao dever de 
informação em negócio jurídico bilateral. O dolo também, segundo a doutrina poderá ser 
bônus ou malus. No primeiro o agente exalta de m aneira muito vantajosa as características do
produto, omitindo-se quanto as suas desqualificações, já no segundo, o agente age de maneira
mentirosa, acrescentado ficções e supostos benefícios com relação àquele objeto. O dolo por 
sua vez, pode também ser acometido por terceiro, não participante do negócio jurídico, sendo 
assim, a lei protege a parte que celebrava de boa-fé, e que não tinha ou não podia saber do 
intento dolos por parte do terceiro que o representando, destarte afastando a anulabilidade do 
negócio jurídico, cabendo somente hipótese de perdas e danos. A compensação tanto no dolo, 
quanto no erro impedem sim a anulabilidade do negócio.
 Coação Moral: Conforme dispara o art. 178°, Inc. I, C.C, inicia o prazo decadencial 
comum aos defeitos a partir do dia em que a coação cessar. A co ação é de ordem subjetiva, 
não se confundindo essa com simples ameaça moral decorrente do exercício regular de um 
Direito, muito menos do temor reverencial entre os familiares. Cabe na hipótese de coação a 
anulação do negócio, bem como eventual ação de danos morais, materiais ou de abuso de 
Direito. 
 Estado de Perigo: Requisito objetivo: Desproporcionalidade. Requisito subjetivo: Estado 
de necessidade (Art. 156°, C.C). Dolo de aproveitamento. Ex : Cheque Caução. Hipóteses de 
anulabilidade. 
 Lesão: Requisito Objetivo: Desproporcionalidade. Requisito subjetivo: 
Inexperiência/necessidade de Contratar. Devem estar presentes esses dois requisitos no 
momento da celebração do negócio, para ai sim caber a hipótese de ação anulatória, pois s e 
por via superveniente ocorrerem, não haverá o instituto da lesão, sendo hipótese, segundo a 
teoria da imprevisão (Art. 478°, C.C) de resolução do contrato. O prazo decadencial começa a 
valer a partir da celebração do negócio.
 Fraude Contra Credores: Trata-se de vício social, pois o agente age declarando a sua 
vontade sem discordância da que possui internamente. É hipótese de anulação do negócio. 
Resolvida é por meio da ação revocatória ou pauliana. A alienação inválida que ocorreu na 
fraude contra credores protegerá o adquirente de boa-fé. Na alienação a título gratuito não se 
discutirá a boa/má fé do adquirente. Em caso de adquirente de boa-fé que celebrou o negócio 
porém, a título oneroso, ainda não cumpriu sua obrigação de pagamento, deverá esse, após 
ajuizada ação pauliana, depositar em juízo o valor que pagaria ao agente fraudulento, citando 
o juiz os credores, a fim de que eles possam terem ressarcidas suas dívidas. Requisito 
Objetivo da Fraude: Eventus Damni. Requisito Subjetivo da Fraude: Consilium Fraudis. 
 Credor Quirografário: Aquele que não exige caução para a cessão de seus créditos. 
Representação e defeitos do negócio jurídico: 
Espécies: Representação legal (Curador, tutor, pais), Representação convencional (Mandato 
por 
meio da procuração: Culpa in eligendo). 
 Conceito: Em ambas as hipóteses o representante celebra negócio jurídico que não 
afetará diretamente seu p atrimônio, porém sim, o daquele que ele representa. Caso quem de 
forma fraudulenta a cometa o vício do negócio jurídico seja o representante (Convencional), 
poderá o agente que foi ludibriado ajuizar ação anulatóri a em face (Perdas e danos) do 
representante, fazendo com que esse seja punido pela má escolha daquele que lhe re presenta
(Culpa in eligendo), caso a situação seja de representação legal, ajuizará a parte lesionada 
ação somente em face do representante.
Aula 10: Prescrição e Decadência 
Conceito: Fatos jurídicos strito sensu ordinários. Fundamentam-se na inércia do titular de um 
Direito. São institutos que garantem a segurança das relações jurídicas. O maior prazo 
prescricional admitido em lei é o de 10 anos, no código Bevilacqua era de 20. Os prazos 
prescricionais encontram -se entre os arts. 205° e 206°, C.C, já os decadenciais estão 
espalhados pelo código.
Prescrição Decadência
Objeto Extingue a pretensão Extingue o direito potestativo
Prazo É fixado por lei Pode ser estabelecido por lei
ou pela vontade das partes. 
(Convencional ou Legal)
Pode ser suspenso, impedido
ou interrompido.
Corre contra todos, não 
admitindo as causas de
interrupção, suspensão ou de 
impedimento (Exceção: art.
198, I, C.C).
Pretensão Pode decorrer o direito 
subjetivo do contrato ou da
lei.
Igualmente
Prestação Pode ser de trato sucessivo ou
imediato
Semelhantemente
Art. 882° C.C, a lei resguarda 
o pagamento ao credor 
mesmo que tenha se prescrito
a pretensão da ação de 
cobrança desse.
Não corre contra Direitos da 
personalidade, Direitos de 
família e contra usucapião.
Analise pelo Juiz A prescrição, apesar de dizer 
respeito a interesses 
patrimoniais, poderá ser 
conhecida de ofício pelo juiz 
(Art. 219°, Inc. 5°, CPC) pois 
revogado foi expressamente o
art. 194°, C.C, em 2006.
A decadência legal pode ser 
conhecida de ofício, enquanto 
a caducidade convencional 
não pode.
Renúncia Após a consumação pode ser 
renunciada, desde que não 
prejudique a terceiros.
A decadência legal não admite
renúncia nem mesmo após sai
consumação.
 Tanto as causas suspensivas como as impeditivas fluem ind pendentemente de 
qualquer conduta do interessado no sentido de suspender ou impedir. 
 Nas causas suspensivas o prazo prescricional já vinha correndo e com o advento dessa 
causa ficou paralisado até que a causa suspensiva não mais esteja presente. Com um fim da 
causa suspensiva o prazo prescricional voltará a correr aproveitando o prazo prescricional já 
deflagrado.Ex: Motorista Faol. 
 Os prazos prescricionais não correm contra o absolutamente incapazes, cabendo aos 
assistentes e representantes legais ingressarem com a ação na forma do art. 195. 
 As causas interruptivas da prescrição exigem uma conduta voluntária do titular do 
direito subjetivo, além disso, podem ocorrer uma única vez, esgotando o prazo prescricional, 
fazendo-o recomeçar do marco zero. 
 Intercorrências do judiciário não acarretaram na prescrição do titular de um Direito 
exercer sua prestação, porém, se por inércia desse, o processo já em juízo vier a ser prolongar,
caberá perfeitamente esse instituto. 
 Hipóteses de interrupção da prescrição elencadas pelo art. 202: Notificação judicial ou 
extrajudicial; pedido de parcelamento, perdão ou confissão de dívida, e etc. 
 A interrupção da prescrição em caso de concurso de credores, não aproveitará um 
desses desde que tal benefício não esteja prevista em lei, é a chamada solidariedade, a qual 
necessariamente precisa ser legal. Ex: Lei de locação. 
 A regra da gravitação jurídica presencia -se na solidariedade como causa de interrupção
da prescrição aos agentes que fazem parte de negócio jurídico acessório.
Att.
Gabriel J. Coelho Souza
em 29/05/2017

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