Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Circuito RC como diferenciador e integrador Fabio Rasera Fernanda Vito´ria Roman de Oliveira Luan Bottin de Toni 1 de junho de 2017 1 Introduc¸a˜o Nesse experimento analisamos as diferenc¸as entre dois circuitos RC com configurac¸o˜es diferentes, um diferenciador e outro integrador. Alternamos ambas configurac¸o˜es com diferentes resistores e capacitores para modificar o sinal de sa´ıda com a finalidade de observar as curvas perio´dicas de carre- gamento e descarregamento no oscilosco´pio. 2 Referencial Teo´rico Um circuito RC, como diz o nome, e´ um circuito formado por um resistor e um capacitor. Nesse experimento, estudamos o comportamento de circuitos RC como integradores e diferenciadores. O circuito e´ alimentado pelo gerador de func¸a˜o que, atrave´s de uma onda quadrada, simula uma chave no circuito que, por sua vez, simula uma tensa˜o alternada alimentando o circuito. O circuito RC se comporta como diferenciador se τ << T , nesse caso geralmente na˜o passa corrente pelo capacitor, logo na relac¸a˜o: Vin = VC + VR (1) VC sera´ aproximadamente igual a Vin (VC ≈ Vin). Sabemos ainda que: i(t) = dQ dt = C dVC dt (2) multiplicando a equac¸a˜o por R, e sabendo que VC ≈ Vin, temos que: VR = RC dVin dt (3) O circuito RC se comporta como integrador se τ >> T , nesse caso sempre passa corrente pelo capacitor, carregando ou descarregando. Assim, 1 temos que VC ≈ 0 e, pela equac¸a˜o 1, temos que Vin = VR. Logo, a equac¸a˜o 3 e´ reescrita como: Vin = RC dVout dt (4) isolando a voltagem de sa´ıda, temos que: Vout = 1 RC ∫ t 0 Vin(t ′)dt′ (5) 3 Materiais Utilizados Foram utilizados os seguintes materiais: • Oscilosco´pios; • Multiteste; • Gerador de func¸a˜o; • Capacitores (C1=0,01µF e C2=0,22µF); • Resistores (R1=1kΩ e R2=5kΩ). 4 Procedimento de coleta de dados Primeiramente foi montado o circuito RC no qual entrava um sinal de onda quadrada do gerador de func¸a˜o e a sa´ıda era dirigida para o osci- losco´pio. Para formar um circuito RC diferenciador o resistor foi posicionado em paralelo e o capacitor em se´rie com o gerador de func¸a˜o e o oscilosco´pio, assim como mostra a imagem a seguir: 2 Figura 1: Montagem do circuito RC diferenciador Figura 2: Montagem do circuito RC integrador Para o circuito RC integrador, o resistor e´ posto em se´rie e o capacitor em paralelo com o gerador de func¸a˜o e o oscilosco´pio, assim como mostra a imagem: 5 Dados Experimentais Coletamos as imagens de sa´ıda no oscilosco´pio para os arranjos R2C1, R1C1 e R2C2 que sera˜o posteriormente analisadas. 3 Figura 3: Onda do gerador de func¸o˜es. Figura 4: Onda para circuito diferenciador R1C1. 4 Figura 5: Onda para o circuito diferenciador R2C1. Figura 6: Onda para o circuito diferenciador R2C2. 5 Figura 7: Onda para o circuito integrador R1C1. Figura 8: Onda para o circuito integrador R2C2. 6 Figura 9: Onda para o circuito integrador R2C1. 6 Ana´lise dos dados Analisando-se as figuras 4, 5 e 6, verificamos que a tensa˜o no resistor realmente e´ a derivada da tensa˜o no gerador. Quando ha´ uma variac¸a˜o abrupta no valor da tensa˜o do gerador, o mesmo ocorre com a tensa˜o no resistor, ou seja, quando a tensa˜o no gerador cai de Vo para 0, a tensa˜o no resistor tende a um valor muito pequeno. Quando a tensa˜o no gerador sobe de 0 para Vo, a tensa˜o no resistor tende a um valor muito grande. Essa mudanc¸a abrupta na diferenc¸a de potencial do resistor e´ ta˜o ra´pida quanto a mudanc¸a na diferenc¸a de potencial do gerador. Portanto, e´ poss´ıvel se dizer que a tensa˜o no resistor e´ proporcional a` derivada da tensa˜o no gerador e conhecemos a constante de proporc¸a˜o, de forma que a relac¸a˜o e´ a mostrada pela equac¸a˜o 3. Analisando-se qualitativamente as figuras 7, 8 e 9, podemos notar que a tensa˜o no capacitor realmente integra a tensa˜o no gerador. Conforme a tensa˜o no gerador oscila entre 0 e V0, a tensa˜o no capacitor vai aumen- tando e diminuindo linearmente. Enquanto a tensa˜o no gerador e´ Vo, a tensa˜o no capacitor esta´ aumentando. Enquanto a tensa˜o no gerador vale 0, a tensa˜o no capacitor esta´ diminuindo. Ambos, o crescimento e o de- crescimento da tensa˜o no capacitor, sa˜o lineares - uma vez que a tensa˜o no gerador se mante´m constante em cada intervalo. E´ plaus´ıvel, enta˜o, se dizer que a tensa˜o no capacitor e´ proporcional a` integral da tensa˜o no gerador e conhecemos a constante de proporc¸a˜o, de forma que a relac¸a˜o e´ a mostrada na equac¸a˜o 5. 7 7 Conclusa˜o Ao analisarmos os diferentes circuitos, observou-se que a forma das ondas visualidas no oscilosco´pio variava conforme a constante de tempo re- lativa a` configurac¸a˜o do circuito. Para os circuitos integradores, nota-se que conforme a constante de tempo fosse menor, mais pro´xima da onda de en- trada gerada pela fonte se demonstrava a onda vista no oscilosco´pio. Para os circuitos diferenciadores, nota-se o efeito contra´rio, quanto maior a cons- tante de tempo, mais a onda vista no oscilosco´pio se aproximava da onda de entrada do gerador. Isso se da´ pela relac¸a˜o entre a constante de tempo e o per´ıodo do sinal, como poˆde ser conclu´ıdo atrave´s da ana´lise dos dados. Ao percebermos as diferenc¸as da sa´ıda de sinal conforme modifica´vamos o circuito, conclu´ımos que os circuitos diferenciadores facilitam a passagem de correntes alternadas de baixo per´ıodo e os circuitos integradores facilitam a passagem de correntes alternadas de alto per´ıodo. 8 Refereˆncias [1] H. M. NUSSENZVEIG, Curso de F´ısica ba´sica - vol. 3 - Eletromagne- tismo, (editora Edgard Blu¨cher, 1a edic¸a˜o, 1997). [2] D. HALLYDAY, R. RESNICK & J. WALKER, Fundamentos de F´ısica vol.3 - Eletromagnetismo, (editora LTC, 8a edic¸a˜o, 2010) 9
Compartilhar