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História das Relações Internacionais - O Tratado do Atlântico

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UNIVERSIDADE PAULISTA – RELAÇÕES INTERNACIONAIS – 2017
HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS – PROF. Me. MAURÍCIO CASSAR
Willian Aparecido de Brito Lisboa – D1197A-0
Gabriel de Lima Cyrilo – N1007E-2
Ana Paula Modesto de Lima – C918IE-0
Camilla Patrícia Gomes – D12IHJ-0
O TRATADO DO ATLÂNTICO
O Tratado do Atlântico ou como é mais comumente chamado, a Carta do Atlântico – a título de curiosidade, é possível dizer que este é o primeiro documento relevante e predecessor das constituições do que se tornaria a ONU - foi um acordo diplomático negociado pelo então primeiro-ministro inglês Winston Churchill e o presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt na cimeira do Atlântico, ocorrida a bordo do HMS Príncipe de Gales – HMS é o prefixo dos navios pertencentes a Royal Navy, corresponde a Her Majesty’s Ship, em português, Navio de Sua Majestade, o que já dá a indicar a importância que os britânicos viam no encontro entre os líderes – em Agosto de 1941 na Terra Nova, Canadá.
Os acontecimentos de ontem e de hoje falam por si mesmos. A população dos Estados Unidos já formou sua opinião e entende as implicações daqueles atos para a vida e a segurança da nossa nação. Com confiança nas nossas forças armadas e na determinação ilimitada do nosso povo, chegaremos ao inevitável triunfo. (ROOSEVELT, 1941, US Congress)
O Tratado foi feito de modo bem simples devido às indisposições das relações diplomáticas conflituosas que permeavam as nações na Segunda guerra mundial e também foi feito com extrema rapidez, devido ao temor que ocorresse algum ataque surpresa por parte dos alemães, sem grandes negociações e resumindo-se em apenas uma página – um fato curioso, mesmo tendo sido aprovado pelos chefes de estado, ele não foi assinado por nenhum dos dois e após o fim da guerra foi perdido – onde especificaram 8 pontos relevantes que já permeavam princípios comuns da política nacional das respectivas nações, e que iam em caminho contrário à ideologia e à política totalitária nazista.
Após sua promulgação, deu-se a entrada definitiva dos EUA na Segunda guerra mundial, definitiva pois até então as forças militares norte-americanas estavam concentradas em massa no Pacífico, lutando contra os japoneses, que haviam infamemente atacado a base aeronaval de Pearl Harbor seguindo os planos da Marinha Imperial Japonesa e do Almirante Yamamoto, sendo dispensado para a Europa até então, apenas um pequeno contingente do 6° Exército de West Point para lutar na Campanha da Tunísia - considerada como um treinamento para conhecer o desempenho norte-americano nas ações subsequentes da guerra.
Os 8 princípios se resumiam em:
1° declarar que os países não buscavam nenhum engrandecimento territorial ou de natureza semelhante;
2° declarar que os aliados não desejavam que se realizassem modificações territoriais – além daquelas já estabelecidas – aos povos atingidos;
3° demonstrar que as nações respeitavam os direitos que amparavam e assistiam todos os povos em escolherem a forma de governo sob a qual desejavam viver, assim como também, restituir os direitos e a independência aos povos que foram destes despojados pelo uso da força;
4° ampararem, cumprindo é claro, as obrigações existentes, para que os estados vencedores e vencidos tivessem acesso em igualdade de condições ao comércio e às matérias básicas que necessitassem para sua reconstrução;
5° no quesito econômico, promover um espírito de colaboração entre todas as nações, no desejo de se conseguir condições melhores de trabalho, prosperidade econômica e segurança social;
6° garantir a destruição da tirania nazista e qualquer ramificação sua que venha a posteriori e assim conseguir que se estabeleça a paz universal e propiciar às nações, que vivam em segurança dentro de suas fronteiras, e a todos os homens em todos os lugares a garantia de existir livremente e sem privações nem temores;
7° proporcionar a liberdade a todos os homens de cruzar livremente mares e oceanos;
8° que coloco aqui na tradução mais fidedigna possível, pois é o de profundis, o amago de todo o documento em si:
Acreditam que todas as nações do mundo, por motivos realistas assim como espirituais, deverão abandonar todo o emprego da força. Em razão de ser impossível qualquer paz futura permanente, enquanto nações que ameaçam de agressão fora de suas fronteiras - ou podem ameaçar, - dispõem de armamentos de terra, mar e ar, acreditam que é impossível que se desarmem tais nações, até que se estabeleça um sistema mais amplo e duradouro de segurança geral. Eles igualmente prestarão todo auxílio e apoio a medidas práticas, tendente a aliviar o peso esmagador dos armamentos sobre povos pacíficos. (Art. 8, Carta do Atlântico, 1941)
Assim, depois de confirmado o tratado, o presidente americano, enviou tropas do Exército para combater na Europa, na África Subsaariana, fortaleceu maritimamente os territórios localizados na Ásia Austral, na Melanésia, Micronésia e restabeleceu os territórios da Polinésia aos seus devidos governos, o que lhe garantiu o direito de estabelecer bases aéreas e navais para rastrear a movimentação japonesa, o que lhes deu por exemplo, a oportunidade de de destruição dos principais Porta-aviões da Marinha Imperial Japonesa Akagi (comando de Yamamoto), Kaga, Hiryu e Soryu. 
Em 24 de Setembro de 1941, outros governos como a Grécia, Bélgica, Tchecoslováquia, Holanda, Luxemburgo, Noruega, Polônia, URSS, Sérvia e a representação consular da França livre do General De Gaulle, aderiram de prontidão aos 8 princípios estabelecidos, o que fez com que estes, junto com os idealizadores passassem a ser conhecidos como “países da Aliança ”. Enquanto isso, no extremo oriente, o tratado serviu como base para que os militares japoneses cobrassem uma postura mais aguerrida do então primeiro-ministro Hideki Tōjō – que, ressalva-se, assim como o Almirante Isoroku Yamamoto, era contra e havia manifestado ao Imperador Hirohito reservas quanto à guerra com o Ocidente, mas que por fim, acabou sendo julgado e condenado pelos crimes de guerra do Japão no término do conflito em 1945. O Brasil aceitou os seus princípios em 6 de fevereiro de 1943, e concordou formalmente em 9 de abril do mesmo ano.
HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS – 2017 – UNIP