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A FUNÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO (1)

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A FUNÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO
Nawry Kyeem Palhano Silva
Prof. Diranilde Ribeiro Coelho
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia (PED 9391) – Estrutura e Funcionamento da Educação
24/06/2010
RESUMO
Este paper traz uma reflexão sobre a função social da educação tomando por base alguns fatos sociais, que contribui para uma concepção de educação como uma função social. Esta concepção é o nosso ponto de referencia para o exercício profissional de educadores em plena formação. Assim implica problematizar a escola com função de democratizar conhecimentos, podendo significar uma boa ou má qualidade de ensino. Outra constatação bastante significativa são os pensamentos clássicos de grandes educadores do passado que deram um novo rumo à educação contemporânea. Na analise buscamos como fundamentação teórica para uma elaboração de juízos de valores acerca do comportamento social do homem em um processo educativo que começa na família ate chegar a sua vida escolar em que a sociedade tem por dever e obrigação de formar cidadãos por direito adquirido independente de diferenças ou limitações físicas e culturais. A educação é direito de todos e exerce influencia sobre os fatos sociais.
Palavras - chave: Fatos Sociais. Escola. Educação
INTRODUÇÃO
Este trabalho é um resultado de pesquisa bibliográfica requisito, de avaliação na disciplina de prática educativa no curso de Pedagogia do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI.
Neste estudo, pretende-se fazer uma reflexão sobre a Função Social da Educação, e entender a educação formal e sua organização abordando assim não só a escola, mais a família, a comunidade, a socialização do individuo, e como a educação vive em função da sociedade. Para isso será necessário identificar a educação como um fato social e a escola como função social reprodutora de indivíduos alfabetizados, conhecedores de seus direitos e deveres para uma sociedade mais justa.
Na primeira parte analisaremos os fatos sociais segundo intermédio de grandes educadores do passado. Na segunda parte identificar a educação formal como compromisso da escola e toda sua estrutura.
FATOS SOCIAIS
Para melhor compreender a educação como um fato social há de se destacar a contribuição do sociólogo, pedagogo e filósofo Frances Émile Durkheim. Sua preocupação foi definir com precisão e clareza o objeto da sociologia – os fatos sociais, considerando todo o processo de interação humana.
A sociologia irá permitir que possamos entender melhor a função da educação e sua relação com a sociedade e a cultura. Levando em consideração que a educação é um fato social. Para os clássicos como Durkheim, expressa uma doutrina pedagógica, que se apóia na concepção do homem e sociedade. O processo educacional emerge através da família, igreja, escola e comunidade. Fundamentalmente.
[...] Durkheim parte do ponto de vista que o homem é egoísta, que necessita ser preparado para sua vida na sociedade. Este processo é realizado pela família e também pelas escolas e universidades: A ação exercida pelas gerações adultas sobre as que ainda não estão maduras para a vida social tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança determinados números de estados físicos, intelectuais e morais que dele reclamam, por um lado, a sociedade política em seu conjunto, e por outro, o meio especifico ao qual está destinado. (DURKHEIM, 1973:44)
Definir fatos sociais segundo Durkheim é toda maneira coletiva de fazer, sentir, pensar ou agir, fixar ou não, imposta ao individuo e capaz de exercer sobre ele uma coerção. O homem sociável, ou seja, capaz de aprender hábitos e costumes característicos de seu grupo social ”socialização” 
Toda maneira de agir, fixa ou não, sustentável de exercer. Sobre o individuo uma coerção exterior ou, então, ainda que seja geral na intenção de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria independente das manifestações individuais que possa ter. (SILVA, 2006, p.102).
Assim, essa definição de fato social parece imprecisa, porque se pode pensar que todos os acontecimentos humanos podem ser considerados sociais, mas não, para que um fato seja considerado social há que possuir três características principais.
A primeira delas é a exterioridade, que se encontra na afirmação de que o fato não pode ser produto do indivíduo, ou seja, é definido fora dele e assimilado através da educação. Portanto, o fato social existe fora da consciência individual como modo de pensar e de agir.
A segunda característica é a coercitividade, que possui o poder de impor ao indivíduo, independentemente de sua vontade, alguma situação; essa coerção pode ser percebida pelo indivíduo ou não.
A terceira propriedade do fato é a generalidade, que se caracteriza por ser um estado do grupo que se repete em cada indivíduo pela disseminação de crenças e práticas fabricadas pelas gerações anteriores.
Para fazer um estudo ou uma pesquisa mais aprofundada sobre a sociedade ou outro objeto de estudo deve-se, antes de tudo, realizar uma definição de tal objeto e para que esta seja objetiva, é preciso que exprima os fenômenos, não em função de uma idéia que o indivíduo possua, mas sim das propriedades dos próprios eventos.
Uma expressão que define bem o modo de pensar a sociedade de Durkheim e que esse pensamento deve ser o mais objetivo possível é esta afirmação de sua autoria:
Os fatos sociais devem ser tratados como coisas. (1990:83)
Partindo da afirmação de que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas", forneceu uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade, em que o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível. Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a realização desse, desde que consiga integrar-se a essa estrutura.
Uma corrente oposta a Durkheim estaria constituída pela obra de Dewey e Mannheim. O ponto de partida de ambos os autores é que a educação constitui um mecanismo dinamizador das sociedades através de um indivíduo que promove mudanças. O processo educacional para Dewey e Mannheim, possibilita ao indivíduo atuar na sociedade sem reproduzir experiências anteriores, acriticamente. Pelo contrario, elas serão avaliadas criticamente, com o objetivo de modificar seu comportamento e desta maneira produzir mudanças sociais.
Para Dewey, a escola é definida como uma micro-comunidade democrática. Seria o esboço da socialização democrática, ponto de partida para reforçar a democratização da sociedade. Segundo Dewey, educação e democracia formam parte de uma totalidade, definem a democracia com palavras liberais, onde os indivíduos deveriam ter chances iguais. Em outras palavras, igualdade de oportunidades dentro dum universo social de diferenças individuais. 
Para Mannheim, a educação é uma técnica social, que tem como finalidade controlar a natureza e a historia do homem e a sociedade, desde uma perspectiva democrática. Define a educação como: O processo de socialização dos indivíduos para uma sociedade harmoniosa, democrática porem controlada, planejada, mantida pelos próprios indivíduos que a compõe. A pesquisa é uma das técnicas sociais necessárias para que se conheçam as constelações históricas especificas. O planejamento é a intervenção racional, controlada nessas constelações para corrigir suas distorções e seus defeitos. O instrumento que por excelência põe em pratica os planos desenvolvidos é a Educação. (MANNHEIM, 1971:34)
EDUCAÇÃO COMO FATO SOCIAL
Refletir sobre o tema, função social da educação, finalidade social da educação, não é tão simples. Ao mesmo tempo, porem é possível compreender que formar da criança o ser social, o homem em movimento, “critico e participativo”, é tarefa por excelência da educação, e criar também “um ser novo, que ira com seu grupo, partilhar de crenças religiosas, praticas morais, tradições nacionaise profissionais e opiniões coletivas de toda espécie’’. ( TURA 2002, p.47-58 apud SILVA; PAULINI 2007, P.66)
Ao apontar a educação como um fato social, temos por base as diversas influencia dos meios sociais em que o homem vive, essa observação é fundamental para entendermos a socialização como um processo de aprendizagem continuada.
Dessa forma identificamos que a socialização pode ser tanto formal que acontece na escola como informal que atuam com funções educativas
A educação é de fato um único caminho para que uma sociedade mais justa possa mudar o seu patamar de desenvolvimento por ser de fato fundamentalmente social.
Teles (apud BROOKOVER, 1955, P.55) afirma que as áreas de estudo da sociologia da educação são as seguintes:
Relação do sistema educacional com outros aspectos da sociedade, cuja área compreende o estudo da função da educação na cultura, da relação do sistema educacional com o processo de controle social e com o sistema de poder; o estudo da função do sistema educacional no processo de mudança social e cultural ou na manutenção do “status quo” e o estudo do funcionamento do sistema de educação formal em suas vinculações com os grupos raciais, culturais e outros.
Relações humanas na escola: compreende o estudo dos padrões de interação social ou estrutura do grupo escolar e a natureza da escola.
Influencia na escola no comportamento e na personalidade de seus membros: os papeis sociais do professor, a natureza ou características da personalidade dom professor no comportamento dos alunos, função da escola na socialização.
A escola na comunidade: caracterização da comunidade, naquilo que repercute na organização escolar; a análise do processo educacional que se desenvolve em sistemas sociais não escolares da comunidade; a relação entre escola e comunidade no desempenho da função educacional; fatos demográficos e ecológicos da comunidade, em relações com organização escolar. 
Portanto, precisamos relacionar sociologia à educação porque ela é uma disciplina fundamental para compreender como se da o funcionamento e a estrutura da instituição educacional. Afinal, a educação se mistura na vida social e essas relações precisam ser compreendidas, pois os processos sociais analisam a escola como um grupo socialmente estruturado, explica a influência da escola no comportamento e na personalidade dos alunos, e também estuda os padrões de interação entre a escola e os demais grupos sociais.
EDUCAÇÃO FORMAL COMO COMPROMISSO DA ESCOLA
Uma educação formal é estruturada de acordo com normas e regulamentos escritos, rígidos, nos quais se estabelece uma hierarquia de autoridade e as responsabilidades são claramente definidas. Todas as empresas públicas e privadas, com fins lucrativos ou não constituem exemplos de educação e organizações formais.
Uma organização formal compõe-se de indivíduos que estão juntos para atingir objetivos específicos, previamente definidos, que são os objetivos da organização: um hospital visa a dar atendimento médico à população; um clube de futebol procura participar de campeonatos esportivos e obter boas classificações; uma escola objetiva auxiliar na formação do ser humano; e assim por diante.
Qualquer reflexão acerca da qualidade de ensino pressupõe uma determinada concepção sobre a função social da educação em geral, esta concepção implica em analisar como vai as escolas Neste sentido a conquista da participação das famílias na vida escolar do aluno deve ser vista como parte constituinte do trabalho de planejamento educacional.
Assim pensar a escola como função social, surge à necessidade de compreender de que forma a “escola” contribui para a socialização em sua organização, em seu desenvolvimento 
No livro psicologia Social o homem em movimento, Marília Gouveia de Miranda apresenta sua opinião sobre a finalidade social da escola:
[...] a escola tem três tarefas básicas a desempenhar a favor dos interesses das classes populares. Primeiramente, deverá facilitar a apropriação e valorização das características sócio – culturais próprios das classes populares. Em segundo lugar, e como conseqüência da primeira, a escola deverá garantir a aprendizagem de certos conteúdos essenciais da chamada cultura básica (leitura, escrita, operações matemáticas, noções fundamentais de historia, geografia, ciência etc.)
Que afirma que educar é adaptar o indivíduo ao meio social ambiente (p.154). Logo, a escola moderna deve ser capaz de conciliar e utilizar, tanto as tendências próprias que a fase infantil apresenta quanto à atividade espontânea que é inerente ao desenvolvimento mental para auxiliar as crianças a desenvolverem seu potencial, sem que se crie, com isso, um sistema de exclusão ou de seleção. O currículo da escola moderna deve proporcionar em igual escala as condições para que todos se desenvolvam como cidadãos em potencial.
A escola como função social da democratização segundo Paulo Freire (2001, p.85-91), deveria enfatizar a prática ao incitar a participação, a ingerência e o diálogo; com atividades plurais, ela deveria ser uma comunidade do trabalho e do estudo, privilegiando o trabalho em grupo e a pesquisa. Deveria fazer o aluno “aprender a aprender” ao enfrentar as dificuldades, resolver questões, desenvolver hábitos de solidariedade, de participação, de investigação e, ainda, criar disposições mentais críticas e oportunidades de participação no próprio comando da escola, tendo o autogoverno como uma das principais preocupações. Portanto, as tarefas fundamentais da educação, sob as condições fraseológicas, seriam criar disposições mentais no homem brasileiro, críticas permeáveis, com que ele pudesse superar a força de sua “inexperiência democrática” (FREIRE, 2001, p. 79).
A discussão sociológica colabora para a escola e o professor enfrentarem o desafio que lhes está colocado a partir da sua realidade social, garantindo ao aluno a possibilidade de despertar sua consciência e expandir seus conhecimentos, de forma que atue como sujeito sociocultural, voltado para a busca de caminhos de transformação social.
A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO 
De acordo com a finalidade educativa almejada, toda a população escolar e regulamentos, normas que regem seu funcionamento, caracteriza uma organização formal. Entretanto, a escola, enquanto organização engloba inúmeros grupos informais, cujos membros mantêm relações informais e espontâneas: grupos de alunos, de professores, de funcionários, etc. Grupos desse tipo existem em qualquer escola e, certamente, sua influência no funcionamento da organização não é pequena. 
ART.“1º a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil nas manifestações culturais” (L. D. B Título I Educação).
A partir deste artigo retirado da L. D. B percebemos que a educação não é somente responsabilidade do professor, a família tem papel fundamental e muitas delas estão deixando a desejar e jogando toda a responsabilidade na escola.
Pode-se afirmar, portanto, que a estrutura total de uma escola abrange tanto a sua organização formal quanto a sua organização informal. Notadamente analisar os aspectos específicos da estrutura administrativa da escola, ou seja, sua organização formal, e a estrutura administrativa da escola é constituída de elementos, que dependem diretamente da administração escolar.
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA
Na escola, objetivos e atividades podem ser programados para diferentes prazos: uma semana, um bimestre, um ano, etc. Normalmente, objetivos e atividades referentes a toda a unidade escolar são programados de ano em ano e sua execução deve ser acompanhada de avaliações constantes.
A programação escolar não deve ser privilégio da direção ou da administração da escola. Antes, pelo contrário, todos os interessados devem participar: dentro da escola, professores, administradores, funcionários, alunos, todos devem ter voz ativa e poder influirnas decisões a serem tomadas; fora da escola, não só os pais dos alunos, mas toda a comunidade em que a escola se localiza deve poder opinar. Na programação podemos identificar pelo menos quatro setores: o mecanismo administrativo, o plano escolar, o plano didático e os planos de trabalho.
Mecanismo administrativo: Abrange o conjunto de órgãos e posições administrativas da escola. Órgãos e posições, dispostos de forma hierárquica, desempenham funções definidas, interdependentes entre si.
Plano escolar: Trata-se do plano de todas as atividades da escola, cobrindo um determinado período de tempo.
Plano didático: Abrange o planejamento de currículos e programas, de acordo com os respectivos objetivos, em função das diversas áreas de estudo, das disciplinas e das séries.
Planos de trabalho: Visam à adequação do plano geral escolar e didático às possibilidades concretas de cada turma de alunos. De certa forma, através dos planos de trabalho, o pessoal escolar procura operacionalizar aquilo que foi planejado.
PESSOAL ESCOLAR
As seguintes categorias de pessoal escolar podem ser identificadas como:
Administração: diretor e auxiliares de direção.
Corpo docente: professores.
Pessoal técnico: orientador educacional, assistente pedagógico, psicólogo escolar, médico, dentista, bibliotecário, etc.
Pessoal auxiliar: secretário, escriturários, inspetores de alunos, serventes, etc.
CORPO DISCENTE
E a razão principal da existência da própria escola. Daí porque é importante que seus interesses e aspirações sejam com respeito na programação, e na execução das atividades escolares. O aluno não deve ser o objeto, mas o sujeito da vida escolar. A própria classificação em séries didáticas, de acordo com o progresso nos estudos, deve ser analisada tendo-se por critério o aluno como sujeito do processo de aprendizagem.
DIREÇÃO DE ESCOLA
As funções exercidas pelo diretor são, sem dúvida, de fundamental importância para que a escola funcione de maneira satisfatória. Um diretor pode ser apenas um controlador das atividades escolares, funcionando mais como freio do que como acelerador, mais de forma negativa e repressora da iniciativa de professores, funcionários e alunos, do que de forma positiva e construtiva. Entretanto, mais do que um simples cumpridor e transmissor de ordens superiores, o diretor pode e deve ser o verdadeiro animador da vida escolar; pode e deve ser alguém que tem iniciativa própria, tanto na escola quanto na comunidade.
Contudo, além de autoridade e administrador, o diretor é também educador: quando acessível aberto ao diálogo e presente na vida escolar, através de palavras e ações, o diretor exerce enorme influência sobre o desenvolvimento dos alunos.
AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 
As funções da administração escolar e, portanto, do diretor enquanto principal responsável pela escola, podem ser reunidas em três grupos:
Funções pedagógicas referem-se às atividades típicas da escola:
Orientação das atividades dos professores, procurando promover o trabalho de conjunto, para que a escola possa realizar seus objetivos.
Orientação de outras atividades escolares, tendo em vista o desenvolvimento integral dos alunos: organizações estudantis, atividades artísticas e recreativas, atividades extracurriculares, etc.
Pesquisa e experimentação de novos processos de ensino, bem como estímulo aos professores para que se atualizem constantemente.
Promoção de discussões e trocas de idéias entre os professores e os alunos, visando a melhoria das condições de ensino e a realização pessoal e profissional de uns e outros.
Funções sociais. Toda a escola situa-se em determinada comunidade que, por sua vez, faz parte da sociedade mais ampla. Esse fato traz para o diretor uma série de responsabilidades:
Integração escola-comunidade: a comunidade deve estar presente na escola, manifestando suas expectativas e avaliando os resultados do trabalho escolar.
Prestação de serviços: principalmente no meio carente em que se situa a maioria das nossas escolas, as instalações escolares devem ser colocadas a serviço da comunidade. Por que deixar as escolas fechadas nos fins de semana, enquanto a maior parte da população não tem locais apropriados para promover atividades sociais, culturais e recreativas?
Estímulo à discussão das próprias condições de vida da população, bem como de medidas que levem à melhoria dessas condições.
Funções burocráticas. São aquelas que, embora tendo caráter secundário, geralmente acabam por ocupar a maior parte do tempo do diretor (que deve zelar para que isso não aconteça):
Controle do cumprimento da legislação. E importante que o diretor seja capaz de cumprir o espírito da lei. Isto é, o mais importante é a formação e a educação das crianças, que não podem ser prejudicadas por normas que, às vezes, são inadequadas para a situação real.
Supervisão do funcionamento geral da escola, tanto no aspecto didático quanto nos aspectos administrativo e material.
 ORIENTAÇAÕ EDUCACIONAL E PEDAGOGICA
O orientador educacional e o coordenador pedagógico são dois profissionais indispensáveis para o funcionamento eficiente da escola. Vejamos suas principais funções:
Orientação educacional. Trata-se de um serviço de assistência e auxílio ao aluno, no processo de aprendizagem. Não são raros os casos de alunos que enfrentam inúmeras dificuldades de aprendizagem em geral ou numa matéria determinada. Cabe ao orientador educacional conversar com esses alunos, identificar suas dificuldades e tentar ajudá-los a superá-las.
Mais importante ainda que resolver problemas de aprendizagem é o trabalho que o orientador educacional pode desenvolver no sentido de evitar a ocorrência desses problemas. Um dos meios que utiliza para isso é fazer com que os alunos aprendam a estudar de forma eficiente. Quando não há esse profissional na escola, o preenchimento de suas funções fica na dependência da capacidade e da boa vontade dos professores.
Coordenação pedagógica. E um serviço de assessoria ao trabalho do professor. Entre as funções do coordenador pedagógico, podemos destacar:
Acompanhar o professor em suas atividades de planejamento, docência e avaliação;
Fornecer subsídios que permitam aos professores atualizarem-se e aperfeiçoarem-se constantemente em relação ao exercício profissional;
Promover reuniões, discussões e debates com a população escolar e a comunidade no sentido de melhorar sempre mais o processo educativo;
Estimular os professores a desenvolver com entusiasmo suas atividades, procurando auxiliá-los na prevenção e na solução dos problemas que aparecem. Na falta de coordenador pedagógico, cabe ao diretor ou a um professor suprir suas funções.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos acreditar que pode ser de extrema relevância abordar sobre a função social da educação e conseqüentemente da escola, em virtude das demandas sociais e exigências profissionais que são necessárias ao desenvolvimento social do sujeito contemporâneo.
Com este breve artigo espera-se oferecer suporte teórico, no sentido de provocar reflexões inerentes a temática entre educação e o social. Então surge a necessidade de compreender de que forma a escola contribui para a socialização, questionamentos e indagações em relação à efetividade da intervenção do educador, no exercício de sua profissão, ou seja, reiterando que o papel da escola não poderá confundir-se com o papel da família no envolvimento de situações que perpassam o cotidiano de seu educando. Nesse sentido, a conquista da participação das famílias na vida escolar dos alunos deve ser vista como parte constituinte do trabalho de planejamento educacional.
Por tanto, o estudo não acaba aqui, pois a função social da educação é um tema que envolve infindáveis pesquisas e considerações.
REFERÊNCIAS
COSTA, Cristina. Introdução à ciência da sociedade. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1997, p. 59 e 60. 
DEWEY, John. (1971). Vida e Educação. São Paulo, Edições Melhoramento
DURKHEIM, Émile. Coleção os pensadores. 2ª ed. São Paulo: Abril Cultural,1983, p. VIII-IX. 
LANE, Silva T. Maurer. CODO, Wanderley (orgs). Psicologia Social: O Homem em movimento. 13. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
PILETTI, Nelson. Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental. 26ª. ed. São Paulo: Ed. Ática, 2001.
SILVA, Everaldo da. PAULINI, Itamar Ricardo. Caderno de estudos: sociologia Geral e da Educação. Centro Universitário Leonardo da Vinci – Indal: ASSELVI, 2007

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