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Exame do coração

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Amanda Batista Alves – Turma XXII 1 
Exame do coração 
 
 Base do coração: segundo espaço intercostal direito e esquerdo próximo ao esterno. 
 Átrio esquerdo: estrutura mais posterior do coração, localizando-se à esquerda e atrás 
do átrio direito. 
 Átrio direito: situado à direita e um pouco mais anterior em relação ao esquerdo. 
 Ventrículo direito: ocupa maior parte da superfície anterior do coração, estreita-se no 
sentido cefálico e une-se à artéria pulmonar na altura do esterno. 
 Ventrículo esquerdo: situa-se atrás e à esquerda do ventrículo direito, constituindo 
margem lateral esquerda do coração. 
 Ápice cardíaco ou ictus cordis: ponta do ventrículo esquerdo que mantém contato 
direto com o gradil costal, no nível do quinto espaço intercostal esquerdo e da linha 
hemiclavicular. Extensão varia em torno de 1 a 3 cm de diâmetro. 
 
Semiotécnica 
 
Inspeção e palpação 
 Realizados simultaneamente. 
 Pesquisa de abaulamentos 
o Região precordial: tangencial (examinador de pé do lado direito do paciente) e 
frontal (examinador fica junto aos pés do paciente, que permanece deitado). 
Indica presença de aneurisma da aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico e 
alterações da própria caixa torácica. Causas frequentes de abaulamento 
precordial: cardiopatias congênitas e lesões valvares reumáticas. 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 2 
o Diferença entre abaulamentos por alteração da estrutura osteomuscular e 
pela dilatação do ventrículo direito: presença de impulsões do precórdio, 
aparecem no aumento cardíaco. 
 
 Análise do ictus cordis ou choque de ponta 
o Localização: 
 Mediolíneo: cruzamento da linha hemiclavicular esquerda com o 4º ou 
5º espaço intercostal. 
 Brevilíneo: desloca-se uns 2 cm para fora e para cima, situando-se no 4º 
espaço intercostal. 
 Longilíneo: situa-se no 5º espaço intercostal, 1 ou 2 cm para dentro da 
linha hemiclavicular. 
No enfisema pulmonar e na obesidade, o ictus cordis costuma ser invisível e impalpável. 
Deslocamento do ictus cordis indica dilatação e/ou hipertrofia do ventrículo esquerdo. Exemplo: 
estenose aórtica, insuficiência aórtica, insuficiência mitral, hipertensão arterial, miocardiopatias 
e em algumas cardiopatias congênitas. 
Deslocamento do ictus cordis não indica dilatação e/ou hipertrofia do ventrículo esquerdo nos 
casos de escoliose, depressão do esterno (pectus excavatum), derrame pleural e elevação do 
diafragma (ascite, obesidade). 
 
o Extensão 
 Determinar quantas polpas digitais são necessárias para o ictus cordis. 
Em condições normais, corresponde a uma ou duas polpas digitais. 
 Nos casos de hipertrofia ventricular, são necessárias três polpas ou 
mais. 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 3 
 Quando há ́grande dilatação e hipertrofia, o ictus cordis pode chegar a 
abarcar toda a palma da mão. 
o Intensidade 
 Avaliada mais pela palpação do que pela inspeção. 
 Repousa-se a palma da mão sobre a região dos batimentos. 
 Tentar localizar o ictus cordis com o paciente em decúbito dorsal. Caso 
não consiga, pedir ao paciente ficar em decúbito lateral esquerdo 
(posição de Pachon), expirar completamente e manter sem respirar por 
alguns segundos. 
o Mobilidade 
 Primeiro, marca-se o local do choque com o paciente em decúbito 
dorsal. A seguir, o paciente adota os decúbitos laterais (direito e 
esquerdo), e o examinador marca o local do ictus nestas posições. 
 Em condições normais, o choque da ponta desloca-se 1 a 2 cm com as 
mudanças de posição. 
 Se houver sínfise pericárdica, isto é, se os folhetos do pericárdio 
estiverem aderidos entre si e com as estruturas vizinhas, o ictus não se 
desloca. 
o Ritmo 
o Frequência 
 
 Análise de batimentos ou movimentos visíveis e/ou palpáveis 
o Retração sistólica apical 
 Indica hipertrofia direita. 
 Durante a sístole, ao invés de um impulso, o que se percebe é uma 
retração. 
 Movimento em báscula: regiões esternal e paraesternal esquerda são 
projetadas para diante. Sugere grande ventrículo direito. 
o Levantamento em massa do precórdio 
 Indica hipertrofia do ventrículo direito. 
 É percebido como um impulso sistólico que movimenta uma área 
relativamente grande da parede torácica nas proximidades do esterno. 
o Pulsações epigástricas 
 Transmissão à parede abdominal das pulsações da aorta. 
 Podem denunciar hipertrofia ventricular direita. Neste caso, as 
pulsações são mais intensas ao nível do ângulo xifoesternal, onde se 
consegue inclusive perceber as contrações de ventrículo hipertrofiado. 
Para isto, a palma da mão do examinador deve pressionar para cima a 
parte superior da região epigástrica. 
 Podem indicar pulso hepático, que pode ser devido à estenose 
tricúspide (neste caso, a pulsação é pré-sistólica) ou à insuficiência 
tricúspide, quando então a pulsação é sistólica. 
o Pulsações supraesternal ou na fúrcula esternal 
 Dependência das pulsações da crossa da aorta. 
 Quando muito intensas, levantam a suspeita de hipertensão arterial, 
esclerose senil da aorta, aneurisma da aorta ou síndrome hipercinética 
(insuficiência aórtica, hipertireoidismo, anemia). 
 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 4 
 Palpação de bulhas 
 
 Pesquisa de frêmito cardiovascular 
o É a designação aplicada à sensação tátil determinada por vibrações produzidas 
no coração ou nos vasos. 
o Características: 
 Localização: usando-se como referência as áreas de ausculta. 
 Situação no ciclo cardíaco: diferenciando-se, então, pela coincidência 
ou não com o ictus cordis ou o pulso carotídeo os frêmitos sistólico, 
diastólico e sistodiastólico. 
 Intensidade: avaliada em cruzes (+ a ++++++). 
 
Ausculta 
 Posição do paciente 
o Decúbito dorsal 
o Decúbito lateral esquerdo com mão esquerda sob a cabeça: ausculta 
fenômenos estetoacústicos originados da área mitral. 
o Sentado com ligeira inclinação para a frente: ausculta fenômenos 
estetoacústicos originados na base do coração. 
o Em pé, debruçado sobre a mesa do exame: aproximação do coração na parede 
torácica, tornando bulhas e sons mais audíveis. 
 
 Focos ou áreas de ausculta 
o Mitral: 4º ou 5º espaço intercostal esquerdo da linha hemiclavicular. 
o Pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo junto ao esterno. 
o Aórtico: 2º espaço intercostal direito junto ao esterno. 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 5 
o Aórtico acessória: 3º espaço intercostal esquerdo junto ao esterno. 
o Tricúspide: base do apêndice xifoide, ligeiramente a esquerda. 
 
 
 
Ciclo cardíaco 
 Enchimento ventricular lento (fase diastólica de sístole atrial) 
o Átrios contraindo. 
o Ventrículos relaxados. 
o Folhetos da valva atrioventricular semiabertos. 
o Valvas semilunares fechadas. 
o Pouca ou nenhuma quantidade de sangue passa do átrio para o ventrículo, 
devido a pequena diferença pressórica. 
 
 Contração isovolumétrica (fase sistólica isovolumétrica) 
o Átrios relaxados. 
o Crescente tensão da parede ventricular produz elevação da pressão 
intraventricular. 
o Ventrículos iniciam a contração. 
o Valvas semilunares fechadas. 
o Valvas atrioventriculares são fechadas. 
 
 Ejeção ventricular 
o Átrios relaxados. 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 6 
o Ventrículos contraindo. 
o Valvas atrioventriculares fechadas. 
o Pressão intraventricular supera a pressão intra-aórtica e abre valvas 
semilunares. 
 
 Relaxamento isovolumétrico (fase de relaxamento ventricular isovolumétrico) 
o Decréscimo da pressão intraventricular. 
o Átrios e ventrículos relaxados. 
o Valvas atrioventriculares fechadas 
o Valvas semilunares são fechadas. Enchimento ventricular rápido (fase diastólica de enchimento rápido) 
o Átrio e ventrículos relaxados. 
o Valvas atrioventriculares abrem. 
o Valvas semilunares fechadas. 
 
Bulhas 
 Primeira bulha: 
o Corresponde ao fechamento das valvas atrioventriculares. 
o Ocorre na fase de contração isovolumétrica ou fase sistólica isovolumétrica. 
o Corresponde com o ictus cordis e com o pulso carotídeo. 
o Timbre mais grave e de duração maior que a segunda bulha. 
o Maior intensidade no foco mitral. 
o Som: TUM 
 
 Segunda bulha: 
o Corresponde ao fechamento das valvas semilunares. 
o Ocorre na fase de relaxamento ventricular isovolumétrico. 
o Componente aórtico: ouve-se em toda a região precordial e precede o 
pulmonar. 
o Componente pulmonar: ouve-se somente na área limitada pelo foco pulmonar 
e à borda esternal esquerda. 
o Desdobramento fisiológico da segunda bulha 
 Na expiração, ambas as valvas se fecham sincronicamente 
 Na inspiração, principalmente porque a sístole do ventrículo direito se 
prolonga ligeiramente em função do maior afluxo sanguíneo a este lado 
do coração, o componente pulmonar sofre um retardo que é suficiente 
para perceber, de modo nítido, os dois componentes. 
o Timbre mais agudo e mais seco. 
o Mais intensa em focos da base. 
o Som: TÁ 
 
 Terceira bulha: 
o Ruído protodiastólico de baixa frequência. 
o Origina-se das vibrações da parede ventricular subitamente distendida pela 
corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular 
rápido. 
 
Amanda Batista Alves – Turma XXII 7 
o Mais audível na área mitral e em decúbito lateral esquerdo. 
o Som: de modo rápido a expressão TU. 
 
 Quarta bulha 
o Ruído débil. 
o Ocorre no final da diástole ou pré-sístole. 
o Brusca desaceleração do fluxo sanguíneo, mobilizado pela contração atrial, ao 
encontrar a massa sanguínea existente no interior dos ventrículos, no final da 
diástole. 
 
Momentos da sístole e da diástole 
 Protossístole: terço inicial da sístole. 
 Mesossístole: terço médio da sístole. 
 Telessístole: terço final da sístole. 
 Protodiástole: terço médio da diástole. 
 Telediástole ou pré-sístole: terço final da diástole. 
 Holossístole: todo período de sístole. 
 Holodiástole: todo período de diástole. 
 
 
 
Referências bibliográficas 
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 
BENSEÑOR, I. M.; ATTA, J. A.; MARTINS, M. A. Semiologia clínica. São Paulo: Sarvier, 2002.

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