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Aula 6: Epidemiologia das doenças transmissíveis por via aérea. Hanseníase. 1) Agente etiológico: Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen). Ataca nervos periféricos. 2) Transmissão: vias aéreas (respiração, espirro, tosse, fala) ou através do contato com feridas abertas do doente.Incubação: 2 a 7 anos. 3) Sintomas: Neurite, manchas esbranquiçadas e avermelhadas em qualquer parte do corpo, com diminuição e/ou perda da sensação de calor; dormência e perda da força muscular das mãos e dos pés; caroços e inchaços no rosto e nas orelhas. 4) Diagnóstico: exame clínico com teste de sensibilidade; baciloscopia; histopatologia. (Exclusão) Manchas na pele:...aquelas que apresentam sensibilidade normal;...as que existem no corpo desde o nascimento;...as pruriginosas (com coceira);...as escamosas;...as que aparecem ou desaparecem de repente e se espalham rapidamente 5) Tratamento: Poliquimioterapia – PQT: Rifampicina, Clofazimina e Dapsona. ● Rifampicina age ligando-se e inibindo a RNA polimerase nas células bacterianas ● Clofazimina liga-se ao DNA da micobactéria ● Dapsona inibidor competitivo da enzima dihidroperoato sintetase(são análogos do seu substrato o ácido para-aminobenzóico (PABA)). A enzima catalisa uma reação necessária à síntese de ácido fólico (o ácido fólico é necessário para a síntese de precursores de DNA e RNA). Situando o problema. ● Doença com seqüelas importantes ● Causa incapacidades e deformidades ● Medo, preconceito e tabus que envolvem doença ● Conhecida popularmente como lepra ● Nome mudado através de uma Portaria do governo, com intenção de diminuir o preconceito Tuberculose. 1) Agente Etiológico: Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), afeta principalmente os pulmões 2) Fisiopatologia: bacilo atinge a periferia do pulmão e multiplica - inicia um processo inflamatório - foco pulmonar durante 15 dias - por via linfática - ducto torácico - circulação sangüínea e dissemina pelo organismo 3) Sintomas: tosse crônica (mais de 3 semanas), pode ter grande produções de escarro, que pode ter sangue, febre com suor noturno (que chega a molhar o lençol), perda de peso lenta e progressiva, palidez. 4) Transmissão: direta de pessoa a pessoa (tossir, falar e espirrar). Fatores que facilitam a infecção e ou surgimento da doença: - Morar em região de grande prevalência da doença. - Ser profissional da área de saúde. - Confinamento em asilos, presídios, manicômios ou quartéis. - Predisposição genética.- Idade avançada. - Desnutrição. - Alcoolismo. - Uso de drogas. - Doenças como AIDS. 5) Diagnóstico: ● Clínico: Tosse há mais de 3 semanas, febre e perda de peso ● Laboratorial: cultura isolamento da M. tuberculosis. 6) Tratamento: ● Associação de: rifampicina, isoniazida e pirazinamida, sem interrupção ● O tratamento dura em torno de seis meses.● Tratamento correto: chances de cura chegam a 95%. Aspectos epidemiológicos - prevenção: Primária: ● Vacinação BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) ● Detecção precoce ● Tratamento dos doentes com orientação sobre: - utilização de medicamentos - adesão ao tratamento - atitudes preventivas (especialmente no início do tratamento) ● Rastreamento dos contatos ● Quimioprofilaxia Secundária: ● Quimioprofilaxia secundária ● Exercícios posturais ● Desobstrução brônquica Terciária: ● Tratamento de sequelas deixadas pela tuberculose: ● Retirada de secreções ● Tratamento de ulcerações de decúbito Situação da tuberculose no Brasil e mundo. ● OMS: situação de emergência há 2 décadas ● Maior causa de morte por DI em adultos ● Brasil: 15º entre os 22 responsáveis por 80% dos casos ● Meta OMS: detectar 70% dos casos estimados e curar 85% ● Ligada a problemas sociais ● Estigma social leva a não-adesão ao tratamento Programa Nacional de Controle da tuberculose (PNCT). ● Programa unificado (federal/estadual/municipal) ● Distribuição gratuita de medicamentos e demais insumos ● Integração das ações através da SVS/MS ● 1996: Plano emergencial para o controle da TB ● Estratégia do tratamento supervisionado (DOTS) Questão Aids/tuberculose. ● Brasil - 80.000 casos de TB e 32.000 casos de Aids por ano ● Cerca de 600 000 infectados pelo HIV, cerca de 185 000 pessoas em TARV ● Cobertura de testagem HIV em pacientes com TB - 53% (2006) Prevalência do HIV nos pacientes com TB - 20% ● Taxa de óbito na co-infecção: 20% (2004) - Articulação entre os programas de Aids e TB - Acesso ao diagnóstico do HIV em pacientes com TB - Profilaxia da TB em pessoas infectadas pelo HIV - Tratamento da co-infecção. Gripe. 1) Agente etiológico: vírus influenza. 2) Incubação: 3 dias (1-5) 3) Sintomas: início súbito – febre, calafrios, cefaléias, mialgias, tosse, dor de garganta, corrimento nasal, falta de ar. Normalmente recupera em 1 semana. Pode complicar para pneumonia. 4) Aspectos epidemiológicos: ● Anualmente 5 a 15% da população mundial contrai a doença● Óbitos ocorrem nos idosos e em caso de patologia crônica concomitante. Prevenção. ❏ Vacinação ❏ Medidas de “etiqueta respiratória” e distanciamento social ❏ Prestação de cuidados tratamento sintomático Tratamento. ❏ sintomáticos ❏ antivirais bloqueadores de M2: amantadina, rimantadina ❏ antivirais inibidores da neuraminidase: oseltamivir, zanamivir Plano de contingência. ❏ Vigilância de âmbito mundial para detectar variantes novas ❏ Informação ❏ Obtenção de vacinas adequadas e passíveis de serem produzidas em grandes quantidades. ❏ Estabelecimento e manutenção de estoques estratégicos de medicamentos antivirais ❏ Planos de vacinação emergencial. ❏ Planos de assistência médico-hospitalar de urgência. ❏ Planos de contingência para isolamento Aula 7: Endemias brasileiras e controle de vetores. Endemia. Presença constante de uma doença ou de um agente infeccioso em determinada área geográfica. Pode significar também a prevalência usual de determinada doença nesta área. Convencionou-se no Brasil designar determinadas doenças, a maioria delas transmitidas por vetor ou parasitárias, como "endemias" ou "endemias rurais". São elas: a malária, a febre amarela, a esquistossomose, a leishmaniose, a peste, a doença de Chagas, além de algumas helmintíases intestinais. Endemias brasileiras. O panorama atual das grandes endemias brasileiras: • Evolução epidemiológica dos respectivos programas de controle ➩ demanda de vigilância epidemiológica. ➩ Programas e controle... • Urbanização de clássicas endemias rurais (esquistossomose, leishmanioses e malária). • Surgimento (ou reemergência) de antigas doenças, como dengue. Causa. Mudanças demográficas ocorridas a partir dos anos 60. Cerca de 20% da população das grandes e médias cidades estão vivendo em favelas, cortiços ou em áreas de invasão. Problemas no controle de endemias • A falta de conhecimento, prática e entrosamento na execução dos programas específicos, por parte de estados e municípios. • Histórico modelo de medicina curativa • Pouco investimento em medidas de saneamento básico e prevenção de doenças. Detalhamento • Redução significativa na incidência de peste (praticamente erradicada), raiva, febre amarela e doença de chagas. • A leptospirose (meses maischuvosos e alta letalidade). • Leishmanioses e esquistossomose: elevadas prevalências, expansão na área de ocorrência. • Malária: a partir de 1999, reduções superiores a 40%. Em 2003 houve um aumento na transmissão. • Dengue: introduzida no país em 1982. O mosquito Aedes aegypti, que havia sido erradicado nas décadas de 50 e 60 em vários países do continente americano, retorna na década de 70. (introdução de um novo sorotipo, o DEN 3). Febre amarela. 1) Agente etiológico: vírus da febre amarela. 2) Vetor: Aedes aegypti e Haemagogus. 3) Sintomas: Febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina). O vírus infecta macrófagos e hepatócitos. 4) Diagnóstico: imunofluorescência indireta. 5) Tratamento: A febre amarela é tratada sintomaticamente, transfusão e hemodiálise. Medidas de controle: 1. Vacinação 2. Estratégias de combate ao vetor. 2. Investigação epidemiológica dos casos registrados. 3. Melhoria na assistência médica. 4. Informação/educação da população e vacinação em áreas endêmicas. Meta cobertura vacinal 100% dos municípios. Doença de chagas. 1) Agente etiológico: Trypanosoma cruzi (protozoário flagelado) infecta neurônios, especialmente miocárdio, tb. digestório) 2) Vetor: Triatomídeo Rhodnius prolixus 3) Sintomas: Após 7 dias, dor de cabeça, fraqueza intensa, inchaço no rosto e pernas dor de estômago, vômitos e diarréia. Devido à inflamação no coração, pode ocorrer falta de ar intensa, tosse e acúmulo de água no coração e pulmão. Se a pessoa for picada pelo barbeiro, pode aparecer lesão semelhante a furúnculo no local. 4) Diagnóstico: parasitológico de sangue (esfregaço e gota espessa); e sorologia. 5) Tratamento: Apenas fase aguda – benzonidazol - gratuito. 6) Aspectos epidemiológicos. Brasil é um país endêmico. ● Os índices de transmissão declinaram drasticamente em mais de 95% na área endêmica. ● Melhoria da atenção ao chagásico: - diagnóstico precoce e de atenção adequada. - cuidados mais especializados àqueles que evoluem para as formas graves. Medidas de controle: 1. Infestação de habitações humanas por "barbeiros" transmissores. 2. Estudos biológicos e ecológicos sobre triatomíneos transmissores incluindo a suscetibilidade aos inseticidas. 3. Biologia específica do Trypanosoma cruzi. 4. Testes clínicos com drogas eficazes e seguras para o tratamento da infecção. 5. Estudos sobre a relação infecção-doença visando a medidas de prevenção e reabilitação. Leptospirose. 1) Agente etiológico: Leptospira (presente na urina do rato). 2) Sintomas: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, podendo também ocorrer icterícia, falência renal, meningite, falência hepática e deficiência respiratória. 3) Diagnóstico: sorológico. 4) Tratamento: principalmente estreptomicina. 5) Aspectos epidemiológicos: Leishmaniose. 1) Agente etiológico: protozoário Leishmania (macrófagos) 2) Vetor: flebotomínios américa Lutzomyia 3) Reservatório: roedores, preguiça, tamanduá, cão e eqüinos. 4) Sintomas: Na forma cutânea, lesões no corpo. Na forma visceral ocorre e aumento do volume do fígado e do baço, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo, prostração, apatia e palidez (fígado, baço e medula– produtores de macrófagos). - Pode haver tosse, diarréia, respiração acelerada, hemorragias e sinais de infecções associadas. - Quando não tratada, a doença evolui podendo levar à morte até 90% dos doentes. 5) Diagnóstico: parasitológico (material lesão), cultura, biopsia. 6) Tratamento: antimonial pentavalente, anfotericina B e o isotionato de pentamidina. 7) Aspectos epidemiológicos: Atualmente, houve um aumento no registro de casos da co-infecção Leishmania – HIV passando a ser considerada como emergente e de alta gravidade. É doença de notificação compulsória nacional. - A leishmaniose tegumentar americana (LTA) difundida no País. A leishmaniose visceral americana (LVA) é muito mais grave e também tende à urbanização, ocorrendo principalmente no Nordeste. Medidas de controle: 1. Tem-se usado com prioridade a estratégia de diagnóstico e eliminação de cães infectados. 2. Viabilizar ações de higiene peridomiciliar. 3. Controlar da população de reservatórios e do agente transmissor. 4. Diagnosticar e tratar precocemente os casos para reduzir as complicações e deformidades provocadas pela doença. Esquistossomose. 1) Agente etiológico: platelminto Schistosoma mansoni 2) Reservatório: Biomphalaria glabrata, B. tenagophila, B. Stramínea. 3) Sintomas: febre, dor de cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarréia. Como o verme adulto se direciona para veia mesentérica na forma crônica ocorre comprometimento hepático com hepatomegalia. 4) Diagnóstico: parasitológico fezes. 5) Tratamento: praziquantel e a oxaminiquina ambos dose única. 6) Aspectos epidemiológicos: - Endemia mundial: 72 países, principalmente, na América do Sul, África, Caribe e leste do Mediterrâneo. - No Brasil já atinge 19 estados. - Não pode ser considerada em regressão apesar de relatos de reduções pontuais em programas de controle. - Doença de notificação compulsória em áreas não endêmicas. Malária. 1) Agente etiológico: protozoário Plasmodium vivax, falciparum ou “malariae”. 2) Vetor: Anopheles (hábito fim da tarde). 3) Sintomas: febre, calafrios, fadiga, náuseas, dor de cabeça e, em alguns casos, anorexia com como infecta hemácias, hemólise, icterícia. 4) Diagnóstico: parasitológico (sangue). 5) Tratamento: cloroquina e derivados (resistência). 6) Aspectos epidemiológicos: Incidência elevada, mata 1 criança africana a cada 30 segundos. Estudos detectaram 33,8% de sorologia positiva em habitantes de zona endêmica urbana na Amazônia brasileira (Ferranoni e Lacaz, 1982). Medidas de controle: 1. Vigilância de suscetibilidade dos plasmódios às drogas específicas em uso; 2. Testes clínicos e operacionais com novos medicamentos; 3. Métodos de controle do Anopheles, incluindo saneamento, utilização de inseticidas e controle biológico; 4. Aplicação de inquéritos soro-epidemiológicos para malária e aperfeiçoamento das técnicas de diagnóstico sorológico. 5. Medidas de prevenção e controle e informação. Dengue. 1) Agente etiológico: Vírus da dengue sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 2) Vetor: Aedes aegypti 3) Sintomas: febre, dor de cabeça e no corpo – Hemorrágica insuficiência circulatória e choque 4) Diagnóstico: sorologia para DEN 5) Tratamento: sintomático 6) Aspectos epidemiológicos: reemergiu no País nos últimos anos. Prevenção 1. Eficácia do sistema de saúde, vigilância e controle epidemiológico. 2. Saneamento básico. 3. Combate ao mosquito transmissor, informação e efetiva e continuada participação da população. Doenças negligenciadas. Aproximadamente 1 bilhão de pessoas – um sexto da população mundial – encontra-se acometida de uma ou mais doenças tropicais negligenciadas. Menosde 10% dos recursos globais gastos em pesquisa em saúde são para estas doenças. Medidas propostas para o controle global das endemias. ❏ Objetivo I: Vigilância – Descobrir, investigar rapidamente e acompanhar os casos. ❏ Objetivo II: Pesquisa Aplicada – Integrar os laboratórios e a epidemiologia. ❏ Objetivo III: Prevenção e Controle – Estimular a informação sobre as doenças emergentes e implementar estratégias de prevenção. ❏ Objetivo IV: Infra-estrutura – Fortificar a infra-estrutura de saúde pública em níveis local, estadual e federal. Aula 8: Epidemiologia das doenças e agravos não transmissíveis (DANT). Conceitos. Patologias caracterizadas pela ausência de processos infecciosos. Longo curso clínico. Tendência à irreversibilidade. ❏ Crônico-degenerativas: decorrentes da evolução de processos orgânicos – envelhecimento, fatores genéticos e estilo de vida. ❏ Causas externas: decorrentes da violência e de acidentes. Associados às más condições de vida, urbanização desorganizada e problemas sócio-econômicos (fatores geradores da criminalidade). Evolução das sociedades. Alteração dos problemas de saúde pública. 1ª Etapa Predomínio das doenças Infecciosas e parasitárias ⟹ 2ª Etapa Predomínio das doenças Crônico-degenerativas ⟹ 3ª Etapa Predomínio de doenças ocupacionais. Transição demográfica ⟹ Transição epidemiológica ⟸ Transição nutricional Transição demográfica. Diminuição da taxa de mortalidade infantil. Diminuição da taxa de fecundidade. Diminuição da taxa de mortalidade. Aumenta o número de idosos. Aumenta a expectativa de vida ao nascer ⇨ A população “envelhece”. Transição nutricional. Desaparecimento da forma de desnutrição aguda e grave com alto índice de mortalidade. Desaparecimento do marasmo nutricional habitualmente associado a doenças infecciosas de duração prolongada; Transição se configurando na correção do déficit estatural; Aparecimento do binômio sobrepeso/obesidade em escala populacional ⇨ População “engorda”. Transição epidemiológica. Diminuição da mortalidade e morbidade por DIP (doenças infecciosas e parasitórias). Aumento da mortalidade e morbidade por doenças cardiovasculares. Aumento da incidência de câncer, morbidade por causas externas e doenças do aparelho respiratório ⇒ Doenças cardiovasculares – principal problema de saúde pública. Ações. Monitoramento da morbi-mortalidade ❏ Saúde Brasil - séries temporais, análises espaciais, estudos de coorte, estudos ecológicos. ❏ Fortalecimento da capacidade de análise local (capacitações, melhoria dos sistemas de informação, otimização de instrumentos e técnicas de análise) Monitoramento de fatores de risco ❏ Inquéritos sistemáticos (prevalências e padrões de aglomeração de fatores de risco e determinantes socioeconômicos e ambientais) ❏ Apoio a inquéritos locais (municípios, estados) ❏ Inquérito em grupos populacionais selecionados (escolares, idosos, etc) Indução e apoio a ações de promoção à saúde, prevenção e controle. ❏ Disseminação e discussão ❏ Estabelecimento de parcerias multi-setoriais ❏ Integralidade e sustentabilidade das ações Avaliação das ações, programas e políticas. ❏ Definição de indicadores ❏ Análise de processo e resultado/impacto ❏ Crítica, retroalimentação e aprimoramento (instrumentos, indicadores e metas) Aula 9: Epidemiologia e saúde do trabalhador. Trabalho na era moderna. No capitalismo: criação de valores de uso ⟶ criação de valores de troca. Produtividade e lucro. Trabalhador vende sua força de trabalho: sobrevivência. Mercadoria cuja finalidade é produzir mercadorias. “Trabalho estranhado”: trabalhador não se identifica com o que produz. Transição do trabalho escravo/servil para o capitalista. Resistência dos trabalhadores: disciplinamento da força de trabalho. Perda da criatividade...... da alegria...... do prazer. Estratégias contra a resistência: Controle do tempo. Divisão do processo de trabalho. Disciplinamento da força de trabalho. Tempo controlado = trabalhador controlado. Ritmo ditado pelas máquinas. Nasce a questão da saúde do trabalhador. Saúde do trabalhador. Brasil, décadas de 60-70. Ditadura, crescimento econômico, multinacionais, conflitos no campo. Luta política no espaço de trabalho. Novo sindicalismo: salário, condições de trabalho, horas de trabalho ⟶ saúde do trabalhador. Epidemiologia social, epidemiologia crítica, Reforma Sanitária. Trabalho e risco. Indicadores de risco para o trabalhador. FATORES: ➭ Técnicos ➭ Psíquicos ➭ Organização do trabalho ➭ Produtividade ➭ Desigualdade social. Previdência social, lei 8.213 “Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.” Incluídos: ❏ Trajeto ❏ Doença profissional (inerente) ❏ Doença do trabalho (colateral) Matriz de Corvalán ou Matriz FPEEEA. Planejamento de ações em todas as etapas. Indicadores do problema e dos resultados das ações Mapa de riscos. Origem no movimento sindical. NR 5, que trata da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes): “identificar e mapear os riscos no ambiente de trabalho” Identificando nexo causal entre saúde e atividade laboral ➞ Exames clínicos e complementares. Histórico clínico e ocupacional. Estudo do local de trabalho. Estudo da organização do trabalho. Dados epidemiológicos. Literatura atualizada. Quadro clínico derivado de exposição a condições agressivas. Identificação de riscos. Depoimento e experiência do trabalhador. Conhecimento de outras áreas (mesmo que não seja da saúde). Os números. Dados do SUS (SINAN, SIM, DATASUS, SIH, SINITOX). Dados da previdência social (CLT). Previdência social: CAT (Comunicação de Acidentes de Trabalho). Empresas devem notificar em 24h. Deve conter: CID, circunstância de ocorrência. ❏ Subnotificação de casos leves e moderados ❏ Pressão do empregador sobre os médicos: ❏ Perda de ISO ❏ + de 30 dias de licença: estabilidade de 12 meses ❏ Afastamentos maiores de 15 dias: conta do empregador ❏ Registros podem elevar tributação da empresa
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