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FÍSICA EXPERIMENTAL I (FIS111) Nome / Curso / DRE: Rafael Avona / Nanotecnologia / 112024257 Turma / Horário: EAM3 / Quarta-feira (15:00 as 17:00) Professor: Raul Edgardo Rapp Data: 4 de setembro de 2013 Título Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) sobre um trilho de ar Introdução / Objetivos Estudar e descrever o movimento realizado por um carrinho sobre um trilho de ar comprimido por meio de um modelo teórico e de medidas experimentais. Modelo Teórico O Movimento Retilíneo Uniforme é caracterizado por velocidade constante – velocidade média entre e igual a velocidade (instantânea) em qualquer instante – e por ser unidimensional – vetor velocidade, , possui sempre a mesma direção e, quando sobre um eixo cartesiano em seu sentido positivo (, ou ), pode ser escrito apenas por (ou quando o eixo escolhido for o ) acompanhado de um escalar que representa seu módulo e sentido (se positivo, aponta no sentido do eixo, senão, no sentido contrário). Essas características são decorrentes do fato de que, quando em MRU, o corpo não sofre nenhum efeito de aceleração, ou seja, é um vetor nulo. Lembrando da definição, que a velocidade pode ser expressa em função do tempo como a derivada temporal da posição em função do tempo, para o MRU tem-se que: Sabendo que a velocidade, , é constante – igual à velocidade inicial, – (logo a aceleração como derivada temporal da velocidade é igual a zero), tem-se: onde c é a constante de integração Aqui, a constante de integração representa a posição inicial, , que deve ser adicionada à variação da posição em um intervalo de tempo, , para que se obtenha a posição da partícula em qualquer instante, . Portanto, a equação para a posição de uma partícula em MRU em um instante qualquer pode ser expressa como segue: Figura 1: Gráficos do Movimento Retilíneo Uniforme (a) velocidade versus tempo (b) posição versus tempo O trilho de ar comprimido é um sistema que gera um colchão de ar entre o trilho e o carrinho de cerca de meio milímetro de espessura, provocando, assim, uma redução drástica do atrito – que pode ser desprezado – envolvido no movimento deste sobre o trilho, possibilitando, então, o estudo do MRU. O centelhador acoplado ao trilho é capaz de emitir faíscas que marcam a posição do carrinho naquele momento em uma fita termo sensível em uma frequência na qual a incerteza associada pode ser desprezada. É importante para o estudo do MRU saber o intervalo de tempo entre as faíscas, portanto, é vital relacionar a frequência com o período, como segue: Desprezando a incerteza do centelhador, toda a incerteza do experimento está relacionada com as medidas tiradas da fita, que representam a posição do carrinho. A incerteza nessas medidas serão intrínsecas ao instrumento de medida que será utilizado, nesse caso uma régua milimétrica que contém uma incerteza em suas medidas de (equivalente a ). Assim, a incerteza contida nas medidas de distância a partir da fita será a mesma contida nos valores para velocidade que será obtida. Procedimento Experimental Para realizar o experimento é importante certificar-se que o trilho de ar esteja nivelado e que a instalação elétrica do centelhador esteja correta. A fixação da fita termo sensível deve ser feita com especial cuidado, para aproveitar o movimento da melhor maneira, ou seja, obter pontos com espaçamento adequado (nem muito próximos e nem muito distantes um em relação ao outro). É fortemente aconselhável realizar um teste antes de capturar os dados na fita a fim de verificar o movimento descrito pelo carrinho sobre o trilho de ar. Para a captura dos dados, deve-se ligar o trilho de ar e ajustar o centelhador na frequência de . Dados (Tabelas, etc.) Segundo a equação , o intervalo de tempo entre cada faísca é igual a . O ponto 0 representa o ponto inicial do experimento, isto é, o primeiro momento em que o movimento passa a ser monitorado. Neste ponto e . O movimento foi monitorado entre os instantes e em intervalos de tempo , mas, no instante , que seria o ponto 6 do experimento, o centelhador falhou e não marcou nenhum ponto na fita termo sensível, sendo este ponto, então, descartado para todos os efeitos. Tabela 1: Medidas do tempo , da posição e da incerteza associada a posição para cada ponto 0 0,0 0,0 0,1 0 1 0 1 1 0,1 4,9 0,1 49 1 49 1 2 0,2 9,9 0,1 99 1 99 1 3 0,3 14,9 0,1 149 1 149 1 4 0,4 19,9 0,1 199 1 199 1 5 0,5 25,0 0,1 250 1 250 1 6 0,6 - - - - - 7 0,7 35,0 0,1 350 1 350 1 8 0,8 40,0 0,1 400 1 400 1 9 0,9 45,2 0,1 452 1 452 1 10 1,0 50,2 0,1 502 1 502 1 11 1,1 55,3 0,1 553 1 553 1 12 1,2 60,5 0,1 605 1 605 1 13 1,3 65,6 0,1 656 1 656 1 Resultados e Conclusões O gráfico da posição do carrinho no trilho de ar em função do tempo na Figura 2 tem a mesma forma do gráfico previsto no modelo teórico na Figura 1 – uma reta com inclinação positiva – e, por isso, mostra que o modelo teórico proposto está correto dentro de alguns limites. Porém, no gráfico do movimento do carrinho relatado na Figura 2 há um pequeno desvio dos pontos em relação à reta devido à ação de eventos que foram desprezados no modelo teórico (como o atrito entre o carrinho e a fase gasosa e/ou pequenas irregularidades no trilho de ar comprimido, etc.). Ainda assim, deve-se considerar o incerteza resultante de uma medida direta de comprimento com uma régua milimétrica (), que apesar de não ficar visível no gráfico por ser um tanto quanto pequena se comparada com a variação total da posição em relação ao tempo (), resolve este problema do desvio dos pontos em relação à reta idealizada. Em suma, o experimento ocorre segundo o modelo teórico proposto para o movimento do carrinho no trilho de ar, isto é, o movimento descrito é um Movimento Retilíneo Uniforme.
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