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Dificuldades e instrumentos didáticos facilitadores no ensino de Química para alunos deficientes auditivos

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DIFICULDADES E INSTRUMENTOS DIDATICOS FACILITADORES NO ENSINO DE 
QUÍMICA PARA ALUNOS DEFICIENTES AUDITIVOS 
 
Jessica Paranhos ESTÁCIO1 – jessicaestacio2@gmail.com 
Jorge Raimundo da Trindade SOUZA2 - jrts@ufpa.br 
 
1 Universidade Federal do Pará (UFPA) 
2 Universidade Federal do Pará / Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas 
 
RESUMO.. Este trabalho visa identificar as dificuldades encontradas em sala de aula pelos professores para 
o ensino de Química para alunos DAs e, apresentar metodologias experimentais aplicadas durante o 
desenvolvimento do estágio supervisionado, que funcionaram como instrumentos didáticos facilitadores da 
identificação dos fenômenos químicos. Como instrumento para coleta de dados, utilizou-se um questionário 
para identificar, segundo os professores, quais os maiores obstáculos encontrados em sala de aula para o 
ensino de Química aos alunos DAs. Enquanto para os alunos, foram aplicados experimentos em sala de aula 
para observação do fenômeno, e atividade observacional em casa. Os resultados da pesquisa apontam que 
entre as maiores dificuldades para o ensino de Química para deficientes auditivos, segundo os professores, é 
a falta de recursos visuais, como projetores nas salas de aula, já que são recursos facilitadores para chamar 
atenção e facilitar a exposição do conteúdo ministrado para esses alunos. Em relação aos estudantes, 
observou-se que além da exposição visual do conteúdo, os experimentos realizados facilitaram o acesso a 
aprendizagem dos conteúdos ministrados, pois tiveram a oportunidade de observar como ocorre o fenômeno 
químico. Portanto, por meio desta pesquisa podemos concluir que, o ensino de Química, e das ciências em 
geral, para alunos deficientes auditivos exige além de recursos didáticos especiais que gere a aproximação do 
aluno com o conteúdo, a utilização de recursos didáticos visuais para uma melhor compreensão e observação 
do assunto, além da experimentação que serve como mecanismo didático facilitador para a observação em 
tempo real do fenômeno em questão. 
 
Palavras-Chave: Ensino de Química. Educação Inclusiva. Deficientes Auditivos. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A inclusão escolar é uma importante conquista social e o caminho indicado nos processos de 
ensino e de aprendizagem para os deficientes auditivos (DAs). Logo que incluir é envolver, esta 
palavra se refere bem no contexto escolar, portanto para que haja inclusão escolar, é necessário 
comprometimento por parte de todos os envolvidos, professores, alunos, pais, comunidade escolar 
em geral e todos que participam do âmbito escolar. 
 Segundo A Federação Nacional de Educação e Integração do Surdo (FENEIS) em 2011, no 
censo escolar de 2003 havia 56.024 alunos DAs matriculados no ensino básico, 2041 haviam 
concluído o ensino médio, e 344 estavam no ensino superior. Diante desses dados verifica-se a 
importância de investir e garantir a acessibilidade dos alunos DAs no ensino regular e promover 
metodologias, recursos e ações para a permanecia destes alunos. 
A educação para surdos no Brasil teve início durante o segundo império, com a assinatura de 
por D. Pedro II da lei 839 em 26 de setembro de 1857. Tempo depois foi fundada uma escola para 
surdos, o Instituto Nacional de Surdos-Mudos (INSM), atual Instituto Nacional de Educação de 
Surdos – (INES), que utilizava a língua de sinais e o alfabeto datilológico (alfabeto manual). 
Outro marco histórico das mudanças na educação de surdos ocorreu em 1880 em Milão. Foi 
realizado um congresso, onde o oralismo defendido principalmente por Alexander Graham Bell no 
qual se defende que a maneira mais eficaz de ensinar o surdo é através da língua oral, ou falada 
ganhou força ,e a maioria dos participantes presentes votaram na aprovação da exclusividade 
absoluta do uso da metodologia oralista, pois a língua oral era considerada mais importante do 
ponto de vista social. 
Muitos acontecimentos acorreram e paralelamente ao desenvolvimento da comunicação 
oralista, surgia também uma outra metodologia, o bilinguismo. A educação bilíngue defende a 
língua de sinais como língua natural dos surdos, ou primeira língua, enquanto que a língua dos 
ouvintes seria a segunda língua. 
295
Após anos de embates e tomada de decisões, no ano de 1991, a Linguagem Brasileira de 
Sinais a LIBRAS foi reconhecida legalmente como a linguagem de comunicação e expressão por 
meio da Lei 10.436/02 que determina que sejam garantidas formas institucionalizadas de seu uso , 
tendo sido regulamentada pelo decreto 5.626/05, que determina que seja também usada como 
disciplina curricular na formação de professores, licenciaturas e profissionais da educação para o 
exercício do magistério, em diferentes áreas do conhecimento. 
Logo atualmente espera-se que os cursos de graduação das instituições de ensino superior 
obtenham implementação da proposta de educação inclusiva, capacitando o discente através das 
disciplinas de educação inclusiva e de LIBRAS, visando metas na formação e a capacitação do 
docente concretizando o sistema educacional que inclua a todos, verdadeiramente. 
Contudo na prática pouco se tem alcançado em relação a essas metas, sobre as quais pouco é 
exercido em sala de aula, e que muitas vezes parecem insuficiente na garantia efetiva da preparação 
dos professores. 
Em relação ao decreto 5626/05, que se refere a obrigatoriedade da disciplina de LIBRAS 
nos cursos de licenciatura, entende-se que vem ao encontro das necessidades dos alunos DAs no 
ensino regular, pois, ainda que os professores não dominem fluentemente essa modalidade 
linguística, pelo menos terão conhecimentos mínimos a respeito da língua de sinais e das 
especificidades dos alunos surdos, gerando receptividade com estes alunos. Contudo, na maioria 
dos casos não é exige e oferecido ao docente outras disciplinas em Educação Especial ou em 
Educação inclusiva, restringindo o docente ao conhecimento limitado. 
Neste contexto histórico educacional onde se torna crescente a importância de investimentos 
em políticas públicas inclusivas, com práticas objetivas do ensino e aprendizagem de todos os 
alunos, é que se buscou com esta pesquisa investigar, junto aos professores e alunos da escola onde 
foi aplicada a pesquisa, investigando e verificando quais são as metodologias, recursos e suportes, 
que são oferecidos dentro da sala de aula, diante as dificuldades de comunicação dos professores 
com os alunos DAs. 
 O ensino de ciências para deficientes auditivos é um dos maiores desafios da educação, pois 
além de ensinar é preciso que o professor desperte a atenção do aluno e encontre uma metodologia 
que alcance a melhor maneira de auxiliar o educando nos seus estudos. 
Partindo do princípio que a educação é um direito de todos, a educação inclusiva é a 
inserção de alunos com necessidades educacionais especiais no ambiente da escola regular, 
oferecendo condições para a permanência e acompanhamento especializado desses alunos, e está 
assegurada na constituição brasileira. Contudo consideramos que a palavra “deficiente” tem 
significado muito forte, carregado de valores morais, e contrapondo-se muitas vezes a “eficiente” 
induzindo que a pessoa não é capaz, preguiçosa, incompetente e sem inteligência. No entanto 
quando passamos a conviver com pessoas que possuem algum tipo de deficiência, verificamos que 
ela pode ter dificuldades para realizar determinadas tarefas, porém não são incapazes de executá-las 
(GIL, 2000). 
No caso da deficiência auditiva, geram-se algumas limitações para o desenvolvimento do 
aluno em sala de aula, logo o professor tem a necessidade de estar capacitado e preparado para a 
recepção e adaptação de suas aulas a esses alunos. Como condição para participarde uma turma 
regular o aluno deficiente auditivo deve ter adquirido um nível de linguagem suficiente para 
permitir diálogo, com professores e colegas, e certo domínio de leitura e escrita. Enquanto a escola 
por sua vez, também precisa dispor de recursos que torne viável o processo de inclusão, como por 
exemplo, material concreto e visual que sirva de apoio para garantir a assimilação de conceitos 
(REDONDO; CARVALHO, 2000). 
A química, assim como as outras ciências, está presente no cotidiano de todos os alunos, 
sendo eles ouvintes ou não, observar, explorar e investigar os fenômenos químicos da natureza é 
imprescindível para seu conhecimento e convívio social. No entanto muitas são as barreiras que 
dificultam o acesso a aprendizagem desses alunos, não somente no ensino de química, mas em 
todas as ciências, pois as ausências destes recursos visuais dificultam o entendimento dos alunos 
que ficam retidos apenas no abstrato. Por isso durante as aulas, onde é exposto os conteúdos, a 
296
utilização de recursos visuais através, imagens, figuras, vídeos, jogos didáticos, experimentação é 
de suma importância para o ensino de qualquer ciência. No entanto muitas salas de aula não 
dispõem de equipamentos projetores como, Datashow, o que facilita a exposição de imagens e 
vídeos. 
A falta de experimentação em sala de aula também impossibilita uma melhor aprendizagem, 
pois esta auxilia na demonstração factual do fenômeno que foi exposto em teoria. 
Durante o estagio supervisionado em uma turma regular que incluía alunos DAs, ao realizar 
juntamente com o professor da turma, uma aula sobre a água, suas e propriedades químicas e 
estados físicos, podemos constar que de acordo com os professores e os próprios alunos em geral, 
que alguns recursos didáticos utilizados além do auxilio da LIBRAS, são essenciais facilitadores na 
comunicação das aulas. Nessa perspectiva, é importante saber a opinião dos os professores que têm 
o importante desafio de lecionar para alunos como limitações auditivas, muitas vezes, com pouca 
preparação para viver essa realidade, assim como os próprios alunos DAs. 
 O Datashow, por exemplo, que exibe imagens e vídeos auxiliando o acompanhamento do 
conteúdo, pelos alunos DAs, que muitas das vezes ficam dispersos durante as aulas que não 
utilizam esses recursos, e ao final da aula foi realizada a experimentação, onde comprovaram o que 
foi ministrado teoricamente, através da observação do fenômeno ocorrido. Nesse sentido, o trabalho 
aqui exposto possui como objetivos principais a facilitação da aprendizagem de Química para 
alunos surdos do ensino básico, bem como a compreensão de circunstâncias da realidade, através da 
exploração de aspectos sensoriais, utilizando a LIBRAS como ferramenta. 
Foram utilizados experimentos e recursos didáticos explorando a melhor compreensão dos 
alunos referentes ao conteúdo ministrado, utilizando-se a LIBRAS como mediadora do processo. 
Esses recursos foram escolhidos como facilitadores em favorecimento a deficiência da comunicação 
oral. Dessa forma, utilizamos o Datashow para ministrar a aula sobre a água ilustrando imagens e 
vídeos, em seguida foram realizados experimentos químicos simples, de baixo custo e fácil 
manuseio, para demonstrar as propriedades químicas e as mudanças de estado. O trabalho foi 
realizado com alunos DAs e ouvintes de uma turma durante o período do estágio supervisionado. 
Portanto o objetivo do trabalho é analisar as dificuldades encontradas em sala de aula para o ensino 
a alunos DAs, inserir metodologias didáticas que facilitem a aprendizagem, de forma mais 
significativa a esses alunos. 
 
 
OBJETIVOS 
 
Este trabalho tem como objetivo analisar como ocorre o processo de ensino-aprendizagem 
com os deficientes auditivos, assim como verificar a inclusão desses alunos no ensino regular, suas 
relações, participação nas aulas e a atenção especial referida a eles. Além disso, verificar a relação e 
as dificuldades metodológicas apontadas pelos professores e pelos alunos DAs em relação aos 
conteúdos ministrados em sala de aula, identificar o interesse e as barreiras encontradas pelos 
alunos DAs em sala de aula no que se refere a compreensão dos conteúdos ministrados pelo 
professor, reconhecer as prioridades a as possibilidades para a melhor compreensão do conteúdo 
pelos alunos DAs e apresentar estratégias metodológicas e recursos didáticos que facilitem a 
exposição e a compreensão dos conteúdos ministrados no cotidiano escolar desses alunos. 
 
METODOLOGIA 
 
A pesquisa foi realizada em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio no 
município de Belém, durante o estágio supervisionado IV. A escolha da escola se deu pelo fato de a 
mesma concentrar alunos portadores de necessidades especiais no município. O motivo da pesquisa 
se deu pelo fato de os professores da área das ciência encontrarem bastantes dificuldades para 
desenvolverem seus trabalhos com alunos DAs que cursam o ensino fundamental. Tais dificuldades 
que atrapalham o condicionamento do trabalho dos professores em sala de aula em relação aos 
297
alunos DAs. A pesquisa foi desenvolvida na própria escola, por meio de observação e questionários 
direcionado aos professores de ciências e aos alunos da turma tanto aos DAs quanto aos ouvintes. 
Os entrevistados foram bastante receptivos e não impuseram nenhuma barreira para realização da 
pesquisa. 
O interesse dos professores pela temática em questão facilitou bastante o andamento da 
pesquisa, pois segundo eles essas barreiras metodológicas, como a falta de recursos didáticos 
visuais como o Datashow, dificultam a acessibilidade e a comunicação com os alunos Das. 
Para verificar que utilização de recursos didáticos como o Datashow, para visualização e a 
experimentação para a comprovação dos fenômenos, auxiliam na aplicação do conteúdo, foi 
utilizado a seguinte metodologia: 
Primeiramente durante as primeiras semanas de realização do estagio supervisionado, 
observou-se que principalmente os alunos DAs ficavam dispersos durantes as aulas, então foi 
aplicado um questionário aos professores de química e ciências, como as seguintes perguntas: 
Qual a maior dificuldade encontrada em sala para ministrar o conteúdo as turmas que possuem 
alunos DAs? 
Segundo sua experiência em sala de aula, o que facilitaria o acesso dos alunos DAs aos 
conteúdos ministrados? 
As respostas mais frequentes, em relação as maiores dificuldades, foram segundo os 
professores, a dispersão dos alunos DAs em sala de aula e ausência de recursos que volte a atenção 
desses alunos. Em relação o que felicitaria o acesso destes alunos aos conteúdos ministrados, as 
respostas mais frequentes foram, além de uma interprete de LIBRAS, recursos visuais como o 
Datashow, e em alguns casos o uso da experimentação. 
No segundo momento, preparamos uma aula juntamente como o professor, sobre a água, 
fases e propriedades químicas, utilizando o Datashow, com imagens e vídeos que auxiliaram na 
ilustração. Logo em seguida foi realizado um experimento, onde utilizamos uma pedra de gelo, 
vela, álcool, para mostrar alguns fenômenos de mudanças de estado físico, foi utilizado também um 
vasilha transparente com água, onde colocamos um ovo e aos poucos adicionamos cloreto de sódio 
(sal de cozinha) para demonstração da densidade. Ao final foi proposta aos alunos uma atividade 
experimental em casa, com auxilio dos pais, onde fosse induzida alguma mudança do estado físico 
da água, e se possível registrassem o fenômeno ocorrido relatando o fato. 
Na semana seguinte todos os alunos DAs e ouvintes trouxeram suas atividades, e em seguida 
responderam ao seguinte questionamento: os recursos utilizados durante a aula sobre a água como oDatashow, a atividade em sala de aula e atividade experimental em casa, auxiliaram você na melhor 
compreensão do conteúdo? Todos os alunos DAs e ouvintes redigiram que as imagens e vídeos 
facilitaram muito o acompanhamento e a melhor compressão do conteúdo ministrado, e que 
segundo eles, as atividades experimentais auxiliaram na fixação e compreensão de como ocorre 
esses fenômenos e como estão envolvidos em nosso cotidiano. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O processo de inclusão é um grande desafio para os educadores, exige, mudanças de 
atitudes, trabalho coletivo e principalmente força de vontade, e por esse motivo é de grande 
importância que seja discutido e proposto métodos que facilitem essa inserção desses alunos. Em 
sala os assuntos de ciências, particularmente da Química, podem ser estudados com ferramentas 
educacionais que auxiliem na compreensão e absorção dos conteúdos, como o Datashow que auxilia 
na exposição do assunto, e a experimentação que apresenta a prática e o fenômeno ocorrido assim 
como instiga o censo critico não só alunos com deficiência auditiva, mas para alunos em geral. 
Essas metodologias visam aprofundar o conhecimento e despertar o interesse dos alunos pelo que 
está sendo estudado. 
Existem diversas metodologias que podem ser trabalhadas para que os surdos e não fiquem 
excluídos do restante da turma, logo esses recursos quando bem utilizados integram todos os alunos. 
Sendo assim após as aulas, atividades e questionários aplicados, verificou-se que os alunos DAs 
298
tiveram um rendimento e desempenho mais elevado, segundo os próprios alunos, em relação a 
compreensão do conteúdo ministrado quanto as aulas anteriores que não tiveram o auxilio do 
Datashow e experimentação, em relação a experimentação verificou-se também que auxiliou na 
fixação do conteúdo exposto, pois facilitou a exposição das figuras, imagens e vídeos relacionados 
ao conteúdo 
 Percebeu-se que os alunos DAs mesmo com suas limitações auditivas, demonstram 
interesses em adquirir conhecimentos usando a visão, pois a imagens e ilustrações direciona a 
atenção do aluno para o que está sendo ministrado e aumenta sua perspectiva de entendimento, logo 
que não se retém somente ao abstrato. 
Assim, verificou-se também que um dos problemas para a melhor compreensão da aula 
expositiva, além do pouco conhecimento da LIBRAS, devido a própria formação acadêmica dos 
professores, tornando-se indispensável um interprete em sala de aula, é a falta de recursos didáticos 
que facilitem e auxiliem na exposição do conteúdo ministrado, como o Datashow e aulas 
experimentais, já que esses recursos facilitam a comunicação e compreensão dos alunos DAs em 
relação ao conteúdo ministrado. Sendo assim é de suma importância que o educador explore 
metodologias e recursos que facilitem a comunicação entre os alunos DAs, e que as escolas que 
integram estes alunos se adaptem utilizando equipamentos como o Datashow, que é um meio 
facilitador na comunicação entre os professores e os alunos DAs e na compreensão por esses 
alunos. 
 
CONCLUSÃO 
 
Pode-se concluir então, que segundo os alunos DAs, esses sujeitos investigados tiveram bem 
mais produtividade e seus conhecimentos foram adquiridos de forma mais objetiva, pois a 
metodologia abordada facilitou o aprendizado destes alunos através dos recursos visuais que 
direcionaram a atenção e a melhor compreensão dos conteúdos ministrados. 
 De acordo com os professores e os questionários aplicados os recursos como o Datashow e 
a experimentação, facilitaram completamente as aulas ministradas, pois a utilização destes recursos 
facilitaram a inserção e a comunicação com os alunos DAs, que antes ficavam muitos dispersos 
devido somente haver verbalização durantes as aulas, logo a exposição de imagens e vídeos, assim 
como a experimentação integrou os alunos DAs como restante da turma, pois estes puderam 
juntamente com os alunos ouvintes além da utilização da LIBRAS interagir com o conteúdo 
exposto no Datashow e durante a experimentação. 
Com isto, a pesquisa permitiu diagnosticar a importância de uma abordagem mais acessível 
dos conteúdos aos alunos que possuem limitações auditivas, e diante disto este trabalho auxiliou na 
orientação do professor em sala de aula para a utilização de recursos facilitadores na comunicação e 
exposição dos conteúdos a esses alunos, através da utilização do Datashow para a exposição das 
imagens e vídeos facilitando a cominação com os alunos e a experimentação que também reforça o 
conteúdo e auxilia na melhor compreensão e absorção do conteúdo por todos os alunos DAs e 
ouvintes. 
 
REFERÊNCIAS 
 
REDONHO, Maria; CARVALHO Josefina. Deficiência auditiva. Brasília: MEC, 2000.64p. 
 
ENCONTRO NACIONALDE ENSINO DE QUÍMICA. 15,2010, Brasília. Ensino de química para 
deficientes auditivos através da exploração dos aspectos fenomenológicos da experimentação. 
Brasília: SBQ, 2010.1p 
 
BELTRAMIN, Franciane; GÓIS, Jackson. Materiais didáticos para alunos cegos e surdos no ensino 
de química. Paraná. SBQ, 2010.12p 
 
299
QUEIROZ, Thanis G.B.; BENITE, Anna M.C.- Ensino de ciências/química e surdez: o direito de 
ser diferente na escola. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA (ENEQ), 15, 
Brasília, 2010. Anais… Brasília: UNB, 2010. 
 
GIL, Marta. Deficiência Visual. Brasília: MEC, 2000.80p. 
 
OLIVEIRA, Walquíria Dutra; BENITE, Anna M. Canavarro. Ensino de ciências para surdos uma 
investigação com professores e intérpretes de libras. Goiânia. FAPEG.2010.5p 
 
MACHADO, Paulo Cesar. A política educacional de integração/inclusão: um olhar do egresso 
surdo. Florianópolis.UFSC, 2008.174 p. 
 
 
(ENSINO DA QUÍMICA (ENQUI) 
 
 
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