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* Kelen Reis 2011 PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL 01 setembro 2011 * PROCESSAMENTO E CONSERVAÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL * Uma determinada variedade pode possuir características muito boas com relação a produção, resistência a doenças e época de maturação adequada, porém pode não ser recomendada devido a sua baixa qualidade para processamento. A seleção de variedades apropriadas é um importante passo no sentido de se obter um produto de boa qualidade. * Por outro lado, algumas variedades podem ser apropriadas para serem processadas por appertização, porém podem não sê-lo para congelamento ou desidratação. * FRUTAS As frutas constituem uma matéria prima altamente perecível Devem ser processadas o mais rapidamente possível após a colheita. Empregar (quando necessário) armazenamento refrigerado técnicas de processamento satisfatórias, a fim de que se possa oferecer ao mercado consumidor um produto tal que satisfaça a sua exigência, que se torna cada vez maior com o passar dos anos. * Quando a matéria prima chega a industria, ela deve apresentar as características desejáveis para finalidade a que foi destinada. * Condições Necessárias às frutas Tamanho uniforme * Apresentar cor, aroma, sabor e textura adequados, que devem ser preservados ao máximo no processamento. * Métodos de processamento que podem ser empregados para a conservação de frutas Conservação pelo calor Conservação pelo frio * Conservação de frutas pelo Calor As operações podem apresentar variações dependendo do tipo de fruta ou conserva que esta sendo elaborada Sob o ponto de vista econômico é o de maior importância. * Colheita 1-Limpeza e Seleção Transporte Descarregamento 2-Classificação 3-Preparo 4-Branqueamento Resfriamento 5-Acondicionamento 6-Exaustão 7-Fechamento hermético 8-Esterilização Resfriamento 9-Prova de esterilização * O ponto de maturação da fruta depende a que ela se destina. Elaboração de frutas ao xarope: colhidas maduras ou quase Para a confecção de geléias, compotas e frutas cristalizadas: comumente são colhidas de vez. Cuidados extremos devem ser dados a colheita. Colheita * * Transporte Deve ser o mais rápido possível algumas frutas devem estar na industria 24 horas após colhidas. * Descarregamento Deve ser feito com o máximo de cuidado para evitar batidas e ferimentos * Limpeza e Seleção Geralmente mergulhando-se as frutas em água ou por aspersão desta sobre as frutas, enquanto sobem por um plano inclinado, conduzidas por esteiras ou roletes. Seleção: separação das frutas machucadas, manchadas ou com outro defeito qualquer, que poderão ser utilizadas na confecção de geléias, doces em massa, polpadas, vinagres etc * * Classificação De grande importância no processamento industrial ( matéria prima de tamanho heterogêneo) Após a seleção: classificação em lotes (tamanho) Vai permitir uma demarcação rigorosa nos tempos de tratamentos nas operações de branqueamento e esterilização. * Preparo Conforme tipo de conserva: podem ou não ser descascadas, descaroçadas, cortadas em pedaços ou desintegradas Laranja, maracujá etc.: extração do suco. Dependendo da fruta: descascamento à mão, com faca especial, ou solução de hidróxido de sódio ou potássio fervente a 1,5 ou 2%. * Consiste em mergulhar as frutas devidamente preparadas, em água fervente, ou tratá-las com vapor por um tempo determinado ( é o mais indicado, porque neste caso a perda de sólidos solúveis é bem menor). Branqueamento * eliminar ar dos tecido, promover desinfecção superficial, evitar oxidações prejudiciais, inativar enzimas em geral, fixar a cor, o aroma e o sabor da fruta, fazer que a consistência fique firme embora tenra. Objetivos desta operação: * Deve ser feito logo após o branqueamento para que o material não seja prejudicado pela ação prolongada do calor. O material pode ser mergulhado em água fria ou ser submetido a uma série de aspersores, pelo tempo necessário para esfriar. Resfriamento * É feito em latas ou vidros apropriados Acondicionamento * Exaustão Recipientes abertos / parcialmente fechados: colocados em banho-maria quase fervente, chegando a água até uns 2cm da parte superior deles. Na industria as latas abertas atravessam um túnel onde é insuflado vapor com a finalidade de retirar o máximo possível de ar do interior do recipiente, antes de fechá-los hermeticamente * Esterilização Banho maria (100oC) Autoclaves (acima de 100oC) As frutas, de um modo geral, apresentam pH abaixo de 4,5. Finalidade: destruir os microrganismos que poderiam ocasionar deterioração posterior do produto. * Deve ser feito imediatamente após a esterilização Mergulha-se os recipientes em água fria (evitando-se a exposição do produto à ação do calor) No caso de vidros: resfriamento cuidadoso, pois eles são muito sensíveis à mudanças bruscas de temperatura. Resfriamento * Prova de esterilização Consiste em deixar recipientes (latas ou vidros), de cada partida, em câmaras a 37oC por quinze dias, ou a temperatura ambiente durante um mês. Nestas condições, se o material não apresentar indício algum de alteração (abaulamento do recipiente, por exemplo), significa que a esterilização foi perfeita e, então será liberada para o mercado consumidor. * Conservação de frutas pelo frio A conservação de frutas pelo frio pode ser feita por refrigeração e por congelamento Refrigeração Conservadas em temperaturas superiores a 0oC ou a -1 ou -2oC. Conservação é temporária (vantagem de conservar a textura e propriedades organolépticas do produto) Conservação muito utilizada na economia doméstica e industrias como um meio de preservar a matéria prima para posterior processamento. * As frutas são conservadas em temperaturas bem inferiores a 0oC. O congelamento altera as características físicas da fruta. Congelamento: * Etapas do Processo *no lugar do branqueamento às vezes prefere-se fazer um tratamento com SO2 ou com ácido ascórbico. O congelamento poder lento ou rápido. ** Todas estas operações, com exceção do congelamento e do armazenamento em câmaras frias, são semelhantes às utilizadas na conservação de frutas pelo calor, por tanto não serão descritas novamente. Colheita Transporte Seleção *Branqueam./Resfriam. Preparo Descarregamento Limpeza Acondicionamento **Congelam./ Câmaras * Congelamento lento ou comum O congelamento comum é feito à temperaturas inferiores a 0oC, mais comumente abaixo de -18oC. Neste caso a conservação é definida, mas altera até certo grau a textura e propriedades organolépticas do material * Congelamento rápido Por processos especiais e utilizando-se temperaturas mais baixas que a comum (geralmente abaixo de -40oC), o material é congelado quase que instantaneamente. Este processo não apresenta as desvantagens do congelamento comum. Através deste processo os produtos preservam a textura e suas qualidades organolépticas em melhores condições, mesmo comparando-se aos resultados obtidos por refrigeração. No congelamento rápido os cristais formados são muito menores e causam menor dano às células. Além disso, sendo mais curto o tempo de congelamento, menor tempo é dado para a difusão dos sais e a separação da água na forma de gelo. * Após o congelamento o armazenamento é feito a cerca de -18oC, que garante a preservação do produto por tempo quase indefinido, dependendo da natureza da fruta. O congelamento é, todavia, mais empregada para hortaliças do que para frutas. * Conservação de hortaliças pelo calor A conservação pelo calor é um dos processos mais importantes como visto anteriormente com as frutas. * Refrigeração: Tipo de conservação temporária, em que se emprega temperaturas geralmente de 0oC para cima. Nas industrias este processo é utilizado para preservar a matéria prima enquanto aguarda-se o processamento final. Por refrigeração se conservam: tomate a 0oC; couve, repolho e alface 1oC, cebola, cenoura e nabo a 2oC e aspargo a 4oC Conservação de legumes e hortaliças pelo frio Assim como para s frutas, a conservação de legumes e hortaliças pelo frio pode ser dividida em dois grupos: * Congelamento O esquema geral de operações Colheita Transporte Descarregamento Limpeza e seleção Classificação Preparo Branqueamento Resfriamento Acondicionamento Congelamento Armazenamento em câmaras frias Mercado consumidor. * Fruticultura e Horticultura no Brasil Produção Frutas: 30 milhões ton/Ano Perdas: 20 a 35% Produção Hortaliças: 27 milhões ton/Ano Perdas: 20 a 50% Custos de perdas: 4,5 bilhões/ Ano Principais causas: Embalagem e transporte Falta de tecnologia na cadeia produtiva
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