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Introdução à Administração Prof. Marcos Vinicius Pó marcos.po@ufabc.edu.br Significa a racionalização industrial, a partir do final do séc. XIX, com a aplicação dos métodos da ciência (métodos experimentais) para o controle do trabalho e da produção nas empresas capitalistas em rápida expansão Até a Revolução Industrial, o ofício era a unidade básica do processo de trabalho Trabalho era executado a partir de conhecimentos acumulados sobre materiais e práticas para realizar a produção Conceitos e habilidades físicas combinados no mesmo trabalhador – especialização e controle total dos processos Batalha de Hohenfriedeberg, 1745 - Ataque da infantaria prussiana (Carl Röchling) http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0f/Hohenfriedeberg.Attack.of.Prussian.Infantry.1745.jpg Administração científica Foco nas tarefas e métodos Principais expoentes ▪ Frederick Winslow Taylor ▪ Henry Ford (pela aplicação) Teoria clássica da administração Foco na organização Henri Fayol Lógica de máquina Funções especializadas Interdependência entre as partes Objetivo único Projetada por especialistas Peças: Administração científica: trabalhadores Administração clássica: departamentos Fonte: http://sjab.deviantart.com/ A administração científica marca o desenvolvimento dos fundamentos e técnicas de organização dos processos de trabalho e de produção em diversas áreas do mundo dos negócios A crítica de Taylor é que a administração fabril não poderia depender da iniciativa dos operários Os métodos de trabalho ainda guardavam tradições das corporações de ofício, sendo obsoletos em face das necessidades da produção em massa O trabalho de Taylor coloca nas mãos do planejador as informações antes dominadas apenas pelos operários qualificados Objetivos: Diminuir perdas Aumentar produtividade Baixar custos Princípios de administração científica de Taylor Planejamento Preparo Controle Execução Foco nas tarefas, processos e métodos de trabalho Métodos “científicos”: observação e mensuração (+ padronização) Especialização Determinação dos passos, movimentos e tempo necessários para a execução de uma tarefa Divisão entre planejadores (engenheiros) e executores (mão-de-obra) Análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos Estudo da fadiga humana Divisão do trabalho e especialização do operário Desenho de cargos e tarefas Incentivos salariais e prêmios de produção Conceito de homo economicus Condições ambientais de trabalho Padronização de métodos e máquinas Supervisão funcional Desenvolvidos por Frank Bunker Gilbreth e sua esposa Efetivos Inefetivos Transportar vazio Segurar Transportar cheio Pré-posicionar Pegar Posicionar Soltar a carga Procurar Utilizar Selecionar Montar Planejar Desmontar Espera inevitável Inspecionar Espera evitável Descansar Fonte: Wikipédia Focos Organização, inter-relações estruturais entre os departamentos, Estrutura e funcionamento Referência: o todo organizacional Funções básicas da empresa Técnicas: produção de bens ou serviços Comerciais Financeiras Segurança (patrimônio e pessoas) Contábeis Administrativas: integração e sincronização das outras funções Origem da administração por objetivos 1. Unidade de comando 2. Hierarquia 3. Amplitude de controle (span of control) 4. Assessoria e linha 5. Iniciativa 6. Divisão do trabalho 7. Autoridade e responsabilidade 8. Centralização 9. Disciplina 10. Subordinação dos interesses individuais aos gerais 11. Equidade 12. Estabilidade e manutenção do pessoal 13. Espírito de união Lógicas Organização como uma estrutura Cadeia de comando Fim comum Divisão do trabalho e especialização ▪ Vertical: hierarquia ▪ Horizontal: tarefas, atividades Necessidade de coordenação Departamentalização: divisão por Função Processo Clientela Localização Estratégias de flexibilidade Assessorias ▪ Elementos transversais à cadeia de comando ▪ Aconselhamento específico Descentralização de algumas funções administrativas e de coordenação nos diversos níveis hierárquicos comissões Resposta prática: dissociação Rigidez organizacional leva à separação entre as normas formais e a prática administrativa Fonte: http://www.cnpuv.embrapa.br/unidade/organograma.html, acesso em 26/09/2011 Opera bem quando: Há uma tarefa contínua a ser desempenhada; O ambiente é estável para assegurar que os produtos oferecidos sejam os apropriados; Se quer produzir exatamente o mesmo produto; A precisão é a meta; As pessoas são submissas e comportam-se da forma planejada. “A estatística demonstrou que se contavam na fábrica 7.882 espécies distintas de operações, entre as quais 949 classificadas como trabalho que exigia homens sãos e fortes, de perfeita saúde; 3.338 espécies exigiam o desenvolvimento físico comum e força normal. Entre as 3.595 espécies restantes nenhuma exigia esforço físico, de modo que podia efetuá-las o homem mais fraco e débil, mulheres ou meninos. [...] Os trabalhos mais fáceis foram por sua vez classificados, para verificar quais deles exigiam o uso completo das faculdades: comprovou-se então que 670 trabalhos podiam ser confiados a homens sem ambas as pernas; 237 requeriam o uso de uma só perna; em dois casos podia-se prescindir dos dois braços; em 715 casos de um braço, e em 10 casos a operação podia ser feita por um cego. Das 7.882 espécies de trabalho havia portanto 1.634 que não exigiam o uso completo das faculdades físicas. Por conseguinte, uma indústria, sabiamente desenvolvida, é capaz de proporcionar ocupações a um avultado número de pessoas, devidamente pagas, que habitualmente pesam sobre a comunidade.” Trecho de "My Life and Work“, por Henry Ford e Samuel Crowther Simplificação e rigidez analítica Divisão formal, lógica, desconsiderando os conteúdos psicológicos e sociais Mecanicismo Organização como um arranjo rígido e estático de peças Foco excessivo na competência técnica Superespecialização do operário Privação da satisfação e iniciativa Visão microscópica do homem Deixa de lado aspectos humanos e sociais da organização Ausência de comprovação científica Limitada apenas aos aspectos mensuráveis Limitação do campo de aplicação Apenas ao chão de fábrica Expectativa de estabilidade e previsibilidade Abordagem de sistema fechado Organização vista apenas por dentro Impactos humanos e sociais Substituição de trabalhadores mais qualificados por especializados em funções limitadas e não-qualificados Efeito desumanizante sobre os empregados, especialmente nos níveis hierárquicos mais baixos Estrutura privilegia as pessoas em posição de poder – autoritarismo Recursos humanos: função de se adaptar à concepção mecanicista Intensificação do trabalho ▪ Linha de montagem: alto índice de turn over Departamentalização Pode derivar em competição interdepartamental Pode levar à criação de barreiras e obstáculos, além de favorecer a omissão (não é minha responsabilidade!) Conflito entre interesses e ambições pessoais nas partes em detrimento do todo (a máquina emperra!) Formas organizacionais rígidas, com dificuldades para lidar com mudanças Leva a acúmulo de tarefas, devido à carga elevada já existente Necessidade de comissões e consultorias – falta de integração “O produtor tornou-se um apêndice da máquina, e só requer dele a operação mais simples, mais monótona e mais fácil de aprender. [...]. Mas o preço de uma mercadoria e portantoo do trabalho, equivale ao seu custo de produção. Logo, à medida que aumenta o caráter enfadonho do trabalho, o salário diminui. Ainda mais, à medida que se desenvolve o maquinismo e a divisão do trabalho, cresce a quantidade de trabalho, seja pela prolongação das horas de labor, seja pelo incremento do trabalho exigido em um certo tempo, seja pela aceleração do movimento das máquinas, etc.” Chiavenato Capítulo 17: Teoria de sistemas Disponível em http://perguntasaopo.wordpress.com/disciplinas/ia/
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