Buscar

Fichamento - ANDRADE, Manoel Correia de. Atualidade do pensamento de Élisée Reclus.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1/7 
 
Nome: Patrick Giuliano Taranti 
Nº matrícula: 11711GEO232 
Disciplina: História do Pensamento Geográfico 
Turma: Noturno ☐ Diurno ☐ 
Prof. Dra Rita de Cássia Martins de Souza 
 
Referências Bibliográficas 
 
ANDRADE, Manoel Correia de. Atualidade do pensamento de Élisée Reclus. In: _____ 
(org.). Élisée Reclus: Geografia. São Paulo: Ática, 1985. p.7-36. Nota: Intrudução. (Grandes 
Cientistas Sociais; v.49) 
 
 
Atualidade do pensamento de Élisée Reclus 
 “Para melhor compreender a importância da obra geográfica de Élisée Reclus, torna-se 
necessário situar o Autor no espaço e no tempo. Vivendo na Europa do século XIX, teria 
fatalmente que ser influenciado pelos acontecimentos que se desenrolaram naquele 
continente, no momento histórico em que viveu, quer como cientista, quer como cidadão” 
(p.7) 
O pensamento geográfico no século XIX 
 “A contribuição de Reclus ao desenvolvimento da geografia só pode ser estudada 
situando-o diante do pensamento geográfico dominante na segunda metade do século XIX.” 
(p.7) 
 “[...] admimite-se que a geografia formou-se como ciência autônoma [...] graças aos 
trabalhos desenvolvidos por dois sábios alemães, Alexander von Humboldt e KarI Ritter.” 
(p.7-8) 
 “Esse conhecimento geográfico foi, então, cultivado e desenvolvido nas cortes, visando, 
na fase de conquista e anexação de países vencidos, obter as informações necessárias aos 
guerreiros ou, em época de paz, facilitar e otimizar a exploração dos recursos disponíveis.” 
; “Disso decorreram a expansão comercial e o desenvolvimento das ciências naturais nos 
séculos XVI, XVII e XVIII, preparando as condições para o desenvolvimento das ciências 
sociais - uma delas a geografia – no século XIX.” ; “Tinham formações diferentes e 
preocupações também diferentes os dois fundadores da geografia moderna, Alexander von 
Humboldt e Karl Ritter. O primeiro, naturalista e homem da nobreza alemã, teve facilidade 
para realizar viagens pelas várias regiões do mundo, fazendo observações botânicas e 
climáticas que lhe permitiram escrever uma obra bem vasta.” (p.8) 
 “No fim da vida, lecionou na Universidade de Berlim e foi conselheiro do rei da Prússia, 
quando este reino se preparava para realizar a unificação política da Alemanha. Ritter, 
2/7 
 
professor de História, viajou pouco pela Europa, tendo sido preceptor em casa de uma 
família rica; foi sobretudo professor de geografia e se tornou famoso na Universidade de 
Berlim, lecionando a eminentes figuras da geografia europeia da segunda metade do século 
XIX, como Élisée Reclus e Friedrich Ratzel.” (p.8-9) 
 “Friedrich Ratzel, discípulo de Ritter, com grandes preocupações antropológicas, viveu 
mais intensamente a transformação da Alemanha em um Estado industrial, assistindo às 
lutas [...] para formar o Império Alemão. Politicamente conservador, solidário com a política 
prussiana, ele escreveu uma Antropogeografia e, em seguida, uma Geografia política em 
que procurou enfatizar o papel a ser desempenhado pelo Estado, sem distinguir este do 
povo.” ; “[...] possuía uma visão totalitária da organização social, Estado e povo se 
confundiam e tinham as mesmas aspirações.” ; “Ratzel dedicou-se ao estudo da extensão 
do território sob controle de cada Estado e sua posição geográfica, assim como ao problema 
da maritimidade e da continentalidade.” (p. 9) 
 “Para justificar suas posições, Ratzel lançou mão de toda uma filosofia e de um 
conhecimento científico então em voga, distorcendo às vezes o pensamento de alguns 
escritores.” ; “Observa-se, ainda, nos geógrafos alemães do século XIX uma preocupação 
com a possibilidade de aplicar à geografia leis absolutas e universais que explicassem os 
fatos terrestres, como ocorria com as ciências naturais.” ; “Já Élisée Reclus, contemporâneo 
de Ratzel, não só teve uma vida bem diferente como defendeu pontos de vista divergentes 
dos do mestre alemão.” ; “[...] Reclus não se aliou aos interesses da burguesia francesa 
nem aos dos governos a ela ligados. Por isso teve de viver vários anos no exílio, onde 
escreveu parte substancial de sua obra, demonstrando uma posição critica em relação à 
política de seu país.” (p.10) 
 “[...] ele mantém interesse pela política, mas, em lugar de colocar-se a serviço do Estado, 
do poder, coloca-se em posição crítica, mostrando que os interesses do povo conflitam com 
os das classes dominantes que controlam o Estado [...].” ; “Contrariando, desta forma, o 
pensamento geográfico da época, muito comprometido com o poder, muito conservador, 
suas posições põem-no em choque tanto com os seus contemporâneos quanto com os 
geógrafos que o sucederam na França e que fizeram uma verdadeira cortina de silêncio em 
torno de sua obra, considerando-a descritiva e de pouco interesse científico.” 
Élisée Reclus: vida e obra 
 “Aos 19 anos retornaria à Alemanha para ser professor-repetidor [...], com pretensões 
de cursar a Universidade.” (p.11) 
3/7 
 
 “Sendo aluno de Karl Ritter, em geografia, e de Schmidt, em economia política, tudo 
indica que sua vocação para a geografia fora despertada nessa ocasião.” (p.11-12) 
 “Curioso e inquieto, ele viajou pela ilha (Irlanda) e procurou compreender as razões que 
levavam a Irlanda a uma crise econômica sem precedentes e à emigração de sua população 
para os Estados Unidos.” ; “Surpreendido com os compromissos da Igreja para com os 
proprietários de terras e de escravos, rompeu com a religião que até então professava e 
tornou-se ateu.” ; “Em 1855, querendo compreender a formação latino-americana, viajou 
para o Sul, [...] na Colômbia.” ; “Desiludido desta perspectiva, Reclus retornou à França em 
1857 e passou a viver de escrever, analisando, sobretudo, os países que conhecia. Com 
um estilo fluente e agradável, descendo facilmente a detalhes, logo conquistou um razoável 
público.” (p.12) 
 “[...] em 1870, foi candidato à Assembléia Nacional, propugnando pela derrubada do 
Império e pela restauração da República. Não conseguiu, porém, se eleger.” ; “Reclus, 
libertário, anarquista, com seus irmãos Paul e Élie, aderiu à Comuna e foi aprisionado, de 
armas na mão, pelas forças legais.” ; “Passou, então, momentos difíceis. Colocado 
inicialmente na prisão de Châtillon, foi transferido depois para a ilha de Trébéron, próximo 
à Bretanha.” ; “O movimento internacional em seu favor conseguiu do governo francês a 
comutação da pena para a de exílio por dez anos, permitindo também que ele se 
estabelecesse na Suíça.” (p.13) 
 “Durante o período em que esteve na Suíça, além de participar da organização dos 
grupos anarquistas, Reclus escreveu para jornais que defendiam o anarquismo e 
propagavam a sua doutrina.” (p.16) 
 “Seu trabalho de geógrafo foi praticamente iniciado quando regressou da Colômbia. 
Como dominava bem quatro idiomas - francês, inglês, alemão e russo –, foi fácil a ele 
penetrar nos meios intelectuais, traduzir um livro do seu mestre Karl Ritter sobre 
Configuration des continents e escrever a série de artigos sobre os países em que viveu ou 
apenas visitou.” ; “O seu livro La Terre, que muitos autores consideram um verdadeiro 
tratado de geografia física, o consagraria definitivamente como um grande geógrafo, [...] 
quando a piblicação do Traité de géographie physique, de Emmanuel de Martonne, passou 
a lhe conquistar espaço, embora se tratasse de dois livros bem diferentes.” (p.17) 
 “Martonne, formado na escola de Vidal de la Blache, separava completamente a 
geografia física da humana e procurava analisar sobretudo os fenômenos físicos, dividindo 
a sua obra em três tomos: o primeiro dedicado à climatologia e hidrologia, o segundo à 
4/7 
 
geomorfologiae o terceiro à biogeografia. Reclus tinha compromisso com a análise dialética 
das relações homem/natureza.” ; “Já a Nouvelle géographie universelle – obra 
encomendada pela Hachette e escrita sob a severa vigilância do editor, a fim de evitar o 
extravasamento das idéias políticas do geógrafo – deveria dar uma visão horizontal do 
mundo, atualizando o conhecimento da superfície da Terra.” ; “Reclus usou um método 
descritivo que consistiu em dividir a superfície da Terra em grupos de estados e analisar 
cada área ou região que compunha os estados, detendo-se exaustivamente tanto nos 
aspectos físicos - relevo, clima, hidrografia, formação geológica, vegetação natural – quanto 
nos aspectos humanos, como organização do povoamento, utilização do espaço, formas de 
exploração econômica, relações de classe, sistemas de transporte e organização da rede 
urbana.” ; “[...] Reclus preocupou-se com as grandes questões sociais e, na Nouvelle 
géographie universelle, chamou atenção para os problemas da formação de classes sociais 
e da dominação de umas sobre as outras, o que leva ao estabelecimento de uma sociedade 
desigual e provoca uma luta de classes.” (p.18) 
 “Enquanto Reclus tomava essa posição, os maiores geógrafos do seu tempo – como 
Ratzel – ou os que o sucederam – como Vidal de la Blache – ignoravam a existência das 
classes sociais, considerando-as categorias a serem analisadas por sociólogos e 
historiadores, e concentravam os seus estudos nos gêneros de vida dominantes nas 
sociedades primitivas.” (p.18-19) 
As idéias básicas de Élisée Reclus 
 “Se deixarmos de lado os aspectos menos gerais da obra de Reclus e a sua contribuição 
à geografia moderna, assim como o renascimento do interesse por sua obra nos dias atuais, 
podemos salientar como características básicas do seu pensamento a natureza da 
geografia, a unidade e o comprometimento político desta ciência.” ; “A natureza da geografia 
está ligada ap estabelecimento de três conceitos: 1) O desenvolvimento desigual entre 
indivíduos [...]. 2) A divisão em classes ou castas se baseia em um equilíbrio que pode ser 
quebrado através de luta entre os dominadores, que procuram manter e defender os seus 
privilégios, e os dominados, que procuram, por meio de pressões ou de luta armada, romper 
o equilíbrio e ocupar a posição de classe dominante. [...] 3) A análise histórica indica que 
nenhuma evolução positiva pode se realizar sem esforço individual, sem o aperfeiçoamento 
do homem como pessoa. [...]” ; “[...] Reclus conclui seu pensamento, afirmando 
textualmente: ‘A luta de classes, a pesquisa do equilíbrio e a da decisão soberana do 
indivíduo são três ordens de fatos que nos revelam o estudo de geografia social e que, no 
5/7 
 
caos das coisas, se mostram bem constantes para que se possa dar o nome de ‘leis’. [...] É 
a observação da Terra que nos explica os acontecimentos da História, e estes conduzem a 
um estudo mais aprofundado do planeta, para uma solidariedade mais consciente do 
indivíduo, por sua vez tão pequeno e tão grande, como imenso universo’.” (p.20) 
 “Uma outra característica fundamental da análise de Reclus é a manutenção da unidade 
da geografia.” ; “Para Reclus, a geografia era uma única ciência, e a natureza e o homem, 
por ela estudados, formavam um conjunto harmônico em que o meio natural exercia 
influência sobre o homem, provocando a sua ação, modificando-o, transformando-o e 
conduzindo-o à produção do espaço.” (p.21) 
 “Para Reclus, o que mais importava era demonstrar a contribuição que a geografia 
poderia dar à solução dos problemas sociais – nunca falou em geografia humana, senão 
em geografia social – e explicar a origem desses problemas, podendo por isso ser 
considerado também um dos fundadores da geografia histórica.” ; “Embora nunca tivesse 
usado o termo geopolítica, nem mesmo geografia política, pode-se afirmar que ele fez uma 
geopolítica – oposta àquela desenvolvida pelos geógrafos identificados com as classes 
dominantes.” (p.22) 
 “A influência de Reclus no meio universitário francês, apesar de pouco significativa, iria 
decrescer na segunda década do século XX, em face das novas formulações teóricas 
apresentadas por Vidal de la Blache, que procurou desenvolver estudos monográficos 
regionais, deslocando o enfoque da geografia do Estado para a região, como objeto de 
estudo e de pesquisas.” (p.23) 
 “Dispondo de uma cátedra universitária e de certo apoio governamental, la Blache foi o 
formador de uma plêiade de geógrafos franceses que desenvolveu uma linha geográfica 
bastante conservadora e que, baseada no positivismo de Comte, procurou atingir ideais 
como o da neutralidade científica e desenvolver ao máximo linhas de especialização.” ; 
“Assim, Reclus, influenciado pelo positivismo evolucionista e pela dialética marxista, 
encarava o homem e a Terra como uma unidade, enquanto Martonne, positivista e sem 
receber influências dialéticas, separava a Terra do homem.” (p.24) 
 “A II Guerra Mundial, provocando vastas destruições sobre o espaço anteriormente 
construído e conservado, abriu novas perspectivas aos geógrafos, que passaram a atuar 
no planejamento e na reconstrução.” ; “Assim, os geógrafos começaram a se aproximar e a 
colaborar com os outros cientistas sociais e a desenvolver, com os geógrafos, posições e 
atividades políticas.” (p.25) 
6/7 
 
 “Em 1969, ao publicar o seu livro Histoire de la pensée géographique em France, André 
Meynier evocou o geógrafo libertário, chamando-o de ‘o extraordinário Reclus’, não pelo 
valor de sua obra, mas por ser ‘o melhor geógrafo descritivo’.” (p.26) 
Comentários 
• Localização na Biblioteca Digital Particular “Patrick Giuliano Taranti” 
o Chamada / Tombo: TD-002.231 
Obs: obra completa 
 
Sobre o livro 
 Os textos selecionados indicam o pensamento e a concepção de mundo segundo a visão 
anarquista Reclus, o qual não vislumbra dicotomia entre a ação científica e a política. 
 Para esta a geografia estava a serviço da sociedade de forma acontribuir para solução 
dos problemas sociais, inclusive explicando a origem destes. 
 Reclus rebelou-se ao pensamento e fazer geográfico de sua época, pois tinha para si 
que a geografia não deveria servir aos interesses do Estado, mas sim demonstra que os 
interesses do povo são conflitantes a este. 
 A presente coletânea traz um apanhado panorâmico de sua produção científica e possui 
sua temática organizada segundo: “A natureza da geografia”, “A origem da família, do 
Estado e da propriedade”, “O problema colonial”, “O problema urbano” e “O Brasil nos fins 
do século XIX”. 
<<<<<>>>>> 
Sobre o autor 
 Jean Jacques Élisée Reclus (1830-1905) foi um geógrafo e anarquista francês. 
 Reclus contribuiu para inúmeros jornais, revistas e coletâneas. 
 Tornou-se conhecido por sua obra em torno da geopolítica (“Nova Geografia Universal: 
a Terra e os Homens” - dividida em dez volumes, e “O Homem e a Terra” - dividido em cinco 
volumes) onde analisa a relação dos diferentes grupos humanos com os meios em que 
habitam. 
 Não sua capacidade de observação ia além da natureza: sua pretensão de entendimento 
abarcava todo o planeta, que Reclus buscou descrever em todo seu espaço-tempo. 
 Em suas obras apresentou critérios precisos de interpretação e esforçou-se para 
compreender as leis que, para além de uma ilustração moralizante ou lição pedagógica, 
estão por trás do dever coletivo das sociedades humanas. (fonte: Wikipédia) 
7/7 
 
<<<<<>>>>> 
Principais obras do autor 
• Voyage à la Sierra Nevada, 1861 
• Guide des Pyrénées, 1862 
• Guide de voyageur aux Landes et aux environs, 1862 
• Dictionnaire des communes de France,1862 
• La Terre; description des phénomènes de la vie du globe, 2 volumes, 1868-1869 
• L'histoire d'un ruisseau, 1869 
• Nouvelle Géographie Universalle, 19 volumes, 1876-1894 
• L'évolution, la révolution et l'ideal anarchique, 1897 
• Estados Unidos do Brazil: geographia, etnographia e estatística. Garnier, (p.477-478) 
Rio de Janeiro, DF. - BRASIL-1900 
• L'Afrique australe, em colaboração com seu irmão, Onésime (Orthez 1837 / Paris 
1916), 1901 
• L'empire du milieu, 1902 
• L'Homme et la Terre, 6 volumes, 1906

Outros materiais