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Aula 06 (anexo) Enem o acesso ao ensino superior público ou privado

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Enem: o acesso ao ensino superior público ou privado 
 
A vinculação dos resultados obtidos no Enem para ampliar o acesso ao ensino superior, 
motivou uma grande demanda pela participação no exame. O MEC estabeleceu vários 
incentivos para as instituições de ensino superior, públicas e privadas, para que 
utilizassem o Enem como critério para a seleção dos candidatos. 
 
O primeiro programa com esse objetivo foi o Sisu- Sistema de Seleção Unificada, 
lançado pelo MEC em 2007 (Decreto nº 6096/ 07), permitindo aos que não tiram zero 
na redação e conseguem alcançar um bom número de acertos nas questões do Enem, 
a concorrer a uma vaga nas universidades públicas federais. 
 
O outro programa denominado Prouni (Programa Universidade para Todos) foi lançado 
em 2004, pelo MEC e tem por objetivo conceder bolsa de até 100% para os alunos que 
participaram do Enem, em cursos oferecidos pelas instituições superiores privadas. 
 
As escolas de ensino médio entenderam que ter um bom índice de aprovação dos seus 
alunos no Enem era uma propaganda gratuita, um marketing valioso para a sua escola. 
Passaram a investir nos bons alunos oferecendo, sem custo para eles, outras 
atividades de reforço aos conteúdos do currículo escolar. 
 
O Enem é uma prova contextualizada e a sua redação tem um formato próprio que 
cobra do aluno uma escrita ortográfica correta, coerência nas ideias apresentadas, 
conteúdo específico sobre o tema sugerido e uma sugestão apropriada para a 
intervenção em situações propostas ou na realidade existente. 
 
O que aconteceu com a escola de ensino médio? 
 
A equipe pedagógica cuidou de realizar as adequações à proposta pedagógica do 
colégio e se estabeleceu um clima de competição entre as escolas de uma mesma 
 
 
 
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comunidade. Várias foram as alterações positivas, pois cuidaram de equipar a escolas 
com os aparelhos mais modernos, muitas se transformaram em bilíngues, investiram 
pesado na contratação de professores com doutorado e mestrado, compraram livros 
aumentando o acervo da biblioteca, colocaram a internet e disponibilizaram o acesso 
aos alunos e aos professores. 
 
Porém, tem um efeito que precisa ser pensado com mais cuidado: as alterações 
realizadas nos currículos escolares e nas propostas pedagógicas não podem ser 
dirigidas ou motivadas apenas pelo desejo de aumentar a nota do aluno pelo 
treinamento das capacidades e habilidades deles em resolver as questões das provas. 
 
A função social da escola extrapola essa relação que se estabeleceu entre o Enem e o 
acesso ao ensino superior. Esse fato é a repetição do que ocorria com o vestibular, 
quando as escolas passavam, principalmente em seu último ano do ensino médio a 
preparar os alunos para os exames de admissão às universidades. Logicamente, 
existiam escolas, que se preocupavam mais com a formação de seu aluno e 
consideravam que “passar no vestibular” era decorrência de um ensino de qualidade. 
 
A reflexão que as escolas e todos os envolvidos na dinâmica da avaliação institucional 
devem se empenhar em realizar é ter clareza sobre o tipo de homem necessário para 
que o Brasil tenha uma sociedade mais justa e mais igual. 
 
Não se pode mais admitir os fatos que se repetem envolvendo a elite política do país 
em esquemas de corrupção com o esbanjamento do dinheiro público em detrimento 
das camadas mais pobres da população. 
 
Existe ainda no Brasil a pobreza extrema, o trabalho infantil, o trabalho em regime de 
escravidão.

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