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RESUMO CBQ PROVA 1

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Resumo CBQ – Prova 1
AULA 1 – GARANTIA DA QUALIDADE
	RDC nº17/2010 – Boas práticas de controle de qualidade: responsável pelas atividades referentes a amostragem, às especificações e aos ensaios, bem como a organização, a documentação e aos procedimentos de liberação do produtos até sua qualidade seja satisfatória.
	Importância do controle microbiológico: qualidade; credibilidade quanto aos efeitos prometidos; segurança na preservação de sua própria saúde; presença de microrganismos acima dos limites aceitáveis; e prevenir risco de vida ofertado por microrganismos com efeito tóxico.
	Garantia da qualidade antes do início da produção: controle microbiológico e sanitização ambiental; procedimentos para trabalho e formulação; matérias-primas; equipamentos de produção.
Fontes de contaminação microbiana: 
Meio ambiente (ar): 
Áreas secas:bacilos gram -; cocos; fungos. 
Áreas úmidas: pseudomonas; acinetobacter – que não apenas sobrevivem mas proliferam.
Matérias primas, assim como embalagens.
Pessoal:
Encontrados na pele: E. coli, S. aureus, micrococos não patogênicos
Água.
Microbiota fecal humana: E.coli (4,0x108UFC/g); Citrobacter sp; Klebsiella sp; Enterobacter sp.
Para se atingir um bom nível de qualidade microbiana nos produtos é fundamental: que se conheçam a fontes de contaminação; que se conheçam os mecanismos responsáveis por esta contaminação
Fatores que favorecem a proliferação dos microrganismos em produtos farmacêuticos e cosméticos: quantidade e qualidade da água presente na formulação; pH entre 3 e 9; baixa osmolaridade da preparação; temperaturas de armazenamento superiores a 30ºC; e presença de nutrientes na formulação como: carboidratos, proteínas e fosfolipídios.
Deterioração de produtos por microrganismos: síntese de enzimas degradativas.
Consequências: separação de fases, produção de odores, formação de pigmentos e toxinas tornando o produto inaceitável pelo usuário.
Avaliação da qualidade
Medicamentos: farmacopeias – códigos oficiais que trazem os métodos gerais e monografias específicas de cada fármaco e forma farmacêutica.
Cosméticos: farmacopeias, legislação da ANVISA, guia ABC da microbiologia e guia de controle de qualidade de cosméticos ANVISA, 2008.
Alimentos: legislação da ANVISA (RDC nº12/2001), livros, codes alimentarius e instituto Adolfo lutz.
Controle microbiológico – funções:
- Análises microbiológicas das matérias primas;
	Testes de esterilidade;
	Pesquisa e identificação de patógenos:
		Produtos não estéreis;
		Patogênicos: Salmonella sp, E. Coli, P. aeruginosa, S. aureus.
	Contagem de microrganismos viáveis:
		Produtos não estéreis;
		Bactérias, fungos e leveduras;
		Métodos: filtração por membranas, contagem em placas e tubos múltiplos (NMP).
- Estudos de eficiência de conservantes – Challenge test;
- Estudos de potência de antibióticos.
- Elaboração de especificações e métodos;
- Controle ambiental nas áreas produtivas;
- Validação de métodos;
- Testes e ensaio biológicos;
	Teste de irritação dérmica;
	Irritação ocular;
	Teste de Toxicidade DL50;
	Pirogênicos e Endotoxinas bacterianas.
AULA 2 – INTRODUÇÃO AO CBQ
Atribuições do departamento de controle de qualidade:
1. Preocupar-se com variáveis que possam afetar a qualidade do produto final: 5M – Matéria prima, manipulação, maquinário, meio ambiente e métodos analíticos
2. Realizar testes com a finalidade de garantir a qualidade desejada para produtos semi-elaborados ou produtos acabados;
3. Garantir a produção de lotes uniformes, dentro das especificações pré-estabelecidas e de lotes eficazes; Disponibilidade biológica assegurada, produção do efeito terapêutico desejado e se possível sem efeitos adversos.
4. Deve estar envolvido diretamente com as técnicas analíticas que decidam sobre a qualidade física, química e microbiológica de insumos, produtos semi-elaborados e produtos acabados;
Controle biológicos e microbiológico
Envolvido com atividades rotineiras de análise de matérias-primas, produtos em processo e produtos terminados;
Os parâmetros avaliados são de natureza biológica e microbiológica;
É empregado quando não houver métodos químicos ou físicos apropriados para a avaliação da atividade de medicamentos ou substâncias complexas de composição química desconhecida ou inconstante;
Análises de controle de qualidade microbiológico:
	Análise microbiológica da água purificada e potável;
	Determinação da potência de antibióticos e de vitaminas através da avaliação do crescimento de microrganismos específicos num meio de cultura apropriado
	Teste de esterilidade: empregado para certos produtos farmacêuticos como injetáveis, pomadas oftálmicas e colírios;
	Teste de limite microbiano (não estéreis): determinação do número total de fungos e bactérias e pesquisa de microrganismos patogênicos (P. aeruginosa, S. aureus, Salmonella sp. e E. coli) para produtos não estéreis.
	Testes de inocuidade e eficácia de saneantes e domissanitários;
	Teste de eficácia de conservante – Challenge test;
	
Análises de controle de qualidade biológico:
	Avaliação da toxicidade – DL50, teste de irritação ocular, dérmica, toxicidade oral, entre outros;
	Pesquisa de pirogênios.
Reagentes biológicos: animais inteiros; órgãos ou humores isolados de animais; cultura de células e microrganismos.
	São indefiníveis; geralmente dão respostas variáveis em diferentes laboratórios; impossibilidade de padronização; maior custo; menor campo de aplicação; e são mais difíceis de serem obtidos e conservados.
Animal de laboratório: qualquer espécie animal confinada, com o objetivo de ser submetida a qualquer bio-ensaio;
1. Ratus norvegius (ratos): conter base da cauda; colocar a mão firme sobre o dorso e uma caixa torácica; outra opção: prender a cabeça com os dedos polegar e indicador logo atrás da mandíbula;
2. Mus domesticus (camundongos): conter base da cauda; segurar pele da nuca com polegar e indicador;
3. Cavia porcellus (porquinho da índia): muito sensível; erguer o animal pela região torácica com uma das mãos e com outra segurar os membros posteriores – posição sentado sobre a palma da mão;
4. Oryctolagus cuniculus albino (coelho): transporte de curta distância, apoiado junto ao antebraço, segurando na pele da região cervical, erguendo-se o animal;
5. Mesocricetus auratus (hamster): transporte com as mãos em forma de concha; contenção com os dedos em forma de pinça – enguer a pele do dorso.
6. Beagle (cão);
Classificação dos animais quanto ao status genético:
1. Endocriados: Cruzamento contínuo entre irmãos ou entre pais e filhos; após 20 gerações, alcança-se genético altamente homozigótico;
2. Exocriados: Animais procriados de modo a evitar a consanguinidade; os métodos utilizados dependem diretamente do tamanho da colônia; utilizados em estudos farmacotoxicológicos;
3. Reproduzidos seletivamente: cruzamento de animais não consanguíneos que possuam as características desejadas;
4. Híbridos: cruzamento de duas diferentes populações endocriadas; vigorosos e mais uniformes que qualquer de seus antecedentes; não devem ser usados como reprodutores.
Classificação dos animais quanto ao status sanitário:
1. Animais gnotobióticos: são animais que possuem microbiota associada definida e devem ser criados em ambientes dotados de barreiras sanitárias absolutas;
2. Animais livre de germes patogênicos específicos: são animais livres de microrganismos e parasitas específicos, porém não necessariamente livre de outros não-específicos;
3. Animais convencionais: são animais que possuem microbiota indefinida por serem mantidos em ambiente desprovido de barreiras sanitárias rigorosas.
Desvantagem de usar animais: preço elevado e pressões sociais;
Animal hígido (saudável): não apresenta indícios de forma aguda ou crônica de doenças genéticas, degenerativas, neoplásicas, associadas ao desenvolvimento, nutricionais, tóxicas e infeto-contagiosas.
Tem boa aparência, come e bebe normalmente, tem funções normais, procria adequadamente, é ativo,porém calmo e não estressado (stress = hiperatividade, agressividade e comportamento estranho).
Para minimizar erros relativos inerentes ao material biológico, deve-se buscar: homogeneidade das condições experimentais (animais e tecnicas); uso de padrões de referência; empregar métodos estatísticos (planejamento das experiências, análise de dados e interpretação dos resultados).
O que o profissional que trabalha com animais deseja: resposta uniforme (animais devem reagir de forma semelhante ou igual); resposta análoga (obtida anteriormente u prevista teoricamente); escolha do animal adequado (raça, cepa, linhagem – hígido); trabalhar sob princípios éticos.
Ética: princípio humanitário da experimentação animal
3R’s: 
Replacement: propõe a substituição dos animais por material não dotado de sensações ou animais menos evoluídos.
Meta: desenvolver métodos alternativos à experimentação anima, tais como ensaios in vitro, inclusive com utilização de células humanas – cultivo celular.
Classificação:
a. Informação: o livre acesso à informação pode evitar a realização de ensaios desnecessários;
b. Modelos matemáticos: permitem fazer a simulação da realidade;
c. Modelos informáticos: através de modelos fisiológicos computadorizados pode ser previta a atividade biológica de determinados compostos;
d. Animais inferiores: microrganismos, plantas e invertebrados – teste LAL;
e. Técnica in vitro: utilizam células, tecidos, órgãos ou parte de órgão em meio de cultura durante pelo menos 25 horas, principalmente no campo da farmacologia e toxicologia.
Reduction: diminuir o número de animais utilizados – maximização, métodos estatiticos, redução de repetições desnecessárias;
Metas: desenvolver novos protocolos com utilização de menor número de animais por experimento; evitar a replicação dos estudos conduzidos in vivo; desenvolver metodologias in vitro, com intuito de utiliza-las como screening para a identificação do efeito de relevância e para posterior investigação; aperfeiçoar a qualidade técnica dos ensaios; e obter o maior número possível d informações relevantes em um pequeno número de animai.
Refinement: pretende a redução do stress e dor inflingidos através do melhoramento do ensaio;
Metas: empregar elementos qualitativos que contribuam com a qualidade de vida do animal durante os procedimentos; e reduzir o risco e o grau de sofrimento dos animais.
AULA 3 – IRRITAÇÃO CUTÂNEA PRIMÁRIA
Ensaios de toxicidade
Aguda: utilizado em avaliações de qualidade de produtos farmacêuticos e afins, como cosméticos;
Com efeito local: teste de irritação primária – método de Draize; teste de sensibilização da pele; teste de irritação ocular; fototoxicidade; teste de implante intramuscular; e teste de injeção intradérmica de extratos de polímeros.
Com efeito sistêmico: teste de administração oral; teste de aplicação dérmica ou percutânea; e teste com inalação.
É preferível o uso de um modelo animal vivo do que qualquer outro.
Variáveis dos estudos de toxicologia aguda: variabilidade de dados obtidos para o mesmo teste quando conduzido em diferentes laboratórios; variáveis biológicas como vias de administração, espécies, diferença de sexo entre animais, efeitos associados a idade, procedimentos para manutenção e cuidados dos animais, saúde do animal teste e estresse após uso.
Teste de Irritação primária de pele – DRAIZE
Objetivo: avaliar o potencial irritante para o ser humano, de qualquer substância que entre em contato direto com a pele. Ex: desisfetantes, defensivos agrícolas, óleos sintéticos, produtos para limpeza de carro, cosméticos, medicamentos.
Como é feito: através da observação sob um período de tempos (24 e 72h) e quantificação de reações cutâneas que podem surgir após a aplicação única de um produto químico sobre a pele de animais.Tem duração de 5 dias.
Diferencia-se entre irritação cutânea e corrosão cutânea (produtos cujo pH é <2 ou >11,5 não devem ser testados em animais por serem considerados corrosivos).
Ensaio: sala teste com temperatura entre 18-25ºC e umidade relativa de 30-70%.
Animal: 6 coelhos albinos (machos e fêmeas), hígidos e de peso corpóreo de 2-3kg, mantidos em gaiolas individuais durante todo o período de teste.
Seleção: animal que apresentar reação positiva em teste anterior de irritação cutânea não deverá ser utilizado para um novo; animal que tenha apresentado reação negativa em teste anterior de irritação cutânea, só poderá ser utilizado para um novo teste de irritação cutânea, uma semana após o final do teste anterior; rejeitar os portadores de problemas de pele – após tricotomização.
Preparo: registrar o peso dos animais no início e no final do teste; tricotomizar cada animal em áreas dorsais (duas superiores e duas inferiores) de 2,5m² de 6 a 24h antes do início do teste; fazer duas ranhuras paralelas com agulha de injeção estéril, evitando sangramento, nas áreas tricotomizadas superior e inferior do lado direito do animal; as áreas tricotomizadas superior e inferior do lado esquerdo do animal devem permanecer intactas – controle.
Preparo da amostra: líquida – aerossol ou semissólida – utilizar na íntegra; sólida: triturar em gral, pesar 0,5g, homogeneizar com 0,5ml de salina isotônica ou água destilada estéril.
Aplicação do produto: segurar o animal delicadamente até que se acalme; aplicar o produto através de massagens leves sobre as duas áreas tricotomizadas superiores, enquanto a duas áreas inferiores servirão como controle; amostra sólida: seringa 0,5ml de suspensão; líquida/semissólida: seringa 0,5ml; aerossol: jato único diretamente nas áreas determinadas durante 1s a uma distância de 10cm.
Colocação de patch oclusivo: após a aplicação, cobrir cada uma da quatro áreas tricotomizadas com uma gaze estéril de 2,5cm² cada, a qual deve ser fixada aos pelos do animal com esparadrapo; todas as áreas tricotomizadas devem ser conjuntamente cobertas com gaze estéril, a qual deve ser envolta em torno do animal e fixada com fita adesiva hipoalergênica – tenoplast.
Resultados – leitura das reações cutâneas:
1. Produtos que não alteram a cor da pele: edema e eritema 
Retirar o patch oclusivo 24h após a aplicação do produto; descanso de 2h após a retirada do esparadrapo; se necessário, retirar o excesso de produto com algodão embebido em salina isotônica ou água destilada estéril; Avaliar tabelas para verificar o grau do edema e do eritema.
O resultado é dado pela média aritmética da observação da pele ranhurada e controle com edema e o eritema, em 24h e 72h, encontra-se o índice de irritação cutânea primária.
2. Produtos que alteram a cor da pele: congestão, inflamação e edema.
Na leitura de 24h, é feita a biópsia das áreas controles e das áreas aplicadas em 3 animais; fazer o mesmo para os animais restantes na leitura de 72h; o exame macro e microscópico das biópsia é efetuado pelo método de coloração HE e Van Giensen; avaliar tabelas para verificar o grau de congestão, inflamação e edema.
O resultado é dado pela média aritmética da observação da pele ranhurada e controle com edema, congestão e inflamação, em 24h e 72h de 3 animais, encontra-se o índice de irritação cutânea primária.
Propostas de modificações nos procedimentos de Draize: testar compostos de forma menos rigorosa; menor período de contato com a pele (4h) foi proposto pelo FDA, mas não foi oficializada.
AULA 4 – TOXICIDADE IN VIVO – DL50
Toxicidade: definida como a capacidade de certa substância causar dano em seres vivos.
Tempo de exposição: aguda - <24h; subaguda - <1 mês; subcrônica – 1<t<3 meses; crônica – 3 meses.
Aguda: efeitos adversos ocorrem dentro de curto período de dmisnitração de uma única dose de uma substância após curta ou contínua exposição ou múltiplas doses em 24h ou menos;
Sub-aguda/Sub-crônica: efeitos adversos que ocorrem como resultados de doses diárias repetidas de uma substância ou exposição à subetsância durante parte do tempo de vida do organismo (<10%).
Crônica: efeitos adversos que ocorrem como resultado de doses diárias repetidasou exposição a uma substância durante grande parte do tempo de vida do organismo (<50%). Com animais de laboratório, o período de exposição é geralmente maior que 3 meses. Estudos de exposição crônica por 2 anos são feitos para se avaliar o potencial carcinogênico de substâncias.
Substâncias submetidas a teste toxicológicos: produtos com indicação ou suspeita de perigo para a saúde humano e tipo de gravidade dos efeitos potênciais à saúde; formulações em desenvolvimento; matérias primas.
Relação dose-efeito: relação entre a dose e a magnitude de um efeito graduado;
Relação dose-resposta: relação entre a dose e a proporção da população que responde com um efeito. Para cada efeito, há uma curva dose-resposta.
Testes de toxicidade
Objetivo: estabelecer limites de segurança na exposição a substâncias químicas
Tipos: toxicidade aguda – DL50 (24h); toxicidade subcrônica (1-3 meses); toxicidade crônica (2 anos ou mais); carcinogenicidade; mutagenicidade; teratogenicidade; comportamentais; estudos observados no homem.
DL50 – Dose letal 50%: é a dose que mata exatamente metade de uma população de animais, geralmente n período de 7-14 dias.
Indicador mais usado de toxicidade aguda com efeito sistêmico.
DL50 e CL50 não são constantes para a mesma substância: via de administração, espécies e sexo diferentes produzem respostas diferentes.
A Dose Letal (DL 50) é a dose de uma substância química que provoca a morte de 50% de um grupo de animais da mesma espécie, quando administrada pela mesma via. 
A Concentração Letal (CL 50) é a concentração atmosférica de uma substância química que provoca a morte de 50% de um grupo de animais expostos, em um tempo definido.
 
Determinação da toxicidade aguda – DL50
Dado valioso de previsão de segurança de produtos que serão consumidos pelo homem; Os testes devem seguir uma metodologia extremamente rigorosa e cuidadosa para que os resultados sejam considerados válidos; Há a necessidade de se estabelecer um modelo de experimentação, destacando os pontos mais importantes.
Teste prévio: utilizar 5 doses bastante diferentes; cada dose é aplicada a um rato (camundongo) macho e a uma fêmea, obtendo-se uma DL50 aproximada, que servirá de base para teste final.
Seleção de espécies:
1. DL50 deve ser realizada em animais machos e fêmeas – diferenças de DL50 segundo sexo – provavelmente em decorrência de diferenças no metabolismo hepático;
2. Pode variar substancialmente com a idade do animal de prova;
3. Número de animais deve ser suficiente para a análise estatística e depende do método utilizado no cálculo.
Seleção das doses para DL50
1. No mínimo 4 doses selecionadas em progressão logarítmica;
2. As doses são determinadas mediante experimentação;
3. A dose inicial poderia não manifestar efeito algum nos animais;
4. Nos grupos seguintes de animais deve aumentar-se a dose na razão de um múltiplo crescente;
5. Até que a dose do composto administrado alcance um nível suficientemente elevado para produzir a morte de todos os animais do grupo.
Limitações do uso da DL50: Escolha da faixa inadequada de doses tóxicas; variação entre espécie de animal e idade; correlação inconsistente com toxicidade em humanos; variação entre laboratórios; falta de informação quanto à natureza dos mecanismos tóxicos responsáveis pela morte; mede apenas a mortalidade, e não a toxicidade sub letal; mede a toxicidade produzida por uma dose única, e não a toxicidade a longo prazo; e custos frente a benefícios.
Variáveis que influenciam os resultados da DL50
a. Variáveis concernentes aos animais: espécie, linhagem, idade, sexo, peso e sensibilidade individual;
b. Variáveis concernentes à substância: via de administração, veículo empregado, velocidade de administração e técnica de injeção;
c. Variáveis concernentes às instalações e fatores periódicos: tipo de gaiola empregada, temperatura ambiente, umidade relativa do ar, duração do período de adaptação e o ciclo dia-noite.
Protocolo de teste
Duração: período de observação de 14 dias seguindo dose única da substância teste;
Animal: rato ou camundongo;
Idade inicial: 5 semanas de vida;
Administração da dose: via pela qual o homem seria exposto (oral, inalação de vapores ou pós, absorção percutânea ou parenteral).
Grupos teste: 4 grupos de 5 machos e 5 fêmesas administrar doses diferentes;
Dieta: deve ser suspensa uma noite (12h) antes do tratamento e restituída após tratamento;
Observações: todos os animais são observados frequentemente, sendo 8h após a administração e a cada 12h nos dias subsequentes;
Sinais de efeitos tóxicos são registrados juntamente com o tempo de instalação e intensidade dos mesmos.
Construção da curva mortalidade X dose: mortalidade em cada grupo deve ser determinada em período fixo de tempo e usada para construção da curva;
Avaliação patológica dos órgãos e tecidos na necropsia, bem como de preparações histológicas são importantes na caracterização da substância analisada.
Método de Reed-Münch e Probitos para o cálculo da DL50.
AULA 5 – QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS: PARA CONSUMO HUMANO E USO FARMACÊUTICO
Água: veículo, líquido de limpeza e meio de transferência térmica.
Impurezas presentes: partículas em suspensão (influenciam na turbidez); sais inorgânicos (influenciam na dureza); compostos orgânicos dissolvidos (geram coloração marrom-amarelada); microrganismos/pirogênios; e gases dissolvidos.
Riscos microbiológicos: transmissão de doença via rota fecal/oral.
Tipos de águas:
1. Água para consumo humano (Portaria 2914/2011): água potável (500UFC/ml);
Destinada à ingestão, preparação e produção de alimentos e higiene pessoal, independentemente da sua origem.
Qualidade: estética (sabor, odor, cor e turbidez); segurança a saúde (químico e microbiológico).
2. Água para fins farmacêuticos (Farmacopeia Brasileira 5ª edição): água purificada, para injeção e ultrapurificada.
Na indústria, é considerada a matéria prima de maior importância para a qualidade dos medicamentos produzidos. Os sistemas de purificação de água devem ser planejados para garantir a qualidade. É necessária uma apropriada seleção, instalação, operação bem como a armazenagem e distribuição.
Classificação:
1. Purificada ou para injetáveis (100UFC/ml): são obtidas a partir da água potável e tratada em um sistema que assegure a obtenção de uma água de acordo com as especificações farmacopeicas;
Utilização: preparações não parenterais e outra aplicações como limpeza de equipamentos;
Obtenção: Existem requisitos que devem ser obedecidos, como pureza química e microbiológica. Obtida através de demonização, destilação, troca iônica, osmose reversa, filtração, etc.
2. Para Injeção (10UFC/100ml): 
Utilização: excipiente na produção de soluções parenterais e outras preparações onde é necessário o controle de endotoxinas bacterianas. Além disso, é usada para limpeza de equipamentos que entram em contato com as soluções parenterais.
Possui os mesmos requisitos químicos da água purificada, distinguindo-se apenas pela elevada pureza microbiológica. Não pode conter mais que 25 EU/ml de endotoxinas bacterianas;
Obtenção: por destilação da água purificada, seguida por uma bateria de filtros de porosidade – 0,2, 0,5 e 1µm.
3. Ultrapurificada: passou por um tratamento adicional para retirar possíveis contaminantes, tendo no máximo 1UFC/100ml.
Utilização: procedimento laboratoriais;
Tipos de água (USP 30 – NF 25/2007):
a. Água purificada estéril: 
Testes: esterilidade; pH 5-7, amônia, cálcio, CO2, cloretos, sulfatos, substâncias oxidáveis;
b. água estéril para injeção: veículo de sólidos com fins parenterais (<1L)
Testes: endotoxinas (<0,25UE/ml); testes para água purificada estéril;
c. Água estéril para irrigação: embalagens >1L
Testes: endotoxinas bacterianas; testes para água purificada estéril;
d. Água estéril para inalação: uso em inaladores
Testes: endotoxinas (<0,5UE/ml); pH 4,5-7,5; testes para água purificada estéril exceto pH;
e. Água bacteriostática estéril para injeção: fracionamentos de dosesestéreis, em recipientes uni-dose ou multidose (<30ml).
Testes: eficácia de conservantes; endotoxinas (<0,5UE/ml); pH 4,5-7,0; testes para água purificada estéril exceto pH, amônia, cloro e substâncias oxidáveis;
Análise microbiológica da água envolve: contagem padrão em placas; pesquisa de coliformes totais; pesquisa de coliformes termotolerantes, fecais ou E. coli; e pesquisa e P. aeruginosa.
Qualidade microbiológica
Indicadores de contaminação: como a detecção de uma variedade tão grande de organismos patogênicos representa dificuldades técnicas, a qualidade da água e dos alimento é avaliada utilizando organismos indicadores.
Usa-se organismos indicadores por que aparecem em grande quantidade nas fezes humanas e são encontrados apenas nas fezes de animais homeotérmicos. Do ponto de vista da resistência às condições ambientais (temperatura e outros agentes desinfetantes) são muito semelhantes aos microrganismos patogênicos intestinais. Sua identificação, do ponto de vista laboratorial, requer técnicas simples e econômicas, ao contrário daquelas necessárias à identificação dos microrganismos patogênicos.
São eles: 
Coliformes: a pesquisa é realizada em teste de fermentação da lactose à 37 e 44,5ºC.
1. Coliformes totais: são organismos capazes de fermentar a lactose com produção de gás a 35ºC.
Não é possível afirmar que uma amostra com resultado positivo para coliformes totais tenha entrado em contato com fezes. Ótimos indicadores de contaminação orgânica.
E. coli (orige exclusivamente fecal); Citrobacter, enterobacter e klebsiella (presentes no solo, água e material vegetal em decomposição); e outros não fecais – leveduras, bacillus, lactobacillus.
2. Coliformes termotolerantes: pertencem a esse subgrupo os microrganismos capazes de fermentar a lactose com produção de gás à 44,5ºC.
Por definição, E. coli é o organismo de origem fecal que apresenta esta característica. Sua presença na água indica o contato com material fecal, não exclusivamente humana.
Enterococos: embora sua identificação ainda não seja rotina em laboratórios de análise de água, trata-se de um grupo importante, que ocorre no trato intestinal do homem e de animais. Eles permitem o rastreamento da fonte de contaminação fecal, pois existe uma prevalência de espécies de acordo com o hospedeiro.
Marcha de análise microbiológica
Identificação da amostra (lote, data de fabricação, data de validade e fornecedor); ensaios exigidos e especificações; modo de conservação; bibliografia utilizada; parecer técnico; responsáveis pela amostragem, plaqueamento, e contagem e conferência.
Coleta da amostra: recipiente íntegro, previamente esterilizado e identificado;
Água clorada – cloro residual neutralizado – impedir efeito bactericida: adicionar 0,1ml de tiossulfato de sódio 10% (100ml de amostra)
Análise microbiológica da água
Métodos tradicionais ou convencionais: pouco eficientes, trabalhosos e demorados; requerem muito material de laboratório; requerem recursos humanos treinados e com perícia manual; pouco precisos – sensibilidade e repetibilidade insuficientes; resultados demorados (CPP: 2 dias/ NMP colif,: 3 dias).
a. Método de tubos múltiplos (NMP): requer a elaboração de vários tipos de meios de cultura; tempo média de 8 dia para liberação dos resultados; técnica trabalhosa e demanda muita vidraria; baseada em probabilidade, embora impreciso é considerado método oficial no controle de qualidade microbiológico de medicamentos, cosméticos, alimentos e águas.
Vantagem: permite melhor revitalização dos microrganismos debilitados, evitando o stress provocado pelo meio sólido fundido.
b. Método da membrana filtrante: técnica trabalhosa; requer equipamentos especiais, vidrarias e meios de cultura específicos; mais indicado para águas tratadas; sujeito a interferência das bactéria heterotróficas o que pode dificultar a leitura das bactéria do grupo coliforme; indicado para amostras com contagem abaixo de 1UFC/ml, fora do limite de detecção de outros métodos;
Vantagem: permite analisar maiores volumes, concentrando os microrganismos presentes no volume inoculado.
Métodos rápidos ou alternativos: melhor eficiência na laboratório; simplificação do trabalho; melhor aproveitamento dos recursos humanos disponíveis; aumentar a capacidade analítica; redução de custos; aumento da confiabilidade e precisão dos resultados.
Vantagens: agilizam o trabalho no laboratório; reduzem significativamente o tempo para obtenção de resultados; são padronizados; melhor reprodutibilidade e repetibilidade; tem certificados de fabricação.
Desvantagens: conceito de novo gera desconfiança nos microbiologistas; podem sofrer interferências da matriz; pH precisa ser neutralizado; compostos interferem (enzima, sais, antibióticos e conservantes); tem custo elevado comparado com os tradicionais; inconvenientes para uso em laboratório que tem diversidade de produtos para a análise; necessita de padronização para cada produto individualmente; necessitam de aprovação de agência de validação internacionalmente reconhecidas.
Tipos:
a. Métodos rápidos de detecção (presença ou ausência - qualitativo)
Adicionar o reagente em 100ml da amostra e incubar; coliformes totais ficam amarelos; E. coli fica fluorescente; negativo fica incolor; resultado em 18-24h; detecta uma célula viável de E. coli/100ml; custo 20% menor que a membrana filtrante.
b. De enumeração (qauntitativo)
Contagem total de bactérias – método convencional: semeadura em profundidade em duplicata de 1 e 0,1ml da amostra com meio PCA e incubação a 35ºC/48h.
AULA 6 – CONTROLE DE QUALIDADE MICROBIOLÓGICO DE ALIMENTOS
Presença de microrganismos em alimentos não significa necessariamente um perigo ao consumidor ou uma qualidade inferior desses produtos
Classificação
Microrganismos como agente de deterioração dos alimentos: são aqueles danificados por agentes microbiológicos, químicos ou físicos de modo que seja. Agentes: bactérias, bolores e leveduras; Carnes são os alimentos mais facilmente deteriorados.
Microrganismos como agentes patogênicos transmiidos por alimentos
Microrganismos como produtores de alimentos.
Fatores que contribuem para a preservação de alimentos:
1. Intrínsecos: constituem os derivados da composição do alimento – quantidade de água, pH, nutrientes, agentes antimicrobianos naturais, etc.
2. Tratamentos tecnológicos: fatores que modificam a flora inicial em consequência do processamento do alimento – uso de radiação, óxido de etileno, etc.
3. Fatores extrínsecos: derivados da condições física do ambiente em que se armazena o alimento – temperatura ambiente, umidade e atmosfera em O2 e CO2
Classificação das doenças de origem alimentar provocadas por bactérias
a. Infecções alimentares: produzida pela ingestão de microrganismos – invasão da mucosa intestinal e multiplicação ou passagem para outros órgãos.
Ex. Salmonella spp, Shigella sp, Vibreo parahaemolyticus e Yersínia enterolítica.
b. Intoxicações alimentares: ingestão de toxinas bacterianas produzida por microrganismos presentes nos alimentos. Pode provocar alergia alimentares causadas pela presença de microrganimos somente.
Ex. B. cereus, S. aureus, C. botulinum
c. Toxinfecção: pela produção de enterotoxinas durante a multiplicação no trato intestinal e secreções entéricas de fluidos no lúmen intestinal.
Ex. C. perfringens, V. cholerae e E. coli enteropatogênica.
Avaliação da qualidade microbiológica dos alimentos
Determinação laboratorial da presença e quantidade de microrganismos viáveis no produto alimentício;
Fornece informações sobre: pesquisa de microrganismos patogênicos; indicadores de condições higiênicas e sanitárias; deteriorantes; indicadores de processamento tecnológico; qualidade da matéria prima, manipulação, eficácia da técnicas de preservação; eficácia no transporte e armazenamento.
Permite estimar: vida de prateleira – estabilidade e riscos a saúde publica advindos do seu consumo;
Padrões microbiológicos: número máximo de microrganismos para umdeterminado tipo de alimento, com força legal, sendo obrigatório.
Limites microbiológicos: número máximo recomendado de microrganismos orientativo.
Especificação microbiológica: número máximo de microrganismos, sendo e uso restrito a determinada empresa. Decisão de departamento de controle de qualidade a nível de empresa.
Critérios: padrão utilizado que permite julgar através de uma avaliação segura e valida se o alimento é próprio ou improprio para consumo humano.
Determinação de um critério: caracterização dos mo e/ou toxina considerados de interesse; classificação do alimento segundo o risco epidemiológico; métodos de análise que permitam o estabelecimento de um sistema de garantia da qualidade; plano de amostragem – determinação da quantidade de unidades de amostra a serem analisadas; tolerância que deve ser respeitada;
Aspectos considerados na determinação de um critério: tipo de consumidor; evidencia de risco a saúde; microbiota natural da matéria prima; efeitos do processamento e na possibilidade de contaminação pós processamento.
Parâmetros na avaliação da qualidade microbiológica de alimentos:
MO que:
Não oferece risco direto à saúde: presença excessiva; análises: contagem padrão em placas – mesófilas, bolores e levedura
Oferece risco indireto e baixo à saúde: indicadores das condições higiênico-sanitárias. Análises: contagem de coliformes totais, fecais e E. coli.
Oferece risco direto, moderado com difusão limitada: bactérias potencialmente patogênicas. Análises: contagem de S. aureus e B. cereus.
Oferece risco direto, moderado com difusão extensa: bactéria potencialmente patogênicas. Análise: detecção de Salmonella sp.
Oferece risco direto e grave: presença intolerável. Bacs: V. cholerae e C. botulinum.
MO deteriorantes: não oferecem risco a saúde. Indicadores de processos industriais – contagem de bactérias lácticas; Indicadores de deterioração: contagem de mesófilas, termófilas ou psicrotrófilas; contagem de bolores e leveduras.
Presença excessiva resulta na deterioração e redução do tempo de prateleira
Bacs mesófilas: 10³ a 105 UFC/g ou ml
Bolores e leveduras: 10² a 10³ UFC/g ou ml

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