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TEXTO Brasil perde liderança na exportação de soja e carne bovina

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20/03/2016
http://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/agricultura/brasil­perde­lideranca­na­exportacao­de­soja­e­carne­bovina­1uymjz48o0c0qsmd707rnjsqz 1/4
O Brasil passa de 1º para 2º lugar na exportação de soja em grão e de
carne bovina – as principais commodities agropecuárias do país – por
crescer menos que seus concorrentes diretos em 2015. Os números do
mercado global – relatados pelo Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos, o USDA – con䁘 rmam que os embarques brasileiros
vêm sendo superados pelos norte-americanos, no caso da oleaginosa,
e pelos indianos, no caso da carne vermelha.
Na soja, essa perda de posição re쁪࿾ete grave desvantagem logística do
agronegócio brasileiro, aponta o analista Flávio França Júnior. Ele
avalia que, sem mudanças estruturais, apesar da preferência externa
pela qualidade da soja brasileira, “vamos continuar pegando as
sobras”. A desvantagem aparece, por exemplo, no tempo de espera de
um navio para carregamento, que chega a três semanas no Brasil e se
limita a dois ou três dias em portos norte-americanos, cita.
NOTÍCIAS
Brasil perde liderança na exportação de soja e
carne bovina
Os preços do milho mais apertados em relação aos custos nos Estados Unidos faz os produtores apostarem na soja. Clima favorável permite ao
país ultrapassar 100 milhões de toneladas por duas safras seguidas.
25/05/2015 | 19h00 | José Rocher
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20/03/2016 Brasil perde liderança na exportação de soja e carne bovina | Agricultura | Agronegócio | Gazeta do Povo
http://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/agricultura/brasil­perde­lideranca­na­exportacao­de­soja­e­carne­bovina­1uymjz48o0c0qsmd707rnjsqz 2/4
Nos últimos dez anos, os Estados
Unidos lideraram a exportação de soja
sete vezes e o Brasil três. A soja
brasileira estava à frente há dois anos,
posição que pode recuperar em
2015/16, prevê o próprio USDA. Isso
não deve ocorrer por alteração na
logística brasileira, mas pela maior disponibilidade de soja, com
estoques elevados e safra volumosa, diz França.
Apesar do recuo no ranking do comércio da soja em grão, que leva em
conta volume exportado, a participação brasileira na produção e na
exportação, baseada em porcentual do mercado global, tem
aumentado. Passou de 28,49% para 31% (produção) e de 32,66% para
40,79% (exportação) desde 2010/11. Isso quer dizer que o país cresce
acima da média internacional.
Na carne bovina, crescer acima da média também não garante
liderança. Nem o volume da produção impede perda de posição. Com
7,63% da produção mundial, a Índia responde por 23,53% das
exportações de carne de gado em 2015. O Brasil produz 16,64% para
conseguir exportar 19,66%.
A participação brasileira na produção de carne de gado aumenta
lentamente. Passou de 15,59% (2010) para 16,64% (2015). Ou seja,
mesmo com a produção crescendo de 9,1 milhões para 9,8 milhões de
toneladas, o país avança apenas um ponto porcentual ante a
concorrência mundial.
Esse ritmo da pecuária tem limitado as exportações, que passaram de
19,99% para 19,08% (2010 a 2014) e agora devem 䁘 car em 19,66% do
comércio global. Ou seja, a oferta brasileira mal acompanha o
crescimento da demanda. Nesse mesmo período, a Índia avançou nove
pontos porcentuais (12% para 20,81%) e agora quer abocanhar mais
2,72 pontos (para 23,53%) do comércio da carne vermelha. Não que o
Brasil seja um caso isolado. Na verdade, a Índia é que se levanta.
O mesmo ritmo não se repete no Brasil por razões que vão além da
capacidade do setor produtivo, a䁘 rma o diretor-executivo da
Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec),
Fernando Sampaio. O Brasil precisa ganhar competitividade com mais
infraestrutura e logística e menos burocracia, além de abrir novos
mercados, aponta.
Ele relativiza a importância de a Índia ter assumido a liderança nas
exportações de carne. “A Índia exporta carne de búfalos, de baixo
preço e baixa qualidade, e agora começa a enfrentar problemas por
restrições sanitárias para conquistar novos espaços”, compara. “O
Brasil tem que evoluir cada vez mais no acesso a mercados mais
exigentes e que remuneram melhor pela qualidade, e não se preocupar
em competir com a Índia em mercados que pagam menos.”
Outros grandes produtores e exportadores também apresentaram
crescimento pequeno. A Austrália, por exemplo, ganha 0,22 ponto na
produção global e perde 1,96 na exportação entre 2010 e 2015. Houve
recuo determinante nos Estados Unidos, de 1,86 e 2,62 pontos,
respectivamente.
Em produção de carne, os EUA ainda são líderes, apesar de terem
passado de 12 milhões para 11 milhões de toneladas em cinco anos,
com forte redução no rebanho. Isso faz com que a oferta praticamente
se iguale à demanda interna. Para exportar um tipo de carne, o país
tem que comprar volume equivalente. Mercado que interessa ao Brasil.
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20/03/2016 Brasil perde liderança na exportação de soja e carne bovina | Agricultura | Agronegócio | Gazeta do Povo
http://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/agricultura/brasil­perde­lideranca­na­exportacao­de­soja­e­carne­bovina­1uymjz48o0c0qsmd707rnjsqz 3/4
Renda bruta da agropecuária tende a cair após cinco anos de
crescimento
Com crescimento na produção de soja e carne, mas renda limitada
pelos preços internacionais, a receita bruta do agronegócio brasileiro
tende a cair em 2015. Isso ocorre depois de cinco anos de crescimento
contínuo, aponta o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa).
O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária de 2015, calculado com
base em dados de abril, será de R$ 456,4 bilhões, valor 0,3% inferior
ao de 2014, que foi R$ 457,9 bilhões. A pecuária deve arrecadar 3,5%
mais (somando R$ 167,5 bilhões), mas isso não será su䁘 ciente para
cobrir recuo de 2,4% na agricultura (para R$ 288,9 bilhões).
A expectativa de que a renda volte a aumentar a partir de 2016 está
diretamente ligada ao crescimento da produção e da exportação de
grãos e carnes. Na soja, as tendência depende basicamente da China,
destino de mais de dois terços das exportações do grão. No caso da
carne bovina, o mercado interno (para onde são destinados 80% da
produção) tem esse papel decisivo.
A força do consumo interno de 38 quilos por habitante ao ano têm
de䁘 nido o resultado econômico da produção de carne vermelha. O
mercado brasileiro representa 13,9% do global. Em relação aos 20%
exportados, a pecuária re쁪࿾ete a situação econômica de Rússia,
Venezuela e países do Oriente Médio. Neste ano, setor busca clientes
como Estados Unidos, Japão e China para complementar sua renda.
3,33 milhõesde toneladas de soja em grão a mais foram exportados em
2014/15 pelos Estados Unidos (41,69) na comparação com o resultado
do Brasil (38,85). Na temporada 2015/16, Brasil tende a recuperar
posição com placar de 40,79 a 39,60.
400 miltoneladas é a vantagem da Índia sobre o Brasil na exportação
de carne de gado em 2015. Ultrapassagem chegou a ser prevista já para
2012. Agora, Brasil quer recuperar posição dobranco exportação em
cinco anos.
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