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IFMG - GV INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS CAMPUS GOVERNADOR VALADARES ESTUDO DE CASO: APLICAÇÃO DO MÉTODO DE MELHORAMENTO PDCA NA REDUÇÃO DE CUSTOS NO PROCESSO DE EMBALAGEM DE UMA EMPRESA DANIEL COSTA ARMOND DANIEL GAMA LIMA COSTA ERIKA SAMARA CAMPOS RIBEIRO MADSON CLEMENTE DA SILVA MARTINS MAURO FERNANDES DE ALMEIDA RUBENS MACHADO BOTELHO GOVERNADOR VALADARES – DEZEMBRO DE 2013 RESUMO O objetivo deste trabalho é mostrar a importância das ferramentas da qualidade no auxílio à produtividade, por meio de estudo de caso na redução de custos no processo de embalagem de uma empresa. Em sua primeira parte foi feita uma revisão bibliográfica com o propósito de levantar informações sobre a metodologia PDCA, sobre o conceito de Embalagem Institucional, sobre a ferramenta estatística Histograma e sobre a importância da qualidade nas empresas. Na segunda etapa foi feito um estudo de caso utilizando a metodologia PDCA na redução de custos no processo de embalagem de uma empresa. Percebeu-se que com a aplicação de método houve uma melhoria considerável na tratativa do problema, resultando na redução de gastos com etiquetas em 83,33% e também uma redução no gasto com tempo de trabalho, no setor de embalagem, de 47,12%. Concluiu-se que a utilização do método trouxe uma boa contribuição para a empresa, bem como para a equipe de trabalho que pode adquirir e compartilhar experiências e conhecimentos no decorrer do trabalho. Palavras Chave: PDCA, EMBALAGEM, QUALIDADE. ABSTRACT The objective of this work is to show the importance of quality tools to aid productivity, through case study on reducing costs in the packaging process of a company. The first part of a literature review in order to gather information on the PDCA methodology, on the concept of Institutional Packaging on the Histogram statistical tool and about the importance of quality in the companies was taken. In the second stage a case study using the PDCA methodology to reduce costs in the packaging process of a company was made. It was noticed that with the application of the method was a considerable improvement in the dealings of the problem, resulting in reduced expenditures tagged in 83.33 % and also a reduction in the time spent working in the packaging sector, 47.12 %. It was concluded that the use of the method has brought a good contribution to the company as well as for the team that can acquire and share experience and knowledge in the course of work. Key words: PDCA, PACKAGING, QUALITY. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 6 2. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................... 6 2.1 - A história do PDCA .............................................................................................. 6 2.1.1 - Antecedentes do PDCA ................................................................................... 6 2.2 - PDCA: Ciclo de controle de processos ............................................................... 8 2.3 - Embalagem Institucional: conceito e classificação ............................................ 11 2.4 - Histograma ........................................................................................................ 12 2.5 - O que é qualidade? ........................................................................................... 13 2.5.1 - A importância da qualidade na empresa ........................................................ 13 3. ESTUDO DE CASO: APLICAÇÃO DO PDCA ....................................................... 14 3.1 - Descrição da empresa ...................................................................................... 14 3.2 - Metodologia: resolução do problema através do ciclo PDCA ........................... 15 3.3 - Módulo Plan (planejar): localização dos problemas e estabelecendo metas .... 15 3.3.1 - Análise do processo de embalagem .............................................................. 16 3.3.2 - Análise do fenômeno ...................................................................................... 16 3.3.3 - Estabelecendo o plano de ação ..................................................................... 17 3.4 - Módulo Do (executar) ........................................................................................ 19 3.4.1 - Ação 1 ............................................................................................................ 19 3.4.2 - Ação 2 ............................................................................................................ 20 3.5 - Módulo Check (checar): .................................................................................... 22 3.6 - Módulo Act (agir): padronização das atividades ................................................ 23 4. CONCLUSÃO........................................................................................................ 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 25 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Ilustração I – Histograma 1........................................................................................ 16 Ilustração II – Modelo de etiqueta antiga .............................................................. ....19 Ilustração III – Novo modelo de etiqueta ............................................................... ....20 Ilustração IV – Antigo sistema de embalagem e etiquetagem. .............................. ....20 Ilustração V – Novo sistema de embalagem e etiquetagem ................................. ....21 Ilustração VI – Histograma 2 ................................................................................. ....22 Ilustração VII – Histograma 3 ................................................................................ ....23 6 1. INTRODUÇÃO As empresas brasileiras, no contexto contemporâneo, estão despertando para a busca de uma qualidade superior e de melhores condições de competitividade. Diante desta perspectiva, as organizações passam a enfrentar uma série de desafios. Desafios estes que precisam ser superados através da utilização de ferramentas eficazes de apoio à gestão dessas organizações. Sob esta óptica, o ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action) pode ser considerado uma ferramenta importante de apoio à gestão das organizações, auxiliando os gestores no processo de tomada de decisões tendo em vista o alcance dos objetivos organizacionais. Uma das etapas mais importantes deste ciclo é o Plan (Planejamento) na medida em que contribui com a criação de condições estruturais e estratégicas por parte das organizações para enfrentarem os desafios que se apresentam. A etapa do planejamento é primordial, pois permite ampliar o conhecimento dos problemas existentes, preparando as organizações para enfrentá-los. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 - A história do PDCA O ciclo PDCA já é um senhor com um pouco mais de 70 anos, provavelmente é o mais conhecido conceito da gestão da qualidade. O ciclo começou a ficar famoso após sua introdução no Japão pós-guerra e daí passou a ganharo mundo. Mas os elementos que o inspiraram são antigos, desde 300 anos atrás. 2.1.1 - Antecedentes do PDCA Como muitos sabem, a origem do PDCA se deu a partir do ciclo de Shewhart, Walter Andrew Shewhart (New Canton, 18 de março de 1891 — 11 de março de 1967) foi um físico, engenheiro e estatístico, conhecido como o "pai do controle estatístico de qualidade". 7 Os fragmentos que deu origem ao PDCA se desenvolveu ao longo de, pelo menos, 300 anos de pensamento filosófico. Desde o período conhecido como a revolução científica, no século XVII, os pensadores europeus, como Copérnico, Kepler, Telésio e Da Vinci, já se indagavam sobre a melhor maneira de desenvolver conhecimentos válidos e que substituíssem os questionáveis dogmas da Igreja Católica acerca do mundo físico, que eram baseados, sobretudo, na metafísica aristotélica. Nessa época Galileu Galilei estabeleceu a primeira sequência de passos para a geração de conhecimentos válidos, composta pela observação, análise, indução, verificação, generalização e confirmação. Outros filósofos, como René Descartes e Francis Bacon, também descreveram seus métodos, cada qual fundamentado em sua própria crença sobre o melhor caminho a seguir para chegar ao mesmo ponto: o conhecimento. Como a intenção não era resolver problemas, a sequência não continha etapas de aplicação do conhecimento adquirido. Com o passar do tempo, outros filósofos acabaram influenciando a criação do PDCA para se tornar o que conhecemos nos dias de hoje. A inspiração para a criação do PDCA foi atribuída por Shewhart e Deming aos americanos Clarence Irving Lewis e John Dewey, dois dos fundadores da escola filosófica do pragmatismo. A ideia de um “circuito” foi desenvolvida por Dewey ao imaginar como funciona a relação entre ação humana e o domínio social ao qual pertence. Segundo ele a reflexão para a solução de um problema contem cinco passos lógicos: • Perceber a dificuldade • Localizar o problema • Definir o problema • Sugerir possíveis soluções e desenvolver através do raciocínio as influências sugeridas • Observar posteriormente as soluções aplicadas, que levam à sua aceitação ou rejeição. Embora fossem seguidores de doutrinas racionalistas e do método científico, os pragmatistas acreditam que o valor do conhecimento depende de sua 8 contribuição como meio para a obtenção de um resultado concreto e prático para a vida. Esse estilo de pensamento incorporou na doutrina pragmática as características racionais e instrumentais. Assim, ao contrário daqueles precursores da revolução científica, uma mudança radical aconteceu no objetivo do pensamento humano a partir do pragmatismo para que o PDCA se tornasse, não apenas um modelo para a geração de conhecimento, mas um modelo voltado fundamentalmente para a ação prática e geração de benefícios para o homem e a sociedade. 2.2 - PDCA: Ciclo de controle de processos O PDCA é uma ferramenta de controle de processos que foi concebido por Walter A. Shewhart e significa Plan= Planejar, Do= Executar, Check= Controlar e Act= Agir. É utilizada para as atividades de análise e solução de problemas e tornou- se conhecida e reconhecida em função dos trabalhos executados por William Edward Deming, discípulo de Shewhart, que a disseminou e aperfeiçoou. Werkema (1995, p. 24) define o ciclo PDCA como sendo “um método gerencial de tomada decisões para garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência de uma organização”. É considerado como um método de gestão, “representando o caminho a ser seguido para que as metas estabelecidas possam ser atingidas”. Para tanto, o ciclo prevê um contínuo, ou seja, as atividades de planejar, executar, controlar e agir devem estar acontecendo continuamente a fim de que as mudanças efetivamente aconteçam em prol das melhorias dos processos organizacionais. Tal ciclo deve estar sempre evoluindo por meio da medição e observação dos efeitos sendo que o fim de um processo é sempre o início de outro processo, dando início a uma nova melhoria no sistema. Shiba et al. (1997) salienta que o PDCA simboliza o princípio da iteração na resolução dos problemas, efetuando melhorias por etapas e repetindo o ciclo de melhorias várias vezes. Para que o PDCA seja implementado nas organizações é necessária a compreensão de alguns elementos chaves que interferem nas atividades, como: (i) o que é um processo; (ii) o que é variabilidade de processos; (iii) o que são itens de controle e itens de verificação e, (iv) quais as ferramentas da qualidade que podem 9 auxiliar quando da sua implementação. Tais elementos serão caracterizados ao longo do texto como forma de alinhamento do como o PDCA pode auxiliar nas atividades de gerenciamento em níveis estratégicos e operacionais. Em relação ao entendimento sobre o que é um processo, Werkema (1995, p. 16) define: é “uma combinação dos elementos equipamentos, insumos, métodos ou procedimentos, condições ambientais, pessoas e informações do processo ou medidas, tendo como objetivo a fabricação de um bem ou o fornecimento de um serviço”. Para Campos (2004, p. 19), “é um conjunto de causas (que provoca um ou mais efeitos)”. Todo processo está sujeito a variabilidades, sejam estas originárias de causas comuns ou causas especiais que atuam e interferem diretamente nos resultados. Variabilidade é o resultado de alterações nas condições sob as quais as observações são tomadas (diferenças entre as matérias-primas, métodos de trabalho, condições ambientais e operadores envolvidos), assim como em função do sistema de medição empregado (WERKEMA, 1995). Além disso, todo processo pode ser controlado e, este pode ser feito através dos itens de controle e dos itens de verificação. “Os itens de controle medem a qualidade intrínseca, o custo, a entrega e a segurança do produto que será fornecido ao cliente e o moral das pessoas que trabalham no processo que o fabrica” (WERKEMA, 1995, p. 20). “São índices numéricos estabelecidos sobre os efeitos de cada processo para medir a sua qualidade total” (CAMPOS, 2004, p. 21). Os itens de controle podem ser afetados por várias causas, que podem ser medidas e controladas, denominadas de itens de verificação (WERKEMA, 1995). Neste sentido, Campos (2004) refere como famílias de causas ou fatores de manufatura e/ou serviços, destacando matérias-primas, máquinas, medidas, meio ambiente, mão de obra e método (6Ms). Para Campos (2004, p. 21), o efeito de um processo que é medido pelos itens de controle, é afetado por várias causas, “mas apenas algumas poucas causas afetam a grande parte de um item de controle (Princípio de Pareto: “poucas causas são vitais e muitas triviais”)”. Para tanto, o controle de processo consta de três opções fundamentais: (1) estabelecer a diretriz de controle – planejamento da qualidade; (2) manter o nível de controle – manutenção dos padrões e; (3) alterar a diretriz de controle – melhoria dos padrões. 10 O ciclo PDCA pode ser utilizado para as seguintes formas de gerenciamento: (1) Manutenção da Qualidade: que visa dar previsibilidade aos resultados da empresa; (2) Melhoria da Qualidade: que visa melhoria contínua dos processos existentes; (3) Planejamento da Qualidade ou Inovação: que visa promover mudanças radicais nos produtos e processos existentes (AGUIAR, 2006). No entender de Aguiar (2006), para que seja aplicado de forma efetiva o método PDCA, é importante o conhecimento das ferramentas da qualidade, sejam elas estatísticas ou não, porque serão elas que darão o suporte necessário para que as etapas sejam cumpridas.Tais ferramentas auxiliam de forma efetiva na análise das variabilidades dos processos produtivos. Citam-se as sete ferramentas mais usualmente trabalhadas: estratificação, folhas de verificação, gráfico de pareto, diagrama de causa e efeito, histograma (que foi utilizado neste trabalho), diagrama de dispersão e gráfico de controle. Necessário também se faz a compreensão de que ao implementar o PDCA a organização quer acima de tudo atingir suas metas de desempenho, que estão sinalizadas no planejamento estratégico organizacional, no entanto, não basta ter o suporte gerencial e técnico necessários, os mesmos podem não fazer realmente efeito se a organização não tiver uma liderança capaz de implementar as mudanças necessárias (AGUIAR, 2006). O modelo de PDCA trabalhado neste Estudo de Caso é chamado ‘PDCA de melhorias’ que envolve oito etapas, a seguir especificadas. Etapa Planejamento (P): Consiste no estabelecimento de metas e métodos para alcançar as metas propostas, constituindo-se das seguintes fases: (1) identificação do problema, (2) observação, (3) análise e (4) plano de ação. Etapa Execução (D): Consiste em executar as tarefas conforme foram previstas na etapa de planejamento. Constitui a fase (5) – ação Etapa Verificação (C): Consiste em comparar os resultados obtidos na etapa execução com a meta que foi planejada, constituindo a fase (6). Caso o bloqueio não foi efetivo, pode-se retornar e atuar novamente. Etapa Corretiva (A): Consiste em atuar no processo a partir dos resultados obtidos. Constitui-se de duas fases: (7) Padronização e a (8) conclusão (CAMPOS, 2004). 11 2.3 - Embalagem Institucional: conceito e classificação Dependendo do foco em que está sendo analisado, o conceito de embalagem pode variar. Para um profissional da área de distribuição, por exemplo, a embalagem pode ser classificada como uma forma de proteger o produto durante sua movimentação. Enquanto que para um profissional de marketing a embalagem é muito mais uma forma de apresentar o produto, visando atrair os clientes e aumentar as vendas, do que uma forma de protegê-lo. Neste conceito os autores tentam abranger tudo que envolve a concepção da embalagem: arte (design, cores, formatos); técnicas (de produção); e ciências (novos materiais e tecnologias). Bem como suas funções: a de proteção da mercadoria, durante as atividades de logística, e a de exposição ao consumidor, como meio de aumentar as vendas. Sem deixar de considerar os custos envolvidos na produção e no transporte de mercadorias. Quanto à classificação, a mais referenciada é a que classifica de acordo com as funções em primária, secundária, terciária, quaternária e de quinto nível. a) Primária: é a embalagem que está em contato com o produto, que o contém. Exemplo: vidro de pepino, caixa de leite, lata de leite condensado. b) Secundária: é aquele que protege a embalagem primária. Exemplo: o fundo de papelão, com unidades de caixa de leite envolvidas num plástico. É geralmente a unidade de venda no varejo. c) Terciária: São as caixas, de madeira, papelão, plástico. d) Quaternária: São embalagens que facilitam a movimentação e a armazenagem, qualquer tipo de contenedor. Exemplo: Contêiner e) Embalagem de Quinto nível: é a embalagem conteinerizada, ou embalagens especiais para envio à longa distância. Outra classificação proposta por Bowershox e Closs (2001) classifica as embalagens em dois tipos: embalagem para o consumidor, com ênfase em marketing, e embalagem industrial, com ênfase na logística. No caso estudado a embalagem institucional se encaixa na classificação secundária onde as embalagens são produzidas com o objetivo de envolver as embalagens primárias e assim serem vendidas no varejo. Com a padronização dessas embalagens ocorreu a facilitação do armazenamento, manuseio e 12 movimentação dos produtos, reduzindo o tempo de realização destas tarefas, por proporcionar uma padronização destes métodos, dos equipamentos de movimentação, e de armazenamento. Além da redução do tempo, outra vantagem da padronização é a redução de custos. 2.4 - Histograma O Histograma é um gráfico de colunas utilizado na estatística. É composto de vários retângulos adjacentes, representando a tabela de frequências com perda de informações (valores agrupados por classes) de um conjunto de valores. Na escala horizontal, marcam-se os intervalos de classes, e cada intervalo é a base de cada retângulo ou barra; na escala vertical, marcam-se as alturas dos retângulos ou barras, que são as respectivas frequências absolutas das classes (Lopes, 1999). Diversos autores descrevem a utilização do histograma como uma Ferramenta da Qualidade para avaliação e análise de dados: - Vieira (1999, p. 21) afirma que: “A quantidade de informação fornecida por uma amostra é tanto maior quanto é a quantidade de dados. Fica, porém, difícil captar a informação contida em uma tabela muito longa. Para dar visão rápida e objetiva da questão, existe uma ferramenta: é o histograma”. - Para Kume (1993, p. 44): “O histograma é uma ferramenta de visualização de uma grande quantidade de dados de uma amostra de uma população. É um método rápido para exame, que por meio de uma organização de muitos dados, permite conhecer a população de maneira objetiva”. - Paladini (2000, p.232) define o histograma como uma ferramenta na gestão da qualidade; assim descreve sua utilização: “... Sua aplicação na gestão da Qualidade tem um número considerável de utilidades. Inicialmente, exemplificam como se pode descrever, de forma simples e eficiente, uma dada situação; estimulam o uso de imagens como elementos básicos de descrição da realidade e induzem as pessoas a utilizar visões globais dos processos para melhor entendê-los. Dessa forma, sua aplicação tem reflexos na concepção e na implantação de processos gerenciais”. 13 - Wadsworth (1986, p.300) ensina como fazer a montagem do histograma e avaliar seu uso: “o histograma é um caminho muito direto para observar frequências de ocorrências ou indicadores... Para construir um histograma .... um número de intervalos ou faixas são selecionados, a largura de cada faixa é especificado, os dados são classificados, e o números são encaixados por faixas, e, então, são plotados, podendo ser representados por valores percentuais.” Os histogramas também são construídos com certa quantidade de dados. Quando os dados são aumentados, há a tendência de se criar a representação gráfica de uma curva suave. Entre as mais típicas e características, ocorre a distribuição da curva normal (Kume, 1993). 2.5 - O que é qualidade? O conceito de qualidade é muito subjetivo, pois pode ser definidos de várias formas, de acordo com a percepção de cada indivíduo, partindo do ponto de vista cultural, de um produto ou serviço prestado, qualidade de vida, necessidade, dentre outros fatores. 2.5.1 - A importância da qualidade na empresa A qualidade é um processo contínuo de aprimoramento, tendo em vista esse mercado competitivo de hoje, onde as empresas cada vez mais implantam novas tecnologias, deixando as pessoas dependentes de seus produtos, fazendo-as sentirem necessidade de tais, para se sobressaírem diante da concorrência, dessa forma o consumidor vai ficando cada vez mais exigente quanto às tecnologias, forçando essas empresas a estarem sempre trazendo coisas novas, sempre inovando, que também se torna um medidor de qualidade. A gestão da qualidade é o conjunto de regras para executar um processo corretamente dentro das especificações do produto a fim de atender à satisfação docliente. Esse sistema é de fundamental importância em qualquer organização que queira manter-se competitiva no mundo atual. Uma empresa que quer se fixar no mercado deve buscar sempre o aprimoramento do seu produto através da 14 qualidade, pois fica marcado na cabeça do consumidor de maneira positiva, como consequência, acontece a propaganda de boca a boca com boas recomendações sobre o produto, da mesma forma que o contrário pode acontecer se o produto não for de boa qualidade, quando a empresa não adota nenhum sistema de gestão de qualidade, ficando assim, mal vista no mercado, e dessa forma perdendo clientes, seja em potencial ou antigos. A empresa que leva a qualidade a sério tem grandes chances de perdurar no mercado atual, da imagem de sua marca ser atrelada a bons produtos e serviços. 3. ESTUDO DE CASO: APLICAÇÃO DO PDCA 3.1 - Descrição da empresa A empresa Suprema Massas é uma pequena indústria constituída como sociedade por quotas de responsabilidade limitada que atua principalmente no setor atacadista de venda de pães e alimentos congelados. De modo suplementar e ocasionalmente, também atua no ramo varejista com a venda direta de alimentos ao consumidor final. Iniciou suas atividades no início de 2002 com a fabricação exclusiva de pães de hambúrguer. No final do mesmo ano, adquiriu outra empresa, a “Pizza da Lalá” (carteira de clientes e maquinário) e ampliou o rol de produtos comercializados, passando a trabalhar também com pizzas congeladas. Em 2009, a Suprema Massas lança mais um produto: o macarrão expresso congelado. Na mais recente diversificação comercial, que ocorre a partir de 2010, a empresa passa a trabalhar com a venda de pizzas assadas através do serviço de tele-entrega e, eventualmente, com a montagem de uma pizzaria itinerante em feiras e eventos. Atualmente, o mix de produtos ofertados é composto de pão de hambúrguer, pão de cachorro quente, massas para pizza, pizzas congeladas, macarrão expresso congelado e pizzas assadas. Destacam-se como principais clientes da empresa as lanchonetes, bares, restaurantes e os denominados eventos temporários (GV Folia, Expoleste, Expoagro). Hoje, a indústria conta com dez funcionários, dos quais três atuam diretamente na produção de pizzas congeladas. 15 3.2 - Metodologia: resolução do problema através do ciclo PDCA O trabalho foi desenvolvido com a adoção do método de estudo de caso tendo como unidade de análise uma empresa atacadista de venda de pães e alimentos congelados. Para isto foi executado o estudo e acompanhamento de ações no setor de embalagem, na empresa Suprema Massa durante a tratativa da solução do problema de alto custo com embalagem. Todo o método se baseia no ciclo PDCA, onde se destaca etapas como a identificação do problema, estudo e proposição de solução do problema encontrado, neste caso o alto custo com embalagem. 3.3 - Módulo Plan (planejar): localização dos problemas e estabelecendo metas O início do trabalho ocorreu após contato telefônico e subsequente reunião com o Sr. Volmey, proprietário da empresa. Mediante apresentação do produto "Suprema Pizza" que possuía gasto excessivo com preço das etiquetas das embalagens, formou-se um grupo de trabalho com o objetivo de reduzir este custo utilizando a metodologia PDCA. O grupo de trabalho foi composto pelo seguintes integrantes Sr. Volmey (proprietário/diretor), Márcia (Supervisora de Produção) e os alunos do curso de Engenharia de Produção. Após levantamento de dados sobre o número de etiquetas gastas, verificou- se que havia uma relação de 1,2 etiquetas por unidade do produto (pizza). Inicialmente, a equipe estabeleceu a meta de redução do número de etiquetas por unidade de pizza para uma etiqueta por lote de produto (pacote contendo 5 pizzas) no final dos trabalhos. Obs.: Histograma 1: Dados sobre a quantidade de etiquetas em comparação com a quantidade total de pizzas produzidas antes da implantação do processo (Plan). 16 Ilustração I – Histograma 1 3.3.1 - Análise do processo de embalagem Início: identificação dos tipos de pizza por sabor, separação das etiquetas por tipo de pizza, embalagem individual, etiquetagem individual, agrupamento de pizzas, em pilhas de 5 unidades, para nova embalagem (atacado), etiquetagem da nova embalagem. Fim. 3.3.2 - Análise do fenômeno Identificação do problema Proposta de melhoria Grande variabilidade de etiquetas Desenvolvimento de um único tipo de etiqueta para todos os produtos. Número excessivo de etiquetas Utilização da ideia de uma embalagem institucional com uma única etiqueta, reduzindo consequentemente o tempo gasto no processo de embalagem. 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 Q u an ti d ad e ( U n ) Etiquetas / Pizzas Histograma - Pré-Implantação Pizzas produzidas x Etiquetas gastas Etiquetas Pizzas 24000 20000 17 3.3.3 - Estabelecendo o plano de ação Procedeu-se à construção de um plano de ação com o uso da metodologia 5W1H que se baseia em seis perguntas que irão definir a estrutura do plano. Essas perguntas, concebidas originalmente no idioma inglês, se apresentam, segundo a definição de Melo (2001), da seguinte maneira: Utilizam-se normalmente verbos no infinitivo, de maneira sucinta, a fim de demandar uma ação; WHAT (O QUE): define o que será executado, contendo a explicação da ação a ser tomada; WHEN (QUANDO): define quando será executada a ação (prazo de início e término da ação); WHO (QUEM): define o responsável pela ação (nesse caso, aconselha-se que haja apenas um responsável por ação, a fim de manter a credibilidade da execução da ação); WHERE (ONDE): define onde será executada a ação (pode ser desde um local físico especificado, como um setor da organização); WHY (POR QUE): define a justificativa para a ação em questão (esse campo apresenta a finalidade imediata da ação a ser tomada); HOW (COMO): define o detalhamento de como será executada a ação (este campo é um complemento para o primeiro campo — WHAT — detalhando a ação estipulada neste último). Analisando esses seis tópicos, pode-se identificar de uma maneira clara e detalhada a estruturação do plano de ação, sendo que o mesmo deverá ser divulgado para todos os envolvidos nas ações tomadas. O quadro a seguir descreve todo o processo, desde a apresentação do projeto, metas a serem alcançadas, prazos de execução e as informações referentes a cada pergunta: 18 PLANO DE AÇÃO 1 Aprovado em: 25/10/13 PROJETO: aperfeiçoamento do processo de embalagem de pizzas congeladas. METAS: reduzir o custo com etiqueta de identificação do produto em 5% até dezembro de 2013; reduzir o tempo de embalagem do produto em 10% até dezembro de 2013. Medida (WHAT) Prazo (WHEN) Responsável (WHO) Local (WHERE) Razão (WHY) Procedimento (HOW) Definir um único modelo de etiqueta para todas as pizzas (A1) 25/10/13 a 31/10/13 Daniel Gama, Daniel Armond e Mauro (IFMG) Sala de estudos do IFMG Reduzir os custos com a produção de etiquetas e diminuir o índice de erros na etapa de embalagem Elaborar um novo tipo de etiqueta com todos os sabores de pizza (identificação pelo método de múltipla escolha) Definir um sistema de embalagem que viabilize o uso de uma única etiqueta nos pacotes de pizzas para revenda (A2)25/10/13 a 15/11/13 Madson, Rubens e Érica (IFMG). Márcia (supervisora de produção) Setor de produção e embalagem de pizzas Reduzir os custos com a embalagem dos pacotes de pizza Implantação do modelo de embalagem institucional, que consiste na identificação do produto apenas na embalagem exterior Padronizar o novo processo de embalagem institucional na linha de produção (A3) 18/11/13 a 29/11/13 Márcia (supervisora de produção) Márcia, Carlos e Eduardo (assistentes de produção) Setor de produção e embalagem de pizzas Diminuir o tempo gasto na etapa de embalagem Instruir os assistentes de produção para que seja adotado o novo processo de embalagem de pizzas Divulgar o novo sistema junto aos revendedore s e orientá- los quanto ao procedi_ mento no ponto de venda (A4) 18/11/13 a 01/12/13 Volmey (diretor/ proprietário) e Roberto (logística) Pontos de revenda Continuar atendendo a exigência da ANVISA no que tange à identificação do produto Orientar os revendedores para que a embalagem exterior com a etiqueta de identificação do produto não seja descartada até a venda da última pizza (nos casos de venda fracionada) 19 3.4 - Módulo Do (executar) Após a elaboração do plano de ação, foi dado início a implantação das propostas de melhorias no processo de embalagem dos produtos. 3.4.1 - Ação 1 A primeira ação realizada foi o desenvolvimento de um único tipo de etiqueta para todos os produtos. Antes, existia um tipo de etiqueta para cada produto comercializado pela empresa, sendo ao todo cinco tipos de etiquetas – correspondentes aos cinco sabores de pizza. Esta situação gerava um gasto excessivo com produção gráfica devido à maior variedade de impressão, aumentando o custo do produto final. Ver Ilustração II: Ilustração II – Modelo de etiqueta antiga A nova etiqueta passou a substituir as demais com um procedimento simplificado de identificação manual pelo método de múltipla escolha, no qual o funcionário passaria a marcar o quadro correspondente ao sabor de pizza constante na embalagem. Ver Ilustração III: 20 Ilustração III – Novo modelo de etiqueta 3.4.2 - Ação 2 Outro fator encarecedor era o uso de uma etiqueta na embalagem de cada pizza mais a etiqueta usada na identificação de cada lote contendo as pizzas. Ver Ilustração IV: Ilustração IV – Antigo sistema de embalagem e etiquetagem. 21 Para solucionar esse problema, foi introduzido uso da embalagem institucional que consiste em um método de embalagem usado no atacado em que uma maior quantidade de produtos é agrupada por tipo de produto e identificada com um único rótulo na embalagem externa. Ver Ilustração V: Ilustração V – Novo sistema de embalagem e etiquetagem. Também com o uso do novo sistema de embalagem objetiva-se reduzir o tempo gasto com o processo de embalagem. Obs.: O estoque de etiquetas da empresa ocupava grande espaço físico – uso de vários armários, um para cada tipo de etiqueta - e exigia dos funcionários uma maior atenção na realização dos trabalhos de etiquetagem, pois a diferenciação ocasionava uma ação distinta para cada produto. Após a adoção de um único modelo de etiqueta para uso geral, foi implementada a redução do espaço físico destinado à armazenagem das etiquetas, além da redução dos erros dos funcionários no processo, pois uma etiqueta passou a atender todos os produtos. 22 3.5 - Módulo Check (checar): O módulo Check representa a verificação do resultado dos trabalhos, analisando se a meta estipulada foi alcançada. Nessa etapa os indicadores apresentados antes da implantação serão comparados com os indicadores pós- implantação do plano de ação. Portanto foi apresentado o comparativo do número de etiquetas gastas antes e depois da implantação do processo. Histograma 2: Ilustração VI – Histograma 2 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 Et iq u e ta s (U n ) Histograma - Pré/Pós (Implantação) Etiquetas gastas para produção de 20000 pizzas Antes da implantação Após a implantação 24000 4000 23 Histograma3: Ilustração VII – Histograma 3 Os histogramas demonstram que as ações realizadas alcançaram os resultados esperados e a meta estipulada foi atingida. Se o plano não tivesse surtido o efeito desejado a equipe deveria retornar à etapa PLAN, iniciando o ciclo novamente em busca de um novo plano que não viesse a ter as mesmas deficiências percebidas no processo anterior. Entretanto, com a meta atingida, prossegue-se agora para a última fase da metodologia PDCA, que é o módulo (ACT). 3.6 - Módulo Act (agir): padronização das atividades O novo método de embalagem instituído consistiu-se em elaborar um novo padrão. Segue abaixo os itens fundamentais de sua estrutura. Cabe aos funcionários: - Retirar as etiquetas de um único local. - Etiquetar apenas a embalagem externa (embalagem institucional). 0 20 40 60 80 100 120 Te m p o g as to ( H s) Histograma - Pré/Pós (Implantação) Tempo gasto para produção de 20000 pizzas Antes da implatação Após a implantação 96,66 51,11 24 - Adotar uma etiqueta universal abarcando todos os sabores de pizza comercializados. - Marcar o sabor desejado na etiqueta. Cabe ao gestor: - Apresentar junto à gráfica o novo padrão de etiquetas. - Orientar no ato da entrega os revendedores para a preservação de todos os itens ainda não comercializados dentro da embalagem institucional, devido à necessidade do produto estar sempre identificado, estando em conformidade com as exigências normativas da vigilância sanitária. Devido a padronização, a empresa desenvolveu um treinamento dos funcionários para adaptá-los ao novo padrão adotado pela empresa. 4. CONCLUSÃO Ao finalizar este trabalho pode-se concluir sobre aspectos fundamentais que envolveram a execução das atividades durante a implementação do PDCA na empresa Suprema Massa. A aplicação da metodologia PDCA no estudo de caso deste trabalho possibilitou a redução de gastos com etiquetas em 83,33% e também uma redução no gasto com tempo de trabalho, no setor de embalagem, de 47,12%. Após a implantação de todas as ações no plano de ação elaborado, concluiu- se que as ações foram eficazes, isso por que a meta estipulada no início do trabalho da equipe foi superada. Portanto, o ciclo PDCA foi finalizado com as medidas adotadas para a resolução dos problemas detectados sendo padronizadas. Após a pesquisa dos conceitos do método PDCA e da verificação do estudo de caso pode- se considerar: O PDCA é uma ferramenta estruturada que auxilia a organização a localizar o foco do problema visando eliminá-lo definitivamente. A utilização do PDCA torna mais eficaz o processo de análise de solução de problemas e permite retorno positivo para a organização que o implemente. Para o sucesso do PDCA é necessário que haja a criação de uma equipe de trabalho que permita a troca de experiências, proporcionando crescimento pessoal e profissional aos seus integrantes durante as etapas do processo. 25 Para o sucesso do PDCA também é necessário que se tenha uma meta a ser atingida. O conhecimento adquirido através da análise das causas permite maior imparcialidade na tomadade decisão. A fase mais crucial do PDCA, que solicita maior atenção e tempo, é o planejamento. Sempre que o planejamento é bem feito as chances de sucesso das ações é maior, portanto é preciso planejar com calma com base em uma criteriosa análise de dados e informações sobre o processo em se deseja intervir e, assim, agir rapidamente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR, S. Integração das ferramentas da qualidade ao PDCA e ao programa seis sigma. 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