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INCLUSÃO ESCOLAR o que é por que como fazer

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INCLUSÃO ESCOLAR 
O QUE É? POR QUE? 
COMO FAZER? 
MARIA TERESA ÉGLER MANTOAN 
 
Ação Reflexiva 
Percebi, e reluto em admitir, que a escola vem adotando 
medidas excludentes ao reagir às diferenças. 
Os ambientes humanos de convivência são plurais por 
natureza. Assim, a educação escolar não pode ser 
pensada nem realizada senão a partir da ideia de uma 
formação integral do aluno – segundo suas capacidades e 
seus talentos – e de ensino participativo, solidário, 
acolhedor. 
É fundamental que tenhamos bem claro nosso sonho 
educacional, ou melhor, o objetivo que queremos 
atingir ao dedicar horas, anos de nossas vidas a 
ensinar. Temos que saber aonde queremos chegar. 
Para isso, é importante que fique claro que não existe 
o caminho a ser seguido, mas caminhos a escolher, 
decisões a tomar. E escolher é sempre correr riscos. 
Ação Reflexiva 
Exclusão escolar o que é? 
A exclusão escolar manifesta-se das mais diversas e 
perversas maneiras, e quase sempre o que está em jogo é 
a ignorância do aluno diante dos padrões de 
cientificidade do saber. Ocorre que a escola se 
democratizou, abrindo-se a novos grupos sociais, mas 
não aos novos conhecimentos. Por isso exclui os que 
ignoram o conhecimento que ela valoriza e, assim, 
entende que a democracia é massificação de ensino. 
Os sistemas escolares estão montados a partir de um 
pensamento que recorta a realidade, que permite dividir os 
alunos em normais e deficientes, as modalidades de ensino 
em regular e especial, os professores em especialistas nesta 
e naquela manifestação das diferenças. Se o que 
pretendemos é uma escola inclusiva, é urgente que seus 
planos se redefinam para uma educação voltada para a 
cidadania global, plena, livre de preconceitos, que 
reconheça e valorize as diferenças. 
Inclusão escolar o que é? 
Integração ou inclusão? 
A indiferenciação entre o processo de integração e o de 
inclusão escolar é prova da presença do paradigma 
tradicional de serviços educacionais. Os professores do 
ensino regular consideram-se incompetentes para lidar com 
as diferenças em sala de aula, especialmente para atender 
alunos com deficiência, pois seus colegas especializados 
sempre se distinguiram por realizar apenas esse 
atendimento e exageram na sua capacidade de fazê-lo aos 
olhos de todos. 
Integração escolar: o que é? 
Na integração escolar, nem todos os alunos com deficiência 
cabem nas turmas de ensino comum, pois há uma seleção 
prévia dos que estão aptos à inserção. Para esses casos, 
indicados a individualização dos programas escolares; os 
currículos adaptados; avaliações especiais; redução dos 
objetivos educacionais para compensar as dificuldades de 
aprender. Em suma: a escola não muda como um todo, mas 
os alunos têm que mudar para se adaptar às suas 
exigências. 
Inclusão escolar: o que é? 
A inclusão questiona não somente as políticas e a 
organização da educação especial e da regular, mas 
também o próprio conceito de integração. Ela é 
incompatível com a integração, já que prevê a 
inserção escolar de forma radical, completa e 
sistemática. Todos os alunos, sem exceção, devem 
frequentar as salas de aula do ensino regular. 
A inclusão implica uma mudança de perspectiva 
educacional, porque não atinge apenas os alunos com 
deficiência e os que apresentam dificuldades de aprender, 
mas todos os demais, para que obtenham sucesso na 
corrente educativa geral. Todos sabemos, porém, que a 
maioria dos que fracassam na escola são alunos que não 
vêm do ensino especial, mas possivelmente acabarão 
nele. 
 
Inclusão escolar: o que é? 
Inclusão escolar: por quê? 
A inclusão é uma inovação que implica um esforço 
de modernização das condições atuais da maioria de 
nossas escolas – especialmente as de nível básico - , 
ao assumirem que as dificuldades de alguns alunos 
não são apenas deles, mas resultam em parte do 
modo como o ensino é ministrado e de como a 
aprendizagem é concebida e avaliada. 
A ética, em sua dimensão crítica e transformadora, referenda 
nossa luta pela inclusão escolar. As ações educativas tem como 
eixos o convívio com a diferença e a aprendizagem como 
experiência relacional, participativa, que produz sentido para o 
aluno. 
A inclusão é produto de uma educação plural, democrática e 
transgressora. O aluno da escola inclusiva é outro sujeito, que 
não tem uma identidade determinada por modelos ideais, 
permanentes, essenciais. 
Inclusão escolar: por quê? 
A inclusão se legitima porque a escola, para 
muitos alunos, é o único espaço de acesso ao 
conhecimento. 
Não podemos aceitar uma vida escolar 
marginalizada, uma evasão, uma criança 
estigmatizada sem motivos. 
Inclusão escolar: por quê? 
Medidas inclusivas de organização escolar: 
• Desafio de efetivar a inclusão/integração nas turmas 
escolares; 
• Trabalho de formação de professores; 
• Implementação de projetos inclusivos (novas 
possibilidades). 
PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO DA EDUCAÇÃO PARA TODOS 
Inclusão escolar: como fazer? 
Mudar a escola é enfrentar muitas frentes de trabalho, cujas tarefas fundamentais a meu ver 
são as que seguem: 
• recriar o modelo educativo escolar, tendo como eixo o ensino para todos; 
• reorganizar pedagogicamente as escolas, abrindo espaços para a 
cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico 
entre os professores, administradores, funcionários e alunos, porque são 
habilidades mínimas par o exercício da verdadeira cidadania; 
• garantir aos alunos tempo e liberdade para aprender, bem como um 
ensino que não segregue e que reprove a repetência; 
• formar, aprimorar continuamente e valorizar o professor, para que tenha 
condições e estímulo par ensinar a turma toda, sem exclusões e exceções. 
 
Inclusão escolar: como fazer? 
Recriar o modelo educativo 
As escolas de qualidade são espaços educativos de 
construção de personalidades humanas autônomas, críticas, 
onde crianças e jovens aprendem a ser pessoas. Nesses 
ambientes educativos, os alunos são orientados a valorizar a 
diferença pela convivência com seus pares, pelo exemplo dos 
professores, pelo ensino ministrado nas salas de aula, pelo 
clima socioafetivo das relações estabelecidas em toda a 
comunidade escolar – sem tensões, competições , com 
espírito solidário e participativo. 
Reorganizar as escolas: 
aspectos pedagógicos e administrativos 
A reorganização das escolas depende de um 
encadeamento de ações centradas no projeto político-
pedagógico. O projeto parte de um diagnóstico da 
demanda, penetra fundo nos pontos positivos e nos 
pontos fracos dos trabalhos desenvolvidos, define 
prioridades de atuação e objetivos, propõe iniciativas e 
ações com metas e responsáveis para coordená-las. 
Os ciclos de formação provocam mudanças na 
avaliação do desempenho escolar dos alunos, 
pois concedem aos estudantes mais tempo para 
aprender, eliminando a seriação e articulando o 
processo de aprendizagem com o ritmo e as 
condições de desenvolvimento dos aprendizes. 
Reorganizar as escolas: 
aspectos pedagógicos e administrativos 
A descentralização da gestão administrativa é 
condição para que se promova maior autonomia 
pedagógica, administrativa e financeira de 
recursos materiais e humanos das escolas e é 
promovida por meio da atuação efetiva dos 
conselhos, dos colegiados e das assembleias de 
pais e alunos. 
Reorganizar as escolas: 
aspectos pedagógicos e administrativos 
Ensinar a turma toda: 
sem exceções e exclusões 
Quando se ensina a turma toda, é 
indispensável suprimir o caráter 
classificatório de notas e de provas e 
substituí-lo por uma visão diagnóstica 
da avaliação escolar. 
E a atuação do professor? 
O professor inclusivo não procura eliminar a 
diferença em favorde uma suposta igualdade do 
alunado – tão almejada pelos que apregoam a 
homogeneidade das salas de aula. Ele está atento 
aos diferentes tons das vozes que compõem a 
turma, promovendo a harmonia, o diálogo, 
contrapondo-as, complementando-as. 
Como se preparar para ser um 
professor inclusivo 
Formar o professor na perspectiva da educação 
inclusiva implica ressignificar o seu papel, o da 
escola, o da educação e o das práticas 
pedagógicas usuais do contexto excludente do 
nosso ensino, em todos os níveis. 
TRABALHO COLETIVO 
UMA PEDAGOGIA DA DIFERENÇA 
PEDAGOGIA DA DIVERSIDADE 
(ela se destina a etnias, religiões, gêneros, minorias em geral que 
buscam afirmação social) 
 
PEDAGOGIA DA DIFERENÇA 
(construída no entendimento pleno da inclusão e destinada a 
alunos que não se repetem) 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A escola inclusiva brasileira tem sólidas 
fundações, na lei, no vanguardismo dos 
que se dispuseram expandi-la, 
verdadeiramente imbuídos do 
compromisso de transformar a escola, 
para se adequar ao nosso tempo.

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