Buscar

Resumo: prova 2 de recursos eletro-termo-fototerapêuticos

Prévia do material em texto

Prova 2
Correntes Diadinâmicas
Conceito: a corrente diadinâmica é uma corrente pulsada, que apresenta um amplo efeito analgésico em lesões de tecidos moles e em desordens sistêmicas e tem como características a sua baixa frequência. Onda sinusóide com frequência de 50 á 100Hz, retificada em meia onde ou onda completa, é monofásica. Diodo: capaz de conduzir corrente elétrica em baixa Hz de sinal da fonte, a entrada para cada diodo é a metade da tensão da do secundário. Exitem 5 tipos: DF – Difásica Fixa, MF – Monofásica Fixa, CP – Curtos Períodos, LP – Longos Períodos, RS – Ritmo sincopado.
1. Corrente Difásica Fixa (DF): é uma corrente retificada em dupla fase, resultando uma corrente de 100 Hz com impulsos positivos de 10 ms de duração, sem intervalos de tempo (sem repouso) entre eles. A separação entre os impulsos somente se nota nas cristas das ondas. É usada como preparação para outras correntes ou terapia (diminui a impedância). Seus efeitos são: tonificação, vasomotricidade, eritema, ionização e analgesia temporária. Tem pouca ação sobre o músculo. Suas sensações são: fibrilação, cócegas e não produz contrações muscular. Suas indicações são: tratamento de transtornos circulatórios periféricos funcionais. Serve para preparação para outras correntes/terapia. Tempo: 1 á 3 minutos.
2. Corrente Monofásica Fixa (MF): utiliza-se o circuito de uma só fase, resultando uma corrente de 50 Hz com impulsos positivos sinusoidais de 10 ms e repousos de 10 ms. Corrente mantida durante a sessão sem oscilações. Seus efeitos são: acelera o metabolismo conjuntivo, aumenta o tônus muscular, é analgésico. Suas sensações são: forte vibração, como se a corrente fosse penetrante e resistente e pode produzir contração muscular. Suas indicações são: estimulação do tecido conjuntivo (músculos, tendões e ligamentos), espasmo muscular após a DF, estrias, celulite e flacidez. Tempo: 6 á 8 minutos.
3. Corrente de Curtos Períodos (Cp): mantém-se constante o trabalho de uma fase, intercalando a outra alternativamente em períodos de 1 segundo, tanto para a interconexão como para a separação, dando como resultado uma corrente de 50 Hz seguida de 100 Hz a intervalos regulares de 1 sg. Se trata de uma corrente modulada, combinando as formas MF e DF que se alternam sem pausa, a intervalos de 1 segundo. Seus efeitos são: analgesia, contração muscular e aumento da circulação. Suas sensações são: distinção dos períodos MF e DF (tremor no DF e vibração no MF), contração muscular rítmica com intensidade alta. Suas indicações são: neurites, neuralgias, mialgias, pós traumatismos ósteo-articulares e tecidos moles, transtornos tróficos. Tempo: 8 á 10 minutos.
4. Corrente de Longos Períodos (LP): forma de corrente MF (10 segundos) mesclada com uma segunda forma de MF cuja fase está deslocada em uma semi-onda durando 5 segundos, variando sua amplitude entre zero e seu valor máximo. Ao atingir seu valor máximo, representa uma onda DF. Ocorre uma modulação alternando MF e DF e é mais agradavel que Cp. Seus efeitos são: analgesia persistente em neuralgias, contração muscular e aumento da circulação. Suas sensações são: fácil distinção entre os momentos da estimulação e contração e relaxamento muscular. Suas indicações são: neurites, neuralgias, mialgias, pós-traumatismos ósteo-articulares e tecidos moles, transtornos tróficos, artrose. Tempo: 10 á 12 minutos.
5. Corrente de Ritmo Sincopado (RS): forma de corrente MF de 50 Hz durante 1 segundo de fluxo e intervalos com a mesma duração, proporcionando assim, contrações rítmicas. Seus efeitos são: força e tônus muscular, normaliza retorno venoso e linfático, melhora metabolismo e promove nutrição. Suas sensações são: contração musculares isotônicas rítmicas. Suas indicações são: imobilização prolongada, atrofias por desuso, estética: rugas, tecidos flácidos, provas de diagnóstico farádica dos nervos motores e dos músculos. Tempo: 5 minutos.
*Corrente ultra-excitante (não é diadinâmica), é retangular e tem repouso. Frequência de 143Hz. Efeitos: analgesia, estimula a circulação sanguínea e produz contração motora.
Contra-indicações: em geral a corrente diadinâmica é contra-indicada para pacientes que apresentem marcapasso e implante metálico. 
Cuidados com o aparelho: examinar o aparelho e suas conexões, observar fusíveis (queimados), constatar que a tomada em uso fornece energia, observar que o fio de força está bem acoplado na tomada, examinar se os fios que vão aos eletrodos não se soltaram de suas conexões terminais, observar a voltagem da rede (110 x 220), observar se os controles estão zerados.
Cuidados com o paciente: informar ao paciente qual será o procedimento e qual sensação, solicitar ao paciente que ele informe ao menor sinal de dor local ou queimação, orientá-lo para não tocar no equipamento durante a terapia e deixa-lo em posição confortável, recomenda-se higienizar e examinar a pele do paciente antes e depois da terapia, antes da disposição dos eletrodos certificar-se que o regulador de intensidade do aparelho está realmente em ZERO, molhar as esponjas protetoras dos eletrodos com água, observar se os eletrodos não estão em contato direto com a pele, evitar que os eletrodos se encostem durante a aplicação, aumentar gradativamente a intensidade e não exceda a tolerância sensitiva do paciente.
Local de Aplicação:
1. Aplicação no ponto de dor: aplica-se o eletrodo diretamente no ponto de dor, preferêncialmente o polo POSITIVO, o outro conectamos nas imediações cerca de +03cm de distância.
2. Aplicação no tronco nervoso: consiste na fixação de um eletrodo no trajeto do nervo periférico e outro na emergência da raiz do mesmo.
3. Aplicação paravertebral: aplicação de eletrodos em bilateral ou ao longo da coluna.
4. Aplicação específica gangliotrópica: aplicação de pequenos eletrodos, em curta distância (um em relação ao outro) e em cima dos ganglios vegetativos.
5. Aplicação vasotrópica: eletrodos dispostos de acordo com o curso da corrente vascular.
6. Aplicação transregional: em articulações.
7. Aplicação mioenergética: exercícios musculares eletricamente estimulados. Dois eletrodos dispostos em cada extremo da região do ventre muscular, para a corrente atravessar o músculo em toda sua extensão.
8. Aplicação sobre o ponto motor: especial para fins diagnósticos, onde aplicamos a técnica MONOPOLAR, na qual coloca-se um eletrodo pequeno ativo sobre o ponto motor de estimulação do músculo em questão fechando o circuito com um eletrodo em placa, numa posição proximal ao eletrodo ativo.
TENS
Conceito: é a "Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea" onde a aplicação de eletrodos com corrente elétrica sobre a pele intacta tem o objetivo de reduzir a dor. É uma corrente de baixa frequência, bifásica, simétrica ou assimétrica. Ela não tem efeito polar e atua nas fibras A delta, beta e C. Podem ser: Convencional ou AF, Acupuntura ou BF, Breve-Intenso e Burst.
Os mecanismo fisiológicos envolvidos na aplicação da dor são 6: mecanismo de controle do portão da dor, mecanismos inibitórios descendentes, mecanismos opióides, mecanismos serotonérgicos, mecanismos adrenérgicos, e mecanismos colinérgicos. 
A teoria da comporta da dor: no momento que a dor é sentida as fibras que serão ativadas são as fibras C e Abeta, que por meio de interneuronios vão excitar os neurônios de segunda ordem e vai causar uma despolarização. No momento que eu esfrego o local da dor, vai ser ativado as fibras sensorias que são as Adelta, elas irão fazer sinapse com alguns neurônios de segunda ordem que estão mandando interneurônios para os neurônios T, mas essas informações são inibitórias. Porém as fibras Adelta despolarizam mais rápido por serem fibras mais calibrosas e com bastante mielina, esse estímulo é saltatório por isso é mais rápido, assim o estímulo tátil chega mais rápido que o da dor, por que as fibras Abeta são menos calibrosas e com pouca mielinização. 
Mecanismos descendentes inibitórios: após a interpretação da dor realizada no encéfalo ocorre a via descendente inibitória da dor queé mediada por interação entre neurônios medulares e impulsos das vias descendentes originadas no tronco encefálico e encéfalo, ela vai proporcionar modificações da dor por modificações da propagação do estímulo nociceptivo através de mecanismos endógenos em especial pela liberação de neurotransmissores. Esses transmissores serão liberados em locais do tronco encefálico para diminuir a dor: NT endorfina, dopamina, serotonina e noradrenalina.
Convencional ou Alta Frequência: dor aguda ou pós operatório. Frequência de: 75-200 Hz (até 150 Hz). Duração da fase: <120us. Tempo: 30-60min. Analgesia: 5-10min. Intensidade: formigamento perceptível ou doloroso. Acomodação rápida.
Acupuntura ou Baixa Frequencia: dor crônica. Frequência: <25 Hz. Duração da fase: 150-250us. Tempo: 40-60min. Intensidade: contrações rítmicas. Relaxa as fibras musculares, remove toxinas e melhora o metabolismo local. Não tem acomodação.
Breve intensa: Indicada para debilidamento de feridas, remoção de suturas, mobilização articular, massagem transversa profunda e cinesioterapia. Frequência: 100-150 Hz. Duração da fase: 150-250us. Tempo: máximo 15 min. Intensidade: doloroso mínimo (desconforto). Analgesia: rápida. Geralmente para conseguir efeito com esse modo é necessário empregar intesidades muito elevadas gerando desconforto, recrutamento muscular e até tetanização (contrações sucessivas tão rápidas que se fundem, e a contração total do músculo aparenta ser completamente uniforme e contínua). 
Burst: utilizada quando a TENS acupuntura não é tolerada, não tem efeito de acomodação, zonas dolorosas profundas. Modulação em pacotes. Frequência: 2-5 Hz. Duração da fase: 150-250us. Tempo: 40-60 min. Analgésia: 20-40min. Intensidade: contrações rítmicas, e permite contrações com intensidades maiores e menores de conforto. Atinge as fibras Adelta e ocorre a liberação de endorfinas.
Parâmetros: são classificados para dores agudas e dores crônicas. 
Dor aguda são para as fibras mais grossas.
Frequência: 80-130 Hz (120Hz)
Duração do pulso: 20-50us
Intensidade: formigamento intenso
Tempo: 30-60min
Dor crônica são para fibras mais finas.
Frequência: 2-10 Hz (8 Hz)
Duração do pulso: 180-250us
Intensidade: contração visível
Tempo: 30-60min
Posição dos eletrodos: o paciente deve localizar a distribuição espacial da dor e indicar a região da dor mais intensa. Tal relato pode ser útil na avaliação dos efeitos após o TENS. Deve-se realizar também avaliação de perda sensorial, faixa de movimentação, postura para posterior avaliação dos efeitos da TENS. A pele deve estar limpa - diminuir a impedância da pele. Os eletrodos devem estar bem fixados ao tecido tratado. Princípios sugeridos: superficialmente ao nervo e próximo á dor; no dermátomo, miótomo do local de dor ou adjacente; no tronco nervoso: lesão cutânea, amputações, compressões nervosas; ao redor da zona dolorosa; sobre o ponto gatilho: inervação integra, um eletrodo de cada lado da lesão ou área dolorosa; ponto de acupuntura e contralateral: hemicorpo, contrário á dor, transferência bilateral.
Indicações: dor aguda - pós operatório, dismenorréia, fratura óssea, procedimentos cirurgicos, disfunção da atm e procedimentos dentários. Dor crônica - lombalgia, artrite, artrose, dor fantasma, neuralgia, dor miofacial etc.
Contra-indicações: marcapasso, primeiro trimestre de gravidez, seios, área anterior de Pescoço, áreas de sensibilidade diminuida.
FES
Conceito: é uma estimulação elétrica funcional que utiliza a corrente elétrica para provocar a contração de músculos paralisados ou enfraquecidos decorrentes de lesão do neurônio motor superior. É uma corrente de baixa frequencia, bipolar, simétrica, retangular e não tem polaridade definida. É uma técnica de ativação neural, objetivando a obtenção de contração muscular, mediante a utilização de baixos níveis de corrente. O FES tem o objetivo de melhorar o trofismo muscular, aumentar movimento voluntário, melhor adm, estimular a reaprendizagem motora, diminuir espasticidade, melhorar equilibrio, melhorar a circulação. 
Objetivos: melhorar trofismo muscular, aumento dos movimentos voluntários, estimular reaprendizagem do esquema motor, melhorar ADM, diminuir espasticidade, melhorar padrão de marcha, equilíbrio e circulação local, proporcionar recurso ortésico.
A contração voluntária do FES: eu penso no que vou fazer, isso é processado e organizado no cérebro, desce para os tratos corticoespinhais e extrapiramidais até a medula, onde irá ser liberado neurotransmissores que irão se ligar a receptores do neurênio motor inferior, despolariza e programa potencial de ação por ele, chega no musculo e libera acetilcolina, despolariza sarcolema que despolariza a unidade motora, liberando cálcio permitindo que a actina e miosina se desliguem, assim ocorrendo a contração muscular voluntária. 
A contração involuntária do FES: não precisa ter interação com o cérebro, pois a interação é local, somente com a participação das vias eferentes. A corrente elétrica despolariza neurônio motor inferior e ele libera neurotransmissores que despolariza o músculo gerando assim o movimento. 
Umbral de excitação: reobase é a intensidade mínima de corrente capaz de gerar uma contração muscular ou produzir um efeito excitomotor. Cronaxia é o tempo fisiológico mínimo caracteristíco da excitabilidade de cada órgão ou tecido, especialmente dos nervos dos músculos em determinadas condições. Umbral ocorre com uma cronaxia e reobase baixos, tempo e intensidade baixos, ocorre a despolarização do neurônio motor inferior. Se aumentar a intensidade e o tempo, despolariza-rá diretamente o músculo. 
Sincrono: aumenta a dose de todos os canais simultaneamente, escolher o tempo por exercício ou por tempo da sessão. Frequência: 10-50Hz. Duração do pulso: 200-500us.
Reciproco: alterna a dose entre os canais ímpares e pares. 
Sequêncial: aumenta e diminui a dose do canal 1, em seguida repete o mesmo processo para os canais 2, 3 e 4.
Progressivo: aumenta e mantém a dose do canal 1, em seguida repete o mesmo processo para os canais 2, 3 e 4.
Parâmetros:
Fortalecimento muscular:
Fibras tipo I (tônicas/vermelhas): contração lenta, maior capacidade aeróbia, contração estática. Frequência: 20-40Hz
Intensidade: que vença a carga
Tempo On: 4-6´´ 
Tempo Off : 12-18´´ 
Duração da Sessão: 30 a 60 minutos duas vezes ao dia 
Fibras tipo II (fáscias/brancas): contração rápida, menor capacidade aeróbia, contração dinâmica. Frequência: acima de 75Hz (80-150Hz).
Intensidade: que vença a carga
Tempo On: 4-6´´ 
Tempo Off : 12-18´´ 
Duração da Sessão: 30 a 60 minutos duas vezes ao dia 
Amplitudes de Movimento: 
Frequência: maior que 20Hz 
Intensidade: que produza contração
Tempo On – 6´´
empo Off - 12´´
Duração da Sessão: 1 a 2horas divididas em tempos curtos 
Espasticidade: 
Frequência: maior que 20Hz 
Intensidade: moderada 
Tempo On e Tempo Off: (relação 1/5) 
Duração da Sessão: 30 minutos 2 a 3 x ao dia (30 dias) 
Indicações: nos casos de hemiplegia que seria o AVE E PC, traumatismo crâniano, traumatismo raquiomedulares, lesões periféricas sem degeneração e a musculatura em desuso por transtornos trauma ortopédicos. 
Contra-indicações: casos de lesões neurônio motor inferior total, lesões de placa motora total, miopatias, falta de sensibilidade, instabilidade articular grade, deformidades estruturais, alterações perceptivas, memória, concentração e cosciência corporal limitantes.

Continue navegando