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Aula 05 Direito Trabalho - Teoria e Exercícios

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CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA
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Olá, 
Espero que estejam todos bem e estudando bastante! 
Na aula de hoje, estudaremos a duração do trabalho, a jornada de 
trabalho, bem como, o trabalho noturno, o trabalho extraordinário, 
repouso semanal remunerado e os turnos ininterruptos de 
revezamento. 
Com certeza, no mínimo uma questão de prova, sempre aborda este 
tema. Portanto, peço atenção redobrada para esta aula! 
Resolveremos 20 questões de provas, nesta aula. 
Vamos então dar início a nossa aula! 
Aula 5: Da duração do trabalho; da jornada de trabalho; dos períodos 
de descanso; do intervalo para repouso e alimentação; do descanso 
semanal remunerado; do trabalho noturno e do trabalho extraordinário; 
do sistema de compensação de horas. Turnos Ininterruptos de 
revezamento. 
5.1. Da Jornada de Trabalho e do Horário de Trabalho: 
É importante fazer a distinção entre horário de trabalho e jornada 
de trabalho. 
? O horário de trabalho é o lapso temporário entre o início e o fim 
de certa jornada de trabalho, ou seja, a hora de entrada e de 
saída no emprego é que determinará o horário de trabalho do 
empregado. 
? A Jornada de trabalho é a quantidade de labor diário do 
empregado, ou seja, é o tempo diário em que o empregado tem 
que se colocar em disponibilidade perante seu empregador. 
Exemplificando: Leonardo inicia o seu trabalho às 9 horas da 
manhã, interrompe para almoçar às 13 horas, retorna às 14 horas e 
termina de trabalhar às 18 horas. O horário de trabalho de Leonardo 
será de 9 às 18 horas e a jornada de trabalho dele será de 8 horas 
diárias. 
A duração normal do trabalho foi fixada pela CRFB/88 em função 
do dia (jornada) ou da semana, observem: 
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 Art.7º XIII da CF/88 duração normal do trabalho não superior a 
oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais, facultada 
a compensação de horários e a redução da jornada, mediante 
acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
Observem que a jornada ordinária ou normal, prevista 
constitucionalmente, é de 8 horas diárias e quarenta e quatro horas 
semanais, sendo assim podemos afirmar que o tempo máximo 
previsto para a prestação de trabalho será de 8 horas diárias. 
Poderá este tempo ser ampliado ou reduzido? 
Como o próprio artigo 7º da CF/88 estabelece este tempo 
poderá ser reduzido por negociação coletiva, mas ampliado não 
poderá. 
Há algumas categorias profissionais que possuem jornadas 
especiais, menores do que a jornada normal de oito horas diárias. 
Caso um empregado trabalhe além da jornada mínima, prevista 
para ele, seja a jornada normal de oito horas diárias ou jornada 
especial, estaremos diante da jornada extraordinária, que acarretará, 
em alguns casos, o pagamento do adicional de horas extras. 
As horas extraordinárias serão estudadas mais adiante, por 
enquanto quero apenas esclarecer que quando o art. 7º fala em 
compensação, estaremos diante de uma hipótese de trabalho além da 
jornada normal que não ensejará o pagamento de adicional de horas 
extraordinárias, porque o empregado irá compensá-las, ou seja, o 
acréscimo de um dia será diminuído em outro dia. 
A doutrina estabelece 3 critérios básicos de fixação da jornada: 
? Tempo efetivamente trabalhado: Por este critério considera-se 
jornada, apenas, o tempo efetivamente trabalhado pelo obreiro. 
Este critério foi rejeitado pela CLT, pois no art. 4º ela considera 
como tempo de serviço o período que o empregado estiver 
simplesmente à disposição do empregador. 
Art. 4º CLT O tempo computado como de jornada de 
trabalho é o tempo em que o empregado permanece à 
disposição do empregador, aguardando ou executando ordens. 
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? Tempo à disposição do empregador: Considera como jornada 
o tempo que o empregado ficou à disposição do empregador, 
independentemente de ocorrer ou não a efetiva prestação de 
serviços. Este foi o critério adotado pela CLT (art. 4º CLT). 
Exemplificando: Durante o trajeto da boca da mina ao local de 
trabalho o empregado que trabalha em minas e subsolo tem este 
período computado dentro da jornada de trabalho, apesar do fato de 
não estar trabalhando neste período, mas está à disposição do 
empregador (art.294 CLT). 
Art. 294 da CLT O tempo despendido pelo empregado da boca 
da mina ao local do trabalho e vice-versa será computado para 
o efeito de pagamento do salário. 
Sobre este tema, temos importantes dispositivos consolidados: 
 OBS 1: Tempo de prontidão (art. 244 § 3º CLT): Por tempo de 
prontidão compreende-se o período tido como integrante do contrato e 
do tempo de serviço do empregado em que ele fica aguardando 
ordens. Ex: ferroviário 
 OBS 2: Tempo de sobreaviso (art.244 § 2º CLT): Por tempo de 
sobreaviso é aquele em que o empregado permanece em sua própria 
casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. 
Exs. Médico, eletricitários, ferroviários. 
 OBS 3: Bip e celular 
OJ 49 TST O uso do aparelho bip pelo empregado, por si só, não 
caracteriza o regime de sobreaviso, uma vez que o empregado não 
permanece em sua residência aguardando, a qualquer momento 
convocação para o serviço. 
? Tempo de deslocamento residência – trabalho - residência 
(Horas In Itinere): Considera como componente da jornada 
também o tempo despendido pelo obreiro no deslocamento 
residência – trabalho - residência, período em que efetivamente 
não há efetiva prestação de serviços. 
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Não obstante o tempo de deslocamento seja a ampliação do 
tempo à disposição, a doutrina e a jurisprudência têm entendido de 
modo pacífico que ele não está acobertado pelo art. 4º CLT. 
Sendo assim, este critério não foi adotado como regra geral no 
nosso ordenamento jurídico. Porém, há exceções no direito do 
Trabalho em que o tempo de deslocamento é acolhido, vejamos: 
Exceção 1: Categoria dos ferroviários, turmas de conservação de 
ferrovias (art.238 § 3º da CLT). 
Art. 238 da CLT Será computado como de trabalho efetivo 
todo o tempo em que o empregado estiver à disposição da 
Estrada. 
§ 1º - Nos serviços efetuados pelo pessoal da categoria c, não 
será considerado como de trabalho efetivo o tempo gasto em 
viagens do local ou para o local de terminação e início dos 
mesmos serviços. 
§ 2º - Ao pessoal removido ou comissionado fora da sede será 
contado como de trabalho normal e efetivo o tempo gasto em 
viagens, sem direito à percepção de horas extraordinárias. 
§ 3º - No caso das turmas de conservação da via 
permanente, o tempo efetivo do trabalho será contado 
desde a hora da saída da casa da turma até a hora em que 
cessar o serviço em qualquer ponto compreendido dentro 
dos limites da respectiva turma. Quando o empregado 
trabalhar fora dos limites da sua turma, ser-lhe-á também 
computado como de trabalho efetivo o tempo gasto no 
percurso da volta a esses limites. 
§ 4º - Para o pessoal da equipagem de trens, só será 
considerado esse trabalho efetivo, depois de chegado ao 
destino,o tempo em que o ferroviário estiver ocupado ou retido à 
disposição da Estrada. Quando, entre dois períodos de trabalho, 
não mediar intervalo superior a 1 (uma) hora, será esse intervalo 
computado como de trabalho efetivo. 
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§ 5º - O tempo concedido para refeição não se computa como de 
trabalho efetivo, senão para o pessoal da categoria c, quando as 
refeições forem tomadas em viagem ou nas estações durante as 
paradas. Esse tempo não será inferior a 1 (uma) hora, exceto 
para o pessoal da referida categoria em serviço de trens. 
§ 6º No trabalho das turmas encarregadas da conservação de 
obras-de-arte, linhas telegráficas ou telefônicas e edifícios, não 
será contado como de trabalho efetivo o tempo de viagem para o 
local do serviço, sempre que não exceder de 1 (uma) hora, seja 
para ida ou para volta, e a Estrada fornecer os meios de 
locomoção, computando-se sempre o tempo excedente a esse 
limite. 
Exceção 2: Trabalhador em minas e subsolo (art. 294 da CLT) 
Art. 294 da CLT O tempo despendido pelo empregado da boca 
da mina ao local do trabalho e vice-versa será computado para 
o efeito de pagamento do salário. 
Exceção 3: Jornada In Itinere: Considera-se jornada in itinere o 
período em que o empregado leva para chegar até o local de trabalho 
em algumas situações específicas. 
A jornada in itinere está regulamentada pelas Súmulas 90 e 320 
do TST e pelo art. 58, parágrafo 2º da CLT, será estudada no item 3.4 
desta aula. 
Art. 58 § 2º CLT O tempo despendido pelo empregado até o 
local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de 
transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo 
quando tratando-se de local de difícil acesso ou não servido 
por transporte público o empregador fornecer a condução. 
5.2. Jornada Legal e Convencional: A norma constitucional refere-se 
ao limite máximo da duração normal do trabalho. A lei, a convenção 
coletiva e o acordo coletivo poderão adotar limites inferiores para 
atividades profissionais que justifiquem o tratamento diferenciado. 
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Também poderão ajustar duração normal do trabalho abaixo do 
parâmetro constitucional, o contrato individual de trabalho e o 
regulamento da empresa. 
 Art.7º XIII da CF/88 duração normal do trabalho não 
superior a oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais, 
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, 
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
A Jornada Legal é aquela que é estabelecida em lei e não 
poderá ser superior ao limite constitucional de 8 horas diárias e 44 
horas semanais. 
A Jornada Convencional é aquela adotada por convenção 
coletiva, que é celebrada entre o Sindicato da categoria profissional e 
o Sindicato da categoria econômica (art. 611 da CLT). 
Conforme já mencionado anteriormente, algumas categorias 
possuem jornadas semanais e diárias diferenciadas da regra geral 
imposta na CRFB/88 de 8 horas diárias e 44 semanais, observem: 
? Cabineiro de elevadores: 6 horas diárias/ 30 
semanais/vedada prorrogação. 
? Bancários: 6 horas diárias/ 30 semanais ou 8 horas diárias e 
44 semanais, para o gerente exercente de cargo de chefia e 
que ganhe 1/3 a mais. 
? Empregados no serviço de telefonia, telegrafia submarina ou 
subfluvial, de radio telegrafia ou radio telefonia: 6 horas 
diárias/ 30 semanais. 
? Operadores cinematográficos: 6 horas diárias de trabalho (5 
horas consecutivas na cabine e 1 hora para limpeza e 
lubrificação). 
? Jornalista Profissional: 5 horas diárias/ não podendo ser 
excedida seja durante o dia ou à noite. 
? Músicos: A duração normal do trabalho dos músicos não 
poderá exceder cinco horas. A duração normal poderá ser 
elevada a 6 horas nos estabelecimentos de diversões 
públicas ou a sete horas nos casos de força maior ou festejos 
populares e serviço reclamado pelo interesse nacional. 
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5.3. Dos Intervalos: “Os intervalos ou períodos de descanso são 
lapsos temporais, remunerados ou não, dentro ou fora da jornada, que 
tem a finalidade de permitir a reposição das energias gastas durante o 
trabalho” (Vólia Bonfim). 
Os intervalos dividem-se em: Intervalos Interjornada e Intervalos 
Intrajornada, observem a seguir: 
⇒ Intervalo Interjornada: É a pausa concedida ao empregado 
entre o final de uma jornada diária de trabalho e o início de outra 
no dia seguinte. Podem ser de: 
? Regra geral: 11 horas consecutivas (art. 66 da CLT) 
? Jornalista: 10 horas (art. 308 da CLT) 
? Operadores cinematográficos: 12 horas (art. 235, parágrafo 
2º da CLT) 
? Ferroviários: 14 horas (art. 245 da CLT) 
? Telefonistas: 17 horas (art. 229 da CLT) 
? Aeronautas: 12 horas (após jornada de até 12 horas, 16 
horas (após jornada de mais de 12 horas e até 15 horas) 
ou 24 horas (após jornada de mais de 15 horas) de 
descanso (Arts. 34 e 37 da Lei 7.183/84) 
 Ainda sobre intervalos interjornada, temos os seguintes 
entendimentos jurisprudenciais: 
OJ 355 da SDI-1 do TST O desrespeito ao intervalo mínimo 
interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os 
mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 
110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram 
subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional. 
Súmula 110 do TST No regime de revezamento, as horas trabalhadas 
em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do 
intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre 
jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com 
o respectivo adicional. 
 Explicando: Quando for desrespeitado o intervalo entre duas 
jornadas de trabalho, o empregador deverá remunerar como serviço 
extraordinário a totalidade do período que foi desrespeitado. 
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 Exemplificando: José trabalhou até às 18 horas de um dia e no 
dia seguinte iniciou o seu trabalho às 2 horas da manhã. Sendo assim, 
entre uma jornada e outra decorreram oito horas. Portanto, ele deverá 
receber como horas extraordinárias 3 horas (11 horas - 8 horas). 
Súmula 118 do TST Os intervalos concedidos pelo empregador na 
jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à 
disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se 
acrescidos ao final da jornada. 
⇒ Intervalo Intrajornada: São as pausas que ocorrem dentro da 
jornada diária de trabalho com a finalidade de permitir o repouso 
e a alimentação do trabalhador. 
? O primeiro deles ocorrerá quando a jornada diária 
de trabalho exceder de 6 horas, porque será obrigatória a 
concessão de um intervalo para repouso e alimentação, de no 
mínimo 1 hora e salvo acordo ou convenção coletiva não 
poderá exceder de 2 horas, não sendo computado o intervalo 
na duração da jornada (art. 71 da CLT). 
? Quando a jornadadiária de trabalho exceder de 4 horas, mas 
não ultrapassar 6 horas, o intervalo intrajornada será de 15 
minutos, não sendo computado o intervalo na duração da 
jornada. 
Art. 71 da CLT Em qualquer trabalho contínuo, cuja 
duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de 
um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no 
mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato 
coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. 
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, 
entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos 
quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. 
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na 
duração do trabalho. 
 § 3º - O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeição 
poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho quando, 
ouvida a Secretaria de Segurança e Higiene do Trabalho, se 
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verificar que o estabelecimento atende integralmente às 
exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando 
os respectivos empregados não estiverem sob regime de 
trabalho prorrogado a horas suplementares. 
§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto 
neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará 
obrigado a remunerar o período correspondente com um 
acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor 
da remuneração da hora normal de trabalho. 
 É importante falar que a OJ 342 da SDI-1 do TST foi alterada 
esta pelo TST, excepcionando-se os empregados em empresas de 
transporte coletivo urbano, observem a redação anterior e a redação 
atual: 
 Redação anterior: OJ 342 da SDI – 1 do TST Intervalo Intrajornada 
para repouso e alimentação. Não concessão ou redução. É inválida a 
cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a 
supressão ou redução do intervalo intrajornada, porque este constitui 
medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por 
norma de ordem pública (art.71 da CLT e art. 7º XXII da CRFB/88). 
Atenção: O Tribunal Superior do Trabalho alterou a Orientação 
Jurisprudencial 342 da Seção I Especializada em Dissídios Individuais 
(SDI-1), que passará a ter a seguinte redação: 
I – É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de 
trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo 
intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e 
segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 
da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1998), infenso à negociação coletiva. 
II – Ante a natureza do serviço e em virtude das condições 
especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os 
condutores e cobradores de veículos rodoviários, empregados em 
empresas de transporte público coletivo urbano, é valida cláusula de 
acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a redução do 
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intervalo, deste que garantida a redução da jornada para, no mínimo, 
sete horas diárias ou quarenta e duas semanais, não prorrogada, 
mantida a mesma remuneração e concedidos intervalos para 
descanso menores e fracionários ao final de cada viagem, não 
descontados da jornada. 
Observem, que na verdade, o que ocorreu foi que o TST 
acrescentou um inciso à OJ 342, estabelecendo a possibilidade de 
acordo ou convenção coletiva reduzir o intervalo intrajornada, para a 
categoria de condutores e cobradores de veículos rodoviários, 
empregados em empresas de transporte público coletivo urbano, com 
a exigência de que seja garantida a redução da jornada, para no 
mínimo sete horas diárias ou quarenta e duas horas semanais. 
Outras Orientações Jurisprudenciais do TST: 
OJ Nº 307 da SDI – 1 do TST Após a edição da Lei nº 8.923/94, a 
não-concessão total ou parcial do intervalo intrajornada mínimo, para 
repouso e alimentação, implica o pagamento total do período 
correspondente, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da 
remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT). 
OJ 354 da SDI-1 do TST Possui natureza salarial a parcela prevista 
no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 
27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo 
empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e 
alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas 
salariais. 
Novas Orientações Jurisprudenciais: Em 9 de Junho de 2010, 
foram publicadas novas Orientações Jurisprudenciais da Subseção 
especializada do TST, observem: 
 
388 O empregado submetido à jornada de 12 horas de trabalho por 
36 de descanso, que compreenda a totalidade do período noturno, 
tem direito ao adicional noturno, relativo às horas trabalhadas, após 
as 5 horas da manhã. 
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393. A contraprestação mensal devida ao professor, que trabalha no 
limite máximo da jornada prevista no art. 318 da CLT, é de um salário 
mínimo integral, não se cogitando do pagamento proporcional em 
relação a jornada prevista no art. 7º, XIII, da Constituição Federal. 
394. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO - RSR. Integração DAS 
HORAS EXTRAS. Não Repercussão NO Cálculo DAS Férias, DO 
Décimo TERCEIRO Salário, DO AVISO Prévio E DOS Depósitos DO 
FGTS. A majoração do valor do repouso semanal remunerado, em 
razão da integração das horas extras habitualmente prestadas, não 
repercute no cálculo das férias, da gratificação natalina, do aviso 
prévio e do FGTS, sob pena de caracterização de “bis in idem”. 
? Outros exemplos de intervalos intrajornada: 
 A) Nos serviços permanentes de mecanografia, datilografia, 
escrituração ou cálculo, a cada período de 90 minutos de trabalho será 
concedido um intervalo de 10 minutos para repouso, não deduzidos da 
duração normal do trabalho. 
 
Súmula 346 do TST Os digitadores, por aplicação analógica do 
art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de 
mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual 
têm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 
(noventa) de trabalho consecutivo. 
B) Empregados que trabalhem no interior de câmaras frigoríficas: a 
cada 1 hora e 40 minutos de trabalho contínuo, 20 minutos de repouso 
computado como de trabalho efetivo este intervalo. 
C) trabalho em minas e subsolo: a cada 3 horas consecutivas para o 
trabalho é obrigatório parar 15 minutos, para repouso. 
D) a mulher para amamentar o próprio filho até que este complete 6 
meses de idade terá direito durante a jornada de trabalho a dois 
descansos especiais de 30 minutos cada um, não deduzidos da 
jornada normal de trabalho. 
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5.4. Jornada In Itinere: Considera-se jornada in itinere o tempo de 
deslocamento do empregado de sua residência para o trabalho e o 
seu retorno do seu trabalho para a sua residência. O art. 58, parágrafo 
segundo da CLT e as Súmulas 90 e 320 tratam do tema. 
Pela leitura do art. 58 da CLT chegaremos à conclusão de quedois requisitos são necessários para que este tempo de deslocamento 
seja computado na jornada de trabalho do empregado: 
a) O local de trabalho deverá ser de difícil acesso ou não servido por 
transporte publico regular. 
b) O empregador deverá fornecer a condução. Assim, quando o 
empregado for trabalhar em seu próprio carro, o tempo de 
deslocamento mesmo que o local de trabalho seja de difícil acesso 
não será considerada jornada in itinere o tempo gasto no trajeto. 
 Art. 58 § 2º CLT O tempo despendido pelo empregado até o 
local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de 
transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo 
quando tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por 
transporte público o empregador fornecer a condução”. 
Exemplificando: Sérgio é empregado da empresa XXX que 
vende água de coco e está localizada em uma ilha no nordeste de 
onde extrai o côco e o engarrafa. Para chegar até o seu local de 
trabalho Sérgio utiliza uma embarcação da empresa, uma vez que o 
acesso até a ilha é difícil e não há transporte público regular. Neste 
caso, o tempo despendido por ele até o local de trabalho (ida e volta) 
será computado na sua jornada de trabalho. 
A seguir, transcrevo as Súmulas 90 e 320 do TST que são muito 
importantes no estudo da Jornada In Itinere, destacarei em azul as 
palavras chaves que são abordadas em prova. 
⇒ Súmula 90 TST 
I- O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida 
pelo empregador até o local de difícil acesso ou não servido por 
transporte público regular e para o seu retorno é computável na 
jornada de trabalho. 
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II- A incompatibilidade entre os horários de início e término da 
jornada do empregado e os do transporte público regular é 
circunstância que também gera direito às horas “in itinere”. 
III- A mera insuficiência de transporte público não enseja o 
pagamento de “horas in itinere”. 
IV- Se houver transporte público regular em parte do trajeto 
percorrido em condução da empresa, as horas “in itinere” 
remuneradas limitam-se ao trecho não servido por transporte 
público. 
V- Considerando que as “horas in itinere” são computadas na 
jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é 
considerado como extraordinário. 
⇒ Súmula 320 TST O fato de o empregador cobrar, parcialmente 
ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de 
difícil acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o 
direito á percepção das horas in itinere. 
A melhor forma de fixação do teor das Súmulas é através de 
resolução de questões de prova, por isso abaixo transcreverei uma 
questão da banca FCC e destacarei em azul o erro da assertiva. 
Questão: (FCC/Analista Judiciário – TRT 18ª Região/2008) A 
respeito da jornada in itinere, considere: 
I. O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância 
pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido 
por transporte regular, não afasta o direito à percepção das horas in 
itinere. 
II. Se existe transporte público, mas ele é insuficiente, não há direito a 
pagamento de horas in itinere. 
III. A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada 
do empregado e os do transporte público regular não é circunstância 
que gera o direito às horas in itinere. 
IV. Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido 
em condução da empresa, as horas in itinere remuneradas não se 
limitarão ao trecho não alcançado pelo transporte público. 
Está correto o que consta APENAS em 
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(A) III e IV. (B) I e II. (C) I, II e III. (D) II e IV. (E) I e III. 
I- Correta. Súmula 320 TST O fato de o empregador cobrar, 
parcialmente ou não, importância pelo transporte fornecido, para local 
de difícil acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o 
direito á percepção das horas in itinere. 
II- Correta. Súmula 90, III do TST A mera insuficiência de transporte 
público não enseja o pagamento de “horas in itinere”. 
III- Incorreta. Súmula 90, II do TST A incompatibilidade entre os 
horários de início e término da jornada do empregado e os do 
transporte público regular é circunstância que também gera direito às 
horas “in itinere”. A assertiva fala que não gera direito, por isto está 
errada. 
IV- Incorreta. Súmula 90, IV do TST Se houver transporte público 
regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as 
horas “in itinere” remuneradas limitam-se ao trecho não servido por 
transporte público. A assertiva está errada porque fala que não se 
limitarão e a Súmula 90, IV fala que limitam-se. 
5.5. Do Descanso semanal remunerado: O repouso semanal 
remunerado é um direto de um descanso de 24 horas consecutivas, 
previsto constitucionalmente (art. 7º, XV da CF/88) e deverá ser 
preferencialmente aos domingos. 
A doutrina utiliza como expressões sinônimas ao repouso 
semanal remunerado os termos: descanso semanal remunerado, folga 
semanal ou descanso hebdomadário. 
Os empregados, os trabalhadores avulsos e os trabalhadores 
temporários terão direito ao repouso semanal remunerado. 
 
? A lei 605/49 trata do repouso semanal remunerado estabelece 
o direito ao repouso semanal remunerado e feriados, 
dispondo que todo empregado terá direito ao repouso 
semanal remunerado de 24 horas consecutivas, 
preferencialmente aos domingos e nos limites das exigências 
técnicas das empresas nos feriados civis e religiosos, de 
acordo com a tradição local. 
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Os trabalhos nos feriados somente serão permitidos quando for 
indispensável segundo as exigências técnicas da empresa para a 
execução dos serviços. 
Para que o empregado tenha direito à remuneração do repouso 
semanal e aos feriados ele deverá ter assiduidade e pontualidade na 
semana, sendo assim não será devida a remuneração do repouso 
semanal e dos feriados quando sem motivo justificado o empregado 
não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, ou seja, não tiver 
cumprido integralmente o seu horário de trabalho. 
A remuneração do repouso semanal e dos feriados que 
recaírem, no mesmo dia, não serão acumuladas. 
Os empregados que recebem o seu salário por mês ou quinzena 
já tem remunerados os dias de repouso semanal remunerado. 
De acordo com o art. 7º da Lei 605/49 a remuneração do 
repouso semanal remunerado será: 
? Para os empregados que trabalham por dia, semana, quinzena 
ou mês, à de um dia de serviço, computadas as horas 
extraordinárias habitualmente prestadas; 
? Para os que trabalham por hora, à de sua jornada normal de 
trabalho, computadas as horas extraordinárias, habitualmente 
prestadas; 
? Para o empregado que recebe por peça ou tarefa, o equivalente 
ao salário correspondente às peças ou tarefas feitas durante a 
semana, no horário de trabalho, dividido pelos dias de serviço 
efetivamente prestados ao empregador; 
? Para o empregado em domicílio, o equivalente ao quociente da 
divisão por 6 da importância total da sua produção na semana. 
É importante frisar que a Súmula 146 do TST estabelece que o 
trabalho em domingos e feriados não compensados deve ser pago em 
dobro, sem prejuízoda remuneração relativa ao repouso semanal 
remunerado. 
Ressalvados os casos de empresas que trabalham em domingos 
e feriados, excepcionalmente, admite-se o trabalho nestes dias para 
as outras empresas quando: 
a) Ocorrer força maior, devendo a empresa justificar tal fato à 
delegacia regional do Trabalho em 10 dias e pagar a remuneração em 
dobro. 
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b) para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou 
que possa acarretar prejuízo pela inexecução. Neste caso a empresa 
necessitará da autorização da DRT, que poderá conceder pelo prazo 
máximo de 60 dias. 
A seguir transcreverei a Lei 605/49 que trata do Repouso 
Semanal Remunerado, ressaltando em azul as palavras chaves que 
deverão ser assimiladas por vocês, uma vez que são as palavras que 
mais são trocadas em questões de prova: 
LEI Nº 605, DE 5 DE JANEIRO DE 1949.
Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado 
de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos 
domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos 
feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local. 
Art. 2º Entre os empregados a que se refere esta lei,incluem-se os 
trabalhos rurais, salvo os que operem em qualquer regime de 
parceria, meação, ou forma semelhante de participação na produção. 
Art. 3º O regime desta lei será extensivo àqueles que, sob forma 
autônoma, trabalhem agrupados, por intermédio de Sindicato, Caixa 
Portuária, ou entidade congênere. A remuneração do repouso 
obrigatório, nesse caso, consistirá no acréscimo de um 1/6 (um sexto) 
calculado sobre os salários efetivamente percebidos pelo trabalhador 
e paga juntamente com os mesmos. 
Art. 4º É devido o repouso semanal remunerado, nos termos desta lei, 
aos trabalhadores das autarquias e de empresas industriais, ou sob 
administração da União, dos Estados e dos Municípios ou 
incorporadas nos seus patrimônios, que não estejam subordinados ao 
regime do funcionalismo público. 
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Art. 5º Esta lei não se aplica às seguintes pessoas: 
a) revogado. 
 b) aos funcionários públicos da União, dos Estados e dos Municípios 
e aos respectivos extranumerários em serviço nas próprias 
repartições; 
c) aos servidores de autarquias paraestatais, desde que sujeitos a 
regime próprio de proteção ao trabalho que lhes assegure situação 
análoga à dos funcionários públicos. 
Parágrafo único. São exigências técnicas, para os efeitos desta lei, as 
que, pelas condições peculiares às atividades da empresa, ou em 
razão do interesse público, tornem indispensável a continuidade do 
serviço. 
Art. 6º Não será devida a remuneração quando, sem motivo 
justificado, o empregado não tiver trabalhado durante toda a 
semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho. 
§ 1º São motivos justificados: 
a) os previstos no artigo 473 e seu parágrafo único da Consolidação 
das Leis do Trabalho; 
b) a ausência do empregado devidamente justificada, a critério da 
administração do estabelecimento; 
c) a paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do 
empregador, não tenha havido trabalho; 
d) a ausência do empregado, até três dias consecutivos, em virtude do 
seu casamento; 
e) a falta ao serviço com fundamento na lei sobre acidente do trabalho; 
f) a doença do empregado, devidamente comprovada. 
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§ 2º A doença será comprovada mediante atestado de médico da 
instituição de previdência social a que estiver filiado o empregado, e, 
na falta deste e sucessivamente, de médico do Serviço Social do 
Comércio ou da indústria; de médico da empresa ou por ela 
designado; de médico a serviço de repartição federal, estadual ou 
municipal, incumbida de assuntos de higiene ou de saúde pública; ou 
não existindo estes, na localidade em que trabalhar, de médico de sua 
escolha 
§ 3º Nas empresas em que vigorar regime de trabalho reduzido, a 
freqüência exigida corresponderá ao número de dias em que o 
empregado tiver de trabalhar. 
Art. 7º A remuneração do repouso semanal corresponderá: 
a) para os que trabalham por dia, semana, quinzena ou mês, à de um 
dia de serviço, computadas as horas extraordinárias habitualmente 
prestadas; (Redação dada pela Lei nº 7.415, de 09/12/85) 
b) para os que trabalham por hora, à sua jornada norma de trabalho, 
computadas as horas extraordinárias habitualmente prestadas; 
(Redação dada pela Lei nº 7.415, de 09/12/85) 
c) para os que trabalham por tarefa ou peça, o equivalente ao salário 
correspondente às tarefas ou peças feitas durante a semana, no 
horário normal de trabalho, dividido pelos dias de serviço efetivamente 
prestados ao empregador; 
d) para o empregado em domicílio, o equivalente ao quociente da 
divisão por 6 (seis) da importância total da sua produção na semana. 
§ 1º Os empregados cujos salários não sofram descontos por motivo 
de feriados civis ou religiosos são considerados já remunerados 
nesses mesmos dias de repouso, conquanto tenham direito à 
remuneração dominical. 
§ 2º Consideram-se já remunerados os dias de repouso semanal do 
empregado mensalista ou quinzenalista cujo cálculo de salário mensal 
ou quinzenal, ou cujos descontos por falta sejam efetuados na base do 
número de dias do mês ou de 30 (trinta) e 15 (quinze) diárias, 
respectivamente. 
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Art. 8º Excetuados os casos em que a execução do serviço for imposta 
pelas exigências técnicas das empresas, é vedado o trabalho em dias 
feriados, civis e religiosos, garantida, entretanto, aos empregados a 
remuneração respectiva, observados os dispositivos dos artigos 6º e 
7º desta lei. 
Art. 9º Nas atividades em que não for possível, em virtude das 
exigências técnicas das empresas, a suspensão do trabalho, nos dias 
feriados civis e religiosos, a remuneração será paga em dobro, salvo 
se o empregador determinar outro dia de folga. 
Art. 10. Na verificação das exigências técnicas a que se referem os 
artigos anteriores, ter-se-ão em vista as de ordem econômica, 
permanentes ou ocasionais, bem como as peculiaridades locais. 
Parágrafo único. O Poder Executivo, em decreto especial ou no 
regulamento que expedir par fiel execução desta lei, definirá as 
mesmas exigências e especificará, tanto quanto possível, as 
empresas a elas sujeitas, ficando desde já incluídas entre elas as de 
serviços públicos e de transportes. 
Art. 11 (revogado) 
Art. 12. Salvo no que entende com as instituições públicas referidas no 
artigo 4º, as infrações ao disposto nesta lei serão punidas, segundo o 
caráter e a gravidade, com a multa de cem a cinco mil cruzeiros. 
Art. 13. Serão originariamente competentes, para a imposição das 
multas de que trata a presente lei, os delegados regionais do 
Ministério do Trabalho e, nos Estados, onde houver delegação de 
atribuições, a autoridade delegada. 
Art. 14. A fiscalização da execução da presente lei, o processode 
autuação dos seus infratores, os recursos e a cobrança das multas 
reger-se-ão pelo disposto no Título VII da Consolidação das Leis do 
Trabalho. 
É importante esclarecer que a Lei 605/49 estabelece que o 
empregado perderá o direito à remuneração do repouso, mas não ao 
descanso quando, na semana que antecedeu ao repouso, faltar ou 
atrasar (art. 6º da Lei 605/49). 
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Exemplificando: Mário empregado da empresa WZ atrasou 30 
minutos para chegar ao trabalho. Ele era empregado mensalista, ou 
seja, recebia por mês. Sendo assim, o empregador poderá descontar 
o tempo referente ao seu atraso, bem como a remuneração do dia de 
repouso. 
No exemplo acima citado, caso Mário atrasasse apenas 10 
minutos diários, ou seja, cinco minutos na entrada para o trabalho e 
cinco minutos na saída do trabalho. Ele não perderia o direito à 
remuneração do repouso semanal remunerado porque o art. 58, 
parágrafo 1º da CLT permite esta tolerância. 
E, ainda, caso Mário houvesse faltado dois dias na semana 
injustificadamente, o empregador poderá descontar os dias em ele 
faltou e apenas um dia de repouso porque cada semana tem apenas 
um dia de repouso. 
O empregado terá direito, também a um intervalo interjornada de 
11 horas consecutivas entre um dia e outro de trabalho (art. 66 da 
CLT). Sendo assim, observem que o empregado terá o direito de 
descansar 35 horas (24+11), entre um dia de trabalho e outro, 
conforme estabelece a Súmula 110 do TST. 
⇒ Súmula 110 do TST No regime de revezamento, as horas 
trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, 
com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas 
para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas 
como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional. 
5.6. Do Trabalho Noturno: É aquele prestado no período da noite 
fazendo o obreiro jus ao adicional respectivo, conforme estabelece o 
art. 7º IX da CRFB/88 “remuneração do trabalho noturno superior à do 
diurno”. 
 O art. 73 da CLT estabelece o horário noturno dos trabalhadores 
urbanos, como aquele compreendido entre 22 e 5 horas do dia 
seguinte. Fixa o adicional noturno em 20% sobre a hora diurna. 
Estabelece a hora noturna reduzida em que cada hora noturna 
trabalhada será computada como de 52 minutos e 30 segundos e não 
como 1 hora. 
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Art. 73 da CLT Salvo nos casos de revezamento semanal ou 
quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do 
diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo 
de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 
§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 
(cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. 
§ 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o 
trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e 
as 5 (cinco) horas do dia seguinte. 
§ 3º - O acréscimo a que se refere o presente artigo, em se 
tratando de empresas que não mantêm, pela natureza de suas 
atividades, trabalho noturno habitual, será feito tendo em vista os 
quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza 
semelhante. Em relação às empresas cujo trabalho noturno 
decorra da natureza de suas atividades, o aumento será 
calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não 
sendo devido quando exceder desse limite, já acrescido da 
percentagem. 
§ 4º - Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem 
períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho 
noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos 
§ 5º - Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto 
neste Capítulo 
Atenção: O trabalhador menor não poderá prestar trabalho 
noturno. A mulher poderá prestar trabalho noturno. 
Observei que o que com certeza cai nas provas de concursos 
em relação ao trabalho noturno, é a distinção entre o urbano e o rural, 
apresentada no quadro esquemático abaixo, bem como as Súmulas e 
Orientações Jurisprudenciais do TST. 
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 Quadro esquemático sobre trabalho noturno: 
Rural Urbano Servidor Advogado 
Adicional 25% Adicional 20% Adicional 25% Adicional 25% 
H 60 minutos 52 m e 30 s 52 m e 30 s 52 m e 30 s 
20 e 4 
Pecuária 
22 h e 5h 22 h e 5h 20h e 5h 
21 e 5 Lavoura 
As Súmulas 60, 65, 265, 354 e as Orientações Jurisprudenciais 
97 e 259 do TST referem-se ao trabalho Noturno. Segue abaixo a 
transcrição dos dispositivos acima mencionados, com comentários e 
destaques em azul para as palavras chaves: 
⇒ Súmula 65 do TST O vigia noturno tem direito à hora reduzida 
de 52 minutos e 30 segundos. 
Esta súmula surgiu para dirimir a controvérsia em relação ao 
vigia noturno, uma vez que o trabalho por ele desenvolvido é realizado 
predominantemente à noite, sendo assim ele terá direito à hora 
reduzida e a sua hora será contada como de 60 minutos. 
 Gostaria de pedir, mais uma vez, a atenção de vocês para a Súmula 
65 do TST: "O direito à hora reduzida de 52 minutos e 30 segundos 
aplica-se ao vigia noturno". 
⇒ Súmula 60 do TST I - O adicional noturno pago com 
habitualidade integra o salário do empregado para todos os 
efeitos. II- Cumprida integralmente a jornada no período noturno 
e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas 
prorrogadas. 
Quando a Súmula fala que integrará o salário para todos os 
efeitos significa dizer que repercutirá no cálculo de todas as parcelas, 
como, por exemplo, férias, décimo terceiro, FGTS, etc. 
Através de um exemplo, vocês poderão entender melhor o inciso 
II da Súmula 60 do TST: 
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 Exemplificando: João é empregado urbano e começou a 
trabalhar às 22 horas e foi até as 7 horas do dia seguinte. Ele cumpriu 
integralmente a jornada no período noturno (22 às 5 horas) e 
prorrogou até às sete horas, portanto ele receberá o adicional de 20% 
também em relação a estas duas horas. 
⇒ Súmula 265 do TST A transferência para o período diurno de 
trabalho implica na perda do adicional noturno. 
⇒ OJ Nº 259 da SDI-1 do TST O adicional de periculosidade deve 
compor a base de cálculo do adicional noturno, já que também 
neste horário o trabalhador permanece sob as condições de 
risco. 
⇒ OJ 97 da SDI-1 do TST O adicional noturno integra a base de 
cálculo das horas extras prestadas no período noturno. 
⇒ Súmula 354 do TST As gorjetas, cobradas pelo empregador na 
nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, 
integram a remuneração do empregado, não servindo de base 
de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, 
horas extras e repouso semanal remunerado. 
5.7. Do Trabalho Extraordinário: Jornada extraordinária é o lapso 
temporal do trabalho ou disponibilidade do empregado perante o 
empregador que ultrapasse a jornada padrão, fixada em leiou por 
cláusula contratual 
Os empregados que exercem atividade externa incompatível 
com a fixação do horário de trabalho, o gerente e os diretores que 
exercem cargo de confiança, de mando, comando e gestão, dentro da 
empresa são excluídos do controle de jornada de trabalho. 
Exemplificando: vendedores viajantes ou pracistas, motoristas 
de caminhão que fazem viagens para outro município ou Estado. 
Em relação aos trabalhadores que realizam atividades externas 
incompatível com a fixação da jornada, tal situação deve ser anotada 
na CTPS e no livro ou ficha de registro de empregados. 
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Porém, o simples fato de realizar serviço externo não significa 
que o empregado não possua horário de trabalho. Se houver 
possibilidade de controlar os horários de entrada e saída, mesmo que 
o empregado realize atividade externa estará sujeito à jornada normal 
de trabalho, bem como ao pagamento das horas extras eventualmente 
laboradas. 
Os trabalhadores que exercem cargos de gerência com poderes 
de mando, desde que percebam padrão mais elevado de vencimento 
(40% a mais), que os demais estarão excluídos do controle de 
jornada, não sendo devida hora extra eventualmente prestadas. 
 A Jornada constitucionalmente assegurada aos obreiros é a de 8 
horas diárias/44 horas semanais, assim qualquer trabalho que exceda 
este limite importará em prorrogação de jornada e deverá ser pago 
adicional de horas extras do que exceder a estes limites, salvo se 
ocorrer a compensação. 
 Art. 62 da CLT Não são abrangidos pelo regime previsto 
neste capítulo: 
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível 
com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser 
anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no 
registro de empregados; 
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos 
de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto 
neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. 
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será 
aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste 
artigo, quando o salário do cargo de confiança, 
compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior 
ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% 
(quarenta por cento). 
As principais Súmulas e Orientações Jurisprudenciais sobre o 
trabalho extraordinário seguem abaixo transcritas: 
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⇒ Súmula 264 do TST A remuneração do serviço suplementar é 
composta do valor da hora normal, integrado por parcelas de 
natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, 
contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa. 
⇒ Súmula 291 do TST A supressão, pelo empregador, do serviço 
suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 
(um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização 
correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas 
para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de 
prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo 
observará a média das horas suplementares efetivamente 
trabalhadas nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo valor 
da hora extra do dia da supressão. 
⇒ Súmula 90, V do TST Considerando que as “horas in itinere” 
são computadas na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a 
jornada legal é considerado como extraordinário. 
⇒ Súmula 347 do TST O cálculo do valor das horas extras 
habituais, para efeito de reflexos em verbas trabalhistas, 
observará o número de horas efetivamente prestadas e a ele 
aplica-se o valor do salário-hora da época do pagamento 
daquelas verbas. 
5.8. Do sistema de compensação: Através do sistema de 
compensação o excesso de horas em um dia será compensado pela 
diminuição em outro dia, portanto não será devido o adicional de 50% 
sobre a hora normal e o limite máximo será de duas horas diárias. 
Em relação a este tema o que as bancas de concurso abordam 
muito é a questão do denominado “banco de horas”, observem as 
explicações abaixo: 
Banco de Horas: (Art. 59 § 2º da CLT) Banco de Horas é uma 
forma de compensação de jornada celebrada por convenção ou 
acordo coletivo de trabalho, na qual as horas extras laboradas não 
serão remuneradas. 
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Por este sistema de compensação de horas o acréscimo de 
salário pelo labor realizado extraordinariamente poderá ser 
dispensado, através de Convenção ou Acordo Coletivo, quando 
ocorrer a compensação do excesso de horas em um dia pela 
correspondente diminuição em outro dia, porém não poderá exceder 
em um período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais 
previstas e nem ultrapassar o limite máximo de 10 horas diárias. 
Art. 59 do CLT A duração normal do trabalho poderá ser 
acrescida de horas suplementares, em número não excedente 
de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e 
empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho 
§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por 
força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de 
horas em um dia for compensado pela correspondente 
diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período 
máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho 
previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas 
diárias 
É importante ressaltar que o empregado menor somente poderá 
prestar o trabalho extraordinário em regime de compensação ou de 
força maior (art. 413 da CLT). 
A Súmula 85 do TST trata do regime de compensação de horas 
extras: 
⇒ Súmula 85 do TST 
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada 
por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção 
coletiva. 
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, 
salvo se houver norma coletiva em sentido contrário. 
III. O mero não-atendimento das exigências legais para a 
compensação de jornada, inclusive quando encetada 
mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento 
das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada 
a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo 
adicional. 
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IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o 
acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas 
que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser 
pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas 
destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o 
adicional por trabalho extraordinário. 
5.9. Formas de Prorrogação: As formas de prorrogação de jornada: 
serão mediante acordo escrito, individual ou coletivo, em número não 
excedente a duas horas, com o pagamento da remuneração do 
serviço extraordinário superior no mínimo em 50% a do normal(art.59 
CLT). 
Art. 59 do CLT A duração normal do trabalho poderá ser 
acrescida de horas suplementares, em número não excedentede 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e 
empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. 
 § 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá 
constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da 
hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) 
superior à da hora normal. (Vide art. 7º, XVI, da CF) 
§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por 
força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso 
de horas em um dia for compensado pela correspondente 
diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no 
período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de 
trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de 
dez horas diárias. 
§ 3º - Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que 
tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, 
na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao 
pagamento das horas extras não compensadas, calculadas 
sobre o valor da remuneração na data da rescisão. 
§ 4º - Os empregados sob o regime de tempo parcial não 
poderão prestar horas extras. (NR). 
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Art. 60 da CLT Nas atividades insalubres, assim consideradas as 
constantes dos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança 
e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas 
por ato do Ministro do Trabalho, quaisquer prorrogações só 
poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades 
competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para 
esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à 
verificação dos métodos e processos de trabalho, quer 
diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias 
federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em 
entendimento para tal fim. 
Art. 61 da CLT Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a 
duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, 
seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à 
realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução 
possa acarretar prejuízo manifesto. 
 § 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido 
independentemente de acordo ou contrato coletivo e deverá ser 
comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em 
matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no 
momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação. 
§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, 
a remuneração da hora excedente não será inferior à da hora 
normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a 
remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) 
superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 
(doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite. 
§ 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de 
causas acidentais, ou de força maior, que determinem a 
impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá 
ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) 
horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do 
tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, 
em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, 
sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade 
competente. 
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5.10. Turnos Ininterruptos de Revezamento: É importante falar dos 
turnos ininterruptos de revezamento que tem jornada 
constitucionalmente prevista de seis horas, podendo ser alterada por 
norma coletiva, como flexibilizou a própria Constituição. 
Art.7º CRFB/88 Jornada de seis horas para o trabalho realizado 
em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação 
coletiva. 
 O trabalho por turno é aquele em que grupos de trabalhadores se 
sucedem na empresa, cumprindo horários que permitam o 
funcionamento ininterrupto da empresa. 
OJ 360 DA SDI- 1 DO TST Faz jus à jornada especial prevista no art. 
7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas atividades em 
sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de 
trabalho, que compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o 
noturno, pois submetido à alternância de horário prejudicial à saúde, 
sendo irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de forma 
ininterrupta. 
Sobre este tema o TST possui três importantes Súmulas: 
⇒ Súmula 423 do TST Estabelecida jornada superior a seis 
horas e limitada a oito horas por meio de regular 
negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos 
ininterruptos de revezamento não tem direito ao 
pagamento da 7ª e 8ª horas como extras. 
⇒ Súmula 360 do TST A interrupção do trabalho destinada a 
repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo 
para repouso semanal, não descaracteriza o turno de 
revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 
7º, XIV, da CF/1988. 
⇒ Súmula 110 do TST No regime de revezamento, as horas 
trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, 
com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas 
para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas 
como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional. 
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5.11. Jornadas Especiais: Há categorias de empregados que pos-
suem jornada especial de trabalho prevista em lei, não sendo aplicada, 
então, a jornada assegurada na Constituição Federal de no máximo 8 
horas diárias e 44 horas semanais. 
As principais Jornadas Especiais de Trabalho previstas em Lei 
são: 
? Cabineiro de elevadores (ascensorista). ........ 6 horas diárias; 
? Ferroviários..................................................... 6 horas diárias; 
? Advogado. ..................... não poderá exceder 4 horas contínuas; 
? Engenheiro e médicos. ........................... (Súmula 370 do TST); 
? Digitadores............................................. (art. 72 da CLT); 
? Telefonistas................... (art. 227 da CLT e Súmula 178 do TST); 
? Professores............ (4 horas-aula consecutivas e seis 
intercaladas); 
? 
Vejamos agora, os dispositivos consolidados que tratam das Jor-
nadas especiais com as respectivas Súmulas do TST referentes ao 
tema: 
? BANCÁRIOS: 
Art. 224 da CLT A duração normal do trabalho dos 
empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica 
Federal, será de 6 (seis) horas contínuas nos dias úteis, com ex-
ceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de 
trabalho por semana. 
§ 1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo 
ficará compreendida entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas, as-
segurando-se ao empregado, no horário diário, um intervalo de 
15 (quinze) minutos para alimentação. 
§ 2º - As disposições deste artigo não se aplicam aos que 
exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e 
equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confi-
ança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 
(um terço) do salário do cargo efetivo. 
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 Art. 225 da CLT A duração normal de trabalho dos 
bancários poderá ser excepcionalmente prorrogada até 8 
(oito) horas diárias, não excedendo de 40 (quarenta) horas 
semanais, observados os preceitos gerais sobre a duração do 
trabalho. 
Art. 226 da CLT O regime especial de 6 (seis) horas 
de trabalho também se aplica aos empregados de portaria e de 
limpeza, tais como porteiros, telefonistas de mesa, contínuos e 
serventes, empregados em bancos e casas bancárias.
Parágrafo único - A direção de cada banco organizará a 
escala de serviço do estabelecimento de maneira a haver 
empregados do quadro da portaria em função, meia hora antes e 
até meia hora após o encerramento dos trabalhos, respeitado o 
limite de 6 (seis) horas diárias. 
Súmula 55 do TST As empresas de crédito, financiamento ou 
investimento, também denominadas financeiras, equiparam-se aos 
estabelecimentos bancários para os efeitos do art. 224 da CLT. 
Súmula 113 do TST O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, 
não dia de repouso remunerado. Não cabe a repercussão do 
pagamento de horas extras habituais em sua remuneração. 
Súmula 119 do TST Os empregados de empresas distribuidoras e 
corretoras de títulos e valores mobiliários não têm direito à jornada 
especial dos bancários. 
Súmula 124 do TST Para o cálculo do valor do salário-hora do 
bancário mensalista, o divisor a ser adotado é 180 (cento e oitenta). 
Súmula 239 do TST É bancário o empregado de empresa de 
processamento de dados que presta serviço a banco integrante do 
mesmo grupo econômico, exceto quando a empresa de 
processamento de dados presta serviços a banco e a empresas não 
bancárias do mesmo grupo econômico ou a terceiros. 
 
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? Dos Empregados nos Serviços de Telefonia, de Telegrafia 
Submarina e Subfluvial, de Radiotelegrafia e Radiotelefonia: 
Art. 227 da CLT Nas empresas que explorem o serviço de 
telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, de radiotelegrafia ou 
de radiotelefonia, fica estabelecida para os respectivos 
operadores a duração máxima de 6 (seis) horas contínuas de 
trabalho por dia ou 36 (trinta e seis) horas semanais. 
§ 1º - Quando, em caso de indeclinável necessidade, forem os 
operadores obrigados a permanecer em serviço além do período 
normal fixado neste artigo, a empresa pagar-lhes-á 
extraordinariamente o tempo excedente com acréscimo de 50% 
(cinqüenta por cento) sobre o seu salário-hora normal. 
§ 2º - O trabalho aos domingos, feriados e dias santos de 
guarda será considerado extraordinário e obedecerá, quanto à 
sua execução e remuneração, ao que dispuserem empregadores 
e empregados em acordo, ou os respectivos sindicatos em 
contrato coletivo de trabalho. 
Art. 229 da CLT Para os empregados sujeitos a horários 
variáveis, fica estabelecida a duração máxima de 7 (sete) horas 
diárias de trabalho e 17 (dezessete) horas de folga, deduzindo-
se deste tempo 20 (vinte) minutos para descanso, de cada um 
dos empregados, sempre que se verificar um esforço contínuo 
de mais de 3 (três) horas. 
§ 1º - São considerados empregados sujeitos a horários 
variáveis, além dos operadores, cujas funções exijam 
classificação distinta, os que pertençam a seções de técnica, 
telefones, revisão, expedição, entrega e balcão. 
§ 2º - Quanto à execução e remuneração aos domingos, feriados 
e dias santos de guarda e às prorrogações de expediente, o 
trabalho dos empregados a que se refere o parágrafo anterior 
será regido pelo que se contém no § 1º do art. 227 desta Seção. 
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? Dos Operadores Cinematográficos: A duração normal do 
trabalho, dos operadores cinematográficos e seus ajudantes, 
não excederá de 6 (seis) horas diárias, assim distribuídas: 
a) 5 (cinco) horas consecutivas de trabalho em cabina, durante o 
funcionamento cinematográfico; 
b) 1 (um) período suplementar, até o máximo de 1 (uma) hora para 
limpeza, lubrificação dos aparelhos de projeção, ou revisão de filmes. 
Art. 235 da CLT Nos estabelecimentos cujo 
funcionamento normal seja noturno, será facultado aos 
operadores cinematográficos e seus ajudantes, mediante 
acordo ou contrato coletivo de trabalho e com um acréscimo de 
50% (cinqüenta por cento) sobre o salário da hora normal, 
executar o trabalho em sessões diurnas extraordinárias e, 
cumulativamente, nas noturnas, desde que isso se verifique até 
3 (três) vezes por semana e entre as sessões diurnas e as 
noturnas haja o intervalo de 1 (uma) hora, no mínimo, de 
descanso. 
§ 1º - A duração de trabalho cumulativo a que alude o presente 
artigo não poderá exceder de 10 (dez) horas. 
§ 2º - Em seguida a cada período de trabalho haverá um 
intervalo de repouso no mínimo de 12 (doze) horas. 
? Do Serviço Ferroviário: O horário normal de trabalho dos 
cabineiros nas estações de tráfego intenso não excederá de 8 
(oito) horas e deverá ser dividido em 2 (dois) turnos com 
intervalo não inferior a 1 (uma) hora de repouso, não podendo 
nenhum turno ter duração superior a 5 (cinco) horas, com um 
período de descanso entre 2 (duas) jornadas de trabalho de 14 
(quatorze) horas consecutivas. O horário de trabalho dos 
operadores telegrafistas nas estações de tráfego intenso não 
excederá de 6 (seis) horas diárias. 
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? Das Equipagens das Embarcações da Marinha Mercante 
Nacional, de Navegação Fluvial e Lacustre, do Tráfego nos 
Portos e da Pesca: 
Art. 248 da CLT Entre as horas zero e 24 (vinte e quatro) de cada 
dia civil, o tripulante poderá ser conservado em seu posto durante 8 
(oito) horas, quer de modo contínuo, quer de modo intermitente. 
§ 1º - A exigência do serviço contínuo ou intermitente ficará a 
critério do comandante e, neste último caso, nunca por período menor 
que 1 (uma) hora. 
§ 2º - Os serviços de quarto nas máquinas, passadiço, vigilância e 
outros que, consoante parecer médico, possam prejudicar a saúde do 
tripulante serão executados por períodos não maiores e com intervalos 
não menores de 4 (quatro) horas. 
 Art. 249 da CLT Todo o tempo de serviço efetivo, excedente de 
8 (oito) horas, ocupado na forma do artigo anterior, será considerado 
de trabalho extraordinário, sujeito à compensação a que se refere o 
art. 250, exceto se se tratar de trabalho executado: 
a) em virtude de responsabilidade pessoal do tripulante e no 
desempenho de funções de direção, sendo consideradas como tais 
todas aquelas que a bordo se achem constituídas em um único 
indivíduo com responsabilidade exclusiva e pessoal; 
b) na iminência de perigo, para salvaguarda ou defesa da 
embarcação, dos passageiros, ou da carga, a juízo exclusivo do 
comandante ou do responsável pela segurança a bordo; 
c) por motivo de manobras ou fainas gerais que reclamem a 
presença, em seus postos, de todo o pessoal de bordo; 
d) na navegação lacustre e fluvial, quando se destina ao 
abastecimento do navio ou embarcação de combustível e rancho, ou 
por efeito das contingências da natureza da navegação, na 
transposição de passos ou pontos difíceis, inclusive operações de 
alívio ou transbordo de carga, para obtenção de calado menor para 
essa transposição. 
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§ 1º O trabalho executado aos domingos e feriados será 
considerado extraordinário, salvo se se destinar: a) ao serviço de 
quartos e vigilância, movimentação das máquinas e aparelhos de 
bordo, limpeza e higiene da embarcação, preparo de alimentação da 
equipagem e dos passageiros, serviço pessoal destes e, bem assim, 
aos socorros de urgência ao navio ou ao pessoal; 
b) ao fim da navegação ou das manobras para a entrada ou saída 
de portos, atracação, desatracação, embarque ou desembarque de 
carga e passageiros. 
§ 2º - Não excederá de 30 (trinta) horas semanais o serviço 
extraordinário prestado para o tráfego nos portos. 
? Dos Serviços Frigoríficos: Os empregados que trabalham no 
interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam 
mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-
versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de 
trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) 
minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho 
efetivo. 
 Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente 
artigo, o que for inferior, nas primeira, segunda e terceira zonas 
climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, a 15º 
(quinze graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, 
sexta e sétima zonas a 10º (dez graus). 
? Do Trabalho em Minas de Subsolo: A duração normal do 
trabalho efetivo para os empregados em minas no subsolo não 
excederá de 6 (seis) horas diárias ou de 36 (trinta e seis) 
semanais. (art. 253 da CLT) 
? Dos Jornalistas Profissionais: Considera-se jornalista o 
trabalhador intelectual cuja função se estende desde a busca de 
informações até a redação de notícias e artigos e a organização, 
orientação e direção desse trabalho. 
Consideram-se empresas jornalísticas, para os fins desta Seção, 
aquelas que têm a seu cargo a edição de jornais, revistas, boletins e 
periódicos, ou a distribuição de noticiário, e, ainda, a radiodifusão em 
suas seções destinadas à transmissão de notícias e comentários. 
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 A duração normal do trabalho dos jornalistas não deverá exceder 
de 5 (cinco) horas, tanto de dia como à noite.Contudo, poderá a 
duração normal do trabalho ser elevada a 7 (sete) horas, mediante 
acordo escrito, no qual se estipule aumento de salário, correspondente 
ao excesso do tempo de trabalho em que se fixe um intervalo 
destinado a repouso ou a refeição. 
A jornada especial de cinco horas do jornalista não se aplica 
àqueles que exercem as funções de redator-chefe, secretário, 
subsecretário, chefe e subchefe de revisão, chefe de oficina, de 
ilustração e chefe de portaria. 
Também não será aplicada a jornada especial dos jornalistas 
aos que se ocuparem unicamente em serviços externos. 
Ressalta-se que quanto ao repouso semanal remunerado do 
jornalista, a cada 6 (seis) dias de trabalho efetivo corresponderá 1 
(um) dia de descanso obrigatório, que coincidirá com o domingo, salvo 
acordo escrito em contrário, no qual será expressamente estipulado o 
dia em que se deve verificar o descanso. 
O intervalo interjornada do jornalista será de no mínimo de 10 
(dez) horas, destinado ao repouso. Observem, então que para os 
jornalistas a soma do repouso semanal remunerado com o intervalo 
interjornada será de 34 horas. 
? PROFESSORES: No mesmo estabelecimento de ensino não 
poderá o professor dar, por dia, mais de 4 (quatro) aulas 
consecutivas, nem mais de 6 (seis), intercaladas (art. 318 da 
CLT). Aos professores é vedado, aos domingos, a regência de 
aulas e o trabalho em exames. 
OJ 206 da SDI-1 do TST Excedida a jornada máxima (art. 318 da 
CLT), as horas excedentes devem ser remuneradas com o adicional 
de, no mínimo, 50% (art. 7º, XVI, CF/1988). 
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5.12. Questões de Prova sem gabarito e comentários: 
1. (ESAF - Técnico Judiciário - TRT - 7ª Região – 2003) A propósito 
da jornada de trabalho, aponte a opção correta. 
a) Ao empregador é lícito exigir a prestação laboral por, no mínimo, 
oito horas diárias de trabalho, durante seis dias da semana. 
b) Sempre que a jornada for superior a seis horas, haverá a 
necessidade de concessão de intervalo mínimo de duas horas. 
c) As atividades executadas em turnos ininterruptos de revezamento 
terão como limite máximo a jornada de seis horas, salvo previsão em 
contrário constante do contrato individual de trabalho. 
d) Limitada a jornada diária a quatro horas de trabalho, deve o 
empregador conceder, obrigatoriamente, o intervalo mínimo de quinze 
minutos. 
e) Salvo previsão coletiva em contrário, a duração máxima do intervalo 
intrajornada, para refeição e descanso, deve ter a duração máxima de 
duas horas. 
2. (FCC – Técnico Judiciário – TRT-Campinas/2009) Maria é 
empregada da empresa KILO e Moisés é empregado da empresa 
LITRO. Ambos receberam um comunicado de suas empregadoras 
avisando que a partir do mês seguinte haverá, além do intervalo 
intrajornada, para alimentação e repouso, um intervalo de quinze 
minutos para café da manhã e um intervalo de quinze minutos para o 
lanche da tarde. Considerando que a empresa KILO fornecerá 
gratuitamente a alimentação de todas as refeições e que a empresa 
LITRO cobrará R$ 50,00 pelas refeições, que Maria e Moisés terão um 
acréscimo de trinta minutos em sua jornada de trabalho, e que Moisés 
possui jornada de trabalho diária de seis horas, é correto afirmar que 
(A) somente Moisés terá direito ao recebimento de trinta minutos 
remunerados como serviço extraordinário, porque a empresa LITRO 
está efetuando cobrança monetária das refeições fornecidas. 
(B) nenhum dos empregados terá direito ao recebimento de trinta 
minutos remunerados como serviço extraordinário, porque a 
alimentação regular é considerada benéfica à saúde dos obreiros. 
(C) Maria e Moisés terão direito ao recebimento de trinta minutos 
remunerados como serviço extraordinário, porque representarão 
tempo à disposição da empresa. 
(D) somente Moisés terá direito ao recebimento de trinta minutos 
remunerados como serviço extraordinário, porque possui jornada de 
trabalho reduzida. 
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(E) somente Moisés terá direito ao recebimento de trinta minutos 
remunerados como serviço extraordinário, mas a remuneração do 
serviço extraordinário será reduzida pela metade em razão dos 
benefícios trazidos com a alimentação. 
3. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) Quanto ao turno 
ininterrupto de revezamento é correto afirmar que 
a) O turno de revezamento tem adoção restrita aos petroleiros. 
b) A adoção de turno ininterrupto de revezamento na empresa 
depende de negociação coletiva. 
c) O intervalo intrajornada descaracteriza o turno ininterrupto de 
revezamento. 
d) O intervalo para descanso semanal descaracteriza o turno 
ininterrupto de revezamento. 
e) Mediante negociação coletiva, é válida a fixação de jornada superior 
a seis horas para turno ininterrupto de revezamento. 
4. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) Quanto

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